Publicado em: 26/08/2016
Parceria entre a Fundação do ABC e o Governo do Estado, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II, no Guarujá, organiza na próxima quarta-feira (31 de agosto) ciclo de palestras educativas com o tema “Aids e Sífilis”. O evento das 9h às 12h terá lugar no Auditório da Câmara Municipal de Guarujá (Av. Leomil, 291, Centro – Guarujá). São esperados cerca de 100 participantes, entre profissionais da área da saúde, estudantes, agentes comunitários e conselheiros de saúde. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail palestras@emilioribasbs.org.br. Para o dia do evento, pede-se a doação de um quilo de alimento não perecível, que será entregue a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Entre os temas pautados para o ciclo de palestras estão as características principais das doenças, diagnóstico e tratamentos, entre outras informações. Ao todo serão três convidados à frente dos trabalhos. Médico infectologista do Emílio Ribas II, Dr. Marcos Montani Caseiro iniciará as atividades com explanação sobre “A situação atual da Aids no cenário nacional”. Em seguida, o professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Juvencio José Duailibe Furtado, abordará o tema “Sífilis: a doença, diagnóstico e tratamento”.
A última palestra estará sob responsabilidade do professor titular da disciplina de Moléstias Infecciosas da FMABC, Dr. Hélio Vasconcellos Lopes, que apresentará a aula “Sífilis: a doença no panorama atual”. O encerramento do evento será marcado por mesa redonda e debate entre os palestrantes.
SÍFILIS
No Estado de São Paulo, a sífilis em adultos aumentou 7 vezes no período entre 2008 e 2014, atingindo mais de 25 mil casos. Além disso, dados do Conselho Federal de Medicina e do Ministério da Saúde apontam que o índice de sífilis congênita – aquela transmitida da mãe para o filho na gestação – era de 1,7 casos para cada 1.000 nascidos vivos em 2004 e praticamente triplicou em 2013, passando a 4,7 casos por 1.000 nascidos vivos.
A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. A principal via de transmissão é a relação sexual desprotegida, mas o contágio também pode ocorrer ao longo da gravidez, da gestante para o feto, ou durante o parto, da mãe para o bebê.
Pessoas infectadas podem apresentar desde um mal-estar leve até graves sequelas neurológicas no decorrer da vida – caso a doença não seja tratada adequadamente. O tratamento é à base de antibióticos e varia conforme o estágio da doença. A penicilina integra a terapia convencional.
HIV/AIDS
A infecção pelo HIV é dividida basicamente em três fases. A primeira é a aguda, quando a infecção está no início e o paciente tem maior quantidade de vírus no organismo. Quando presentes, os sintomas duram cerca de seis semanas e geralmente não se faz diagnóstico nessa fase, em que a doença é altamente transmissível.
A segunda fase é a de latência. Pode durar até 8 anos e caracteriza-se também pelo grande poder de replicação – apesar de menor do que na fase aguda. Não apresenta sintomas importantes e o paciente costuma ter boa qualidade de vida.
Por fim, a última fase é a de doença – ou seja, a Aids. É quando as defesas do organismo praticamente desaparecem e o paciente fica vulnerável a doenças oportunistas e potencialmente letais nessas circunstâncias, como tuberculose, pneumocistose, toxoplasmose e criptococose do sistema nervoso central, monilíase e herpes zoster.