Laboratório da Medicina ABC atinge a marca de 200 mil exames de Covid-19 realizados

Publicado em: 23/02/2021

Segundo levantamento da unidade de Análises Clínicas da FMABC, meses de novembro e dezembro foram os mais críticos da pandemia, com mais de 40% de positividade para as amostras analisadas

 

Atualmente são analisados cerca de 30 mil exames por mês

O Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) atingiu neste fevereiro a marca de 200 mil exames de Covid-19 realizados. Instalada no campus universitário em Santo André (SP), a unidade deu início em março de 2020 aos testes para detecção do novo coronavírus, atuando em parceria com as cidades de São Bernardo e São Caetano. No mês seguinte, o Instituto Adolfo Lutz credenciou o laboratório do ABC, dispensando os resultados de contraprova. Desde então, municípios de diversas partes do Estado passaram a contar com o serviço para suprir a grande demanda por testes.

Atualmente são analisados cerca de 30.000 exames por mês, sendo 65% do tipo RT-PCR e 35% de sorologia (teste rápido, ELISA e eletroquimioluminescência). Desde o início da pandemia, 10 cidades já estabeleceram convênios com o Centro Universitário FMABC para exames de Covid-19: Santo André, Ribeirão Pires, Mauá, Cajamar, Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato e Mairiporã, além de São Bernardo e São Caetano. A parceria mais recente foi firmada em novembro com o Contrato de Gestão São Mateus, da Fundação do ABC, para atendimento à rede assistencial localizada na Zona Leste da Capital.

POSITIVIDADE DOS CASOS

De acordo com o vice-reitor e coordenador do Laboratório de Análises Clínicas da FMABC, Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, os meses de novembro e dezembro foram os mais críticos da pandemia. “Entre maio e junho, recebíamos amostras de famílias inteiras positivas para a doença. Era algo assustador e a positividade dos casos no Laboratório chegou a 40% nessa época. Com o passar do tempo, os índices foram caindo em sintonia com o aumento das medidas de isolamento social, atingindo taxas de 20% em setembro e outubro”, recorda.

Porém, a chegada do final do ano e o relaxamento das medidas preventivas pela população fez com que os números decolassem novamente. “A positividade teve aumento expressivo em novembro e dezembro, superando 41% das amostras que analisamos. Em alguns dias, as coletas de São Mateus chegaram a 60% de positividade, enquanto em Mauá passaram de 80%”.

PAPEL SOCIAL

Ratificando seu papel social, desde julho de 2020 o Laboratório mantém parceria com o Governo do Estado para realização de exames sem custos adicionais. “Fomos procurados pelo Estado e aceitamos ajudar. O volume de testes era muito grande e passamos a receber as amostras e os reagentes aqui na FMABC. Analisamos cerca de 300 exames por dia encaminhados pelo Instituto Adolfo Lutz e emitimos os resultados em no máximo 48 horas”, detalha Fonseca.

Ao todo, o Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário FMABC contabilizou 580 mil exames em janeiro de 2021, sendo aproximadamente 30.000 de Covid-19. São 350 funcionários diretos atuando no local. “O trabalho de Análises Clínicas é fundamental no combate à pandemia, não somente para o diagnóstico da doença, mas também para o monitoramento dos pacientes internados, que seguem realizando exames periódicos para verificação da carga viral”, explica o vice-reitor.

METODOLOGIA PRÓPRIA

A equipe do Laboratório da FMABC iniciou em janeiro de 2020 a padronização de metodologia própria para exames de RT-PCR e enviou o pedido de credenciamento ao Instituto Adolfo Lutz, que avaliou o protocolo utilizado, a condução da reação, a coleta das amostras e a forma como é feita a extração do material genético-viral. O processo foi aprovado e o Centro Universitário passou a realizar, em março do ano passado, exames para São Caetano e São Bernardo, cujos resultados positivos ainda eram enviados para contraprova no próprio Adolfo Lutz. Posteriormente, em abril, o credenciamento foi publicado no Diário Oficial. Desde então, os casos positivos são notificados diretamente à Secretaria de Estado da Saúde, sem necessidade de contraprova. Já os testes sorológicos – modalidade que inclui os testes rápidos – começaram em abril de 2020.

Além do Dr. Fernando Fonseca, integram a equipe responsável pelo projeto os pesquisadores Aleksandra Sant´Anna, Claudia de Oliveira, Thaís Moura Gascón, Beatriz Alves, Glaucia Luciano, Matheus Perez, Katharyna Gois e Marina Peres.