Publicado em: 02/09/2016
Médicos da disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC integraram as equipes responsáveis pela saúde ocular de atletas e delegações na Olimpíada do Rio de Janeiro e também estarão em atividade nos Jogos Paralímpicos, que começam em 7 de setembro. Somadas as duas competições, são mais de 14.500 atletas competindo em 65 esportes diferentes. Até o momento já foram realizados mais de 2.000 atendimentos oftalmológicos no Centro Médico da Vila Olímpica, onde há postos para realização de consultas e exames com equipamentos de ponta. A expectativa é de que esse número aumente para pelo menos 2.500 até o encerramento dos trabalhos, em 18 de setembro.
Os atendimentos oftalmológicos realizados no Centro Médico da Vila Olímpica estão sob responsabilidade do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista, que firmou parceria com a disciplina de Oftalmologia da FMABC para completar o quadro médico. Ao todo são 50 oftalmologistas envolvidos – sendo 21 do H.Olhos e 29 da Medicina ABC.
“Participar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é uma alegria muito grande para a OftalmoABC. Consideramos esse convite como o reconhecimento do trabalho que temos desenvolvido há mais de 30 anos na disciplina, num esforço que envolve desde aulas na graduação, para alunos do 4º ano de Medicina, até a Residência Médica em Oftalmologia, reconhecida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e pelo Ministério da Educação, e que promove o aprimoramento didático, teórico e cirúrgico, além de incentivar a pesquisa científica e prestar assistência oftalmológica à comunidade”, informa o chefe da disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Vagner Loduca Lima.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro ocorrem de 5 de agosto a 18 de setembro. Entretanto, as equipes de oftalmologia estão disponíveis no Centro Médico desde a abertura oficial da Vila Olímpica, em 18 de julho, e permanecerão até o encerramento das Paralimpíadas, em 18 de setembro – totalizando 63 dias de atividades. São dois turnos diários – das 7h às 15h e das 15h às 23h –, cada um com 15 profissionais envolvidos, entre os quais oftalmologistas, tecnólogos oftálmicos e consultores óticos e de lentes de contato, entre outros apoiadores. Dos mais de 2.000 atendimentos realizados, 70% foram para definição do grau de correção e prescrição de óculos ou de lentes de contato.
ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Esta é a primeira vez em que há oftalmologistas à disposição de atletas e delegações. Até então, o serviço contemplava somente a optometria (medição da amplitude da visão). “Todos os atletas e membros das delegações que procuram atendimento oftalmológico passam em consulta com médico. É uma mudança importante em relação à Olimpíada de Londres, por exemplo, pois naquele país é permitido o atendimento pelo optometrista, que é um profissional não-médico. Graças a essa diferença, além da prescrição de óculos, pudemos diagnosticar três casos de glaucoma agudo e alguns problemas graves de retinopatia diabética que nunca haviam sido percebidos”, revela Dr. Vagner Loduca Lima, lembrando que no caso da prescrição de óculos, os esportistas já saem com a receita e retiram gratuitamente as armações e lentes na própria Vila Olímpica. Mais de 1.000 óculos já foram doados.
A expectativa do Hospital de Olhos Paulista é de ultrapassar 2.500 atendimentos oftalmológicos durante as competições no Rio de Janeiro. A perspectiva leva em conta os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando 2.272 pessoas procuraram serviços oftalmológicos. No caso de ocorrências específicas de maior gravidade, o H.Olhos conta com parceiro credenciado no Rio de Janeiro, seguindo padrões de tecnologia e qualidade. “Nosso principal objetivo em apoiar a edição brasileira da maior competição esportiva do planeta é promover a saúde ocular e disseminar conhecimento às milhares de pessoas envolvidas na Olimpíada de 2016. Ainda há, em todo o mundo, uma grande deficiência no acesso à oftalmologia, seja por pouco conhecimento ou por falta de infraestrutura. Desta maneira, daremos mais um passo em direção à democratização do conhecimento e da saúde”, afirma Dr. Eduardo Parente Barbosa, diretor Clínico do H.Olhos.