Medicina ABC é escolhida sede para curso internacional de ‘Ureteroscopia Flexível Digital’

Publicado em: 06/09/2017

Técnica endoscópica para extração de cálculos renais (pedras nos rins)
será abordada a partir de aulas teóricas, prática em simuladores e com
realização de duas cirurgias com transmissão ao vivo

 

A disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em associação com a empresa norte-americana Boston Scientific, trará para o Brasil o curso ‘Stone Institute – Edição Internacional com Tecnologia Digital”. Sob responsabilidade da divisão de Endourologia e Litíase Urinária da FMABC, o treinamento em 30 de setembro será no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, com objetivo receber urologistas interessados em desenvolver a técnica de ureteroscopia flexível com uso de aparelhos digitais. Trata-se de procedimento que permite a extração por via endoscópica de cálculos – popularmente conhecidos como ‘pedras’ – no interior dos rins sem necessidade de incisões – ou seja, sem cirurgia.

“O grande diferencial é o uso de aparelhos com imagem digital, de qualidade muito superior aos aparelhos habitualmente utilizados na maioria dos hospitais brasileiros para este tipo de intervenção”, explica Dr. Mário Henrique Elias de Mattos, da disciplina de Urologia da FMABC, que acrescenta: “O Stone Institute é uma organização norte-americana vinculada à Boston Scientific, criado com a missão de promover pesquisa e educação na área da Litíase Urinária. É uma grande satisfação para a disciplina de Urologia ser escolhida para sediar este curso internacional em São Paulo”.

A ureteroscopia é procedimento considerado minimamente invasivo. Consiste na verificação do ureter e rim por via endoscópica, através de um aparelho com uma microcâmera na ponta, que é passado pela uretra, bexiga e ureter até chegar ao rim. Dessa forma, é possível visualizar e fragmentar os cálculos urinários sem necessidade de incisão cirúrgica, o que reduz o tempo de internação e de recuperação do paciente. A indicação é feita, principalmente, em casos de obstrução urinária provocada por cálculos (pequenas pedras que se deslocam dos rins para o ureter). Essa obstrução causa forte cólica e ocorre, geralmente, em pacientes com idade entre 20 e 40 anos. “Com a ureteroscopia é possível identificar os cálculos e removê-los. O procedimento também é adotado quando há suspeita de tumor de ureter, que normalmente acomete fumantes com mais de 60 anos de idade. Nestes casos, retiramos pequena parcela do local suspeito e encaminhamos para biópsia”, detalha Dr. Mário Mattos.

O curso de ureteroscopia flexível digital será desenvolvido em três módulos: aulas teóricas, prática cirúrgica em simuladores e duas cirurgias com transmissão ao vivo para o auditório. Estarão envolvidos como palestrantes e instrutores os docentes da disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC e o professor convidado, Dr. Wilson Rica Molina Júnior, urologista da Universidade do Colorado (EUA), com passagem pelos quadros da FMABC e do Hospital Estadual Mário Covas.