Medicina ABC fará mutirão em São Caetano para diagnóstico de doença de Parkinson

Publicado em: 21/10/2016

A Faculdade de Medicina do ABC programou para este sábado (22 de outubro) mutirão em São Caetano para diagnóstico de doença de Parkinson. Sob responsabilidade do Grupo de Distúrbios de Movimento da disciplina de Neurologia da FMABC, a ação ocorrerá em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), da Diretoria de Atenção Básica, para atendimentos pré-agendados gratuitos a 95 pacientes da cidade selecionados nos ambulatórios.

O objetivo da ação é diagnosticar pessoas com sintomas sugestivos à doença, entre os quais tremores, lentidão progressiva dos movimentos e rigidez muscular, entre outros distúrbios de movimento. Pacientes com distúrbios cognitivos – como esquecimento – também participarão do mutirão. O atendimento ocorrerá das 7h às 12h no Hospital São Caetano.

O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, por meio da história do paciente e avaliação neurológica. Casos duvidosos serão encaminhados para exames subsidiários como tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames laboratoriais. “Buscamos divulgar o Parkinson e proporcionar atendimento aos pacientes com a doença ou com suspeita e que ainda não realizam acompanhamento neurológico”, explica Dra. Margarete de Jesus Carvalho, professora de Neurologia e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios de Movimento da FMABC.

Cerca de 20 pessoas estarão envolvidas nos atendimentos entre médicos, professores, alunos e voluntários. Casos confirmados serão encaminhados para tratamento no Ambulatório de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC ou para o serviço de referência mais próximo do paciente.

TRATAMENTO PALIATIVO

A doença de Parkinson é uma patologia neurológica que afeta os movimentos. Segundo a Associação Brasil Parkinson, o problema decorre da degeneração de células nervosas (neurônios) situadas na região cerebral conhecida como substância negra. Incurável, de caráter progressivo e lento, a doença ainda tem causa desconhecida e apresenta entre os principais sintomas tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, alterações na fala e escrita.

Diferentemente da doença de Alzheimer, pacientes com Parkinson não têm afetadas a memória e a capacidade intelectual na fase inicial. A doença de Parkinson pode atingir qualquer pessoa, independente de sexo, raça, cor ou classe social. É mais comum em idosos, com os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos. Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema.

Apesar de não haver cura, existem tratamentos que combatem os sintomas e retardam o progresso da doença. Medicamentos e cirurgias fazem parte do arsenal terapêutico, assim como sessões de fisioterapia e terapia ocupacional, além de fonoaudiologia para casos em que há comprometimento da fala ou da voz.