Medicina ABC faz campanha no ‘Dia Mundial sem Tabaco’

Publicado em: 02/06/2017

Equipe da Pneumologia esteve à disposição em 31 de maio para tirar dúvidas e orientar a população sobre a importância de parar de fumar

 

No Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, toda a equipe da disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) esteve reunida para ações de conscientização sobre a importância da cessação do tabagismo. A campanha contou com mini palestras e exibições de vídeos nas salas de espera do ambulatório de especialidades do prédio Anexo III – espaço do campus universitário onde há grande circulação de pacientes, acompanhantes, alunos e funcionários.

Na equipe multiprofissional da disciplina de Pneumologia, Selma Squassoni, Cecilia Melo e Juliana Oliveira

Professores, médicos pneumologistas e profissionais das áreas de Fisioterapia, Psicologia, Educação Física e Terapia Ocupacional estiveram à disposição da população para tirar dúvidas e reforçar os malefícios do hábito de fumar, assim como os benefícios ao interromper o vício.

Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a epidemia global do tabaco mata quase 6 milhões de pessoas por ano, das quais mais de 600 mil são não fumantes, vítimas do fumo passivo. Sem alterações de cenário, estão previstas mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo a partir de 2030. Mais de 80% dessas mortes evitáveis atingirão pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

“O indivíduo que fuma vive de 5 a 10 anos menos do que um não fumante. O problema não se resume apenas ao tempo de vida, mas principalmente à perda de qualidade de vida. Os fumantes vivem pior, mais doentes, com maiores gastos com médicos e remédios. Estudos científicos revelam que os que param de fumar aos 30 ou 35 anos de idade têm uma expectativa de vida muito parecida com os que não fumam, enquanto aqueles que param de fumar mais tarde perdem anos de vida, se comparados com os não fumantes. Portanto, quanto mais cedo for interrompido o hábito, melhor”, aconselha o professor assistente de Pneumologia e coordenador do Ambulatório de Assistência ao Tabagista da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Adriano César Guazzelli, que alerta: “O tabagismo é uma doença e o fumante é um doente, que necessita de informação, tratamento, atenção, paciência e muito carinho. Quem não para de fumar tem 50% de chances de morrer de câncer de pulmão, de infarto do miocárdio, de acidente vascular cerebral ou derrame cerebral e de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mais conhecida como enfisema e bronquite crônica”.

DIA MUNDIAL SEM TABACO

Campanha global é coordenada pela OMS

O tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para as comemorações do Dia Mundial Sem Tabaco de 2017 foi “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento”. No Brasil, a campanha é coordenada pelo Instituto Nacional de Câncer. Segundo a OMS, a epidemia de tabagismo continua sendo a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. Evidências indicam que os produtos de tabaco são altamente letais e matam 2 em cada 3 de seus consumidores, além de também afetarem a saúde de pessoas que não fumam, mas que são obrigadas a inalar a fumaça de produtos de tabaco de terceiros – ou seja, os fumantes passivos.

No Brasil, estudo sobre o impacto econômico do tabagismo no SUS revelou que em 2011 foram gastos R$ 23 bilhões com o tratamento de algumas das mais de 50 doenças tabaco-relacionadas. De outro lado, a arrecadação com impostos sobre cigarros (produto de tabaco mais consumido) recolhidos naquele ano foi da ordem de R$ 6 bilhões.

Sem filas, ambulatório contra o tabagismo
atende gratuitamente em Santo André

O Ambulatório de Assistência ao Tabagista da Faculdade de Medicina do ABC funciona no campus universitário, em Santo André, sob responsabilidade da disciplina de Pneumologia. Interessados em participar devem procurar o local de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30, para agendamento de triagem médica e realização de exames. É necessário apresentar documento de identidade com foto, cartão do SUS e comprovante de residência em uma das sete cidades do Grande ABC. Outra porta de entrada é o encaminhamento pelos municípios da região.

Hoje o ambulatório da FMABC atende 15 pessoas em um grupo terapêutico, cujas reuniões duram cerca de 1 hora, sempre às sextas-feiras, coordenadas por equipe de profissionais nas áreas de Psicologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia. Os atendimentos médicos ocorrem às quintas-feiras. Toda a equipe passou por capacitação junto ao CRATOD – Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, do Governo do Estado de São Paulo.

O tratamento nos grupos ocorre em 12 encontros durante 6 meses. Os 6 primeiros encontros são semanais. Os três seguintes são quinzenais e os três últimos são mensais.

Atualmente não há fila de espera para passar em atendimento no Ambulatório de Assistência ao Tabagista da Faculdade de Medicina do ABC.