Medicina ABC marca presença em congresso paulista de Infectologia

Publicado em: 27/06/2014

Quase 20 alunos da Faculdade de Medicina do ABC participaram de 21 a 24 de maio do 9º Congresso da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI). Por sugestão do professor de Infectologia da FMABC e coordenador científico da SPI, Dr. Juvencio José Duailibe Furtado, evento em Atibaia, no interior de São Paulo, isentou da taxa de inscrição estudantes de Medicina de todo o Estado membros de ligas acadêmicas relacionadas à especialidade, incentivando a participação de dezenas de acadêmicos na atividade científica.

“Foi a primeira vez que um congresso de especialidade custeou a inscrição de acadêmicos de Medicina. Graças à grande adesão dos alunos, conseguimos reservar espaço para reunião de aproximação e confraternização entre as ligas de infectologia do Estado”, revela Dr. Juvencio Furtado, que adianta: “A partir dessa primeira experiência, os estudantes pré-agendaram o 1º Encontro das Ligas Acadêmicas de Doenças Infecciosas, que deverá ocorrer em breve, durante encontro da Sociedade Paulista de Infectologia em Santos, no Litoral Paulista. Também já solicitamos a isenção da inscrição dos estudantes participantes das Ligas Acadêmicas no Congresso Brasileiro de Infectologia, que ocorrerá em agosto de 2015 em Gramado, no Rio Grande do Sul. Nossa ideia é cada vez mais incentivar futuros médicos a ingressar na especialidade”.

Além da participação maciça de estudantes da FMABC, todo corpo docente da disciplina de Infectologia prestigiou o congresso da SBI. Entre os palestrantes da Medicina ABC estiveram os professores Hélio Vasconcellos Lopes, Adilson Joaquim Cavalcante, Inneke Marie Van Der Heijden, Olavo Henrique Munhoz Leite, Valéria Teles, Juvencio Furtado e Nelson Ribeiro Filho. Na lista de convidados internacionais, marcaram presença palestrantes da Suíça, Alemanha, Estados Unidos, Argentina, Chile, África do Sul e França.

Destaques contemporâneos

Entre os destaques que marcaram o 9º Congresso da Sociedade Paulista de Infectologia estiveram discussões acerca das superbactérias, que já são consideradas problema de saúde pública. Pelo menos três tipos de bactérias mutantes, resistentes à maioria dos antibióticos, espalharam-se pelos hospitais brasileiros nos últimos anos e tornaram-se causas importantes de infecções hospitalares. São elas a Klebsiella pneumoniae, o Acinetobacter sp e a Pseudomonas aeruginosa.

Por essa razão, a SPI colocou na programação científica do congresso mesas redondas e conferências seguidas de debates sobre como enfrentar esse novo desafio. Os convidados abordaram desde a epidemiologia das infecções causadas por superbactérias até as ferramentas diagnósticas, interpretação do teste de sensibilidade, importância da colonização, meios de tratamento e as medidas de controle dentro dos hospitais.

Outro ponto foi a palestra do professor Samuel Moscowitz, da Harvard Medical School, que falou sobre mecanismos de resistência às polimixinas entre bacilos Gram negativos – um grave problema que surgiu recentemente em hospitais brasileiros entre amostras de Klebsiella pneumoniae resistentes. O convidado também comandou explanação sobre macrolídeos, quando discutiu os efeitos antimicrobianos, mecanismos de resistência e as principais interações medicamentosas nessa classe de antimicrobianos.