Medicina ABC organiza encontro para pacientes com ‘Angioedema Hereditário’

Publicado em: 10/05/2017

A Faculdade de Medicina do ABC organiza no próximo sábado (13 de maio), às 9h, encontro destinado a pacientes com angioedema hereditário (AEH), que também contará com a participação de familiares, equipes de atendimento, entre outros convidados. O evento no Anfiteatro David Uip, no Centro de Pesquisas CEPES, integra as comemorações mundiais pelo “HAE Day” – dia celebrado em diversos países para a divulgação e conscientização da população a respeito da doença.

Com apoio da Associação Brasileira de Portadores de Angioedema Hereditário (Abranghe), o encontro na FMABC abrirá espaço para discussão de aspectos clínicos do angioedema hereditário, com oportunidade para troca de experiências entre os presentes, visando a maior integração e a melhoria da qualidade de vida.

“As pessoas poderão tirar dúvidas e aprender mais sobre a doença. Estamos convidando tanto os pacientes em tratamento, como aqueles que abandonaram o seguimento clínico e precisam retornar, assim como quem ainda não foi diagnosticado mas tem suspeita da doença”, explica a médica pediatra e imunologista do Ambulatório de Infecções de Repetição da FMABC, Dra. Anete Sevciovic Grumach.

Não é necessária inscrição prévia e os interessados podem se dirigir diretamente ao prédio do Centro de Pesquisas CEPES, no próprio campus universitário da Faculdade de Medicina do ABC (Av. Lauro Gomes, 2.000, Vila Sacadura Cabral – Santo André).

ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO

O angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética hereditária que atinge ambos os sexos. Os portadores apresentam episódios recorrentes de inchaços ao longo da vida, com crises que podem ocorrer de forma espontânea ou em decorrência de fatores desencadeantes, como traumas no local, infecção, alterações hormonais ou cirurgias. O inchaço pode acometer tecidos subcutâneos das mãos, dos pés, da face e dos órgãos genitais, bem como nas mucosas do trato gastrintestinal, da laringe e de outros órgãos internos como o intestino, por exemplo.

“O inchaço que atinge a face, os genitais, as mãos e os pés é geralmente doloroso, desfigurante e debilitante para os pacientes. Já os inchaços abdominais causam dor intensa, náusea, vômito e diarreia, muitas vezes envolvendo acúmulo de líquido no interior do abdômen e perda excessiva de fluídos do plasma”, explica Dra. Anete Grumach, que completa: “As crises de edema laríngeo podem levar ao fechamento das vias áreas superiores e podem ser potencialmente fatais, levando à morte por asfixia. Este quadro é conhecido como ‘edema de glote’, com taxa de mortalidade estimada em 40% nos casos não tratados”.

A estimativa de prevalência do angioedema hereditário é de um caso em 50 mil indivíduos, sem diferenças entre gêneros ou grupos étnicos. Visto que se trata de doença rara – corresponde a aproximadamente 2% dos casos clínicos de angioedema – e devido a apresentação clínica variável, geralmente é mal diagnosticada e, consequentemente, subdiagnosticada.

Mundialmente, em 16 de maio comemora-se o Dia Internacional do Angioedema Hereditário.

Com entrada gratuita, evento será no próximo sábado (13 de maio), em Santo André, no campus da Faculdade de Medicina do ABC