Postado por Akira Suzuki em 25/abr/2024 -
Um grupo de 20 pacientes com lesão na medula espinhal (LME) e sintomas de disfunção erétil está sendo submetido a um estudo-piloto coordenado pela equipe de Urologia do Centro Universitário FMABC, em Santo André. Parte dos pacientes foi selecionada com a colaboração da Rede de Reabilitação Lucy Montoro de Diadema, serviço também sob gestão da Fundação do ABC.
O estudo investiga a eficácia de um neuroestimulador, o CaverSTIM – ainda em fase de testes no Brasil – desenvolvido por uma empresa suíça e que visa melhorar a vida sexual dos pacientes com lesões medulares graves. O dispositivo, implantado por baixo da pele, e com transdutores próximos à região da próstata, lança impulsos elétricos que estimulam a vasodilatação e o fluxo sanguíneo ao pênis. Os impulsos, ativados por meio de um controle remoto sem fio, podem ser adequados conforme a tolerância de cada paciente e ajudam a melhorar a função dos nervos que integram o processo de ereção. O tratamento oferece alternativa a pacientes que não respondem aos medicamentos orais convencionais, como o popular Viagra. Minimamente invasivas, as primeiras quatro cirurgias para implantação do dispositivo já foram realizadas no Hospital Estadual Mário Covas, serviço sob gestão da FUABC. Os outros pacientes devem receber o implante até a metade do ano.
“Já observamos melhora na função erétil dos primeiros pacientes, com diferença da sensibilidade e melhor resposta às medicações. Vamos monitorar os pacientes de seis meses a um ano após a implantação dos dispositivos para avaliação de melhora da função sexual, análise de deficiência do dispositivo e possíveis eventos adversos. Os testes clínicos ainda estão em fase inicial, mas os primeiros resultados mostram-se promissores no sentido de oferecermos mais qualidade de vida a pacientes que não têm controle sobre suas ereções”, disse o urologista Leonardo Seligra, que integra o grupo de estudo da FMABC. Ao final da pesquisa, o paciente pode optar por retirar ou permanecer com o dispositivo. O trabalho é coordenado pelo professor titular da disciplina de Urologia da FMABC, Dr. Sidney Glina.
O estudo segue recrutando novos pacientes, que devem ter entre 18 e 55 anos, possuir lesão traumática da medula espinhal há pelo menos um ano e no máximo há 5 anos e ter disfunção erétil. Só depois de testes clínicos mais avançados é que a startup suíça, Comphya, poderá pedir o registro do CaverSTIM nas agências regulatórias dos países. Interessados em integrar a pesquisa da Urologia da FMABC podem entrar em contato pelo telefone (11) 93241-2086.
Postado por Akira Suzuki em 19/abr/2024 -
A Diretoria Administrativa da Fundação do ABC e a Unidade de Apoio Administrativo realizaram no dia 11 de abril um treinamento em período integral sobre o Regulamento de Compras e Contratação de Serviços de Terceiros e Obras da instituição, documento que disciplina os processos de aquisição e contratação de serviços da entidade.
Com objetivo de trazer mais eficiência, padronização e transparência para os procedimentos de aquisição da FUABC, a capacitação foi direcionada às equipes de compras de três unidades gerenciadas: Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santos, AME Praia Grande e Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental (PAI) – Baixada Santista.
Conforme detalhado no treinamento, a área de compras deve seguir os princípios de transparência, igualdade, impessoalidade e outros termos previstos no Regulamento. Os processos são realizados conforme os valores estabelecidos, com detalhamento de documentações e critérios para cada faixa.
Ainda, a capacitação teve como objetivo alinhar os procedimentos das equipes de compras às diretrizes do Regulamento, como nos casos de solicitação de cotações, análise de propostas, documentação necessária dos fornecedores, critérios para escolha da melhor oferta, além dos casos de compra direta e por exclusividade.
Vale lembrar que as regras para compras e contrações de serviços da Fundação do ABC e de suas unidades foram determinadas a partir do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2019 entre a instituição e o Ministério Público do Estado de São Paulo.
De acordo com o TAC, as aquisições e contratações de serviços da Fundação do ABC – mantenedora e do Centro Universitário FMABC para atividade-meio devem ser conduzidas de forma pública, objetiva e impessoal, com observância da Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Já os processos da atividade-fim seguem o Regulamento Interno de Compras, que também rege as obtenções e contratações de serviços das unidades gerenciadas.
Postado por Akira Suzuki em 19/abr/2024 -
O Hospital Estadual Mário Covas (HEMC), em Santo André, anunciou nesta semana a recertificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) Nível 3, conquistada em 2018 pela unidade de saúde. A certificação representa o grau máximo de excelência em gestão em saúde, melhoria contínua dos processos e maturidade institucional. A confirmação do resultado veio após diversas visitas de manutenção realizadas pelos avaliadores do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), para verificação de conformidade dos critérios de qualidade e segurança do paciente. O HEMC é um dos 44 hospitais públicos do País a ostentar a acreditação ONA nível 3.
Junto ao evento que marcou o anúncio desta recente conquista também foi organizada celebração especial alusiva ao Dia Nacional da Segurança do Paciente, que reuniu o corpo diretivo e colaboradores de diversos setores no auditório da unidade. “No mês em que comemoramos a segurança do paciente, o Hospital Mário Covas segue empenhado em trabalhar em prol do cuidado ao paciente, com segurança, atendimento humanizado e comunicação efetiva. Um dos frutos deste trabalho é, justamente, a recertificação ONA Nível 3, conquistada após a dedicação intensa dos mais 2 mil colaboradores da unidade, entre funcionários diretos e indiretos. É motivo de orgulho representar o hospital no processo de renovação desta certificação tão importante e destinada a poucos hospitais públicos no País”, comemora o diretor-geral da unidade, Dr. Adilson Cavalcante.
A diretora administrativa do hospital, Heloísa Molinari, estendeu o agradecimento às equipes e destacou o valor da certificação no âmbito nacional da saúde pública. “Graças ao trabalho árduo de todos os colaboradores, hoje fazemos parte de um grupo seleto de 44 hospitais públicos do Brasil que é acreditado em nível de excelência. Não podemos passar por esse momento sem agradecer ao envolvimento de todas as equipes. Não é simples o processo de recertificação. Não é apenas um selo ou um banner na parede. Representa enraizar processos, diariamente, da segurança ao cuidado intensivo ao paciente. Nosso trabalho faz a diferença na vida de muitas pessoas”, disse a gestora, que aproveitou a oportunidade para anunciar a entrega da reforma do refeitório do hospital. O espaço recebeu reparos estruturais, adesivos temáticos, troca de piso, iluminação, climatização e nova mobília.
SOBRE A ONA
Desde 1999, a ONA trabalha para que as instituições de saúde no Brasil adotem práticas de gestão e assistenciais que levem à melhoria do cuidado para o paciente. Hoje, mais de 80% das instituições acreditadas no País adotam os padrões ONA. Além de referência nacional, os padrões ONA são reconhecidos no exterior. A ONA é membro da International Society for Quality in Health Care (ISQua), atuando ao lado de instituições que promovem a qualidade da saúde em países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Canadá.
SEGURANÇA DO PACIENTE
A exemplo do serviço de excelência prestado pelo HEMC está o trabalho desenvolvido pela área de Qualidade, que busca o aperfeiçoamento e a inovação da assistência ao usuário mediante a construção de ferramentas de melhoria contínua e correção de eventuais falhas ligadas ao cuidado ao paciente. A enfermeira da área de Qualidade do HEMC, Gisele Rabello, apresentou um boletim informativo sobre dados da área referentes ao primeiro trimestre do ano, com destaque para a importância da notificação de eventos adversos. “A responsabilidade é a principal peça do quebra-cabeça da segurança. O profissional deve notificar tudo o que envolve risco ao paciente ou funcionário, com ou sem dano, pois todas essas sinalizações resultam em oportunidades de melhorias. Só conseguimos melhorar aquilo que conhecemos”, reforça Rabello.
As seis metas internacionais de segurança do paciente preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são: identificar corretamente o paciente; melhorar a comunicação entre profissionais de Saúde; melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; higienizar as mãos para evitar infecções; e reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
O diretor técnico do HEMC, Dr. Celso Alessandro Andrade, fez uma correlação entre a necessidade do cuidado seguro ao paciente e a missão de ser um hospital de ensino referência no Estado de São Paulo e em todo o País. “Sempre tratamos a segurança do paciente com absoluta seriedade. Somos um hospital-escola, estamos suscetíveis a eventos adversos. Por isso a importância do serviço de preceptoria e das orientações constantes aos profissionais em formação, para que possamos praticar uma assistência segura, com acolhimento e empatia durante toda a jornada do paciente no serviço”, explica.
Como forma de estimular a conscientização coletiva, representantes de diversos setores do hospital criaram frases alusivas à segurança do paciente que foram lidas pelos colaboradores durante o evento, realizado em 17 de abril. No fim do mês, o autor da melhor frase ganhará um brinde da Diretoria do hospital.
Postado por Akira Suzuki em 19/abr/2024 -
Nos dias 15 e 16 de abril, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II – Baixada Santista (IIER2), gerenciado pela Fundação do ABC em parceria com o Governo do Estado, recebeu a visita de avaliação para a manutenção da acreditação ONA nível 1, da Organização Nacional de Acreditação, conquistada em setembro de 2023. Foram analisadas as oportunidades de melhorias apresentadas na última visita, tendo como resultado a inexistência de “não conformidades” para a manutenção da certificação.
A unidade segue como pioneira, sendo a primeira instituição de saúde 100% SUS (Sistema Único de Saúde) da Baixada Santista a receber esta certificação.
O IIER2 precisou comprovar que sustentou a qualidade e atendeu aos padrões definidos pela ONA reconhecidos internacionalmente. A metodologia ONA acredita em diferentes níveis, o que permite auxiliar as organizações no desenvolvimento da segurança dos processos, na gestão integrada e na maturidade institucional.
Com foco na segurança do paciente, o IIER2 passou por avaliação minuciosa de uma IAC (Instituição Acreditadora Credenciada) e por equipe de avaliadores habilitada pela ONA, que buscou evidências de conformidade com os padrões do Manual Brasileiro de Acreditação em diversas áreas, entre as quais gestão organizacional, segurança na assistência e áreas de apoio.
O IIER2 segue com o objetivo de buscar os mais elevados níveis de qualidade e espera, em breve, o upgrade da certificação Nível 1 – “Acreditado” para o Nível 2 – “Acreditado Pleno”.
REFERÊNCIA
A Fundação do ABC deu início à gestão plena do IIER2 em 2014. Hospital estadual especializado no atendimento de doenças infecciosas e parasitárias, o equipamento funciona 24 horas por dia e conta com 46 leitos – 33 de enfermaria e 13 de Terapia Intensiva (UTI).
A unidade atende exclusivamente o Sistema Único de Saúde e recebe pacientes encaminhados dos nove municípios que integram a Baixada Santista para o cuidado de diferentes doenças infectocontagiosas, entre as principais HIV/Aids, tuberculose, leptospirose, meningites meningocócicas, complicações por gripe e hepatites.
Além do atendimento médico e de enfermagem, também estão disponíveis exames laboratoriais e de imagem, como raio X, ecocardiograma, colonoscopia e endoscopia. Os pacientes são atendidos mediante encaminhamento do Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (SIRESP).
Com foco em capacitação e treinamento constante das equipes técnicas, periodicamente a unidade organiza as tradicionais edições do “Ciclo de Palestras”, que reúnem centenas de participantes e renomados especialistas da área de Infectologia para orientação e conscientização de funcionários e profissionais da Saúde da Baixada Santista.
Postado por Akira Suzuki em 19/abr/2024 -
O Atende Fácil Saúde Pedro Kassab, unidade médica especializada de São Caetano do Sul, completou um ano de funcionamento em 17 de abril. Até aqui, foram realizados 326.682 atendimentos e distribuídos mais de 15 milhões de unidades de medicamentos. Este é um dos mais modernos equipamentos públicos de Saúde do Brasil, cuja gestão é feita em parceria com a Fundação do ABC.
O Atende Fácil Saúde conta com Centro de Especialidades Médicas, com 19 consultórios, além de Fisioterapia; Centro de Exames e Diagnósticos com ultrassom, tomografia, ecocardiograma e ressonância magnética de última geração, entre outros; e a primeira farmácia pública 24h da região, que funciona os 7 dias da semana, ininterruptamente. Os demais atendimentos, como consultas e exames, são de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, mediante agendamento.
“Estamos comemorando um ano de muito trabalho, ampliando o acesso da população aos serviços de saúde, com oferta de exames de alta complexidade como ressonância magnética, em ambiente totalmente humanizado, e tomografia. Além disso, estamos inaugurando um novo espaço para o Núcleo de Atenção Especializada à Criança e ao Adolescente, que funcionava na Rua Goitacazes”, ressaltou o prefeito José Auricchio Júnior.
Durante o primeiro ano de funcionamento, foram realizados 122.716 exames de imagem e diagnósticos, 102.872 atendimentos na Farmácia 24h, 62.445 consultas com especialistas, 26.728 consultas por Telemedicina e 11.921 atendimentos em reabilitação.
“Temos alcançado elevado padrão de qualidade em nossos serviços, investindo em infraestrutura e em espaços humanizados e acolhedores. O Atende Fácil Saúde reúne serviços avançados, onde o morador pode realizar diversos exames, consultas e procedimentos em um espaço confortável. Com a farmácia 24h, nossos moradores têm a garantia de iniciar seus tratamentos inclusive nos fins de semana e feriados, podendo retirar seus medicamentos a qualquer hora”, explicou a secretária de Saúde, Dra. Regina Maura Zetone.
Morador de São Caetano há quatro anos, Adriano Douglas Sordi, 80 anos, elogia a saúde e toda estrutura da cidade. “Tenho labirintite há alguns anos e tenho vindo muito ao Atende Fácil Saúde. Não existe serviço como este. A cidade está de parabéns. Hoje estou acompanhando minha filha, mas toda a família está usando os serviços da cidade”, destacou.
Mais de 160 profissionais atuam no local, incluindo médicos especialistas (além dos médicos que atendem por Telemedicina), equipe de Enfermagem, funcionários administrativos, entre outros.
Na Farmácia 24 horas também está parte da equipe que realiza o atendimento do FarmaZap, canal exclusivo para receber críticas, sugestões, tirar dúvidas sobre o Remédio em Casa, prestar informações sobre medicamentos de alto custo, onde retirá-los, entre outras. A forma de contato é totalmente on-line, pelo número 4233-8135. Desde seu lançamento, em outubro de 2023, foram atendidos 4.936 chamados.
JUVENTUDE
No dia 2 de abril, o Atende Fácil Saúde recebeu o Núcleo de Atenção Especializada à Criança e ao Adolescente, antiga USCA, que funcionava na Rua Goitacazes. O espaço funciona em oito salas do setor Rosa Claro. O serviço atende, em média, 1,3 mil pacientes por mês nas seguintes especialidades: endocrinopediatria, cardiopediatria, gastropediatria, nefropediatria, hebiatria, neuropediatria e pneumopediatria.
Postado por Akira Suzuki em 17/abr/2024 -
Gerenciado pela Fundação do ABC em parceria com o Governo do Estado, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro de Diadema marcou presença no XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação, promovido entre 12 e 14 de abril no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O encontro reuniu gestores de diversas unidades da Rede Lucy Montoro de todo o Estado de São Paulo para discussão e divulgação de temas científicos ligados à reabilitação física, desafios sobre mobilidade e inovações tecnológicas.
A apresentação sobre a Rede Lucy Montoro de Diadema foi conduzida pela fisiatra e coordenadora médica da unidade, Marcella Coppini. A gestora também integrou uma mesa de debates sobre o tema “Ajudas técnicas e os desafios da funcionalidade – uma proposta da rede de reabilitação para o Brasil”. “Foi uma oportunidade incrível de troca de experiências, atualização do conhecimento e acesso às mais recentes inovações na área de medicina física”, disse Marcella. A mesa foi coordenada pela professora Linamara Battistella, professora titular de Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Os gestores das unidades do Lucy Montoro de todo o Estado apresentaram números de Órteses, Próteses e Meios de Locomoção (OPM) de suas unidades e integraram diversas rodas de discussão durante os três dias de evento. Ao todo, participaram mais de 150 palestrantes nacionais e internacionais. Foram mais de 50 horas de conteúdo, com os avanços recentes na área e as melhores práticas desenvolvidas na especialidade de fisiatria.
O congresso abordou temas relacionados à lesão medular, osteoartrite e osteoporose, reabilitação pediátrica, tecnologia e reabilitação, canabinoides na reabilitação, medicina integrativa, reabilitação de amputados, entre outros. A programação atendeu às necessidades de profissionais e pesquisadores da área interessados em promover bem-estar e qualidade de vida aos pacientes.
Postado por Akira Suzuki em 16/abr/2024 -
Como parte dos esforços do Planejamento Estratégico e visando à transformação digital, a Fundação do ABC (FUABC) realizou na manhã de hoje (16 de abril) um encontro sobre o Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Trata-se de uma plataforma para a gestão digital de documentos e processos, desenvolvida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e utilizada em todo o Governo do Estado de São Paulo, incluindo a Secretaria de Estado da Saúde.
O sistema foi apresentado por Juliano Rodrigues Pinto, assessor técnico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, ele navegou pelo sistema em tempo real, criando cenários e exemplos que elucidaram a eficácia do sistema para os participantes. Juliano destacou que o SEI foi implementado em todo o Governo do Estado, trazendo grandes vantagens para os usuários, tanto do poder público quanto para os usuários externos. “A nossa experiência mostra que foram grandes os avanços em relação à agilidade, à economicidade pela eliminação do uso de papel, entre outros benefícios. A adoção de uma ferramenta como o SEI pela Fundação do ABC certamente traria melhorias significativas para os processos da entidade em um novo cenário de transformação digital,” afirmou Juliano.
O presidente da FUABC, Dr. Luiz Mário Pereira de Souza Gomes, esteve presente no encontro, assim como todo o corpo diretivo da entidade, além de convidados do Hospital Geral de Carapicuíba e do Complexo de Saúde de São Caetano do Sul.
O evento foi intermediado pelo Prof. Osmar Mikio Moriwaki, consultor empresarial com 40 anos de experiência no setor público da saúde e 25 anos de docência no ensino superior, e que atua como consultor no Núcleo de Governança da Fundação do ABC. “Hoje iniciamos uma discussão essencial sobre a digitalização de documentos e processos, uma prática que acompanhei desde o projeto Sem Papel até sua evolução para o SEI no Governo do Estado. Trazer essa experiência para a alta gestão da Fundação do ABC é crucial neste momento de discussão sobre a transformação digital da entidade. Foi um encontro proveitoso e estamos apenas no início de um trabalho que ainda terá muitas outras etapas”, comentou Mikio.
Com esse encontro, a Fundação do ABC dá um passo importante para entender e avaliar a implementação de novas práticas de gestão documental digital em suas operações, em busca da transformação digital e da completa eliminação de papel em suas operações.
MODERNIZAÇÃO
O Sistema Eletrônico de Informações é uma plataforma criada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que foi adotada pelo Governo do Estado de São Paulo como parte do esforço de modernização administrativa, substituindo o Programa Sem Papel. Este programa inicial buscava reduzir a dependência do papel nas atividades governamentais, promovendo processos mais ágeis e ecológicos. Ao adotar o SEI, o governo ampliou esses objetivos, introduzindo uma ferramenta que permite a gestão eletrônica completa de documentos e processos. Com capacidades de criação, edição, assinatura e trâmite totalmente digital e seguro, o SEI beneficia tanto funcionários públicos em sua eficiência operacional quanto cidadãos e entidades externas, facilitando o acesso e a interação com serviços governamentais de maneira mais rápida e transparente.
Postado por Akira Suzuki em 12/abr/2024 -
O dia 11 de abril foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde como a data para celebrar a conscientização contra a doença de Parkinson. Em número de casos, trata-se da segunda maior patologia degenerativa do sistema nervoso central, com uma estimativa de 4 milhões de pacientes no mundo e cerca de 200 mil deles no Brasil.
Caracterizada pelos tremores com o corpo em estado de repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e lentificação dos movimentos, a doença não tem cura, e a expectativa é de que o número de casos seja ainda maior nas próximas décadas, por conta do envelhecimento da população.
No entanto, a doença de Parkinson conta com tratamento, que permite melhorar a qualidade de vida e uma rotina ativa para seus pacientes. Na região do Grande ABC, o serviço de referência é o Ambulatório de Distúrbios de Movimento do Centro Universitário FMABC, que atende mais de 250 pacientes com a doença.
O serviço é especializado no cuidado aos pacientes de Parkinson há mais de 18 anos, e atende os casos que são encaminhados pelas unidades básicas de saúde da região. Por conta disso, a integração entre os especialistas do ambulatório e os profissionais da atenção primária é considerada fundamental.
No ambulatório da FMABC os pacientes são atendidos por profissionais de diversas áreas, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fonoaudiólogos. Essa abordagem multidisciplinar permite que o caso seja tratado em várias frentes em busca da desaceleração da doença.
Apesar das dificuldades trazidas pela doença de Parkinson, Dra. Margarete de Jesus Carvalho, coordenadora do ambulatório de Distúrbios de Movimento, explica que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado costumam trazer efeitos bastante positivos na vida dos pacientes.
“Apesar da doença não ter cura, é possível fazer com que ela não avance tão rápido. Os medicamentos correspondem a cerca de 40% do tratamento. O resto cuidamos com a abordagem multidisciplinar, que ajuda a determinar os próximos passos no cuidado ao paciente e faz com que ele consiga viver bem, apesar das limitações”, explica a neurologista.
Postado por Maíra Oliveira em 11/abr/2024 -
Dirigentes de diversas unidades gerenciadas pela Fundação do ABC participaram, dia 9 de abril, de um treinamento sobre Gerenciamento do Sangue do Paciente (Patient Blood Management – PBM), conduzido pelo professor Dr. Carlos Eduardo Panfilio, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). O encontro foi sediado no auditório Dr. David Uip, no campus do Centro Universitário FMABC, em Santo André, e reuniu 33 colaboradores de diversas unidades da FUABC.
O objetivo da ação foi expor mecanismos alternativos à transfusão de sangue com base em evidências científicas, redução de gastos e evolução clínica do paciente. Caso seja prescrita sem a real necessidade, a transfusão sanguínea pode estar associada a aumentos dos riscos de infecções, do tempo de internação, da morbidade e da mortalidade.
Professor e pós-doutorando na área de Patient Blood Management, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hematologia e Oncologia pela Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), o palestrante fez importantes alertas quanto à generalizada ausência de critérios para a prescrição de transfusão de sangue nos serviços de saúde de todo o Brasil, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar. O PBM estabelece que é possível utilizar opções terapêuticas mais eficazes à saúde do paciente, como melhorar o índice de hemoglobina do paciente com uso de medicamentos e/ou aparelhos específicos, além de utilização de técnicas cirúrgicas. Ainda considerado um debate em estágio inicial no Brasil, o objetivo da discussão é transformar o PBM em política pública de saúde.
“Isso é inovação. É um trabalho que precisa ser multiplicado no Brasil e que exige uma atuação interprofissional, com troca de experiências, exercício do diálogo e aprendizagem compartilhada. Não dá para deixar apenas na mão do médico. É preciso mudar a linha de cuidado do paciente desde a admissão até o pós-operatório. Há evidências científicas já publicadas que comprovam que os riscos da transfusão sanguínea superam os benefícios. Mas, sem conhecimento não há mudança de comportamento. Precisa haver uma mudança de paradigmas”, alerta Panfilio. A mudança consiste, inclusive, na inserção de disciplinas sobre o tema nos cursos de graduação em Medicina, com foco no aprimoramento técnico do ensino para médicos em formação.
Gastos com armazenamento, processamento, infusão, estoque, transporte e coleta estão entre os maiores agravantes deste cenário. O uso de hemocomponentes é uma prática dispendiosa para o SUS, que necessita e utiliza tecnologia de ponta e recursos humanos altamente especializados. Além disso, seu fornecimento está diretamente relacionado à doação voluntária, o que fragiliza o processo. “Não estou pregando a ‘não transfusão’. Não se trata disso. No entanto, é preciso olhar para a transfusão como um transplante, pois há diversos riscos envolvidos que podem ser evitados. Quem não tolera a anemia é o profissional de saúde, não o paciente”, completa o professor.
O PBM consiste, na prática, na combinação de medicamentos, equipamentos e/ou técnicas cirúrgicas que envolvem basicamente quatro princípios: controlar a perda de sangue; maximizar a tolerância à anemia; aumentar a hematopoiese (formação de células sanguíneas); e tomar decisões centradas no paciente. Neste sentido, o PBM muda o foco da transfusão de sangue estocado para a elaboração de medidas preventivas, gerenciando de maneira otimizada o sangue do próprio paciente.
MOGI DAS CRUZES
Em março, a FUABC apoiou a implantação do Programa de Gerenciamento de Sangue no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (HMMC). A atividade que marcou o pontapé inicial da iniciativa também contou com a participação do professor Dr. Carlos Eduardo Panfilio, em parceria com a Secretaria de Saúde do município.
“Além de ser assistencialmente encantador, em razão dos benefícios para a saúde dos pacientes, financeiramente o projeto pode trazer um ganho importante às unidades. É perfeitamente aplicável se cada um se dedicar e entender a importância deste programa. Ficamos à disposição de todas as unidades para colaborar neste processo”, disse a gerente administrativa de Projetos da Fundação do ABC, Vanessa Damazio de Brito.
CONCEITO
O conceito de PBM foi aprovado em 2010 pela Assembleia Mundial da Saúde e foi foco, em 2011, do Fórum Global para a Segurança do Sangue promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2017, o PBM foi recomendado como padrão de atendimento pela Comissão Europeia e, em 2019, tornou-se o padrão de manejo dos pacientes em todos os hospitais da Austrália. A Joint Commission International (JCI), líder mundial em certificação de organizações de saúde, também promoveu o PBM como modalidade eficaz de melhoria da qualidade para hospitais e outras organizações de assistência à saúde. No mundo, países como China, Canadá e Austrália atualmente possuem as condutas mais avançadas e inovadoras quanto ao gerenciamento de sangue do paciente.
Postado por Akira Suzuki em 10/abr/2024 -
Recentemente renomeado como Hospital do Câncer de São Bernardo Padre Anchieta (ex-Hospital Anchieta), este equipamento público se estabeleceu como uma referência regional no tratamento do câncer, consolidando-se como o centro principal para todos os serviços de atendimento à patologia na rede municipal. No Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado em 8 de abril, o Hospital é destacado pela sua média mensal de 4,7 mil atendimentos, incluindo consultas, internações, sessões de quimioterapia, radioterapia e pronto atendimento.
Oferece uma estrutura moderna, com alas recentemente reformadas para garantir maior conforto e segurança aos pacientes durante o tratamento. Um exemplo é o setor de quimioterapia, que foi expandido para oferecer 18 posições de tratamento, com leitos privativos, além da instalação de dois novos consultórios médicos e uma farmácia de manipulação de quimioterápicos, de acordo com as normas sanitárias vigentes. Atualmente, são realizadas em média 740 sessões de quimioterapia por mês.
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, destaca que os investimentos em Saúde, além dos 15% do orçamento municipal previstos por lei, garantem a qualidade dos serviços em toda a rede. “Nosso compromisso com a constante atualização de equipamentos, manutenção, modernização e capacitação profissional nos coloca como a melhor rede de saúde da região, como demonstram os números”, enfatizou.
RADIOTERAPIA PIONEIRA
São Bernardo foi pioneira na região do Grande ABC ao oferecer o serviço de radioterapia pública, disponibilizado dentro do Hospital do Câncer Padre Anchieta. Essa iniciativa faz parte de um projeto de expansão nacional viabilizado pela Prefeitura em parceria com o Ministério da Saúde. A unidade realiza em média 1.016 sessões de radioterapia por mês, com um tempo de espera para o início do tratamento que não ultrapassa dez dias. Os pacientes são encaminhados para o tratamento através das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), utilizando a central de regulação municipal.
Desde sua inauguração, em dezembro de 2022, o número de sessões de radioterapia mais do que dobrou, evidenciando a importância deste tratamento no combate ao câncer. O secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple, ressalta que a radioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento oncológico, sendo necessário para cerca de 60% dos pacientes em algum momento do seu processo terapêutico.