Palestra sobre Dia Nacional da Mamografia no Nardini

Publicado em: 06/02/2013

O Hospital Dr. Radamés Nardini-FUABC, de Mauá, promoveu neste  8 de fevereiro palestra de representantes da Associação Viva Melhor para lembrar o Dia Nacional da Mamografia, transcorrido em 5 de fevereiro. A Associação Viva Melhor é formada por mulheres que já se submeteram à mastectomia, procedimento indicado às pacientes que necessitam retirar a mama total ou parcialmente após a evolução de um câncer. O objetivo da palestra é conscientizar mulheres sobre a importância do exame que pode antecipar o diagnóstico da doença, que mata cerca de 12 mil mulheres por ano no País e responde por 22% dos casos novos de câncer.

Também a psicóloga clínica Joana Bielewiez, especialista em Medicina Psicossomática e voluntária da Refema (Rede Voluntária de Combate ao Câncer de Mauá), falou sobre aspectos emocionais que interferem na recuperação da paciente após a cirurgia.

O encontro  no auditório do hospital, no 2º andar, teve participação aberta ao público. Duas integrantes da Associação Viva Melhor deram depoimentos sobre a descoberta da doença, etapas do tratamento, importância do autoexame e diagnóstico precoce. Fundada em 1999, a entidade que funciona em Santo André fornece atendimento psicológico às pacientes, empréstimo de perucas e doação de próteses mamárias produzidas por voluntárias. As participações em palestras nas redes de saúde dos municípios do Grande ABC já fazem parte da atuação da equipe. “É um trabalho de formiguinha. Queremos que as mulheres repassem o que ouvem. A informação não pode ficar parada”, diz Vera Emilia Chiavelli.

O encontro, realizado em parceria com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Mauá e a Fundação do ABC, gestora do hospital, contou com a presença do superintendente Morris Pimenta e Souza.

Importante prevenir

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, principalmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Os dados mais atualizados sobre óbitos divulgados pelo órgão indicam que, em 2010, 12.705 brasileiras morreram em decorrência da doença. No ano passado, mais de 50 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença no País. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres entre 40 e 69 anos de idade submetam-se uma vez por ano a mamografia, cujo Dia Nacional foi criado em 2008.

O câncer de mama é a primeira causa de morte de mulheres por tumor no País. Entre os óbitos por doenças do sexo feminino a doença perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).