Praia Grande está em alerta para doenças transmitidas pelo aedes

Publicado em: 18/12/2015

O alerta para observação de sintomas de doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti foi a pauta de um treinamento realizado dias 8 e 9 de dezembro, no anfiteatro do Hospital Municipal Irmã Dulce de Praia Grande. A capacitação reuniu profissionais de saúde que atuam na rede básica, da Secretaria de Saúde Pública (Sesap), e equipes do Pronto-Socorro Central, UPA e Hospital Municipal. O objetivo é ficar atento aos relatos e orientar pacientes para que não favoreçam a proliferação de criadouros.

Além de fazer as devidas notificações de suspeitas, profissionais de Enfermagem, médicos e demais trabalhadores da saúde estão cientes de que não podem deixar passar qualquer informação importante, que possa orientar o trabalho da Divisão de Vigilância Epidemiológica e Divisão de Zoonoses, ambas da Sesap, nas ações de prevenção contra a dengue, chikungunya, Zika vírus e outras possíveis derivações de doenças transmitidas pelo mosquito.

De acordo com a médica Leila Prieto, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesap, a abordagem do paciente com suspeita de uma das doenças deve ser feita de forma bastante apurada. “É preciso questionar a pessoa para saber tudo que possa orientar as suspeitas, apurando se viajou nos últimos 15 dias, para onde foi, com quem foi, se alguém esteve doente, qual a doença e todas as informações possíveis, que indiquem como pode ter sido infectada”, disse.

Dengue, chikungunya, Zika vírus e malária estão na relação das doenças consideradas de notificação compulsória, ou seja, que devem ser obrigatoriamente registradas pelos órgãos públicos de saúde. A recomendação obedece portaria do Ministério da Saúde, que prevê a medida para situações que podem representar potencial ameaça à saúde pública com ocorrência de surto ou epidemia.

O objetivo das anotações é monitorar os indicadores para que sirvam como alerta precoce para o sistema de vigilância. A medida também padroniza os procedimentos normativos relacionados à notificação compulsória por meio da estratégia de vigilância no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

DESCUIDO

Conforme as agentes de controle de endemias, da Divisão de Controle de Zoonoses da Sesap, a melhor forma de se proteger contra os riscos de contaminações por dengue ou demais doenças ocasionadas pelo mosquito, principalmente o Zika vírus e chikungunya, é eliminando criadouros. O controle mecânico como limpeza de calhas, proteção de ralos e de vasos de plantas são os principais cuidados que devem ser transmitidos aos pacientes nas unidades de saúde.

Segundo a agente de controle de endemias, Roseli Araújo, estes descuidos estão sendo os mais detectados, conforme dados obtidos recentemente pelo setor. “O Ministério da Saúde preconiza um índice larvário de 1% na cidade e atualmente estamos com 2,8%, o que se pode atribuir à falta de atenção nos domicílios. Se não houver colaboração da população, ficará difícil evitar uma epidemia”, alertou.