Publicado em: 15/01/2016
A Prefeitura de Santos e a Fundação do ABC inauguraram em 15 de janeiro a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, que funciona na Vila Mathias – Rua Joaquim Távora, 260. O novo equipamento de saúde responde pelos atendimentos médicos de urgência e emergências, cujas estimativas mensais são de 12 mil procedimentos de exames diagnósticos, 17.500 atendimentos/procedimentos ambulatoriais, 300 saídas em observações clínicas e 2 mil procedimentos odontológicos.
Caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, entidade filantrópica de assistência social, saúde e educação, a Fundação do ABC foi considerada em 15 de julho de 2015 vencedora do chamamento público para escolha da
Organização Social que responderia pela gestão da UPA Central. Dessa forma, tanto a área clínica-assistencial como os setores administrativos estão sob comando da FUABC. Conforme filosofia da instituição, os trabalhos ocorrerão sob o conceito de gestão compartilhada, pelo qual a FUABC seguirá diretrizes pré-estabelecidas pelo município, tendo como objetivos centrais a otimização de recursos, a oferta de atendimento humanizado e resolutivo aos usuários, com foco em metas, indicadores de qualidade e produtividade.
A UPA Central ocupa três dos seis pavimentos da edificação (subsolo, térreo e primeiro andar). Os outros andares serão utilizados para cursos de pós-graduação e laboratórios da Fundação Lusíada – responsável pela construção do prédio.
O novo equipamento, que substituirá o Pronto-Socorro Central da cidade, proverá mais conforto aos usuários e agilidade no atendimento, pois estará integrado às policlínicas e aos hospitais do município, funcionando todos os dias durante 24 horas. A unidade também oferece melhor infraestrutura para os profissionais de saúde e maior conforto aos pacientes do PS Central. “Nossa expectativa é de que o número de atendimentos diários na UPA Central seja em torno de 600. O PS Central atendia em torno de 450 pessoas/dia, mas na UPA iremos agregar outros serviços”, explica o secretário municipal de Saúde, Marcos Calvo.
O programa de Acolhimento com Classificação de Risco teve continuidade na UPA Central. A medida visa garantir que pacientes em sofrimento intenso, com risco de morrer ou com quadro clínico agravado sejam atendidos primeiro. Ao chegar à unidade, passarão por avaliação prévia com enfermeiro e serão classificados por cores, que indicam a gravidade do caso: vermelha (prioridade zero) = emergência; amarela (prioridade 1) = urgência; verde (prioridade 2) = não urgente; e azul (prioridade 3) = baixa complexidade.
Outro benefício à população é a expansão do atendimento. “Prevemos uma ampliação mínima de 50% na capacidade de atendimento da rede municipal”, avalia Marcos Calvo.
A UPA Central de Santos conta com Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT), Eletrocardiograma 24 horas, Farmácia, Patologia Clínica, Laboratório de Análises Clínicas e Diagnóstico por Imagem. Também estão disponíveis áreas de apoio em Nutrição e Dietética, Lavanderia e Rouparia, Limpeza Hospitalar, Manutenção, Vigilância e Controle de Acesso, Almoxarifado, Estoque e Logística, além de transporte por Ambulância Suporte Básico, entre outros serviços.
A Fundação do ABC também dispõe de plano estratégico de qualidade, que envolve indicadores e metas pré-estabelecidas pela Secretaria Municipal de Saúde. Nesse plano está inserido o Serviço de Atenção ao Usuário (SAU), responsável pelo registro de sugestões, reclamações e pelas orientações aos usuários da unidade. Além disso, o SAU é quem coordena as Pesquisas de Satisfação do Usuário, tanto a pesquisa aplicada como a espontânea, que serão analisadas mensalmente. Esses instrumentos nortearão periodicamente ações de melhorias, projetos e adequações necessárias na UPA Central de Santos.
Iniciativa do Governo Federal, as Unidades de Pronto Atendimento – também conhecidas como UPAs 24h – integram a rede de urgência e emergência e caracterizam-se como componente pré-hospitalar fixo. São implantadas em locais estratégicos, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências. Com atendimento à demanda espontânea e referenciada, têm como objetivos oferecer à população serviço de pronto atendimento e exames correlatos, reduzir o tempo de espera nessa área e melhorar a assistência, além de diminuir a sobrecarga das unidades hospitalares municipais.
ESTRUTURA DE PONTA
O prédio da UPA Central de Santos possui 6,4 mil m² de área construída, sendo 3,84 mil m² destinados às áreas de atendimento e administração. A configuração de 80% dos ambientes foi feita em drywall (gesso pré-moldado, de menor espessura). “O material permite que haja reconfigurações do espaço sem necessidade de grandes obras”, explica o secretário de Saúde Marcos Calvo.
Em termos de sustentabilidade, há aproveitamento da luz natural no hall de entrada e nos banheiros, além de torneiras ecológicas que evitam desperdício de água. A UPA é 100% climatizada e conta com gerador emergencial, que fornece energia para o sistema de ar-condicionado por até quatro horas. Dentro dos padrões exigidos por lei, a unidade tem sistema contra incêndio e itens de segurança conforme recomendação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
SISTEMA INTEGRADO
A UPA Central é o primeiro equipamento de urgência e emergência que funcionará sob o novo sistema de informações em saúde de Santos, em fase de implantação, visando integrar dados de todos os serviços e unidades da rede municipal de saúde.
Para isso, as equipes de colaboradores da unidade passaram por capacitação prévia à inauguração. Ministrado por consultores da empresa MV Sistemas, o treinamento também buscou promover a integração e a troca de experiências entre os cerca de 200 funcionários, entre servidores e profissionais da Fundação do ABC.
Uma das participantes foi a auxiliar de saúde bucal, Sirlene Aparecida Bonfim, servidora há 25 anos na Prefeitura. “A informatização propiciará mais acolhimento no atendimento ao usuário. Com essa estrutura, teremos melhores condições de trabalho para prestar uma boa assistência”, considerou.
A equipe de enfermagem também passou por treinamentos, com foco na rotina da UPA, práticas de parada cardiorrespiratória, coletas de laboratório e sobre os equipamentos da unidade. Funcionária pública há quase cinco anos no PS Central, a técnica de enfermagem Vanessa Rodrigues da Silva mostrou-se otimista com o novo ambiente. “Optei por trabalhar aqui, pois será importante profissionalmente. Com melhores equipamentos será bom para a população e para toda a equipe”.
Para o enfermeiro da Fundação do ABC, Luiz Carlos dos Santos, “a população estará muito bem assistida pela equipe e pelo espaço físico, com acolhimento e humanização”.