Professores da Medicina ABC lançam livro sobre “Dificuldades Escolares”

Publicado em: 28/06/2017

Noite de autógrafos em 30 de junho (sexta-feira) também será marcada pela 4ª edição do CINENEA, que apresentará o filme “Mãos talentosas”

 

O Núcleo Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC (NEA-FMABC) programou para 30 de junho (sexta-feira) a quarta edição do “CINENEA” – atividade cujo objetivo central é proporcionar encontros educativos e lúdicos, assim como a troca de informações e experiências dentro de temas diversos nas áreas de educação e saúde. Desta vez, o encontro será precedido pelo lançamento do livro “Dificuldades escolares: um desafio superável”. As atividades ocorrerão a partir das 18h no Anfiteatro David Uip, no próprio campus universitário em Santo André (Av. Lauro Gomes, 2.000, Vila Sacadura Cabral). A entrada é gratuita.

DESAFIO SUPERÁVEL

A partir das 18h, terá início a sessão de autógrafos da terceira edição do livro “Dificuldades escolares: um desafio superável”. Com 320 páginas, a obra é assinada pela coordenadora do NEA-FMABC, a psicóloga, neuropsicóloga e psicopedagoga Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, e pelo neuropediatra, professor da disciplina de Neurologia da FMABC e presidente da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), Dr. Rubens Wajnsztejn.

Ao todo são 22 capítulos, que abordam questões diversas relacionadas às dificuldades escolares de maneira multiprofissional e interdisciplinar, com participação de diversos especialistas colaboradores. Publicado pela editora Pampaideia, o livro tem por objetivo discutir os principais temas do neurodesenvolvimento relacionados, principalmente, à aprendizagem. Busca ser fonte de consulta para educadores e profissionais da saúde, e apresentar, de forma clara e didática, a importância da sinergia e do trabalho em equipe na relação entre as atividades em sala de aula e o atendimento clínico.

“Dar a chance ao aluno de ser avaliado com estratégias específicas à sua demanda é uma forma real de salvar uma vida psiquicamente, pois um aluno não é uma nota, mas sim a soma de suas diversas vivências pedagógicas e sociais dentro do processo de aquisição do conhecimento e da aprendizagem”, assegura Alessandra Wajnsztejn.

Dr. Rubens Wajnsztejn

Alessandra Caturani Wajnsztejn

Segundo a especialista, hoje são muitas as crianças, adolescentes e universitários com dificuldades de aprendizagem decorrentes de diversos quadros do neurodesenvolvimento, entre os quais a dislexia, a discalculia, a comunicação e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). “São pacientes que, muitas vezes, além do tratamento médico e terapia, necessitam de trabalhos diferenciados por parte da escola para adaptar e superar obstáculos no ensino e acompanhar o rendimento dos demais estudantes. Precisamos compreender que o ser humano não se resume a uma única forma de aprender, transmitir, trocar, avaliar e constatar o conhecimento”, alerta a coordenadora do NEA-FMABC.

De acordo com Alessandra Wajnsztejn, a parceria com algumas escolas na região do ABCD cresceu “de forma promissora” nos últimos 15 anos. Entretanto, ainda são poucas as instituições que buscam alternativas específicas para driblar as dificuldades dos alunos. “É fundamental oportunizar estratégias de ensino, avalições e correções adaptadas às necessidades e desafios singulares dos alunos. Afinal, somos todos iguais em nossas diferenças e todos diferentes em nossas igualdades, porque, simplesmente, somos únicos”, garante a especialista, que completa: “As avaliações, tratamentos e estratégias educacionais devem ocorrer dentro de uma escola aberta, juntamente com o envolvimento da família, do estudante e dos profissionais que o acompanham. Todos devem se propor a ter movimento ativo e a complementar, inclusive, na área da cidadania”.

Membro fundador do Núcleo Especializado em Aprendizagem da FMABC, o neuropediatra Dr. Rubens Wajnsztejn reforça: “Quando a escola adota procedimentos diferentes entre os alunos, como provas orais em lugar de dissertativas, o objetivo é corrigir desvantagens decorrentes dos quadros do neurodesenvolvimento. Seria como usar óculos. O acessório apenas corrige uma desvantagem, sem trazer vantagem alguma quando comparado a quem não precisa usar. A avaliação diferenciada para um aluno com dislexia segue essa mesma filosofia”, exemplifica o professor da FMABC e presidente da SBNI.

MÃOS TALENTOSAS

Baseado em uma história real, o filme “Mãos talentosas” marcará o 4º CINENEA, às 19h50, ao contar a trajetória de Ben Carson, representado pelo ator Cuba Gooding Jr. O protagonista é um neurocirurgião, que ficou mundialmente famoso por conseguir feito grandioso na medicina: separar gêmeos siameses unidos pela cabeça. Em 1987, Carson viaja para a Alemanha para encontrar um casal que deu à luz a gêmeos siameses. Após o encontro, ele investe 4 meses de sua vida em pesquisas e formula plano para que sua intervenção obtenha sucesso. A confiança conquistada ao longo dos anos em nada lembra o garoto Carson na infância, criado apenas pela mãe e ridicularizado na escola por suas notas baixas. Diante dessa situação, a mãe toma uma atitude que mudaria a vida dele para sempre. Trata-se de história de fé, estudo e superação.