Publicado em: 28/08/2015
Parceria entre Governo do Estado e Fundação do ABC, o Hospital Estadual de Francisco Morato “Prof. Carlos da Silva Lacaz” (HEFM) acaba de divulgar os resultados de junho referentes ao pronto-socorro, pelos quais é possível observar redução de 30% nos atendimentos do setor. A diminuição é fruto do trabalho de classificação de risco segundo o Protocolo de Manchester, que permite melhorar a dinâmica de atendimentos, agilizar processos e organizar a assistência segundo a gravidade dos casos.
“Iniciamos o Protocolo de Manchester em fevereiro e, no mês seguinte, já pudemos observar queda substancial nos atendimentos de porta do PS. A classificação de risco tem sido fundamental para qualificarmos os atendimentos de urgência e emergência, assim como para diminuirmos a demanda a partir da orientação de casos não urgentes”, explica o superintendente do hospital, Nelson Seixas, que calcula: “Com a implantação do protocolo, conseguimos reduzir os atendimentos de porta de 3.000 para 1.980 casos por mês”.
O Protocolo de Manchester é um sistema internacional usado em 19 países para classificar os usuários de acordo com a gravidade do quadro clínico. Desenvolvido pelas áreas técnica e de enfermagem, o sistema adotado no pronto-socorro de Francisco Morato é considerado ação prioritária pela Diretoria da unidade e visa garantir que pacientes em sofrimento intenso, com risco de morrer ou com quadro clínico agravado sejam atendidos primeiro.
Dessa forma, os pacientes são pré-avaliados e classificados por cores. Casos com a cor vermelha são gravíssimos e o atendimento é imediato. Em seguida, a prioridade é dos muito urgentes, de cor laranja, que sinaliza pacientes graves, com risco significativo e que devem ser assistidos o mais rápido possível. O terceiro nível é o das situações urgentes, de gravidade moderada e sem risco imediato, seguido pelos pouco urgentes (verde), que têm condições de aguardar atendimento, assim como os não urgentes (azul), que também podem esperar ou procurar uma Unidade Básica de Saúde.
REATIVAÇÃO DA CME
O Hospital Estadual de Francisco Morato “Prof. Carlos da Silva Lacaz” reativou em 20 de maio a Central de Material e Esterilização (CME). Até então, o trabalho era realizado por empresa terceirizada. “Com a adequação de instalações, conseguimos agilizar a disponibilização de materiais cirúrgicos e, consequentemente, ganhar tempo entre cirurgias”, afirma o superintendente do HEFM, Nelson Seixas, que acrescenta: “O tempo de transporte dos materiais cirúrgicos do hospital até a empresa de esterilização terceirizada tinha grande impacto no agendamento de procedimentos e também no dimensionamento de estoques. Com a reativação da CME, conseguimos otimizar os processos e recursos hospitalares, além de reduzir custos contratuais com a prestadora dos serviços”.
A Central de Material e Esterilização é responsável pela desinfecção de instrumental cirúrgico, materiais e rouparia do centro cirúrgico. Na lista dos principais itens esterilizados estão umidificadores, inaladores, kits e caixas cirúrgicas, que acomodam dezenas de tipos de pinças, tesouras e bisturis, entre outras ferramentas de trabalho que necessitam de cuidados específicos antes do reuso.