Publicado em: 19/07/2013
Parceria entre Central de Convênios-FUABC e Prefeitura, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Bernardo completou 5 anos em 27 de junho último. Ao longo dos anos, o serviço de urgência tem conquistado a confiança da população: de 2008, ano de criação, até 2012 foram 130.388 atendimentos na cidade. No primeiro ano foram 8.203 chamados. O número saltou para 23.824 em 2009, 31.758 em 2010 e 38.305 em 2011. Ano passado foram 28.298 atendimentos.
Para comemorar a data, técnicos dos serviços de resgate de toda a região do ABCD participaram de workshop no anfiteatro da Universidade Bandeirante (Uniban), que abordou temas como atendimento a ocorrências com múltiplas vítimas, cuidado com pacientes psiquiátricos, capacitação em motolâncias, interação com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, assim como conduta das equipes em cenas de crime.
Entre os palestrantes esteve o secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, que na época em que trabalhou no Ministério da Saúde contribuiu para implantação do Samu no Brasil. Outro profissional presente ao encontro foi o médico Paulo de Tarso Monteiro Abrahão, titular da Coordenação Geral de Urgência e Emergência (CGUE), do Ministério da Saúde, e que possui mais de 20 anos de experiência na área.
Atendimento de urgência
Mantido por meio de convênio com o Governo Federal, o Samu dispõe de médicos, enfermeiros e outros profissionais preparados para atender aos chamados 24 horas por dia. Em São Bernardo, para agilizar a prestação de socorro, o Samu conta com bases descentralizadas em pontos estratégicos, incluindo as nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município. A solicitação de socorro deve ser feita pelo 192, número que gera ligação gratuita tanto de telefones fixos como de celulares. As ligações são recebidas por um médico regulador, responsável pela avaliação do caso.
O profissional dá as primeiras orientações sobre o socorro enquanto o usuário aguarda a chegada da ambulância, além de comunicar unidades de pronto atendimento e hospitais públicos sobre o encaminhamento do paciente. Em casos de menor gravidade, o médico pode orientar a pessoa a procurar a unidade de saúde mais próxima.
Em geral, o Samu deve ser acionado em situações de colisão entre veículos com vítimas, acidentes com múltiplas vítimas, acidentes com produtos perigosos, trabalho de parto em andamento, suspeita de enfarto ou derrame, intoxicações e insuficiência respiratória.
O coordenador do SAMU de São Bernardo, Rodrigo Sacchi, aconselha que, ao telefonar para o 192, os munícipes tenham calma e respondam às perguntas formuladas pelo médico que atende a chamada. “Muitas vezes a pessoa fica ansiosa e incomodada com as perguntas, mas é fundamental que o médico tenha informações precisas sobre o estado de saúde da vítima, para que possa determinar qual o tipo de ambulância necessária, a prioridade do atendimento e para qual serviço de saúde deverá ser o encaminhamento”, explica Sacchi, que adverte para os transtornos causados pelos trotes, que hoje correspondem a cerca de 30% das ligações telefônicas. “As perguntas que são feitas a quem faz a chamada também têm o objetivo de identificar se é um trote, mas nem sempre é possível confirmar isso. Quando a ambulância é deslocada desnecessariamente, ela deixa de atender pessoas que realmente precisam de ajuda e isso pode significar perda de vidas”, afirma.