São Bernardo zera fila de espera para tratamento de equoterapia

Publicado em: 05/07/2018

Prefeitura assina contrato com empresa especializada no método terapêutico; serão feitos 720 atendimentos mensais para crianças e adultos

 

Técnica utiliza cavalos no processo de reabilitação de pacientes com comprometimentos físicos e mentais

O prefeito de São Bernardo Orlando Morando anunciou, em 4 de julho, a realização de mais um planejamento concluído na Saúde do município. Trata-se do fim da fila de espera para o tratamento de equoterapia — método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo no processo de reabilitação com comprometimentos físicos ou mentais. São Bernardo é a única cidade do Grande ABC a ter estrutura própria para oferecer o serviço.

Cerca de 180 atendimentos, entre adultos e crianças, serão realizados semanalmente no Centro Municipal de Equoterapia da cidade, localizado na Avenida Wallace Simonsen, 1.750, no bairro Nova Petrópolis.

Para solucionar a espera e oferecer atendimento especializado, o município contratou uma empresa que ficará responsável pelo fornecimento dos cavalos, manejo, manutenção do espaço e também de todos os equipamentos utilizados durante a terapia. O valor do vínculo foi firmado em R$ 24,3 mil por mês, com vigência de 12 meses.

Acompanhado do secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple, e da coordenadora do Centro Especializado em Reabilitação (CER), Renata Rocha, o prefeito visitou o local e conversou com pais e pacientes. “Temos espaço apropriado com estrutura e profissionais especializados. Atenderemos os 100 pacientes que estavam na fila de espera. Um tratamento como este, por meios particulares, custa em média R$ 400 cada sessão”, ressaltou Morando.

A equoterapia é um método exitoso em pacientes com síndrome de Down, paralisia cerebral, derrame, esclerose múltipla, hiperatividade, autismo, entre outras patologias.

Segundo o secretário de Saúde, além dos benefícios médicos, o contato com os animais pode fazer total diferença na evolução do quadro clínico. “O simples fato de tirar esses pacientes de casa e aproximá-lo dos cavalos já traz resultados fantásticos. Os animais têm o poder de acalmar e, às vezes, com um toque ou uma volta de adaptação já conseguimos notar melhorias e evoluções”, explicou Reple.

ACEITAÇÃO

Durante o evento, Talita Pipo, mãe de Ronald, 3 anos, que tem autismo, aproveitou a oportunidade para agradecer ao prefeito pelo investimento. “Estou muito feliz por meu filho participar do atendimento. Por meios próprios, eu jamais conseguiria pagar. Não tenho palavras para agradecer”.

Para ter acesso ao tratamento, é preciso ter encaminhamento do Centro Especializado em Reabilitação (CER) ou dos Centros de Atenção Psicossociais (CAPSs), onde são feitas avaliações do paciente. A terapia será realizada por três fisioterapeutas especialistas em equoterapia, uma terapeuta ocupacional e cinco auxiliares de pista.