Tratamento de diabetes tem evitado amputação em São Bernardo

Publicado em: 31/05/2017

Eficiência da técnica, que evita utilização de antibióticos, é imediata

Método aplicado no Hospital Anchieta está ajudando a salvar os pés de pacientes; município utiliza técnica com luz e oxigênio para eliminar bactérias

O setor da Saúde em São Bernardo tem conseguido atingir uma importante marca em um dos tratamentos mais complexos para o ser humano, a diabetes. O Ambulatório do Hospital Anchieta, localizado Rua Silva Jardim, 470, Centro, está ajudando a salvar os pés de pacientes diabéticos que têm diagnóstico de amputação. A técnica é aplicada pelo cirurgião vascular, Dr. João Paulo Tardivo, e garante a eliminação de bactérias por meio da energia da luz e estimula o oxigênio intracelular.

Em uma sala com duas macas, Dr. Tardivo atende pacientes de diversas idades. Todos apresentam o mesmo diagnóstico: diabetes descompensada, com graves feridas nos pés. Ao lado de duas enfermeiras, ele limpa os machucados e aplica um corante azul. Em seguida, posiciona os pés sob uma forte luz. Após o término da sessão, já é possível analisar a evolução do paciente.

Aposentado, Devanir Batista Junior, de 53 anos, é um dos pacientes que passam pelo tratamento. Ele deu entrada no hospital Anchieta com o diagnóstico de amputação. Devanir estava com uma grave infecção nos pés, que irradiava para a panturrilha. “Eu dei entrada no hospital sabendo que poderia perder o pé. Não tinha mais esperança de andar. A infecção já tinha tomado conta de tudo. Porém, conheci um anjo, que me devolveu a esperança que estava faltando”, contou o paciente.

Responsável pelo método, Dr. Tardivo contou que conheceu a técnica nos anos de 1970, destacando que se trata de um estudo desenvolvido em 1900. O profissional da Saúde ressaltou que é extremamente viável aos pacientes com diabetes, ao invés de adotar o antibiótico, uma vez que a medicação pode afetar o rim. “A terapia fotodinâmica ajuda a preservar os órgãos dos pacientes. Utilizamos o medicamento nos primeiros dias de tratamento apenas para evitar que a bactéria se espalhe pelo corpo, depois disso é suspensa. Toda a cicatrização é feita através da luz e a eficiência dela é imediata”, explicou o cirurgião.

Além de ser um médico querido por pacientes, Dr. Tardivo já publicou artigos para a Harvard University, dos Estados Unidos, e foi convidado para participar de um congresso em junho, em Portugal, para debater “Resistência Bacteriana”.