Publicado em: 13/06/2016
O Núcleo Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC (NEA-FMABC) organizou na noite de 10 de junho a terceira edição do “CINENEA” – atividade cujo objetivo central é proporcionar encontros educativos e lúdicos, assim como a troca de informações e experiências dentro de temas diversos nas áreas de educação e saúde. O filme escolhido para a oportunidade foi “Um sorriso tão grande quanto a lua”.
Com 90 minutos, o longa-metragem baseia-se na história real de um professor que busca levar uma turma de jovens estudantes a um programa que transmite noções básicas de astronomia. Entretanto, seus alunos têm diagnósticos de ansiedade, síndrome de Tourette, dislexia, síndrome de Down, superdotação e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), entre outras dificuldades de aprendizagem que tornam a missão do docente ainda mais desafiadora.
“Um sorriso tão grande quanto a lua” retrata o passo a passo do trabalho de convencimento da diretoria da escola, a busca por fundos para viabilizar o projeto e a persistência de quem não abre mão dos sonhos. “O filme mostra que as possibilidades são direitos de todos. Afinal, somos todos iguais em nossas diferenças e todos diferentes em nossas igualdades, porque simplesmente somos únicos”, afirma a coordenadora do NEA-FMABC, Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn.
SUCESSO DE PÚBLICO
A primeira edição do CINENEA ocorreu em 25 de novembro de 2015. O projeto estava programado inicialmente para 2016, mas o piloto foi antecipado com intuito de arrecadar doações de leite em pó em favor das famílias atingidas pela tragédia ambiental na região de Mariana, em Minas Gerais (MG). O “CINENEA – SOS Mariana” conseguiu angariar 100 quilos de leite em pó, que foi o “ingresso” para assistir ao filme “O Segredo”, cujo tema central é a dislexia.
Em 19 de fevereiro, a segunda edição destacou o filme “Como estrelas na terra”, cuja história aborda os temas dislexia, ansiedade, depressão, desatenção e agitação.
O CINENEA é organizado pela coordenadora do núcleo, a psicóloga e neuropsicóloga Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, e reúne profissionais da área multidisciplinar, entre os quais neuropediatras, pediatras, professores, diretores e coordenadores de escolas, familiares de alunos com dificuldade de aprendizagem ou não, assim como crianças e adolescentes interessadas no tema. “Nossa intenção é conscientizar e trocar informações de qualidade com colegas de área e demais interessados nos temas deste segmento, evitando a propagação de conceitos inadequados. Queremos contribuir na divulgação, mostrar que as dificuldades escolares podem estar relacionadas aos transtornos de neurodesenvolvimento e que hoje temos avaliações e tratamentos extremamente eficazes para auxiliar essas crianças”, garante Alessandra Wajnsztejn.