Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site....
Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles.
Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.
Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.
Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.
Publicado em: 10/06/2016
Uma em cada 10 mulheres que passam em consulta com os ginecologistas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São Bernardo apresenta a mesma queixa: incontinência urinária. O problema, que constrange as pacientes e transforma suas rotinas, tem solução. O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) oferece tratamento de ponta, seguindo protocolos de primeira linha adotados por serviços de referência no país e no exterior.
Em 2015, Ambulatório de Uroginecologia do CAISM-SBC realizou 2.254 consultas em mulheres encaminhadas pelas 34 UBSs da cidade
O atendimento é feito pelo Ambulatório de Uroginecologia, subespecialidade da ginecologia que cuida dos distúrbios da função pélvica feminina (vagina, útero, reto e região perineal). Responsável pelo serviço, o médico Emerson de Oliveira afirma que a perda involuntária de urina é mais frequente entre as pacientes da terceira idade, no período pós-menopausa. A maioria delas teve grande número de partos vaginais e apresenta sobrepeso ou obesidade, sendo estes os principais fatores de risco.
“É uma doença crônica, que começa com sintomas leves. A maioria, no entanto, despreza esses sinais por acreditar que é um problema que faz parte do envelhecimento. É um erro. Trata-se de uma disfunção importante, que prejudica muito a qualidade de vida dessas mulheres, o convívio social, as atividades diárias e o relacionamento com seus parceiros. Quanto antes iniciarmos o tratamento, maiores são as chances de sucesso”, esclarece Oliveira, que também é professor da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
O especialista explica que há dois tipos de incontinência urinária, de esforço e de urgência. A primeira ocorre quando há liberação involuntária de líquido ao tossir, espirrar, rir e carregar peso. É o tipo mais comum e afeta entre 60% e 70% das mulheres com esse tipo de disfunção. Já a incontinência de urgência ocorre por conta da hiperatividade de bexiga. Nesses casos há uma frequente, imperiosa e incontrolável necessidade súbita de urinar.
“Ir ao banheiro até sete vezes durante o dia está dentro dos padrões considerados normais. Pacientes com a incontinência urinária de urgência ultrapassam esse número e também se levantam diversas vezes à noite. Se isso ocorrer, é hora de procurar o médico e relatar o ocorrido”, alerta Oliveira.
Para diagnosticar a incontinência urinária, os médicos do ambulatório do CAISM consideram os sintomas relatados e também realizam o estudo urodinâmico, exame que observa o funcionamento da bexiga. A partir daí, inicia-se o tratamento, que em 80% dos casos é cirúrgico. Mas a fisioterapia urinária é indicada para todas as mulheres com o problema.
“Nas situações em que a incontinência urinária é detectada no início, é possível revertê-la apenas com a fisioterapia, que também é fundamental para as mulheres que já realizaram a cirurgia. São exercícios que a paciente aprende com a nossa equipe, executam durante um período sob supervisão, e depois podem repetir em suas casas. Em alguns casos, combinamos a fisioterapia com o uso de medicação por via oral, adquirida pela Prefeitura e fornecida gratuitamente pelo CAISM”, sustenta Oliveira. Este medicamento específico está presente em poucos serviços de uroginecologia no país, comenta o coordenador do CAISM, Rodolfo Strufaldi.
A aposentada Maria Ventura de Siqueira, 77 anos, é uma das pacientes atendidas pelo Ambulatório de Uroginecologia, que em 2015 realizou 2.254 consultas em mulheres encaminhadas pelas 34 UBSs da cidade. “Há 20 anos fiz uma cirurgia para corrigir, mas agora voltou a me incomodar. Não vejo a hora de me livrar disso”, conta.
A dona de casa Amarilis Vieira, 72 anos, diz que não se lembra mais da última vez em que teve uma noite tranquila de sono. “Quem tem esse problema vive em estado de alerta. Gosto muito de sair para passear, ando para cima e para baixo, caminho bastante. Mas tenho sempre que ficar de olho”, relata ela, que em breve passará por cirurgia.