Unidades da FUABC debatem sustentabilidade na Saúde com especialista

Publicado em: 01/04/2022

Professor Germano Guttler, do departamento de Agronomia do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Foto: Reprodução

Os representantes do Comitê de Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde e Sustentabilidade da Fundação do ABC participaram recentemente de reunião técnica virtual com o professor Germano Guttler, do departamento de Agronomia do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Na oportunidade foram debatidos diversos temas ligados à área de saúde ambiental, como separação e acondicionamento de resíduos, métodos de compostagem e a importância de estimular a conscientização sobre os assuntos entre colaboradores e equipes.

Participaram do encontro on-line representantes da FUABC, do Complexo de Saúde de São Bernardo do Campo, Complexo Hospitalar de São Caetano do Sul, Centro Universitário FMABC, Hospital Estadual Mário Covas, Hospital Nardini, Hospital da Mulher, Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) de Santo André, Mauá e Santos, Atenção Básica de Itatiba, Rede de Reabilitação Lucy Montoro de Diadema, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cumbica, de Guarulhos, e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas II do Guarujá.

O professor universitário Germano Guttler é responsável pela criação do Método Lages de Compostagem (MLC), em referência ao nome da cidade catarinense. O pesquisador é autor de um dos programas de compostagem urbana mais conhecidos do País. Também neste mês, o especialista fez visita técnica ao Hospital Nardini, em Mauá, para desenvolvimento e orientação de um projeto-piloto sobre compostagem de resíduos orgânicos na horta da unidade.

A TÉCNICA

O processo é simples. O professor ensina as pessoas a fazerem, em casa, um vaso compostor em garrafa pet de 5 litros para reciclar o próprio lixo orgânico. As camadas de resíduos devem ser furadas, três vezes por semana, para receber oxigênio. Não é preciso irrigar. Após duas semanas, é possível plantar verduras, legumes, ervas, flores, entre outros, sobre as camadas. O método também pode ser realizado em canteiros de alvenaria de cerca de 10m², a depender da estrutura do local.

Desde a criação, em 2013, a técnica vem sendo difundida em escolas da rede pública de Lages, residências, instituições e até em presídios. Com isso, milhares de resíduos orgânicos deixaram de ser despejados nos já sobrecarregados aterros municipais.

A última análise do lixo da cidade mostra que o programa de compostagem que o autor do projeto lidera conseguiu reduzir a 21% a porcentagem de lixo orgânico enviada ao aterro da cidade em 2020. Dez pontos percentuais abaixo de 2019. A técnica gera adubo de ótima qualidade para hortas orgânicas ou jardins internos.