Publicado em: 11/03/2016
O cronograma de obras e serviços da Secretaria de Saúde de Santo André inclui neste ano a entrega de dois equipamentos à população. Em abril, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central 24 horas, ao lado do Paço, que integra a rede de urgência e emergência do município. No segundo semestre, a inauguração do CER (Centro Especializado em Reabilitação), inédito no Grande ABC, que atenderá em um único espaço a quatro tipos de deficiências: física, auditiva, visual e intelectual.
O médico e secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, em companhia de representantes do Legislativo e de outras secretarias da Prefeitura, profissionais e técnicos da área, além de autoridades, como a presidente da Fundação do ABC, Cida Damaia, e secretários municipais, visitou os dois espaços públicos na manhã de 26 de fevereiro.
O primeiro ponto de parada foi o CER, que está em construção no bairro Campestre – em frente à Paróquia São Judas Tadeu. “Trata-se de um espaço que qualificará o atendimento às pessoas com deficiências da cidade. Mas, futuramente, Santo André poderá ter papel regional em alguns serviços, como na distribuição de órteses, próteses, cadeiras de rodas e aparelhos auditivos, desde que seja pactuado entre os demais municípios”, afirmou Homero.
Hoje, parte dessa demanda é atendida pela Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pires), entidade vinculada à Prefeitura local. No caso de Santo André, o município já presta serviço de reabilitação física e intelectual em dois equipamentos públicos distintos. “Com a abertura do CER, incluiremos também as reabilitações auditivas e visuais em um mesmo espaço”, ressaltou Maria Cristina Rizzo, responsável pela área técnica da pessoa com deficiência da Secretaria de Saúde.
OFICINA ORTOPÉDICA
Com área de dois mil metros quadrados, o espaço, além do CER, abrigará ainda oficina ortopédica para confecção de órteses, próteses e coletes, além de meios de locomoção, como cadeiras de rodas, bengalas e andadores – o que também será um diferencial de atendimento ao público-alvo. “Nossa previsão é inaugurar o centro no segundo semestre, com os serviços para reabilitação e os consultórios clínicos. A oficina ficará para uma fase seguinte”, adiantou o secretário.
O projeto arquitetônico prevê três andares, com total acessibilidade. No subsolo estarão concentrados a oficina ortopédica e o estacionamento. No térreo, mais precisamente o local de entrada da população, ficarão recepção e consultórios clínicos, que se estenderão para o pavimento superior. No total, dois blocos que serão interligados por duas passarelas. Neste momento, a obra entra na fase de acabamento.
O CER tem investimento da ordem de R$ 8 milhões, entre construção e aquisição de equipamentos, com recursos do Governo Federal. O centro está classificado pelo Ministério da Saúde como tipo IV.
UPA 24 HORAS
Na sequência, a comitiva seguiu para a UPA Central 24 Horas, ex-PA (Pronto Atendimento), que entra na reta final para entrega à população em abril – a obra teve início em outubro de 2014, mas sofreu interrupções por conta de quebra contratual pela empresa. “A data exata ainda está sendo definida pelo gabinete do prefeito Carlos Grana. Os mobiliários estão chegando e começarão a ser instalados agora em março, bem como a parte de sinalização interna”, disse Homero.
Com média de 12 mil atendimentos mensais no então PA Central, a UPA deverá aumentar a capacidade de acolhimento ao usuário. No térreo funcionarão vários serviços, como sala de raio-x e de classificação de risco do paciente, além de nove leitos de observação e duas salas de isolamento, entre outros. Com a ampliação do prédio, a unidade ganhou piso superior, que será destinado ao descanso da equipe multidisciplinar.
Com a reforma e ampliação, o equipamento será readequado nos padrões de uma UPA – porte II (abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes). Na prática, além da otimização do espaço e melhoria do atendimento à população, a unidade passará a receber recursos do Ministério da Saúde para sua manutenção mensal – hoje o custeio é 100% da Prefeitura.