Urologia da FMABC inaugura centro de diagnóstico e tratamento

Publicado em: 20/12/2018

Exame que realiza estudo minucioso de doenças da bexiga e uretra passa a ser disponibilizado em janeiro; espaço leva o nome do ex-professor Dr. Carlos Alberto Bezerra

 

Dra. Maria Claudia Bicudo Fürst, Dr. Geraldo Faria, Dr. Caio Parente Barbosa e Dr. Sidney Glina

A Disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC inaugurou dia 5 de dezembro o Centro de Diagnóstico e Tratamento Urológico “Dr. Carlos Alberto Bezerra”. O nome faz referência ao ex-professor da FMABC e mentor do projeto que faleceu em março deste ano. O espaço recebeu a doação do equipamento de vídeourodinâmica da empresa Alacer Biomédica.

A técnica permite analisar com ampla precisão diversas disfunções urinárias, além de transmitir exames por vídeos em alta resolução. Na rede pública de Saúde do Grande ABC apenas o Hospital Estadual Mário Covas de Santo André possui o aparelho, mas não opera com todas as funções.

Estiveram presentes na solenidade de entrega do espaço o professor titular de Urologia da FMABC, Dr. Sidney Glina, o representante da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Geraldo Faria, o Professor Emérito da instituição, Dr. Milton Borrelli, a chefe do Grupo de Disfunção Miccional da FMABC, Dra. Maria Claudia Bicudo Fürst, o diretor administrativo da FMABC, Dr. Murilo Dib, além do coordenador da Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Dr. Caio Parente Barbosa.

“Era o sonho do Dr. Carlos Alberto Bezerra e hoje conseguimos realizá-lo. Mesmo doente, ele nunca deixou de batalhar por este propósito. É um dia muito feliz para todos da disciplina de Urologia, pois a partir da doação deste equipamento e do esforço de toda a equipe conseguimos concluir o projeto e homenageá-lo à altura de sua história”, disse Dr. Sidney Glina.

VÍDEOURODINÂMICA

O Centro de Diagnóstico e Tratamento Urológico da FMABC começará a receber pacientes a partir de 14 de janeiro, mediante agendamento. Na versão mais completa, o novo equipamento oferece a vídeourodinâmica, considerado exame padrão-ouro para o estudo funcional e anatômico do trato urinário inferior. Em boa parte dos casos, é possível evitar cirurgias desnecessárias e aumentar a precisão dos diagnósticos, especialmente em caso de disfunções urinárias complexas. O aparelho custa, em média, R$ 30 mil.

“É um exame que deve ser feito em situações reservadas, mas sabemos que já existe demanda reprimida na região. Irá beneficiar, em sua maioria, pacientes com alguma doença neurológica e que possuem prejuízos na micção. Até conseguimos extrair informações por meio de exames mais convencionais, mas esta tecnologia nos dá ampla clareza para conclusão de diagnósticos e indicação de tratamentos de forma mais ágil e precisa”, explica o urologista responsável pelo serviço, Dr. Victor Miyakuchi.

O aparelho também oferece a função de estudo urodinâmico completo. A técnica simula a fase de preenchimento e esvaziamento da bexiga e permite avaliar aspectos como sensibilidade, propriedades elásticas, contrações involuntárias e capacidade de se esvaziar. No caso dos homens pode indicar doenças obstrutivas da próstata e alterações da bexiga. Já nas mulheres o exame é importante para determinar a causa da incontinência urinária.

FISIOTERAPIA

O novo equipamento também dispõe de um dos métodos mais modernos de fisioterapia, a eletromiografia, que capta sinais elétricos do músculo pélvico do paciente registradas por agulhas, fios e eletrodos de superfície. A equipe de fisioterapia da FMABC, que integrou a concepção do projeto desde o início, irá auxiliar os urologistas quanto à indicação das melhores terapias de reabilitação ligadas às disfunções miccionais.

Atualmente os pacientes que precisam de tais exames e avaliações são encaminhados para hospitais de referência em São Paulo. Os procedimentos serão oferecidos no Ambulatório de Urologia da FMABC com custo acessível aos pacientes. Já a pactuação para disponibilizar o serviço via SUS (Sistema Único de Saúde) segue em fase de negociação com as prefeituras e deve ser concluída em janeiro.