O Hospital Municipal Central de Osasco Antonio Giglio está prestes a ganhar importante reforço no campo da humanização. A partir de agosto, as voluntárias da ONG Alice Rabechini Ferreira retomam suas atividades na unidade, com foco no acolhimento de pacientes e familiares. Com uma década de tradição, a entidade busca fortalecer as ações de humanização, em contato direto e diário com os usuários.
“Já tivemos 30 voluntárias na ONG, mas hoje contamos com apenas oito. Ao longo de 10 anos de trabalho, acabamos passando por dificuldades operacionais e muitas vezes sofremos com a falta de espaço para desenvolvermos nossas atividades, o que acabou por desestimular muitas de nossas voluntárias”, recorda a presidente da ONG, Maria Aparecida Paes Zappala, que exalta o início desta nova etapa. “Tivemos duas reuniões com a equipe da Fundação do ABC, que agora gerencia o Hospital Municipal Central, e as perspectivas são muito boas. Tenho certeza de que vamos conseguir desenvolver um ótimo trabalho na unidade, em benefício de toda comunidade carente que é atendida no hospital”.
As integrantes da ONG Alice Rabechini Ferreira são todas senhoras na faixa de 60 anos de idade, que dedicam um dia da semana – durante meio período – ao trabalho voluntário. Além do acolhimento aos pacientes e familiares, o grupo realiza bazares, campanhas de arrecadação de roupas, brinquedos e outros itens que são doados aos usuários necessitados. “Já vivenciamos casos de pacientes que tiveram alta e não podiam sair do hospital pois não tinham uma peça de roupa”, conta Maria Aparecida Zappala, que acrescenta: “Nosso trabalho é agregar. Atuamos sempre de coração aberto, com objetivo de ajudar o ser humano. Muitas vezes não temos nada material para aos pacientes, mas sempre temos uma palavra de conforto”.
A partir de agosto, as voluntárias terão sala própria dentro do Hospital Antonio Giglio para armazenar as doações recebidas e realizar reuniões para balanço e aprimoramento do trabalho. “Estamos muito felizes e animadas com o retorno das atividades da ONG no hospital. Mesmo antes de começarmos efetivamente, duas ex-voluntárias já me procuraram e devem retornar ao grupo”, comemora a presidente da ONG.
Para o superintendente do Hospital Municipal Central de Osasco Antonio Giglio, Dr. Alessandro Neves, a presença das voluntárias no dia a dia da unidade é fundamental. “As voluntárias criam vínculo com a equipe de trabalho, contribuem com a rotina do hospital e melhoram o clima organizacional. Além disso, estão sempre muito próximas dos pacientes e das famílias, colaborando nas situações de vulnerabilidade social e até mesmo no diálogo entre usuários e profissionais de saúde”.
