Santo André entrega Casa da Gestante com estadia temporária antes e depois do parto

Postado por Maíra Oliveira em 13/ago/2020 -

Espaço garantirá hospedagem, alimentação e acompanhamento por equipe multiprofissional a gestantes, puérperas e bebês em quadro de risco

 

Unidade tem capacidade para atender até 20 usuárias – Foto: Angelo Baima/PSA

A Prefeitura de Santo André entregou dia 8 de agosto a Casa da Gestante, localizada ao lado do Hospital da Mulher, no Parque Novo Oratório. O equipamento foi inaugurado dentro dos padrões do programa Qualisaúde e oferece cuidado para gestantes, puérperas e bebês que apresentam quadro de risco e precisam de cuidado com mais vigilância e proximidade dos serviços de saúde, ainda que não haja necessidade de internação hospitalar.

“É mais uma entrega importante, de uma obra abandonada há cinco anos e que graças ao novo modelo de gestão que implementamos podemos entregar para as futuras mães. Teremos aqui o acolhimento, cuidado e respeito pelas gestantes da nossa cidade”, destacou o prefeito.

A Casa da Gestante garante hospedagem, alimentação e acompanhamento por equipe multiprofissional, sete dias por semana, 24 horas por dia. O local também oferece assistência a puérperas com bebê internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, além de puérperas que precisam de orientação e treinamento nos cuidados especiais com a criança.

As mulheres que vão utilizar este equipamento público serão identificadas pela Atenção Básica ou Especializada e, posteriormente, referenciadas para a Casa da Gestante.

“A Casa da Gestante é um espaço destinado para todas as mulheres que estão em situação de risco, seja social ou de saúde, e que nem sempre podem se deslocar do seu lar para o hospital. Aqui elas serão avaliadas pela equipe médica e farão deste espaço sua casa por alguns dias”, explicou o secretário de Saúde.

Com capacidade para atender até 20 usuárias, o espaço conta com quatro suítes para acomodação, sala de atendimento individualizado, espaço de estar e acolhimento das mães, cozinha, copa, área de serviço e sanitários.

Trabalho da MedABC conquista prêmio da Academia Nacional de Medicina

Postado por Maíra Oliveira em 13/ago/2020 -

Estudo teve parceria com pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e está entre os 9 premiados de 60 inscritos de todo o País

 

Trabalho teve orientação do professor titular da disciplina de Urologia da FMABC, Dr. Sidney Glina. À direita, o autor do estudo, Dr. David Cohen

O Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André, em parceria com a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conquistou o “Prêmio Miguel Couto – Patologia Humana e Experimental” da Academia Nacional de Medicina (ANM) em 2020. Atuante no País há 191 anos, a ANM tem como objetivo contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia e saúde pública, além de servir como órgão de consulta do governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica. Ao todo, foram inscritos 60 trabalhos de diversos estados, sendo nove premiados. Os vencedores são de instituições de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pernambuco.

A apresentação dos trabalhos vencedores foi realizada no formato on-line, dia 6 de agosto, pelo site do órgão. O trabalho “Novo modelo in vivo para avaliar alterações macroscópicas, histológicas e moleculares da doença de Peyronie”, de autoria do urologista David Jacques Cohen — mestre e doutorando pela FMABC — teve orientação do professor titular da disciplina de Urologia da FMABC, Dr. Sidney Glina, e da professora titular da disciplina de Bioquímica da FMABC, Dra. Maria Aparecida Pinhal.

A Doença de Peyronie se manifesta geralmente em homens com mais de 50 anos e é caraterizada pela formação de placas fibrosas no pênis devido a processos inflamatórios que provocam dor, curvatura peniana, dificuldade erétil e de penetração durante o ato sexual. O trabalho da FMABC propõe o desenvolvimento de um modelo experimental realizado em ratos, simples e de baixo custo, que explica as alterações fisiopatológicas da doença desde o início, com especial atenção ao remodelamento da matriz extracelular. Apesar de a enfermidade ter sido descrita pela primeira vez em 1743, a Medicina ainda desconhece boa parte de suas características fisiopatológicas. Dessa forma, a produção cientifica — também premiada no XV Congresso da Sociedade Latinoamericana de Medicina Sexual, em 2019 — representa um passo importante para o tratamento da doença que acomete entre 0,4 e 9% dos homens, com significativo impacto na qualidade de vida. Segundo o estudo, 81% dos pacientes têm algum efeito psicológico decorrente do diagnóstico, 54% problemas de relação e 48% apresentam sintomas de depressão.

“É uma honra para o nosso grupo receber o Prêmio Miguel Couto da Academia Nacional de Medicina, provavelmente a mais tradicional entidade médica brasileira. O trabalho em si é muito importante, pois, pela primeira vez se consegue criar um modelo experimental da doença de Peyronie com quase todas as alterações que ocorrem em humanos. Além disso, houve uma conjugação de vários docentes do nosso centro universitário, inclusive de alunos da graduação e pós-graduação”, disse Dr. Sidney Glina.

O estudo contou com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP). Entre os coautores do trabalho estão pesquisadores da FMABC e Unifesp: Ana Maria do Antonio Mader, Giuliana Petri, Maria Aparecida Silva Pinhal, Renan Pelluzzi Cavalheiro, Sang Won Han, Sidney Glina, Thérèse Rachell Theodoro, Vivian Barbosa Navarro Borba e Willany Veloso Reinaldo.

‘Avaliação Interdisciplinar da Dislexia’ será tema de live na próxima sexta-feira (14)

Postado por Eduardo Nascimento em 12/ago/2020 -

Mediada pelo pedagogo Ricardo Galhardo Blanco, atividade reunirá profissionais do Núcleo Especializado em Aprendizagem e da Residência Médica em Neuropediatria da FMABC

 

As equipes do Núcleo Especializado em Aprendizagem (NEA) do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e da Residência Médica em Neuropediatria estarão reunidas virtualmente na próxima sexta-feira (14 de agosto), às 20h, para uma live sobre “Avaliação Interdisciplinar da Dislexia”. O encontro será organizado pelo palestrante especializado em conflitos da juventude, professor Ricardo Galhardo Blanco, que mediará a atividade em sua página no Facebook (www.facebook.com/professorGalhardo).

Conforme definição da Federação Internacional de Neurologia, a dislexia – também conhecida como distúrbio específico de leitura – é um distúrbio neurológico de origem congênita, que acomete crianças com potencial intelectual normal e sem déficits sensoriais, com suposta instrução escolar adequada. “Trata-se de distúrbio que compromete permanentemente o processo de leitura e escrita, ocasionando desempenho abaixo do esperado para a idade e escolaridade”, explica o coordenador da Residência Médica em Neuropediatria da FMABC, Rubens Wajnsztejn, que debaterá o tema juntamente com o médico residente Fernando Pires Moraes e com seis integrantes da equipe do NEA-FMABC, incluindo a coordenadora, Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn.

Entre os temas abordados estarão novos conceitos sobre a dislexia, pesquisas, tratamentos e a trajetória do Núcleo Especializado em Aprendizagem, que foi fundado por voluntários em 2004 e hoje é premiado internacionalmente pelos trabalhos de avaliação interdisciplinar focada nas dificuldades de aprendizagem e fundamentada em protocolo clínico supervisionado e atualizado periodicamente. “Quando realizado a partir de avaliação ampla e interdisciplinar, o diagnóstico possibilita elencar as possíveis dificuldades e habilidades do aluno, oferecer diretrizes à intervenção e, dessa forma, promover prognóstico mais positivo”, garante Alessandra Caturani.

Segundo a coordenadora do NEA, “dar a chance ao estudante de ser avaliado com estratégias específicas à sua demanda é uma forma real de salvar uma vida psiquicamente”. Alessandra completa: “Um aluno não é uma nota, mas sim a soma de suas diversas vivências pedagógicas e sociais dentro do processo de aquisição do conhecimento e da aprendizagem”.

MEDIAÇÃO

A live sobre avaliação interdisciplinar na dislexia será mediada por Ricardo Galhardo Blanco. Empresário, consultor, palestrante, pedagogo educacional e corporativo, o profissional construiu nos últimos 40 anos um vasto programa de temáticas de sensibilização e motivação, atuando em escolas, empresas e associações, discutindo temáticas como conflitos da adolescência, orientação profissional, empregabilidade, empreendedorismo, segurança do trabalho (CIPA), entre outros.

Dia Nacional de Combate ao Colesterol reforça importância dos cuidados preventivos

Postado por Maíra Oliveira em 07/ago/2020 -

Excesso de gordura no sangue, colesterol alto está ligado a complicações graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)

 

O professor de Cardiologia da FMABC, Dr. Adriano Meneghini

Neste sábado, dia 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data busca reforçar a importância da prevenção dessa doença silenciosa e também da dislipidemia, que é a presença de níveis elevados de gorduras (lipídios) no sangue – como o próprio colesterol e também os triglicérides, que são a reserva de energia do corpo.

O colesterol é um tipo de gordura essencial para o bom funcionamento do organismo, com funções importantes na produção de hormônios, estruturação da parede das células, além de ser fundamental no metabolismo das chamadas vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e na fabricação da bile, que participa do processo digestivo das gorduras ingeridas.

Porém, em excesso, o colesterol é prejudicial à saúde, pois eleva o risco para doenças cardiovasculares, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). De maneira geral, circulam na corrente sanguínea dois tipos de colesterol. O LDL é conhecido como colesterol ruim, pois é o responsável pelo entupimento das artérias. Já o HDL é o colesterol bom, que retira o excesso de colesterol das artérias, impedindo o acúmulo e a formação de placas de gordura.

“Existem basicamente duas situações que elevam o colesterol. A primeira é determinada por maus hábitos alimentares, especialmente pessoas que exageram nos produtos ricos em gorduras saturadas. A segunda condição é geneticamente determinada, conhecida como hipercolesterolemia familiar. Nesse caso, o indivíduo já nasce com problemas relacionados à metabolização de colesterol e triglicérides pelo organismo”, explica o professor de Cardiologia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Adriano Meneghini.

O consumo exagerado de gordura saturada está associado ao aumento do colesterol total no organismo, que é a soma entre o colesterol bom HDL e os colesteróis não-HDL. Alimentos de origem animal, como carnes, leite integral, ovos, manteiga e queijos, por exemplo, são ricos em colesterol ruim, assim como produtos industrializados, entre os quais biscoitos, salgadinhos, comidas congeladas prontas para consumo, sorvetes, bolos prontos e embutidos – presunto, salsicha, linguiça, mortadela, entre outros. Em alguns desses alimentos processados, além das altas concentrações de gordura saturada, também é possível encontrar a gordura trans, que é grande vilã no aumento do risco cardiovascular, pois reduz o colesterol HDL e aumenta as taxas totais e do colesterol LDL.

Por ser uma doença silenciosa, o Dr. Adriano Meneghini alerta: “As pessoas não sentem o colesterol alto, pois é assintomático. Quando há alguma queixa, geralmente é porque já existe uma doença cardíaca instalada”, informa Meneghini, que detalha: “Com o passar do tempo, o excesso de gordura no sangue vai sendo depositado nas paredes das artérias, que em última análise leva ao estreitamento dos vasos. Nessa fase é que costumam iniciar os sintomas cardíacos, como a angina do peito, com sensação de desconforto, dor ou pressão no peito, e o infarto agudo do miocárdio”.

SOB CONTROLE

Publicada em 2017, a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose considera o colesterol normal quando a coleta em jejum apresenta índices menores do que 190 mg/dl (miligramas por decilitro), fração HDL (bom) maior do que 40 mg/dl e quantidade de triglicérides sanguíneos menor do que 150 mg/dl. Quando os valores estão fora desses parâmetros considera-se o diagnóstico de dislipidemia, assim como quando o colesterol ruim LDL está acima de 160 mg/dl.

O tratamento do colesterol alto é medicamentoso, com uso de estatinas e fibratos. Contudo, a mudança de hábitos e a adesão a um estilo de vida saudável são essenciais para o sucesso da terapia. “O controle alimentar, a redução do peso corporal, a diminuição do uso de bebidas alcoólicas, de açúcares e carboidratos são fundamentais. Além disso, os pacientes devem realizar atividades físicas regularmente e abandonar o hábito de fumar, tendo em vista que o cigarro aumenta o colesterol e os triglicérides”, alerta o professor da FMABC, Dr. Adriano Meneghini.

UPA Central de Santos tem contas aprovadas na Câmara Municipal

Postado por Maíra Oliveira em 07/ago/2020 -

A gerente da UPA Central, Zilvani Guimarães – Foto: Reprodução

A Fundação do ABC participou em 22 de julho de audiência pública para avaliação e prestação de contas referentes às metas e resultados obtidos na UPA Central de Santos no quadrimestre de setembro a dezembro de 2019. A sessão, que havia sido adiada devido à pandemia de Covid-19, contou com presenças da gerente da UPA Central, Zilvani Guimarães, do secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, além do Chefe do Departamento de Administração e Finanças da Secretaria da Saúde, Denis Valejo Carvalho. A FUABC teve 100% das contas aprovadas e manutenção do repasse financeiro integral, ao atingir 975 pontos.

Entre os destaques apresentados na audiência pública estiveram os indicadores do período. Ao todo foram 51.994 atendimentos registrados no Sistema de Classificação de Risco da unidade nas especialidades de Clínica Médica (32.374), Pediatria (11.190), Ortopedia (5.257) e Odontologia (3.173), além de 80.542 exames diagnósticos (sendo 17.231 radiografias, 60.265 exames laboratoriais e 3.096 eletrocardiografias). Também foram registrados 14.304 procedimentos ambulatoriais entre suturas, inalação, imobilização e curativos.

No âmbito da satisfação dos usuários, quesito em que a UPA deve manter pelo menos 80% de satisfação positiva, o índice alcançado foi de 82,2% de resultado bom ou ótimo na avaliação junto aos usuários durante o período. A apresentação também contou com a divulgação de atividades da área de Educação Permanente, bem como da Comissão de Humanização.

Pediatria da FMABC reúne depoimentos de mães em ação da campanha ‘Agosto Dourado’

Postado por Maíra Oliveira em 07/ago/2020 -

Vídeo sobre importância do aleitamento materno traz relatos de mães que estimulam a prática de amamentação

 

Abertura do vídeo foi feita pela professora titular da disciplina de Clínica Pediátrica da FMABC, Dra. Roseli Sarni – Foto: Reprodução

O Departamento de Pediatria do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) produziu um vídeo com depoimentos alusivos à Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) — comemorada anualmente em 150 países entre os dias 1 e 7 de agosto — para ser divulgado durante todo o mês de agosto. O tema central da semana mundial deste ano é “Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta Saudável”.

O objetivo da campanha 2020 da SMAM é informar as pessoas sobre as ligações entre a amamentação, o meio ambiente e as mudanças climáticas; fixar a amamentação como uma decisão climática inteligente e estimular ações para melhorar a saúde do planeta e das pessoas por meio do aleitamento materno.

O vídeo produzido pelo Departamento de Pediatria, com apoio do setor de Comunicação da FMABC, traz depoimentos de dez mães, algumas com a participação dos pais, que revelam suas experiências sobre a prática do aleitamento materno, a importância de contar com uma rede de apoio familiar, além de reforçar os benefícios para a saúde materno-infantil e destacar o fortalecimento do vínculo afetivo com os bebês.

O material também conta com participação da professora titular da disciplina de Clínica Pediátrica da FMABC e pró-reitora de graduação, Dra. Roseli Oselka Saccardo Sarni, do professor titular de Neonatologia e chefe do departamento de Pediatria, Dr. José Kleber Kobol, e da professora da disciplina de Clínica Pediátrica, Dra. Denise de Oliveira Schoeps.

“Nosso objetivo com a divulgação deste material é manter o incentivo à amamentação em prol de um planeta mais seguro. O leite materno é um alimento natural, renovável, além de ambientalmente seguro e ecológico. É entregue ao consumidor final, o bebê, sem gerar poluição, como embalagens, e também evitando desperdícios”, explica a Dra. Roseli Sarni.

O vídeo também traz orientações baseadas em legislações vigentes e no Estatuto da Criança e do Adolescente sobre a utilização de espaços públicos e estabelecimentos comerciais para amamentar, amamentação durante a jornada de trabalho, salário-maternidade, entre outros assuntos.

O material com todos os depoimentos e orientações está disponível no endereço https://is.gd/vQ4y0u.

 

CELEBRAÇÃO GLOBAL

Em 2020, a pandemia de Covid-19 mudou o formato, mas não o foco. Os eventos de celebração e conscientização sobre aleitamento materno têm ocorrido virtualmente, em respeito ao distanciamento social. As ações realizadas em todo o País podem ser acessadas pelo link https://rblh.fiocruz.br/semana-mundial-de-aleitamento-materno-2020.

Considerada veículo para promoção da amamentação, a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) é comemorada desde 1992 em mais de 150 países, por iniciativa da World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno – órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). É celebrada oficialmente em agosto.

O Ministério da Saúde coordena a Semana Mundial do Aleitamento Materno no Brasil desde 1999, respondendo pela adaptação do tema, elaboração e distribuição de materiais de divulgação. O Congresso Nacional sancionou em 2017 a lei nº 13.435, que institui agosto como o Mês do Aleitamento Materno. Na mesma publicação oficial, ficou definida a “iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada” – caracterizando o Agosto Dourado.

Mogi das Cruzes reduz número de óbitos entre junho e julho

Postado por Maíra Oliveira em 07/ago/2020 -

Foto: Divulgação/PMMC

As mortes em decorrência da Covid-19 em Mogi das Cruzes apresentaram queda de 23% entre os meses de junho e julho, de acordo com dados registrados pelo Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Os registros incluem mogianos que faleceram na cidade, na Capital e também em outros municípios, seguindo as notificações realizadas pelos hospitais e os dados lançados nos sistemas oficiais de monitoramento. Os dados são registrados de acordo com a data do óbito, o que, muitas vezes, não corresponde à data de divulgação pois depende de confirmação.

No mês de junho foram registrados 87 óbitos de mogianos por Covid-19. Em julho o número baixou para 67. A redução atende às expectativas, mas ainda é tempo de cuidado e prevenção, uma vez que o vírus continua circulando e a pandemia não acabou. “Não podemos descuidar até que surja uma vacina eficaz contra a doença. Até lá, distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos devem fazer parte da rotina de todos”, reforça o secretário de Saúde, Henrique Naufel.

Desde o início da pandemia, a Prefeitura de Mogi das Cruzes tem adotado uma série de medidas para conter o avanço da contaminação e garantir atendimento médico para todos que precisam. Uma das primeiras ações foi a criação do Centro de Referência do Coronavírus no Hospital Municipal, em Braz Cubas, com Pronto Atendimento, exames e internação para pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19. O Hospital de Campanha, na Avenida Cívica, foi instalado para garantir retaguarda aos casos leves e moderados. Os dois equipamentos são gerenciados pela Fundação do ABC.

Atualmente, há 59 pessoas internadas pelo novo coronavírus no Hospital Municipal (34 em leitos de UTI e 25 em enfermaria) e 32 pacientes no Hospital de Campanha (todos em leitos de enfermaria). Em todo o município, incluindo hospitais públicos e privados, há 184 pessoas internadas, das quais 60 estão em terapia intensiva e 124 em leitos de enfermaria, o que representa 55% de ocupação em UTI Covid e 40% em Enfermaria Covid.

Mogi das Cruzes já registrou, desde o início da pandemia na cidade, um total de 4.397 casos de mogianos infectados pelo novo coronavírus, dos quais 2.411 já se recuperaram, 1.732 são casos ativos e, infelizmente, 254 vieram a óbito. Do total de óbitos, 85% das vítimas eram portadoras de doenças crônicas e 69% tinham 60 anos ou mais. O município ainda aguarda o resultado de 1.332 exames e investiga seis óbitos suspeitos de Covid-19.

Após 15 anos, paciente reencontra filha por intermédio do Hospital Ipiranga

Postado por Maíra Oliveira em 31/jul/2020 -

Paciente, que deu entrada como desconhecido, contou com empenho da equipe de Enfermagem para a busca de familiares

 

A filha Vanicleide Mota Deusdará e o pai, Adilson Deusdará – Foto: Reprodução

Uma história que começou angustiante teve final feliz e inesquecível para a família do paciente Adilson Deusdará, de 49 anos, que deu entrada sem documentos no Hospital Ipiranga dia 23 de junho, com diagnóstico de Covid-19. Desde abril, a Fundação do ABC, em contrato emergencial firmado com o Governo do Estado, gerencia no local um Centro de Triagem, 10 leitos de UTI e 30 de enfermaria.

Desconfortável em ver o registro como “desconhecido” na ficha de atendimento do hospital, a coordenadora de Enfermagem, Margarete Guedes Rodrigues, mobilizou esforços para ajudar na identificação do paciente. Em uma folha de papel, o paciente, que apresentava dificuldades na fala, escreveu seu nome. “Decidi procurar em uma rede social e achei três pessoas com o mesmo sobrenome. Mostrei a foto de todos, foi quando ele exclamou que uma delas era a filha dele e abraçou a enfermeira. Foi emocionante”, conta Margarete, que após a revelação entrou em contato com as três pessoas questionando se havia alguém desaparecido na família. Uma delas, Vanicleide Mota Deusdará, respondeu horas depois. “Fiquei muito emocionada. Foi quando soube da história da família. Pedi o telefone dela, dei o meu e mantivemos contato”, conta. A filha procurava o pai há 15 anos, desde que ele veio do Piauí para São Paulo e, com o passar dos anos, perdeu o contato com a família. Os três filhos ficaram no Nordeste com a mãe.

A área de Serviço Social do hospital foi acionada e providenciou novo contato da família com o paciente, agora por chamada de vídeo. A filha, então, informou o nome completo, nome da mãe, data de nascimento e enviou uma foto da certidão de casamento dos pais. “Após esse processo, mudamos todo o cadastro do paciente e desse dia em diante todos passamos a nos referir ao mesmo como Sr. Adilson. Foi uma alegria geral, difícil de explicar”, relata.

O paciente, que recebeu roupas e objetos pessoais comprados pela equipe de Enfermagem, apresentou boa evolução do quadro de infecção pela Covid-19. Dia 5 de julho, enfim, a filha que mora em Ribeirão Preto foi buscá-lo no hospital após a alta médica. “Me ligaram por chamada de vídeo novamente para nos despedirmos e agradeceram muito o empenho e a iniciativa dos funcionários. Foi um episódio inesquecível que com certeza ficará marcado na carreira de todos os envolvidos”, disse Margarete.

Ex-aluno da FMABC lidera ensaios clínicos sobre vacina da Covid-19 na Inglaterra

Postado por Maíra Oliveira em 31/jul/2020 -

Infectologista Pedro Moreira Folegatti é o autor de destaque em estudo da Universidade de Oxford publicado na revista The Lancet

 

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

O infectologista Pedro Moreira Folegatti, formado em 2009 pelo Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André, é o principal pesquisador do estudo conduzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, sobre uma das mais promissoras vacinas contra a Covid-19. O artigo foi publicado pela conceituada revista The Lancet, em 20 de julho.

Paulista, 34 anos, líder clínico dos estudos do imunizante e responsável por coordenar o acompanhamento de cerca de 10 mil voluntários, Folegatti se especializou no desenvolvimento de vacinas para doenças emergentes após seis anos morando em terras britânicas.

“Minha formação toda foi no Brasil. Me formei em 2009 na Faculdade de Medicina do ABC e fiz residência em infectologia no Instituto Emílio Ribas. Trabalhei em diversos hospitais em São Paulo até setembro de 2014, quando me mudei para o Reino Unido para fazer um mestrado em saúde pública na London School of Hygiene and Tropical Medicine. Quando eu concluí o programa de mestrado, em 2016, surgiu a oportunidade de trabalhar para o Jenner Institute (da Universidade de Oxford) para um programa de influenza. Já estou aqui há quatro anos. Antes da pesquisa do coronavírus começar, a gente estava trabalhando com uma vacina parecida para a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio, também causada por um coronavírus) e calhou de os resultados terem sido publicados na mesma época, quando as coisas começaram a explodir”, conta o ex-aluno da FMABC.

Em janeiro, muito antes da pandemia castigar a Europa, os Estados Unidos e o Brasil, Folegatti e os colegas já iniciavam a pesquisa da potencial vacina contra a doença, após publicação por parte dos chineses do sequenciamento genético do novo coronavírus. Os preparativos para os ensaios clínicos começaram no início de fevereiro. Desde então, a equipe tem trabalhado todo dia, inclusive madrugada adentro.

Segundo o pesquisador, a vacina é baseada num adenovírus (causador de resfriado) de chimpanzé, que é incapaz de se reproduzir dentro do corpo. Os cientistas, então, trocam esses genes por outros genes que vão levar proteínas de quaisquer outros vírus ou patógenos para onde se quer gerar proteção. No caso da Covid-19, são trocados os genes de replicação do adenovírus por genes que vão codificar proteínas da superfície do coronavírus atual. “A grande vantagem de usar essa plataforma é que a gente consegue produzir vacina mais rápido utilizando o mesmo molde e trocando só o antígeno, que é o pedaço que a gente espera que vá induzir uma resposta imune”, explica o infectologista.

A rotina tem sido desgastante. São, em média, quatro horas por dia de sono. Para amenizar a ansiedade pelo tão esperado resultado dos ensaios clínicos, o pesquisador encontra apoio na esposa e na filha, com quem vive na Inglaterra. “Elas têm um papel fundamental nesse processo para garantir a minha sanidade mental. A rotina é (trabalhar) sem hora para entrar, sem hora para sair, fim de semana, feriado. Eu acordo umas 6h, venho para o escritório, saio às 18h e continuo trabalhando em casa, madrugada adentro. Durmo uma média de quatro horas por noite”, relata.

A íntegra do estudo pode ser acessada pelo link: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)31604-4/fulltext (com informações do jornal O Estado de São Paulo).

São Caetano amplia testagem contra a Covid-19 para idosos de todas as idades

Postado por Maíra Oliveira em 31/jul/2020 -

Os testes nos idosos ocorrerão até o dia 7 de agosto – Foto: Eric Romero/PMSCS

Primeira cidade do Brasil a testar os idosos em massa contra a Covid-19, São Caetano do Sul acaba de ampliar a faixa-etária da ação para todos os moradores a partir dos 60 anos – até então, o público era de 60 a 75 anos. A nova estratégia começou dia 29 de julho, no Drive Thru, localizado na Garagem Municipal (Avenida Presidente Kennedy, 2.100, bairro Olímpico).

Os testes rápidos são realizados de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, mediante agendamento no site coronavirus.saocaetanodosul.sp.gov.br. É indispensável a apresentação de documento pessoal e comprovante de residência (ou o Cartão São Caetano), e o uso de máscara. O morador deverá chegar com, no máximo, 15 minutos de antecedência, para evitar aglomeração. Os testes nos idosos ocorrerão até o dia 7 de agosto.

“A testagem em massa, somada a outras ações, nos permite o mapeamento da incidência do coronavírus em nossa cidade. E levar esta iniciativa aos idosos é uma estratégia fundamental dentro do nosso objetivo maior, que é salvar vidas”, ressalta o prefeito José Auricchio Júnior, lembrando que os integrantes da terceira idade são mais vulneráveis à doença.

Após o pessoal da terceira idade, a Prefeitura utilizará o Drive Thru para testar outros segmentos da população – detalhes serão divulgados oportunamente. São Caetano possui um dos maiores índices de longevidade do País (78 anos) e 21% de sua população é formada por idosos (cerca de 34 mil pessoas).

Somando os atendimentos no Drive Thru (que antes dos idosos atendeu 22.166 trabalhadores de diversos segmentos econômicos), no Disque Coronavírus, nos bloqueios de trânsito, no Inquérito Epidemiológico e nas habitações coletivas, além de servidores na linha de frente de combate à pandemia e pacientes dos hospitais, 55 mil pessoas já foram testadas, o que representa 34% da população da cidade. A manutenção dos programas e as novas estratégias deverão fazer a cidade atingir 40% da população testada em agosto.