Postado por Maíra Oliveira em 16/jul/2021 -

O paciente Victor e a equipe da unidade na saída do hospital – Foto: Divulgação/PMSCS
“Meu filho renasceu”, foi com essas palavras e muita emoção que Jane Cristina Aragão Maia de Freitas, mãe de Victor Augusto Aragão Maia de Freitas, 27 anos, o recepcionou após 22 dias de internação no Hospital de Campanha de São Caetano do Sul.
“Foi uma bênção de Deus. Foi muito emocionante recebê-lo no hospital após tantos dias internado. Passamos por momentos difíceis quando ele precisou ser intubado”, relatou Jane, relembrando que Victor Augusto foi internado três dias após a família enterrar seu tio, irmão de Jane, que faleceu aos 61 anos vítima de Covid-19. “Ele acompanhou de perto todo o processo da doença de meu irmão e isso o abalou demais”, explicou.
Por volta do dia 15 de junho, a mãe já percebia que o filho não estava bem, mas ele achava que era asma, já que sofre de bronquite asmática. “Ele trabalha de casa. Somente eu, meu marido e minha filha trabalhamos fora, tanto que em janeiro nós três tivemos a doença e ele não contraiu”.
“Quando percebi que a gripe e a falta de ar começaram a se agravar, o levei ao Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin. A Covid foi detectada e, com 50% do pulmão comprometido, ele já ficou internado. Nossa família, que já vinha de uma perda recente, ficou absolutamente abalada”.
O paciente deu entrada no Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin no dia 22 de junho com quadro de tosse seca, mialgia (dor muscular), astenia (perda ou diminuição da força física) e cefaleia. No mesmo dia foi transferido ao Hospital de Campanha da cidade. Três dias depois apresentou piora no quadro e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para suporte intensivo.
AGRAVAMENTO DA DOENÇA
Com o agravamento da doença, no dia 26 de junho houve necessidade de intubação. Victor permaneceu sete dias em ventilação mecânica. “Por ele ser muito jovem, a evolução rápida da doença nos chamou muita atenção. Mas, após esforços da equipe multidisciplinar, e da luta pela vida do próprio paciente, houve melhora significativa no quadro. Ele pôde ser novamente transferido para a Enfermaria e ontem (14/07), após 22 dias de internação, recebeu alta hospitalar e foi recepcionado de forma emocionante por toda a família”, explicou o diretor do Hospital de Campanha, Arthur Felipe Rente.
A mãe do paciente conta que por ter vivenciado a doença do tio, Victor tinha muito medo da intubação e resistiu demais. “Os médicos nos ligavam diariamente com notícias, mas o diagnóstico quando ele estava na UTI não era dos melhores. Ele estava resistente à sedação e com muito medo, devido à perda do tio. Foi um período terrível e angustiante. Mas, com uma grande corrente de orações que envolveu a família dos meus 11 irmãos e muitos amigos, além de todo cuidado que recebeu da equipe do hospital, ele se curou”, comemora Jane.
Victor Augusto, ainda em recuperação e sob efeito de anestesia e sedativos, conta que demorou para entender que ficaria internado. “Quando me vi num quarto de hospital fiquei muito ansioso e triste. Não consigo me lembrar muito bem de tudo o que aconteceu. Quando fui extubado voltei sem noção de quanto tempo fiquei intubado e o que havia acontecido. Aos poucos, os médicos foram me contando e me acalmando. Eles falavam sobre os procedimentos e o porquê eu ainda precisaria me alimentar por sonda”, explicou.
Segundo Jane, Victor deixou o hospital com encaminhamentos para atendimento com psicólogo e pneumologista. “Ficar em um ambiente com pessoas com Covid é muito ruim. Olhava à minha volta e via pessoas sofrendo, acompanhei momentos de tensão. Mas sempre fui acalmado pela equipe médica e de enfermagem. Eles me diziam que eu estava bem, que minha imunidade melhorava a cada dia. Porém, não é fácil você ver alguém que estava ao seu lado partir. A gente entra em choque”, relatou Victor que, agora, comemora a volta ao lar. “Muito bom estar em casa, poder dormir mais tranquilo e receber os cuidados dos meus familiares. Daqui para frente vou mudar minha rotina alimentar, me preocupar menos com tantas coisas e agradecer a cada dia pela minha vida. Também agradeço aos meus familiares e amigos que fizeram uma grande corrente de oração para que hoje eu pudesse estar aqui”.
Há menos de 24 horas em casa, Victor fez questão de responder a cada uma das mais de 300 mensagens que recebeu pelo WhatsApp enquanto esteve internado. “Foram mensagens de apoio que vieram de pessoas que eu nem imaginava”.
Ao deixar o hospital, em 14/07, o sentimento de Victor Augusto e de sua família foi retratado em cartazes com frases de agradecimento a Deus e toda equipe do hospital. “Obrigado aos médicos e enfermeiros do Hospital de Campanha por não desistirem de mim”. Além dos pais Milton e Jane, e da irmã Gabriela, mais três tias e um primo foram recepcionar Victor na saída do hospital. “Eu agradeço muito a toda a equipe do Hospital de Campanha. Meu filho foi muito bem cuidado e bem tratado. Só tenho elogios”, declarou a mãe.
Victor agradeceu todo o apoio e cuidado da equipe e disse que todos estarão em suas orações. “Uma das minhas prioridades é voltar para a igreja. Depois de tudo que eu rezei, agora só tenho que agradecer. Agradecer diariamente pela minha vida, pela família e amigos”.
Postado por Maíra Oliveira em 15/jul/2021 -

Surpresa contou com a colaboração da equipe do hospital – Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos
Momentos emocionantes marcaram nesta semana a vida do paciente Vitor Matos Caselato, 30 anos, e da namorada Ester dos Santos França, 31 anos. Internado desde o dia 25 de junho no hospital de campanha da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santos, gerenciado pela Fundação do ABC, o engenheiro civil recebeu alta no dia 14 de julho após 18 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar da Covid-19. No momento da alta, para aproveitar o clima de festividade e alívio, uma surpresa: um pedido de casamento. Ao encontrá-lo na saída do hospital, Ester foi surpreendida com buquês de rosa, trilha sonora romântica, bexigas, balões e muitos aplausos de familiares e funcionários.
Juntos há 12 anos, o casal pretendia oficializar a união, mas esperava maior estabilidade financeira. “Com a doença, percebi que o que realmente precisávamos nós já tínhamos, que é o amor, o companheirismo e a parceria”, disse Vitor.
A equipe do hospital ajudou a organizar toda a surpresa, após um combinado feito 10 dias antes com a médica do hospital de campanha da UPA Central, Isabela Rossi, que acompanhou Vitor diariamente durante sua internação na UTI. Foi o momento mais marcante para ele e para toda equipe, já que seu estado de saúde era considerado grave, com 90% de comprometimento do pulmão e grande chance de intubação.
“Ele não estava melhorando e fizemos tomografia para ver se tinha alguma alteração pulmonar que justificasse a dificuldade de melhora clínica. Naquele dia, soubemos que ele ia pedir a namorada em casamento por videochamada, mas como voltou cansado do exame, não conseguiu”, relata a médica.
No dia seguinte, pela manhã, vendo-o muito emotivo e com medo de não conseguir fazer o pedido, a médica fez um combinado: “Pedi para ele não ficar mais nervoso e disse que, no dia que ele tivesse alta, eu iria comprar o balão que ele pediu e um buquê de rosas. Combinei que ele tinha que ficar bom para poder fazer um pedido de verdade e não por videochamada. Poder ajoelhar e pedir do jeito que ele tinha sonhado”.

Vitor, a noiva e familiares após a alta médica
VITÓRIA COLETIVA
As medicações foram ajustadas e as fisioterapias intensificadas. E, a partir do combinado com a médica, Vitor começou a responder melhor às terapias. “O dia que a gente decidiu que faria a surpresa à namorada foi o ponto que ele realmente começou a melhorar, ficou mais positivo em relação ao tratamento, mais motivado e esperançoso. E toda a equipe viveu esse sonho”, conta a médica, lembrando que foram 10 dias planejando a surpresa. “Todo dia a gente falava sobre isso, combinava que flor ia trazer, como seria, o que ele iria falar. No final, a vitória não foi só dele, mas de todo mundo”.
Para Vitor, foi o vigor que precisava para sua própria recuperação. “O combinado com a Dra. Isabela me deu forças e esperança para lutar contra a Covid. Toda equipe acreditou na minha força. Quero agradecer a todos os funcionários, médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal administrativo da UPA Central, pelo atendimento e por todo o carinho neste momento especial. Compraram tudo, fizeram literalmente uma festa. Vocês são anjos nas nossas vidas”, disse.
AGRADECIMENTOS
A ocasião provocou um misto de emoções em toda a equipe, que desde o início da pandemia mantém padrão de excelência no atendimento aos pacientes do hospital de campanha, este inaugurado em março no mesmo prédio da UPA. “Ficamos todos muito emocionados. Esses são os momentos que nos trazem imensa satisfação. Não tem preço o que vivemos hoje (13/07) e em tantas outras altas. Nossa equipe é fantástica. Estão todos de parabéns. Este hospital de campanha é um sucesso graças ao empenho de todos os funcionários”, disse a gerente da UPA Central de Santos e do hospital de campanha, Zilvani Guimarães.
Gerente administrativa da Central de Convênios/FUABC, Vanessa Crispim estendeu os agradecimentos às equipes assistenciais e administrativas da unidade. “Todos os elogios não bastam para enaltecer os imensuráveis serviços prestados por todos os colaboradores do Hospital de Campanha e da Central de Convênios neste período de pandemia. São verdadeiros heróis, pois permanecem firmes na linha de frente de combate ao vírus. Nosso parabéns especial se estende à gestora Zilvani Guimarães, que executou com maestria todas as atividades necessárias para que pudéssemos alcançar este sucesso. É o resultado do comprometimento do gestor que atua junto à sua equipe, que faz muito mais que otimizar processos, que age como facilitador, coordenando, delegando e incentivando a todos para o cuidado humanizado”, disse a gerente.
HOSPITAL DE CAMPANHA
O Hospital de Campanha funciona no segundo e terceiro andares da UPA Central de Santos. Inaugurado em 31 de março, a unidade opera com 40 leitos, sendo metade de enfermaria e metade de UTI. Ao todo, desde a inauguração até o dia 14 de julho, foram realizadas 386 internações.
Durante o período em funcionamento o serviço acumula inúmeras mensagens de agradecimentos registradas nas redes sociais, especialmente direcionadas à humanização das equipes assistenciais e administrativas. Em maio, a unidade recebeu “votos de congratulações” durante a 18ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Santos. O requerimento assinado pelo vereador Lincoln Reis e lido durante a plenária teve como foco o reconhecimento do trabalho realizado pelo hospital no enfrentamento à Covid-19. (com informações da Prefeitura de Santos)

Noivos, familiares do paciente e colaboradores do hospital se uniram em momento de celebração
Postado por Maíra Oliveira em 13/jul/2021 -
Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço é celebrado em 27 de julho. A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), que há mais de 50 anos atua na prevenção e tratamento da doença e há seis é responsável pela campanha no Brasil, promove durante todo o mês de julho atividades de conscientização e informação no combate a este tipo de câncer. Com o slogan “Desperte a Esperança, Venha para o Julho Verde”, a SBCCP reconhece o abalo da saúde emocional e como isso reflete no tratamento da doença.
O câncer de cabeça e pescoço é a denominação dada a um conjunto de tumores que afetam regiões da boca, laringe, faringe, glândulas salivares, cavidade nasal, seios paranasais e tireoide, além da pele da face e do pescoço. Segundo a SBCCP, 10 mil brasileiros morrem por ano vítimas da doença.
A campanha de 2021 chega no momento em que o País ainda enfrenta a pandemia de Covid-19. O medo pelo risco de contágio impactou 43% dos pacientes em tratamento de câncer, segundo levantamento do Instituto Oncoguia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece os resultados negativos da pandemia no tratamento do câncer. Muitas pessoas deixaram de fazer exames, o que impediu a realização do diagnóstico em estágio inicial. Pacientes deixaram de comparecer ao tratamento por insegurança, medo ou por falta de atendimento. Quanto mais avançado o câncer, menores são as chances de cura e mais agressiva fica a doença, o que provoca maior demanda de recursos para o tratamento. Além disso, as sequelas físicas após o tratamento de um câncer de cabeça e pescoço são maiores, bem como as emocionais e financeiras.
CÂNCER BUCAL
Entre as neoplasias malignas, o câncer de cavidade oral é o quinto mais comum entre os homens no Brasil (com exceção do câncer de pele). Cerca de 80% dos pacientes que procuram serviços de diagnóstico e tratamento já estão em estágio avançado da doença. Nesses casos, a probabilidade de cura é menor e o tratamento é mais complexo, levando a disfunções na deglutição de alimentos e na fala, além de deformidades estéticas.
No grupo de risco deste tipo de câncer estão: homens com mais de 40 anos, fumantes e consumidores de bebida alcoólica em excesso. Professora da disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMABC e membro da SBCCP, Dra. Jossi Ledo Kanda explica que além destes fatores, também são riscos para a doença o mau estado de conservação dos dentes e as próteses dentárias desajustadas. Segundo a docente, para se prevenir adequadamente é necessário evitar o fumo e o álcool, não se expor ao sol sem proteção (risco de câncer do lábio), promover higiene bucal, mantendo os dentes em bom estado, além de fazer pelo menos uma consulta odontológica de controle a cada ano e adotar dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
OUTROS TIPOS
A infecção pelo HPV (papilomavírus humano) também tem contribuído com o aumento na incidência do câncer da orofaringe em jovens nos últimos anos, principalmente pelas práticas sexuais sem o uso de preservativos.
No caso do câncer da laringe, além do consumo de bebida alcoólica e tabagismo, alguns fatores relacionados à exposição ocupacional a elementos como pó de madeira, produtos químicos utilizados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e o amianto são relevantes. Entre as mulheres, o câncer da tireoide é o quinto mais frequente, porém, na maioria dos casos, possui prognóstico mais favorável.
Já o câncer de pele é o mais prevalente na população e também tem alta incidência na região da cabeça e pescoço, já que é uma área exposta ao sol. “O diagnóstico de tumores iniciais é fundamental para garantir os melhores índices de cura. Em pessoas acima dos 40 anos, sinais e sintomas como manchas brancas na boca, úlceras, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão, dores de garganta e à deglutição, e dificuldades para engolir são alertas para consultar o especialista”, explica a Dra. Jossi Ledo Kanda.
Mais informações sobre o tema podem ser acessadas pelo site: www.sbccp.org.br/julhoverde.
Formas de prevenção:
Postado por Eduardo Nascimento em 08/jul/2021 -

Serão 20 novos leitos de UTI e 24 de enfermaria
Parceria entre a Fundação do ABC e o Governo do Estado de São Paulo, o Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília abrirá mais 44 leitos até o final de julho, atingindo total de 104 leitos exclusivos para tratamento de pacientes com a Covid-19. Serão 20 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital de Campanha e outros 24 de enfermaria.
A implantação será gradativa e os trabalhos começaram em 1º de julho, com a abertura de uma UTI no 7º andar com 10 leitos. Até a metade do mês está prevista a operação de mais 10 leitos de UTI no 9º andar. Entre 26 e 30 de julho a ampliação será concluída, com o funcionamento de 24 novos leitos de enfermaria no 8º andar.
“O Hospital Santa Cecília tem mantido média de 85% de ocupação e está entre as principais referências do Estado para o enfrentamento à Covid-19. Temos ciência da importância deste trabalho e é muito gratificante acompanhar a recuperação e a alta dos pacientes que têm vencido a doença”, informa a diretora-geral do Hospital Santa Cecília, Dra. Sandra Giron Gallo.

A coordenadora de Recursos Humanos do hospital, Edilaine Correia, junto às doações recebidas por pacientes satisfeitos com o atendimento
GRATIDÃO
Para a dirigente, o carinho e reconhecimento de pacientes e familiares têm sido muito importantes na valorização e motivação das equipes. “Temos recebido várias doações espontâneas de pacientes, familiares e até mesmo de colaboradores da Fundação do ABC, em benefício dos pacientes internados. São demonstrações de gratidão e amor pelo trabalho que estamos realizando no Hospital”, acrescenta Dra. Sandra Gallo.
Recentemente, a família de um dos pacientes encaminhados de Mato Grosso doou um colchão pneumático para UTI, que previne a formação de feridas nas costas de doentes intubados. Com o início do inverno, muitas doações de roupas de frio também têm chegado à unidade, assim como itens de higiene e de uso pessoais, como sabonetes, escovas e pastas de dente, aparelhos de barbear, chinelos e até mesmo bíblias e revistas de palavras cruzadas.
Para a diretora-geral, a sensação é gratificante, de “dever cumprido com responsabilidade e êxito”. Dra. Sandra Gallo completa: “Este sentimento gratificante não diz respeito somente a entrega dos leitos, mas também sobre a assistência humanizada e respeitosa que estamos proporcionando aos pacientes e seus familiares. Temos uma equipe comprometida em fazer o melhor, proporcionando assistência de qualidade e empática aos nossos pacientes. Eu só tenho a agradecer a todos, sem exceção”.
REFERÊNCIA CONTRA COVID-19
O Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília foi inaugurado em meados de abril como Hospital de Campanha do Governo do Estado, exclusivo para o atendimento de casos de Covid-19.
Localizado na região central da Capital, o Hospital está instalado em prédio com 10 andares cedido por um ano ao Estado pela iniciativa privada, onde funcionou o Hospital Santa Cecília até 2019 – desde então, a unidade permaneceu desativada. O plano de trabalho apresentado pela Fundação do ABC foi eleito vencedor para celebração do convênio emergencial para gerenciamento da unidade, cuja publicação no Diário Oficial do Estado ocorreu em 27 de março. Na mesma data, comitiva da FUABC e da Secretaria de Estado da Saúde estiveram no local para receber as chaves.
A partir de então, em apenas 15 dias o hospital recebia o primeiro paciente internado por Covid-19, às 20h04 de 11 de abril. Com alas e leitos abertos gradativamente, foram 54 dias entre o recebimento das chaves e o cumprimento integral do contrato, com a entrega de 60 leitos. Todas as equipes da Fundação do ABC estiveram envolvidas no processo e trabalharam ininterruptamente para a contratação de pessoal, revisão de todas as instalações, aquisição de insumos e medicações, reformas, compra e instalação de equipamentos, entre muitas outras ações básicas necessárias para a abertura da unidade.
Ao final de julho serão 104 leitos em funcionamento na unidade, sendo 40 de UTI e 64 de enfermaria.
Postado por Maíra Oliveira em 08/jul/2021 -

A iniciativa prepara os alunos para a prova de Residência Médica
A Liga de Cardiologia do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), juntamente com a disciplina de Cardiologia, realizou em 26 de junho atividade com atendimentos simulados on-line para alunos do 5º e 6º anos de Medicina. Conhecida como OSCE – Exame Prático Objetivo Estruturado de Habilidades e Atividades, a iniciativa prepara os alunos para a prova de Residência Médica e também auxilia no aprendizado, já que após os atendimentos, os estudantes recebem a avaliação do professor tutor.
O exame contou com a participação de alunos voluntários representando pacientes, sob organização da Liga de Cardiologia e apoio do professor Miguel A. Moretti. Foram premiados os estudantes com as três melhoras notas: Karine Turke, Giulia Cerchiari e Felipe Crepaldi.
“Parabéns à Diretoria da Liga, na pessoa de sua presidente, a aluna Beatriz Xavier de Camargo Rabello. Em breve, os casos serão apresentados e discutidos on-line. Atividades como essa são fundamentais para o ensino acadêmico, principalmente nos momentos atuais”, considera o professor titular da disciplina de Cardiologia da FMABC, Dr. Antônio Carlos Palandri Chagas.
Postado por Maíra Oliveira em 08/jul/2021 -

Representantes do Hospital Nardini e AME Mauá
O Hospital Nardini de Mauá recebeu no final de junho 24,5 quilos de tampinhas plásticas arrecadados no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Mauá. A parceria entre os dois serviços gerenciados pela Fundação do ABC teve início em fevereiro, quando a unidade estadual se tornou ponto de coleta de tampinhas plásticas em colaboração à iniciativa sustentável. O Hospital Nardini aderiu ao programa “Tampinha Legal” em julho de 2020 e, desde então, busca parcerias para ampliar os pontos de coleta pela cidade. O valor arrecadado com a venda do material será revertido em benfeitorias para a unidade.
Considerado o maior programa socioambiental de caráter educativo da indústria de transformação do plástico da América Latina, o programa Tampinha Legal foi lançado em 2016, na segunda edição do Congresso Brasileiro do Plástico (CBP). A iniciativa propõe ações modificadoras de comportamento de massa por meio do fomento e incentivo da coleta de tampas de plástico. O projeto fará a coleta do material arrecadado quando o volume chegar a aproximadamente 30 sacos.
São arrecadadas tampinhas plásticas de diversos produtos, como água, isotônico, água de coco, refrigerante, chá, suco, leite, shampoo, condicionador, pasta de dente, colírios, repelentes, sabão líquido, detergente, amaciante, desinfetante, álcool, água sanitária, entre outros, desde que o material seja 100% plástico. A população pode continuar doando nas duas unidades de Saúde.
O projeto Tampinha Legal é uma iniciativa do Instituto SustenPlast e busca melhorar a valorização de mercado do material. Os valores obtidos pelas campanhas são destinados integralmente às entidades assistenciais ou unidades de saúde participantes. Mais informações pelo site: www.tampinhalegal.com.br.
Postado por Eduardo Nascimento em 07/jul/2021 -
Profissionais do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) estarão entre os convidados do “1º Workshop do TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade”. O evento ocorrerá em 13 de julho (terça-feira), das 18h às 22h30, com as atividades 100% on-line em função da pandemia de Covid-19 e presenças confirmadas de diversos especialistas de renome na área. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas pelo site https://ferrazeventos.com.br.
A data do workshop foi escolhida justamente por marcar o Dia Mundial da Conscientização do TDAH. O objetivo é desmistificar, capacitar e esclarecer questões essenciais sobre o tema, tendo como público-alvo mães, pais, professores, profissionais da área e portadores de TDAH.
O Núcleo Especializado em Aprendizagem da FMABC (NEA) estará representado por sua coordenadora, Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, que abordará o tema “Fatores de risco, prognóstico e funcionalidade no TDAH”. O professor de Neuropediatria da FMABC e membro do NEA, Rubens Wajnsztejn, também está confirmado e apresentará aula sobre “TDAH: a linha do tempo, desenvolvimento e prognóstico”.
Ao longo do encontro, também estão programadas palestras sobre “TDAH: família e escola, sua atitude pode mudar tudo”, “Descomplicado o TDAH”, “Recursos para identificação e avaliação”, “Diagnóstico de TDAH na vida adulta: obstáculos e possibilidades”, “TDAH, tiques e toc” e “Pesquisas em diagnóstico diferencial/comorbidade na abordagem medicamentosa na infância e adolescência”.
O 1º Workshop do TDAH é realizado pela Clínica ABCW Multidisciplinar, Avaliação Interdisciplinar, Projeto Dislexia TDAH Amor de Mãe, Ferraz Eventos e Clínica RW.
TDAH
Frequente desatenção, dificuldades na escola e no relacionamento com colegas, pais e professores são características comuns na infância e adolescência. Mas, quando acontecem de maneira excessiva, podem ser sintomas do TDAH – desordem neurobiológica de causas genéticas que geralmente aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Os principais sintomas do transtorno são a falta de atenção, extrema dificuldade de concentração, hiperatividade e impulsividade.
Quem possui o TDAH tem muita dificuldade em prestar atenção e se concentrar nas atividades escolares, leituras, lição de casa e trabalhos. Um dos sintomas comuns é o fato da criança ou jovem não conseguir ficar parado no lugar, demonstrando claramente o incômodo e desconforto de ter que permanecer em determinada posição, podendo balançar muito as pernas e falar de forma ininterrupta.
O tratamento deve ser multimodal e pode ser baseado na psicoeducação, psicoterapia e medicação com psicoestimulantes. A psicoeducação é essencialmente informar as pessoas que convivem com o paciente, para que possam entender o que é o distúrbio. Já a terapia cognitivo-comportamental é um sistema de psicoterapia que envolve conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudança de padrões de comportamento e, consequentemente, de hábitos. Há também o tratamento medicamentoso, que pode ajudar a aumentar a atenção e diminuir a impulsividade e a hiperatividade em pacientes com o transtorno.

Postado por Maíra Oliveira em 06/jul/2021 -
A área de Sustentabilidade da Fundação do ABC (FUABC), ligada ao Departamento de Recursos Humanos (RH), promove no mês de julho a campanha do agasalho “Aquecendo o ABC”. O objetivo da ação é sensibilizar colaboradores da FUABC, Central de Convênios e Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) a doarem roupas, calçados e cobertores em boas condições de uso. Os pontos de coleta da campanha estarão espalhados pelo campus universitário da FMABC entre os dias 6 e 21 de julho.
O montante arrecadado será destinado a três instituições beneficentes das cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano, que ainda serão selecionadas. Além de beneficiar famílias em situação de vulnerabilidade social durante a estação mais fria do ano, a campanha contribui com o meio ambiente. Isto porque muitas peças que podem ser reaproveitadas deixarão de ser descartadas de forma inadequada no meio ambiente.
“A campanha fará um bem inestimável para muitas famílias. A ideia é sensibilizar nossos colaboradores por meio da empatia, do amor e da responsabilidade social com o próximo, além de levar conforto e dignidade para os que mais precisam”, explica a gerente de RH da FUABC, Magali Gonçales.
Mais informações sobre a iniciativa podem ser solicitadas pelo e-mail sustentabilidade@fuabc.org.br.
Postado por Maíra Oliveira em 05/jul/2021 -

Equipe responsável pelo procedimento – Fotos: Eric Romero/PMSCS
A Prefeitura de São Caetano do Sul e a disciplina de Urologia do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) realizaram em maio a primeira cistectomia com reconstrução laparoscópica da rede pública do Grande ABC. A cirurgia de remoção e reconstrução intracorpórea da bexiga foi realizada pela equipe do médico Marcello Machado Gava, coordenador do serviço de Urologia do município e urologista da FMABC.
“A Saúde de São Caetano investe cada vez mais em equipamentos e equipes médicas que permitem a realização de procedimentos cada vez menos invasivos, aumentando a segurança dos nossos pacientes e reduzindo o tempo de internação. O sucesso da cirurgia realizada por nossa equipe de urologia mostra que nosso município continua sendo vanguarda na execução de cirurgias de média e alta complexidade”, destacou a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.
“Estou bem, graças a Deus e a esses médicos maravilhosos que entraram no meu caminho. São anjos enviados por Deus”, disse Maria Elenilda Silva, 57 anos, diarista e moradora do Bairro Prosperidade. Ela foi a primeira paciente operada na cidade e, agora, realiza fisioterapia para a recuperação das funções da bexiga reconstruída.
“No final de 2018 eu comecei a fazer um tratamento para infecção de urina. Mas a infecção nunca sarava. Eu tomava antibiótico e a infecção voltava de novo”, lembra. Preocupada, Maria Elenilda fez uma ultrassonografia, que mostrou duas pequenas lesões na bexiga. Era câncer. Na época, ela tratava em outra cidade do ABC, onde residiam as filhas. Teve indicação para fazer um tratamento que consistia numa “raspagem” da bexiga para eliminação dos tumores. Mas passaram-se 19 meses sem que ela fosse chamada para o procedimento pelo serviço de saúde da cidade.

Maria Elenilda Silva, 57 anos, foi a primeira paciente a receber o tratamento via SUS no ABC
“Eu sofria muito. Ficava inchada, sangrava, sentia muita dor. Um dia, eu estava muito mal e procurei o pronto-socorro de São Caetano, onde moro com meus pais. Do PS fui encaminhada à UBS e, depois, ao Maria Braido, onde passei com especialista. Foi em São Caetano que eu consegui ser tratada”.
A equipe de Urologia encaminhou a paciente ao “Cabem mais Vidas”, um projeto para pesquisa e tratamento do câncer de bexiga, vinculado à disciplina de Urologia da FMABC. “O Cabem centraliza as condutas, auxiliando na elaboração do cronograma de tratamento, e os municípios mantêm o atendimento e os procedimentos para condução dos pacientes. Nós, da equipe de Urologia de São Caetano, somos todos ligados à FMABC. Com isso, embora seja um câncer letal, agressivo e de difícil tratamento, conseguimos reduzir de forma importante a taxa de mortalidade dos pacientes”, explica Marcello Machado Gava.
Maria Elenilda recebeu tratamento integrado entre Cabem e Prefeitura de São Caetano. “Toda a parte cirúrgica, de quimioterapia e os demais procedimentos são feitos em São Caetano. Em cirurgias complexas, como neste caso, também contamos com apoio da equipe do Cabem”, explicou o médico.
“Fiz oito sessões de quimio no Centro Oncológico. A pandemia não atrapalhou meu tratamento”, conta Maria Elenilda. Após as sessões de quimioterapia, foi feita a cirurgia: uma cistectomia radical laparoscópica neobexiga intracorpórea – cirurgia de grandes dimensões, que consiste na retirada total da bexiga quando esta é acometida por câncer infiltrativo, que é o segundo tumor mais frequente do aparelho urinário.
A técnica, realizada pela primeira vez em um hospital público do Grande ABC, envolveu equipe de seis cirurgiões: Marcello Machado Gava (coordenador do serviço de Urologia do município e urologista da FMABC); Fernando Korkes (coordenador do Cabem e urologista da FMABC); José Henrique Santiago e Frederico Timoteo (urologistas da FMABC); Artur Farías (fellow de Uro-oncologia da FMABC); Matheus Pascotto e Alexandre Hidaka (médicos residentes da disciplina de Urologia da FMABC).
“Também recebemos apoio do médico americano Peter Wiklund, que desenvolveu a técnica, por meio de uma teleconsulta. Houve uma complicação pós-operatório e ele nos ajudou a resolver”, ressalta Gava.
“A experiência foi magnífica. Foi oferecido à paciente um tratamento que é realizado nos maiores centros do mundo. E em poucos centros! É muito satisfatório conseguirmos oferecer algo assim”, comemorou o médico. Maria Elenilda também está feliz e grata. “Tive medo do tratamento não chegar a tempo. Hoje estou bem. Quero voltar a trabalhar e aproveitar muito a vida”.
Postado por Eduardo Nascimento em 02/jul/2021 -

O paciente Samuel Monteiro com o filho, Jeferson Saab
O Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília, gerido pela Fundação do ABC em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, recebeu em junho nove pacientes graves com Covid-19 transferidos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A primeira alta médica foi registrada em 29 de junho. Aos 57 anos, o pastor batista da cidade de Dourados (MS), Samuel Auro Monteiro de Souza, venceu a batalha contra o novo coronavírus e deixou a unidade acompanhado pelo filho. O momento foi acompanhado pela equipe de Comunicação do Exército, tendo em vista que o paciente foi transportado para São Paulo por meio de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Foi um presente de Deus ter surgido uma vaga em São Paulo. Cheguei no dia 13 de junho e fui direto para UTI, pois já estava usando oxigênio no limite máximo”, recordou Samuel Monteiro, enquanto agradecia as equipes do Hospital Santa Cecília. “Fui muito bem atendido aqui e consegui me recuperar. Minha palavra é de gratidão a Deus, à minha família, à UPA de Dourados, onde tive o primeiro atendimento, à Força Aérea e aos funcionários deste Hospital, que são gente muito boa. Não tem como esquecer”, declarou.
Segundo o paciente, a humanização do atendimento fez toda a diferença durante o período de internação. “Não foram só os medicamentos. O calor humano, as palavras de força, dizendo que eu iria ficar bom. O cuidado, o carinho. Hoje eu sou vitorioso, venci a Covid com a ajuda de Deus e dessas pessoas maravilhosas. Nasci de novo”.

Alta médica foi acompanhada pela equipe de Comunicação do Exército, tendo em vista que o paciente foi transportado para São Paulo por meio de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
O filho Jeferson Saab de Souza viajou de Dourados até a Capital paulista para buscar o pai e ressaltou a importância da comunicação do Hospital com a família durante os 16 dias de internação. “Participávamos das visitas virtuais, tendo as notícias dele, além das ligações diárias dos médicos, passando as informações de saúde e nos deixando inteiramente a par, sem nenhuma dúvida sobre como ele estava. Foi muito bom ele ter vindo para um local estruturado, e agora estamos comemorando a volta dele. Estávamos apreensivos, mas agora ele está bem e isso é maravilhoso”.
HUMANIZAÇÃO
Gerente da área Psicossocial do Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília e coordenadora dos serviços de humanização, Adriana Evangelista reitera a importância do trabalho de acolhimento e da participação da Psicologia no atendimento às famílias, tendo em vista a impossibilidade de visitas presenciais aos pacientes com Covid-19.
“Realizamos diariamente as visitas virtuais com as famílias, que podem conversar com os pacientes, matar a saudade e ter mais proximidade com seus entes queridos, apesar da distância. Montamos toda essa estrutura com o Serviço Social e as visitas são acompanhadas por um psicólogo, por meio de videochamadas. Esse não é um momento de passar informações médicas sobre o estado de saúde, mas sim de conversa, carinho e conforto”, explica Adriana Evangelista.
Os boletins de saúde dos pacientes são passados diariamente à família por telefone, diretamente pela equipe médica.

Adriana Evangelista, gerente da área Psicossocial do Hospital Santa Cecília e coordenadora dos serviços de humanização
PARCERIA DO BEM
Os dois primeiros pacientes de fora do Estado deram entrada no Hospital Santa Cecília às 22h30 do dia 6 de junho, encaminhados de Campo Grande, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso do Sul. O traslado foi feito em ambulâncias até a Base Aérea de Campo Grande, de onde embarcaram para o Aeroporto de Congonhas, na Capital paulista.
REFERÊNCIA CONTRA COVID-19
O Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília foi inaugurado em meados de abril como Hospital de Campanha do Governo do Estado, exclusivo para o atendimento de casos de Covid-19.
Localizado na região central da Capital, o Hospital está instalado em prédio com 10 andares cedido por um ano ao Estado pela iniciativa privada, onde funcionou o Hospital Santa Cecília até 2019 – desde então, a unidade permaneceu desativada. O plano de trabalho apresentado pela Fundação do ABC foi eleito vencedor para celebração do convênio emergencial para gerenciamento da unidade, cuja publicação no Diário Oficial do Estado ocorreu em 27 de março. Na mesma data, comitiva da FUABC e da Secretaria de Estado da Saúde estiveram no local para receber as chaves.
A partir de então, em apenas 15 dias o hospital recebia o primeiro paciente internado por Covid-19, às 20h04 de 11 de abril. Com alas e leitos abertos gradativamente, foram 54 dias entre o recebimento das chaves e o cumprimento integral do contrato, com a entrega de 60 leitos.

Gerido pela FUABC em parceria com o Governo do Estado de SP, Hospital Santa Cecília recebeu em junho nove pacientes graves com Covid-19 transferidos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul