Pesquisa inédita indica aleitamento materno como fator protetivo contra a Covid-19

Postado por Maíra Oliveira em 09/dez/2020 -

Trabalho investiga impactos da Covid-19 na gestação e reforça evidências de que não há risco de transmissão da doença durante a amamentação

 

Pesquisadores da FMABC e do HMU-SBC acompanham 201 bebês e mães desde junho

Pesquisadores do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André (SP), em parceria com o Hospital Municipal Universitário (HMU) de São Bernardo, estão desenvolvendo uma pesquisa para avaliar o impacto da infecção por Covid-19 na gestação, na saúde materna, no recém-nascido e nas práticas de aleitamento materno. Parte dos achados já foi publicada recentemente em uma das mais importantes revistas internacionais que tratam sobre amamentação, a Journal of Human Lactation.

A pesquisa avalia, entre outros fatores, a presença de anticorpos protetores contra a Covid-19, a imunoglobulina IgA, no leite materno das mulheres que tiveram a doença durante a gestação e/ou que a apresentaram no momento do parto. Trata-se de um dos primeiros relatos de caso no mundo que descrevem a presença precoce (no primeiro dia da amamentação) de anticorpos protetores contra a Covid-19 no leite materno.

Desde junho são acompanhadas mães que tiveram Covid-19 e que tiveram filhos nascidos no HMU-SBC. Em novembro, já são 201 duplas (mulheres e bebês) incluídas nesta avaliação. Todos os bebês estão em acompanhamento, apresentam bom quadro de saúde e não têm evidências de contágio da doença. Na análise preliminar dos dados, realizada com as amostras de colostro, – o primeiro leite produzido após o nascimento da criança –, foi possível identificar o anticorpo protetor para a Covid-19 (IgA Anti-Sars-Cov-2) em 34% das amostras.

Na pesquisa publicada, destaca-se o caso de uma gestante que deu entrada no HMU-SBC na fase aguda da doença e com quadro de síndrome gripal. Vale destacar que a unidade hospitalar adotou como protocolo, desde o início da pandemia, a ampla testagem de gestantes. O foco é evitar transmissões cruzadas e oferecer tratamento clínico adequado para mães e bebês a partir da adoção de protocolos específicos de prevenção e isolamento.

A docente do departamento de Pediatria da FMABC, Dra. Fabíola Suano de Souza, que integra o estudo

Horas após o parto, a criança permaneceu em aleitamento materno exclusivo e protegido da doença. O primeiro contato pele a pele entre mãe e filha se deu após o parto, em uma sala de isolamento na unidade de puerpério, sob rígidos protocolos de segurança. A dupla permaneceu em um quarto isolado no alojamento conjunto. A amamentação ocorria, sob forma de livre demanda, após a mãe higienizar as mãos com água e sabão e/ou álcool gel e com proteção de máscara cirúrgica. No momento da apojadura (processo inicial de preparo da mama para a produção de leite), a equipe integrante da pesquisa, devidamente paramentada e com o consentimento da puérpera, realizou a coleta da amostra do leite materno por meio de expressão manual para análise. A criança foi submetida aos exames para detecção da Covid-19 com uso de Swab, um cotonete mais comprido, via narina. Feitos com 24 e 48 horas de vida, ambos apresentaram resultado negativo.

“Nenhum estudo disponível na literatura científica comprovou que a infecção por Covid-19 pode ser adquirida pela amamentação. Pelo contrário, com base nos dados coletados neste estudo, nossa hipótese é de que a amamentação seja fator protetor contra a Covid-19, assim como para combater o desenvolvimento de diversas outras doenças. Mamar transmite proteção para a criança, pois são anticorpos prontos. O colostro possui a maior concentração de imunoglobulina A, que age como um poderoso fator de defesa para o organismo do bebê. A amamentação continua sendo a primeira de todas as vacinas. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação deve ser mantida mesmo em mulheres que tiveram ou têm a doença”, explica a docente do departamento de Pediatria da FMABC, Dra. Fabíola Suano de Souza, que integra o estudo.

A mãe e o recém-nascido relatados no estudo receberam alta juntos, no sétimo dia pós-parto, sob orientação de manter a amamentação exclusiva com precauções de contato. A criança foi avaliada após a alta nos dias 10, 25, 45 e 90 de vida e não apresentou sintomas clínicos. Permaneceu em aleitamento materno exclusivo e apresentou desenvolvimento, crescimento e ganho de peso adequados. Já a mãe recuperou-se totalmente da infecção pela Covid-19.

DESDOBRAMENTOS

Todas as mães e bebês seguirão em acompanhamento pela equipe de Ginecologia/Obstetrícia e Neonatologia do hospital até as crianças completarem dois anos de idade. Os dados ainda preliminares que integram o monitoramento mais abrangente das 201 duplas de mães e recém-nascidos estão em fase final de consolidação para posterior divulgação. “Vamos divulgar todas as informações de forma estruturada para a comunidade científica nacional e internacional. Queremos fortalecer ainda mais a importância da amamentação como uma forma de proteção contra a infecção por Covid-19”, completa Dra. Fabíola.

A íntegra do artigo com o estudo de caso pode ser acessada no link https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0890334420960433.

Participam da pesquisa a Chefe do Serviço de Neonatologia do HMU-SBC, Dra. Cibele Wolf Lebrão, a docente do Departamento de Pediatria da FMABC, Dra. Fabíola Suano de Souza, o vice-reitor da FMABC, Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, a nutricionista da FMABC, Letícia Veríssimo Dutra, a infectologista do HMU-SBC, Dra. Mariliza Henrique da Silva, a diretora-geral do HMU, Dra. Mônica Carneiro, além da médica residente em Pediatria da FMABC, Manuela Navarro Cruz.

 

Fórum nacional discute saúde mental de alunos de Medicina durante pandemia

Postado por Maíra Oliveira em 09/dez/2020 -

Transmitido durante o Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM), Fórum dos Serviços de Apoio ao Estudante de Medicina (FORSA) chega à 15ª edição

 

O professor de Psiquiatria da FMABC e organizador do FORSA, Dr. Sergio Baldassin, durante transmissão do evento

O professor de Psiquiatria do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Sergio Baldassin, organizou durante o 58º Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM), entre 12 e 18 de outubro, o “XV Fórum FORSA COBEM”. O Fórum dos Serviços de Apoio ao Estudante de Medicina (FORSA) é destinado a estudantes, professores, dirigentes e profissionais que atuam em serviços de apoio e suporte ao estudante.

O evento teve como objetivo analisar evidências científicas sobre qualidade de vida de estudantes de Medicina; refletir sobre as vivências dos estudantes de Medicina em meio à pandemia de Covid-19; reconhecer o profissional brasileiro com considerável contribuição ao cuidado discente; conhecer a história paulista de cuidado aos estudantes e residentes da área da Saúde; e analisar modelos contemporâneos de cuidado à saúde mental dos estudantes.

Ao longo dos últimos anos, estudos têm indicado uma onda de casos graves no cenário nacional, com aumento significativo da necessidade de farmacoterapia. Na região do ABC não é diferente do que ocorre nas demais escolas formadoras de profissionais de Saúde no País. Essa realidade deu origem, em 2015, ao primeiro Fórum dos Serviços de Apoio ao Estudante de Medicina – o FORSA –, realizado anualmente durante o Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM), da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM).

A iniciativa, que começou de forma tímida, tomou forma e evoluiu: atualmente são mais de 300 participantes ativos no FORSA, com representação de 100 escolas médicas de 20 estados brasileiros. Trata-se de uma rede nacional de cuidadores e pesquisadores, que hoje debate junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) a implantação de um Plano Nacional de Promoção de Saúde e de Prevenção ao Suicídio entre Estudantes de Medicina.

Estudo sobre metal Európio (Eu) é publicado em periódico internacional

Postado por Maíra Oliveira em 09/dez/2020 -

O professor titular de Química Analítica da FMABC, Dr. Horacio Dorigan Moya

O curso de Farmácia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) publicou recentemente artigo sobre o Európio (Eu) no periódico científico internacional Journal of Transition Metal Complexes. O Európio é um elemento químico do grupo dos metais lantanídeos e tem entre suas principais características propriedades espectroscópicas e magnéticas, que o tornam valioso na indústria para fabricação de superimãs, telas de tablets, computadores, celulares e painéis solares.

Nas últimas décadas, a ciência tem se interessado em estudar as interações químicas entre o íon azoteto (N3-) e o európio(III), pois íon azoteto é capaz de modular a luminescência dos metais lantanídeos, especialmente európio(III). “Por essa razão, estudos relacionados às características físico-químicas dos compostos aquosos de európio(III) são de grande relevância, pois fornecem informações sobre o comportamento químico desse elemento no sistema biológico e no meio ambiente”, explica o professor titular de Química Analítica da FMABC, Dr. Horacio Dorigan Moya, que conduziu o trabalho conjuntamente com a Dra. Eliana Maria Aricó, docente do Instituto Federal de Ensino, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).

A partir de equipamentos simples e comumente disponíveis em laboratórios de química, o estudo conseguiu determinar com rigor o valor do grau de formação do composto íon azoteto e európio(III) em solução aquosa. A precisão dos resultados e o baixo custo envolvido no processo foram os grandes diferenciais que chamaram a atenção da revista científica internacional para a publicação.

“Tivemos como base um procedimento matemático padronizado, utilizado para calcular valores do grau de formação de compostos formados entre o íon azoteto e os outros metais lantanídeos. A partir dessa abordagem matemática desenvolvemos um método alternativo adequado e eficaz para determinar o valor de grau de formação entre o íon azoteto e o európio(III)”, detalha o Dr. Horacio Dorigan Moya.

A docente do Instituto Federal de Ensino, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Dra. Eliana Maria Aricó

MULTIFUNÇÃO

Pouco abundante no planeta, o Európio é um elemento químico extremamente valioso, utilizado principalmente por suas características luminescentes. O Brasil está entre as nações privilegiadas com diversas reservas minerais, segundo estimativas da agência de Serviços Geológico Norte-Americano (USGS).

Além do uso abundante pela indústria de tecnologia, o elemento também integra o processo de produção da gasolina e é adicionado a alguns tipos de plásticos para a fabricação de lasers. Sua luminescência é valiosa também em aplicações médicas, cirúrgicas e bioquímicas na forma de nanopartículas. As utilizações na área da Saúde geralmente têm natureza diagnóstica, concentradas em compostos fundamentais presentes em sistemas biológicos.

Sob o título “Calculating the equilibrium constants for all monoazide lanthanide complexes in aqueous solution based on the formation of Eu(III)/N3-”, o estudo contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Foi publicado on-line neste ano na revista científica suíça “Journal of Transition Metal Complexes” (volume 3, páginas 1 a 6) e está disponível gratuitamente no site: http://www.bendola.com/journals/JTMC/246094.

O trabalho foi dedicado ao Prof. Dr. Eduardo Fausto de Almeida Neves (1933–2006), que orientou o mestrado do Dr. Horacio Dorigan Moya no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (1990-1993) e destinou boa parte de sua pesquisa ao estudo da formação de metais com o íon azoteto.

Fórum busca centralizar tratamento do câncer de bexiga no SUS e reduzir mortalidade em 10 vezes

Postado por Eduardo Nascimento em 08/dez/2020 -

Evento virtual em 11 de dezembro tem confirmadas presenças dos doutores Jean Gorinchteyn, David Uip, Nelson Teich, Paulo Hoff, Claudio Lottenberg, Fernando Maluf, Adriana Berringer e César Eduardo Fernandes, além de políticos e empresários, como Ana Amélia Lemos, deputada Silvia Cristina e Luiza Helena Trajano

 

O câncer de bexiga é extremamente agressivo, caro, letal e complexo de tratar. Mesmo assim, a mortalidade pela doença caiu 93% nas cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano, no ABC Paulista. Qual o segredo? A centralização dos atendimentos. Em 2018, a disciplina de Urologia do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) deu início ao projeto Cabem Mais Vidas (CABEM), específico para pesquisa e assistência relacionadas à doença. Como a cadeira está envolvida nos atendimentos urológicos das três cidades do ABC, ficou fácil mapear o funcionamento dos trabalhos e instituir mudanças. Os resultados são surpreendentes e estarão em discussão na próxima sexta-feira, 11 de dezembro, durante o “1° Fórum de debate sobre a centralização do tratamento do câncer de bexiga no SUS”. A atividade ocorrerá das 8h às 13h30, on-line e gratuita, com inscrições pelo site www.centralizasus.com.br.

A ideia do evento médico-político é justamente debater políticas públicas relacionadas ao câncer de bexiga e discutir a importância da centralização desse tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). “Os pacientes sempre foram tratados, mas resolvemos juntar as pontas e avaliar o que ocorria com eles ao longo de todas as etapas do tratamento. Quando vimos os números ficamos chocados. A mortalidade era muito alta, de cerca de 50% em muitos centros, o que é completamente discrepante da maior parte do mundo. Em centros de referência dos Estados Unidos, por exemplo, a mortalidade média é de 5%”, informa o médico responsável pelo Ambulatório de Câncer de Bexiga e chefe do grupo de Uro-oncologia da FMABC, Dr. Fernando Korkes, que completa: “Resolvemos que era hora de mudar esse cenário e foi então que surgiu o projeto CABEM, cuja sigla é uma referência ao Câncer de Bexiga Músculo-Invasivo.

Professor titular de Urologia da FMABC, Dr. Sidney Glina

Diante dos resultados positivos, a meta agora é expandir o trabalho e reduzir em 10 vezes a mortalidade no Estado. “O projeto trouxe melhoria muito grande no atendimento aos pacientes da região do ABC e levamos esses números ao conhecimento da Secretaria de Estado da Saúde. O fórum tem esse caráter médico-político justamente porque precisamos unir forças para discutir políticas públicas que podem mudar a condução dos tratamentos do câncer de bexiga no Estado e no País”, considera o professor titular de Urologia da FMABC, Dr. Sidney Glina.

 

REDE PAULISTA
A partir da drástica redução da mortalidade na região do ABC, o trabalho do CABEM foi alçado à esfera estadual, com objetivo de aperfeiçoar e replicar o modelo, dando origem à RECABEM, a Rede Paulista de Câncer de Bexiga. Integram essa rede os 17 maiores serviços do Estado que atendem casos de câncer de bexiga no Sistema Único de Saúde, entre os quais o A.C. Camargo Cancer Center, ICESP, Hospital de Amor de Barretos, Santa Casa de São Paulo, Unicamp, Hospital Santa Marcelina, Unifesp e Fundação do ABC.

Ao todo são 140 profissionais envolvidos, entre cirurgiões, urologistas, oncologistas e radioterapeutas, por exemplo. O objetivo de tudo isso é um só: reduzir as taxas de mortalidade pela doença.

Urologista da FMABC e membro da comissão organizadora do Fórum, Dr. Guilherme Andrade Peixoto

“Cada município tem a sua forma de assistência. A bandeira que defendemos é a mesma de outros países que obtiveram sucesso no tratamento dessa doença tão complexa: centralizar o atendimento”, afirma o Dr. Fernando Korkes. Para o especialista, é necessário ter poucos centros tratando esses pacientes. “Não adianta todos os serviços oferecerem esse tipo de assistência. O câncer de bexiga é o mais caro entre todos os cânceres, segundo estudos norte-americanos. Com a pulverização de serviços, o SUS paga uma conta muito alta, com resultados muito ruins”.

Ao longo do tempo, o grupo do CABEM tem estudado o assunto em diversas frentes e mapeou, por exemplo, 92 centros que tratam câncer de bexiga somente no Estado de São Paulo. “Na Inglaterra e na Alemanha, por exemplo, o número total de centros que tratam esses pacientes é menos da metade do nosso Estado. Ou seja, os 17 centros que integram o RECABEM teriam condições de atender de maneira uniforme 100% dos pacientes de São Paulo, tanto pelas condições geográficas como pela demanda”, assegura o urologista da FMABC e membro da comissão organizadora do Fórum, Dr. Guilherme Andrade Peixoto.

 

TIME DE PESO
Um time de peso foi convidado para discutir o case do ABC e as maneiras de ampliar essa experiência para o Estado e o País, mudando definitivamente a realidade do tratamento do câncer de bexiga no SUS. O Fórum tem apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e da SBU regional São Paulo, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Instituto Oncoguia, APM São Bernardo do Campo e Diadema, Instituto Vencer o Câncer, Centro Universitário FMABC e da Fundação do ABC.

Em fevereiro de 2020, reunião do Centro Universitário FMABC com os secretários de Saúde do ABC Paulista

Entre os especialistas confirmados como debatedores estão os doutores David Uip, Nelson Teich, Paulo Hoff, Claudio Lottenberg, Fernando Maluf e Adriana Berringer Stephan, além dos secretários de Saúde das cidades do ABC Paulista: Márcio Chaves (Santo André), Geraldo Reple Sobrinho (São Bernardo) e Regina Maura Zetone (São Caetano).

Também marcarão presença o secretário de Estado da Saúde, Dr. Jean Gorinchteyn; o presidente eleito da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. César Eduardo Fernandes; o presidente da SBU, Dr. Antonio Carlos Lima Pompeo; a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Clarissa Mathias; a fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz de Camargo Barros; a empresária Luiza Helena Trajano; a deputada federal Silvia Cristina Amancio Chagas; a secretária de Relações Federativas e Internacionais do Rio Grande do Sul e ex-senadora, Ana Amélia Lemos, entre outros convidados.

Outras informações, inscrições e a programação completa do “1° Fórum de debate sobre a centralização do tratamento do câncer de bexiga no SUS” no site www.centralizasus.com.br.

 

CASE DE SUCESSO: CABEM
O projeto CABEM teve início em 2018 com a criação de um ambulatório específico no campus universitário da FMABC, com foco na otimização e uniformização das metodologias de tratamento do câncer de bexiga. Antes da iniciativa, 22 de 59 pacientes em tratamento foram à óbito nos primeiros 90 dias após o tratamento. A partir do novo trabalho, em um segundo grupo com 35 pacientes observou-se somente um óbito no mesmo período. Além disso, o tempo médio de internação hospitalar caiu de 14 para 5 dias. “Atualmente temos 94 pacientes tratados e somente 3 morreram em decorrência do tratamento”, acrescenta Fernando Korkes.

O médico responsável pelo Ambulatório de Câncer de Bexiga e chefe do grupo de Uro-oncologia da FMABC, Dr. Fernando Korkes

Os tratamentos seguem realizados nos hospitais de referência nas cidades do ABC. Porém, quando os pacientes recebem o diagnóstico da doença, são encaminhados ao ambulatório do Centro Universitário FMABC para que seu cronograma de tratamento seja rigorosamente elaborado. Depois, retornam às unidades de origem. O sucesso da iniciativa baseia-se em três diretrizes: avaliação adequada do paciente com câncer de bexiga, otimização de recuperação cirúrgica e suporte perioperatório multiprofissional.

“Centralizamos no ambulatório da FMABC todas as decisões estratégicas dos pacientes tratados nos hospitais públicos de Santo André, São Bernardo e São Caetano com diagnóstico de câncer de bexiga. Dessa forma, os tratamentos passaram a seguir protocolos de acordo com diretrizes internacionais de tratamento da enfermidade, mas individualizando de acordo com o perfil dos pacientes. A retirada da bexiga, por exemplo, é uma situação extrema que visa a cura do câncer. Em algumas situações, no entanto, é possível preservar a bexiga sem prejudicar as chances de cura. Sempre que possível buscamos essa alternativa. Um bom planejamento é fundamental para a cura e para a manutenção da qualidade de vida”, garante Korkes.

Quando o câncer se aprofunda nas camadas da bexiga, muitas vezes é indicada a remoção do órgão. Contudo, em algumas situações as equipes conseguem adotar tratamentos efetivos e menos radicais. São os chamados protocolos de preservação de órgãos, que podem envolver quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia. Quando a cirurgia é necessária, as equipes seguem o protocolo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery), que busca otimizar a recuperação do paciente submetido a cirurgias de grande porte.

Santo André reforça prevenção de HIV/Aids com campanha ‘Fique Sabendo’

Postado por Maíra Oliveira em 04/dez/2020 -

Atividades são realizadas em regiões estratégicas onde há circulação de grupos mais vulneráveis à infecção

 

Foto: Angelo Baima/PSA

A Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Saúde, está participando da 13ª campanha estadual “Fique Sabendo”. A iniciativa tem o intuito de sensibilizar e alertar a população quanto à prevenção e tratamento precoce contra o HIV, Aids e sífilis.

Em virtude da pandemia do novo coronavírus, as ações que integram a campanha “Dezembro Vermelho” serão realizadas respeitando os protocolos sanitários e em regiões da cidade onde a circulação de grupos mais vulneráveis é maior.

“O programa municipal de HIV/Aids oferece apoio técnico permanente à rede de saúde, com diversas ações como discussões, capacitações sobre prevenção e para a realização de testes rápidos. Há testadores em toda a rede, por exemplo”, explicou a coordenadora do Programa de Agravos Crônicos Transmissíveis de Santo André, Márcia Furquim. Os testes são realizados em todas as unidades de saúde de Santo André ao longo do ano. Durante a campanha os exames também serão disponibilizados em locais estratégicos fora das unidades.

Nesta semana a ação ocorreu nos bairros Parque Andreense, Centro, Jardim Santo André, Vila Helena, Utinga e Vila Guiomar. Além disso, equipes do Consultório na Rua atuaram em locais estratégicos que concentram maior circulação de travestis, transexuais e trabalhadores (as) do sexo. Durante o período de pandemia, houve uma pequena queda nos casos de HIV/Aids em Santo André. De janeiro a outubro de 2020 houve 83 notificações. Em 2019, no mesmo período, houve 114 notificações.

O Centro Médico de Especialidades Referência em Infectologia, localizado na Vila Vitória, possui um ambulatório adulto e infantil que atende, em especial, os portadores de hepatites virais B e C crônicas, de HIV/Aids, além de integrar os atendimentos dos casos de tuberculose extrapulmonar. O serviço também conta com o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), responsável por ofertar testes rápidos para sífilis, hepatites B e C e HIV, e dispõe de equipe de assistência às vítimas de abuso e violência sexual.

No Centro Médico de Especialidades há cerca de 2.600 pacientes em terapia para o tratamento do HIV e 196 pacientes em uso de Prep (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV).

Aluna de Fisioterapia faz TCC sobre qualidade de vida dos estudantes durante pandemia

Postado por Maíra Oliveira em 04/dez/2020 -

A estudante Talita Abdias Leal (à esquerda), e a orientadora do trabalho e vice-coordenadora do curso de Fisioterapia da FMABC, Dra. Alessandra Cristina Biagi

Motivada pela entrega do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e pela situação emocional dos estudantes em meio à pandemia, a aluna do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Talita Abdias Leal, junto à orientadora do trabalho e vice-coordenadora do curso de Fisioterapia, Dra. Alessandra Cristina Biagi, decidiu avaliar a qualidade de vida dos estudantes do curso de Fisioterapia durante o período de quarentena.

A ideia surgiu em uma conversa sobre o afastamento dos alunos de suas atividades presenciais, dos estagiários de seus afazeres nos campos de prática e sobre a finalização do curso. O trabalho aborda o quanto o isolamento social interfere na qualidade de vida dos estudantes, não só pela questão do afastamento, mas por fatores como adaptação do espaço domiciliar para atividades remotas, qualidade do sinal de internet, equipamentos apropriados para a participação e teleatendimentos, entre outros fatores.

Para a realização do trabalho, a aluna contou com o apoio não só de sua orientadora, mas de seus colegas para responder aos questionários sobre o tema, encaminhados no formato on-line. “O momento mais complicado foi conseguir a adesão dos colegas para responder o formulário. Apesar de o link ser enviado via WhatsApp, por pelo menos cinco , a adesão foi considerada baixa”, relata Talita.

A orientadora da pesquisa atribui a baixa adesão ao estado de desânimo dos estudantes com o momento pandêmico, que exige inúmeras restrições e inovações. Além de apresentarem medo do desconhecido, os alunos precisaram se adaptar rapidamente à rotina de estudo remoto. O desafio engloba, portanto, tanto as práticas de atividades dos alunos quanto dos docentes. Foi preciso aprender a acessar recursos digitais e plataformas antes não exploradas, lidar com instabilidades de sinal de internet, entre outras dificuldades e desafios.

“Temos muitos alunos que possuem família em outros estados ou municípios. Na incerteza do que ia acontecer, acabaram por ficar sozinhos por muito tempo, o que contribuiu para a alteração dos fatores emocionais. Após a finalização da pesquisa constatamos que a pior qualidade de vida é encontrada justamente no aspecto emocional, ligado à vitalidade e saúde mental, o que nos faz refletir sobre estratégias de apoio ao aluno, como acompanhamento psicológico e novas diretrizes de ensino e avaliação”, resume a Dra. Alessandra Cristina Biagi.

Centro Universitário FMABC apresenta nova identidade visual

Postado por Maíra Oliveira em 04/dez/2020 -

Logomarca mantém cores que simbolizam cursos ligados à Saúde e a representação gráfica das três cidades do ABC

 

O Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André (SP), está de cara nova e agora chama-se Centro Universitário FMABC. Concurso interno realizado neste 2020 reuniu 46 trabalhos para escolha do novo logotipo da instituição, que acaba de completar 51 anos de tradição acadêmica com a marca de 10 cursos de graduação na área de Ciências da Saúde. O processo, que estimulou a integração e a participação de toda a comunidade acadêmica, exigiu diversas reuniões até que fossem definidos e aprovados os parâmetros e conceitos da nova identidade visual, apresentados ao Conselho Gestor e à Reitoria, em novembro, e posteriormente ratificados pelo Conselho Curador da Fundação do ABC.

O novo logotipo do Centro Universitário FMABC foi criado pelo aluno do 2º ano do curso de Fisioterapia, Alan Gabriel Oliveira Mutton. A marca mantém em sua estética os traços retos em uma tipografia não serifada para facilitar a leitura. Ou seja, sem prolongamento das hastes das letras, além do tradicional triângulo que representa as três cidades do ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano). Símbolo e texto seguem o tom verde, que representa as áreas de estudo da Saúde. Tais elementos estão presentes em seus mais de 50 anos de história e reforçam a imagem de uma instituição que acumula, ano a ano, indicadores de excelência no ensino e ampla credibilidade nacional.

Para acompanhar o progresso da instituição, o ensino humanizado, a diversidade de áreas de estudo e pesquisa, além do contínuo alinhamento com o que há de mais avançado na área da Saúde, curvas e novos elementos em azul cumprem o papel de conectar a comunicação visual com os respectivos valores e consolidar seu novo posicionamento. O efeito dégradé, que nas duas cores quase se unem em uma única tonalidade, representam a conexão do passado da instituição com o futuro.

A fim de normatizar o uso da nova marca, foi lançado em dezembro o Guia de Identidade Visual 2020 do Centro Universitário FMABC, que contempla todas as diretrizes de utilização, seja em papeis timbrados, apresentações, posts de redes sociais, fundos fotográficos, e com todas as especificidades de proporções, grafismos, cores e tipografias – agora oficialmente regulamentadas, para favorecer a padronização dos recursos visuais interna e externamente.

HISTÓRICO

A então Faculdade de Medicina do ABC foi aprovada pelo Ministério da Educação (MEC) como “Centro Universitário” em outubro de 2017. À época, a instituição conquistou nota máxima 5 no processo de credenciamento. O MEC classifica as instituições de ensino superior em três categorias: faculdade, centro universitário e universidade. A faculdade é voltada àqueles indivíduos que buscam qualificação para o mercado de trabalho. Já a universidade conta com ensino, pesquisa e extensão, com atuação junto à comunidade. Além disso, exerce importante papel na formação de docentes. O centro universitário é intermediário, está entre a faculdade e a universidade.

Atualmente, o Centro Universitário FMABC oferece 10 cursos de graduação e mais de 30 programas de especialização ‘Lato Sensu’, além da área de Stricto Sensu, com disputados programas de mestrado e doutorado. A instituição conta com mais de 2.400 alunos matriculados em cursos de graduação, 650 estudantes na pós-graduação Lato e Stricto Sensu, 450 médicos residentes e 50 estudantes na residência multiprofissional.

Paralelamente à questão acadêmica, também é desenvolvido importante trabalho no âmbito da pesquisa e da assistência à população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS). Por ano são realizadas cerca de 220 mil consultas, 12 mil cirurgias e quase 7 milhões de exames.

HC de São Bernardo reforça atendimento para casos de Covid-19 com mais 50 leitos

Postado por Maíra Oliveira em 04/dez/2020 -

Município passa a contar com 437 leitos exclusivos para tratamento do vírus

 

Foto: Divulgação/PMSBC

Com o avanço no número de casos da Covid-19 nas últimas semanas, a Prefeitura de São Bernardo retomou, em 1º de dezembro, o atendimento destinado aos casos do novo coronavírus no Hospital de Clínicas, situado na Estrada dos Alvarengas. Ao todo, são 50 leitos, sendo 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 30 de enfermaria.

A decisão foi tomada pelo prefeito Orlando Morando, em consenso com o Comitê de Mobilização contra a Covid-19, após análise técnica dos dados do município e da atual ocupação de leitos disponíveis para tratamento da doença.

“Temos o privilégio de ter uma boa estrutura de Saúde, que nos permite esta ampliação no momento em que estamos enfrentando. Mas as medidas de distanciamento e uso de máscara são tão fundamentais quanto esta. A participação das pessoas é fundamental para frearmos os números novamente”, apontou o prefeito.

O crescente número de casos em São Bernardo se deu em novembro. Em 01/11, o município registrou 38% de ocupação nos leitos de UTI e, em 30/11, este percentual avançou para 72%. De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple Sobrinho, a atual taxa de ocupação dos leitos, principalmente de UTI, foi um dos fatores preponderantes para esta decisão. “A retomada de atendimentos de casos de coronavírus no HC será uma medida importante para desafogar os nossos hospitais, bem como para preservar a saúde de pacientes e profissionais”, disse o secretário.

ESTRUTURA DE ATENDIMENTO

Com a retomada de 50 leitos no Hospital de Clínicas, a rede de Saúde de São Bernardo passa a contar com 437 leitos destinados aos pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, sendo 306 deles em enfermaria e 131 em UTI. O HC volta a se juntar aos outros complexos hospitalares permanentes da cidade: Hospital de Urgência (HU), Novo Hospital Anchieta, Hospital e Pronto-Socorro Central e Hospital Municipal Universitário (HMU).

CIRURGIAS ELETIVAS

Desde o final de outubro, o Hospital de Clínicas deixou de figurar na rede de atendimento de Covid-19, quando foram retomadas as cirurgias eletivas. Neste momento, porém, serão novamente suspensas até que a pandemia esteja controlada. “A prioridade é não deixar nenhum munícipe de São Bernardo sem leito para tratamento da Covid-19”, complementou Orlando Morando.

Aluno da MedABC é premiado no 75º Congresso Brasileiro de Cardiologia

Postado por Maíra Oliveira em 27/nov/2020 -

Felipe Crepaldi conquistou prêmio de melhor trabalho na área de Iniciação Científica

Pela segunda vez e de forma consecutiva, um aluno orientado pela disciplina de Cardiologia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) conquistou o prêmio de melhor trabalho na área de Iniciação Científica no Congresso Brasileiro de Cardiologia, promovido entre os dias 20 e 22 de novembro e que neste ano chegou à 75ª edição. Organizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o evento ocorreu no formato on-line devido à pandemia de Covid-19. O encontro é considerado o mais importante entre profissionais da cardiologia brasileira e latino-americana.

O trabalho classificado em primeiro lugar, Aplicativo para smartphone no ensino das manobras de RCP”, de autoria do aluno Felipe Crepaldi, contou com a colaboração da Secretaria de Educação de São Caetano do Sul.

O Centro Universitário FMABC foi representado no congresso com a apresentação de seis trabalhos produzidos pelos alunos de Iniciação Científica e da Pós-Graduação. Todos foram coordenados e orientados pelo professor titular da disciplina de Cardiologia, Dr. Antonio Carlos Palandri Chagas, e pelo professor afiliado da disciplina, Dr. Miguel Antonio Moretti.

‘Fórum de Sustentabilidade’ da FUABC discute efeitos da pandemia na saúde ambiental

Postado por Maíra Oliveira em 27/nov/2020 -

Em sua 6ª edição, evento foi transmitido virtualmente em 25 de novembro pelo YouTube

 

Dr. Luiz Carlos Abreu, Vital de Oliveira Ribeiro Filho e Dr. Gabriel Laporta

A área de Sustentabilidade da Fundação do ABC (FUABC), ligada ao Departamento de Recursos Humanos, promoveu em 25 de novembro a 6ª edição do “Fórum em Saúde e Sustentabilidade”, cujo objetivo é dar visibilidade a ações socioambientais relevantes, assim como promover a discussão de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, responsabilidade social, gestão ambiental, saúde e meio ambiente. Devido à pandemia de Covid-19, este ano o evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube e está disponível no link https://is.gd/eJbcR1.

Uma das palestras, denominada “Como o desmatamento ajuda vírus mortais a saltar de animais para humanos”, foi ministrada pelo Bacharel em Biologia pela Universidade Mackenzie, Dr. Gabriel Zorello Laporta, mestre e doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador científico do Centro Universitário Saúde ABC – FMABC. “Existe a probabilidade de que vírus silvestres, como a Covid-19, consigam atingir os seres humanos. Há uma tendência de que o desmatamento seja uma das causas do transbordamento da Covid-19 pelo mundo. Isso porque a nossa civilização tem causado uma extinção em massa de mamíferos, considerada uma consequência do crescimento exponencial da população humana. Hoje, somos 8 bilhões de seres humanos no mundo”, observa o pesquisador. Laporta também é pós-doutor em Epidemiologia e Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e em Ciência Ambiental pela Universidade Federal do ABC (UFABC), além de professor visitante da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

A segunda palestra, sobre os “Impactos da pandemia na poluição ambiental”, esteve sob responsabilidade do professor titular-livre em Saúde Coletiva, Epidemiologia e Medicina Preventiva da Universidade Federal do Espírito Santo, Dr. Luiz Carlos Abreu, que possui título de Livre Docência em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP e também é professor assistente do Centro Universitário Saúde ABC – FMABC. “Trata-se de um tema extremamente importante para ser abordado neste fórum. A poluição ambiental degrada cada vez mais a vida humana. A Covid-19 potencializa os efeitos deletérios sobre a população vítima de desastres ambientais no Brasil, a exemplo do que ocorreu nas cidades de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. A ocorrência desses fenômenos faz com que essa população apresente manifestações de outras doenças, que se tornam crônicas. E, em um cenário pandêmico, essa população torna-se uma das mais fragilizadas e vulneráveis. A vida, em todos os níveis, importa. Tanto a do cidadão quando a do meio ambiente. Por isso nós, sanitaristas e gestores ambientais, devemos prover cada vez mais políticas públicas para a sua perpetuação”.

A mediação do evento ficou a cargo do arquiteto e urbanista Vital de Oliveira Ribeiro Filho, tradicional participante do Fórum e responsável pela coordenação do Programa Estadual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. “Já é uma tradição e um grande prazer participar deste fórum da FUABC, que ano a ano constrói a história da saúde ambiental e da sustentabilidade no Grande ABC. Diante desta pandemia, não há dúvidas de que temos de reconstruir os modelos de desenvolvimento e atender às necessidades do planeta. Não podemos permitir que a humanidade passe por este processo para que volte ao ponto que estávamos antes da pandemia”, explica o sanitarista, que também é mestre em Administração de Empresas pela EAESP-FGV, na área de concentração de Gestão Ambiental.

Outras informações sobre a edição 2020 do Fórum estão disponíveis no site www.fuabc.org.br/forum.