Medicina ABC voltará esforços para aperfeiçoamento do ensino

Postado por Fernando Valini em 31/jan/2014 -

Reeleito em votação expressiva, Dr. Adilson Casemiro Pires duplicou receita da FMABC e planeja abertura de dois novos cursos em 2014

A votação expressiva que manteve o cirurgião torácico Adilson Casemiro Pires à frente da Faculdade de Medicina do ABC não deixou dúvidas. Alunos, corpo docente e comunidade acadêmica em geral estão satisfeitos com os rumos que a instituição tomou a partir de 2010, quando o médico assumiu a Diretoria e deu início à modernização da gestão, que passou – como o próprio diretor descreve – de administração “pessoa-dependente” para o modelo “processo-dependente”.

“Se um gestor ou até mesmo o diretor deixar hoje a Faculdade, os trabalhos seguem. A instituição não para. Até então, a gestão estava vinculada às chefias dos setores. Tudo ficava centralizado nas mãos de poucas pessoas. Hoje temos administração moderna, baseada em processos, o que imprime agilidade à instituição, melhor divisão de tarefas e organização, assim como eficiência, que permitiu duplicarmos a receita em menos de 4 anos”, ressalta o diretor reeleito, Dr. Adilson Casemiro Pires, que tem a seu lado para o mandato 2014-2017 o vice-diretor Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, coordenador de Graduação e do curso de Gestão em Saúde Humana.

Pires foi reconduzido ao cargo em 25 de outubro último, em reunião extraordinária da congregação acadêmica da Faculdade de Medicina do ABC. O diretor teve 37 dos 38 votos – sendo que um foi em branco. A posse ocorreu em 23 de janeiro.

Confira nesta entrevista com o comandante da FMABC detalhes sobre as dificuldades financeiras do primeiro mandato, o crescimento e a modernização da escola, além dos planos para abertura de dois novos cursos e investimentos em infraestrutura, ambiência e qualificação docente.

– Como era a FMABC quando assumiu a Diretoria em 2010 e quais as principais mudanças estruturais realizadas no primeiro mandato?
Dr. Adilson Casemiro Pires (ACP): A Faculdade de Medicina do ABC sempre se destacou pela qualidade do ensino. Porém, quando assumi a Diretoria as dificuldades administrativas e financeiras eram muito grandes. Precisávamos agir de imediato, arrumar a casa, pois não havia como crescer ou inovar na situação em que nos encontrávamos. Por essa razão, priorizamos nesses 4 primeiros anos de mandato a implantação de gestão contemporânea, com padrões e regras baseadas em processos. Criamos um Núcleo Gestor, contratamos profissionais com perfil empresarial, reorganizamos os setores e tornamos a FMABC uma escola moderna e eficiente.

– No campo do ensino, como tem sido o trabalho junto aos cursos de graduação da instituição?
ACP: À exceção de Medicina, encontramos cursos com número de alunos bastante limitado, bem abaixo das vagas ofertadas. Repensamos as estratégias de divulgação e demos caráter regional ao vestibular, com intensas campanhas de marketing e início de parceria com a Fundação Santo André para o vestibular unificado. Hoje conseguimos completar vagas em todos os cursos, inclusive com a abertura da segunda turma nas graduações de Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia.

– Como estão as finanças na FMABC?
ACP: Estão em dia. Mas não foi fácil colocar a casa em ordem. Há 4 anos, a receita acadêmica representava cerca de 70% da receita total da Faculdade de Medicina do ABC. Éramos completamente dependentes das mensalidades dos alunos, com muito pouco recurso para investimentos e novos projetos. Hoje a receita acadêmica representa apenas 30% do total. Realizamos incentivo importante na área de pesquisa clínica e crescemos na prestação de serviços e na assessoria em saúde. Além disso, aumentamos a Pós-graduação e as parcerias com instituições nacionais e internacionais para capacitação profissional. Também iniciamos atendimentos no campus por meio de operadoras de saúde. Graças à essa diversificação de serviços, a instituição cresceu. Saímos de orçamento anual da ordem de R$ 30 milhões para administramos hoje cerca de 70 milhões.

– Poderia detalhar essa diversificação de negócio que mais do que duplicou o orçamento da Faculdade?
ACP: Foram muitas ações em várias frentes. Na Pós-graduação, por exemplo, aumentamos o Stricto Sensu – que é nota 4 na CAPES – e focamos esforços no Lato Sensu, tanto em infraestrutura como na criação e reestruturação de cursos, qualificação dos professores, implantação de processos e profissionalização da gestão. Os resultados são excelentes. Hoje temos mais de 1.000 alunos matriculados nos cursos de especialização.
Com a Pós-graduação forte, buscamos parcerias com instituições nacionais e internacionais a fim de capacitar profissionais aqui na FMABC. Já tivemos alunos de Angola, Grécia, Cabo Verde, Uruguai, Argentina e Portugal. Também temos qualificado mestres e doutores das mais diversas partes do Brasil, entre as quais Pernambuco, Acre, Ceará e Rio Grande do Norte.
Resumidamente, o incentivo à área de pesquisa, os convênios para prestação de atendimento e assessoria em saúde, o crescimento da Pós-graduação e o atendimento a operadoras de saúde aumentaram e diversificaram as fontes de receita da Faculdade de Medicina do ABC. Somamos a essas novidades o apoio fundamental da Fundação do ABC, sem o qual não conseguiríamos atingir equilíbrios econômico e administrativo, que permitiram à Faculdade inovar, investir e crescer.

– O que esperar para os próximos 4 anos?
ACP: Com a conquista do equilíbrio econômico-financeiro e administrativo, agora podemos focar esforços na área acadêmica. Inclusive, já iniciamos investimentos em infraestrutura e equipamentos. Recentemente entregamos o andar térreo do Prédio Central ampliado e totalmente reformado. São 12 novas salas de aula com cerca de 45 lugares cada, entregues mobiliadas, com ar condicionado e prontas para receber os alunos. Também adquirimos 428 computadores novos e os investimento em reformas estruturais, tecnológicas e para atualização de rede já ultrapassam R$ 1,2 milhão.
Mas isso é apenas o começo. Buscaremos aperfeiçoar a qualidade dos saberes ensinados na FMABC. Continuaremos a investir em melhorias na ambiência e no parque tecnológico, assim como em novos laboratórios e salas de aula. Mas nosso foco será mesmo na qualificação docente, pois queremos cursos ainda melhores. Também vamos aumentar as vagas do Programa de Residência Médica, que hoje conta com quase 400 médicos, e ampliar o Lato Sensu, com novos cursos e conhecimentos, em sintonia com os avanços nas áreas de saúde e com as necessidades observadas no mercado de trabalho.

– Como está a questão de transformar a FMABC em Centro Universitário?
ACP: Continuamos trabalhando em busca deste objetivo. Já temos fontes de receita diversificadas, Pós-graduação forte e reconhecida tanto no cenário nacional como internacional. Os cursos de graduação são sólidos, com turmas completas e qualidade incontestável. Estamos evoluindo na adequação da Faculdade de Medicina do ABC como Centro Universitário especializado em saúde. Buscaremos em 2014 aprovar a abertura de dois novos cursos junto ao Conselho Estadual de Educação: Tecnologia em Gestão Hospitalar e Tecnólogo em Radiologia. Também pretendemos aumentar 50 vagas no curso de Medicina.

– Recentemente a Faculdade assinou parceria com a Prefeitura de Santo André e a Universidade Metodista para a área de extensão. Como o senhor vê esse trabalho?
ACP: A extensão é uma área em franco crescimento na FMABC e tem total apoio da Diretoria. Assinamos recentemente a parceria com Santo André e a Metodista, mas há anos realizamos ações sociais e atendimentos em saúde junto à populações carentes do município e de outras localidades do país, como no Projeto Canudos, no sertão baiano, e no Projeto Rondon em Jampruca, Minas Gerais, assim como ações em Gararu, no agreste do Sergipe, em Itapeva e Vargem, no interior de São Paulo, e em projeto junto a ribeirinhos do Rio Araguaia. Buscaremos incentivar as atividades da COMEX (Comissão de Extensão da FMABC) já em andamento e estimular o desenvolvimento de novas ações permanentes nos municípios do Grande ABC, como já tem ocorrido em Santo André.

– Qual o papel da Fundação do ABC e a relação com a atual Diretoria da Faculdade?
ACP: A Fundação do ABC é nossa mantenedora, grande parceira e apoiadora. O equilíbrio nas áreas econômico-financeira e administrativa que permitiu à FMABC crescer nesses 4 anos foi conquistado graças ao apoio e confiança da FUABC nesta gestão. Assumi a Diretoria da Faculdade em meio à relação dividida entre mantenedora e mantida. Buscamos restabelecer o entendimento entre as instituições e esse desejo foi extremamente bem recebidos pelo então presidente, Dr. Wagner Boratto. Passamos a trabalhar em sintonia e o ganho para ambas as partes foi muito grande. Essa parceria teve continuidade e cresceu ainda mais na gestão de Mauricio Mindrisz. Não tenho dúvidas de que essas conquistas serão mantidas e prosperarão com o novo presidente da FUABC, Marco Antonio Santos Silva.

Hospital da Mulher lembra “Dia Nacional da Mamografia”

Postado por Fernando Valini em 31/jan/2014 -

Celebrada em 5 de fevereiro, data reforça importância da prevenção contra uma das doenças que mais matam mulheres no Brasil e no mundo: o câncer de mama

O Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, de Santo André, estará em festa no próximo dia 5 de fevereiro, quando é celebrado o Dia Nacional da Mamografia. Instituída em 2008 com objetivo de conscientizar as mulheres sobre a importância do exame preventivo, data foi escolhida por ser o dia de Santa Ágata – protetora das mamas e padroeira dos mastologistas.

A mamografia consiste na radiografia das mamas realizada por equipamento denominado mamógrafo. É feita a partir da compressão das mamas para visualizar pequenas alterações e permite descobrir o câncer de mama em fase inicial.

O tumor de mama é o tipo mais frequente de câncer entre mulheres. Ao mesmo tempo, também é o que apresenta maior possibilidade de cura. O mastologista do Hospital da Mulher de Santo André, Dr. Guerino Barbalaco, alerta que é preciso fazer a primeira mamografia entre 35 e 40 anos. Depois dos 40, o exame deve ser feito anualmente. A cada retorno é importante levar a mamografia anterior para avaliar possíveis alterações. “A finalidade do rastreamento mamográfico é identificar um tumor ainda não palpável, quando a possibilidade de cura está acima de 95%”, explica o médico.

Diversos fatores de risco estão associados ao câncer de mama, entre os quais a herança genética. Mulheres com mãe, irmã ou filha que desenvolveram a doença devem ficar mais atentas. Porém, independente de casos na família, toda mulher deve fazer a mamografia a partir dos 40 anos – afinal, 90% a 95% dos casos de câncer de mama são esporádicos, ou seja, não familiares.

Outro fator de risco importante são os hábitos de vida, como obesidade, dieta desequilibrada e sedentarismo. Dr. Guerino Barbalaco aconselha alimentação saudável e atividades físicas, atitudes que podem ajudar na prevenção de qualquer tipo de câncer.

Mamografia gratuita
O acesso gratuito ao exame de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é direito de toda mulher brasileira acima de 40 anos, assegurado desde 2009 pela Lei Federal 11.664. O encaminhamento deve ser realizado pelas unidades básicas de saúde do município.

Hospital Nardini amplia horário de visita em seis setores

Postado por Fernando Valini em 31/jan/2014 -

Medida segue diretrizes de humanização e beneficia tratamento de pacientes

O Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá inicia 2014 com mais intervenções que buscam o aperfeiçoamento da humanização no atendimento ao paciente e também aos visitantes. Depois de encerrar o ano passado com serviço de hotelaria reestruturado e com reforço na segurança, a unidade iniciou em janeiro o horário de visita ampliado. Antes com períodos e número de visitantes reduzidos, agora seis setores do hospital passam a receber visitantes e acompanhantes das 8h às 19h30. As áreas contempladas no novo formato são clínica médica, clínica cirúrgica, maternidade, pediatria, psiquiatria e UTI Neonatal.

A flexibilização do horário de visitas – válido também para a troca de acompanhantes – é mais um passo na direção do cumprimento de critérios de humanização e acessibilidade, visando a qualificar o relacionamento com o usuário respeitando as diretrizes do Ministério da Saúde e da Política Nacional de Humanização. Além disso, proporciona a familiares e acompanhantes a chance de reaproximar o paciente de seu convívio social. A medida, porém, está vinculada ao cumprimento de determinadas regras para manutenção do bom funcionamento do hospital, como o respeito ao limite de entrada de dois visitantes por vez no leito, por exemplo.

Algumas áreas não estão inclusas no programa para preservar a segurança dos pacientes em quadros clínicos mais instáveis. São elas: as duas UTIs, a área amarela do pronto-socorro, a retaguarda do pronto-socorro e a emergência. Nestes setores, foi mantido o horário das 14h às 14h30.

A ampliação do tempo de permanência do familiar na unidade hospitalar gera, além do fortalecimento do vínculo afetivo, melhorias na reabilitação física e emocional durante o tratamento do paciente. O espaço hospitalar é percebido pelo doente e seu acompanhante como um lugar seguro quando os profissionais de saúde atuam como promotores de integridade da vida. Hoje a abertura da visita ampliada, já adotada em alguns hospitais pelo país, representa uma das formas mais seguras e humanizadas de investir na reabilitação e recuperação dos pacientes. “O programa também permite o acesso de crianças para visita, desde que com avaliação prévia do médico, enfermeiro e do serviço social, e favorece o atendimento aos familiares e amigos com redução de filas, sem tumultos e aglomeração”, explica Eliene de Paula Pinto, gestora do projeto e coordenadora do serviço de acolhimento, orientações e relacionamento com o usuário do Hospital Nardini.

DIVULGAÇÃO: Para controlar e organizar o fluxo da visita ampliada, o hospital está providenciando a compra de 1.250 crachás de identificação separados por cor e setores, o que ajudará, com auxílio dos controladores de acesso, a inibir a circulação desnecessária de visitantes pelos andares.

Para informar e sensibilizar os usuários da nova iniciativa, o hospital contratou três profissionais vinculadas à área de acolhimento que utilizam cartilhas explicativas para realizar abordagens e esclarecer as diretrizes do programa. O serviço de divulgação à população, que teve início em 13 de janeiro, será estendido pelos próximos três meses na recepção central da unidade.

Primeira fase de implantação do HC será concluída em fevereiro

Postado por Fernando Valini em 31/jan/2014 -

Já estão em funcionamento 10 leitos de UTI e 30 de clínica médica

A primeira fase de implantação dos serviços do Hospital de Clínicas Municipal José Alencar será concluída até o final de fevereiro. O anúncio foi feito na tarde de 22 de janeiro, durante visita do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, à unidade. Também estiveram presentes o vice-prefeito, Frank Aguiar, e o secretário de Saúde, Arthur Chioro.

Desde o dia 21 estão em funcionamento 10 leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e outros 30 de clínica médica. Até o final de fevereiro serão mais 24 leitos de traumato-ortopedia e seis de neurocirurgia, concluindo a implantação da fase inicial. “Quando o hospital começou a funcionar em 17 de dezembro demos início à instalação da primeira fase. Depois de dois meses da conclusão, vamos começar a implantação da segunda fase, que inclui o início do ambulatório de traumato-ortopedia no térreo. Dessa forma poderemos começar a fazer a triagem e as primeiras cirurgias de pequeno, médio e grande porte”, disse o secretário de Saúde, Arthur Chioro, lembrando ainda que será ampliada a oferta de exames complementares.

Internada desde o dia 15 de janeiro na ala de clínica médica do Hospital de Clínicas Municipal, a lavadeira Marli da Silva, 49 anos, não poupou elogios ao atendimento que vem recebendo em decorrência de sua doença pulmonar. “Sinto-me em casa. Os médicos são compreensivos, o ambiente é higiênico e a estrutura maravilhosa”, disse. “Eu entrei aqui fumando e bebendo muito, mas os enfermeiros conversam muito comigo para largar isso. Não quero mais fumar e nem beber. Se eu não tivesse uma filha de oito anos, moraria aqui no hospital”, brincou a paciente.

“Vou receber alta nos próximos dias, mas fui muito bem tratado nesta semana que fiquei internado. Nunca tinha visto um hospital assim”, elogiou o cegonheiro Flávio de Abreu Souza, 33 anos, internado em decorrência de uma celulite cutânea.

HPS Central
Com o funcionamento do Hospital de Clínicas Municipal José Alencar, a Prefeitura de São Bernardo busca recursos para construir o novo Hospital de Urgência, que ficará localizado na Rua Joaquim Nabuco. “O Hospital e Pronto-Socorro Central foi criado cheio de puxadinho e arranjos. Nós temos um Plano Diretor, que prevê, com a inauguração do HC, a transformação do Hospital Municipal Universitário (HMU) em Hospital da Mulher. Também estamos pleiteando recursos junto ao Ministério da Saúde para construir o novo Hospital de Urgência”, disse Chioro.

Novo reitor da Fundação Santo André buscará aproximação com FUABC-FMABC

Postado por Fernando Valini em 24/jan/2014 -

Entre as propostas estão melhorias no acesso ao campus universitário, instalação de estação de metrô nas proximidades e transferência do IML

Eleito em votação expressiva de alunos, professores e funcionários e indicado pelo prefeito Carlos Grana, o professor de História e Filosofia, José Amilton de Souza, assumirá a Fundação Santo André com agenda repleta de desafios – entre os quais a aproximação com a Fundação do ABC e Faculdade de Medicina do ABC. Historicamente vizinhas, as instituições já registraram parcerias importantes ao longo dos anos, inclusive com as primeiras turmas de Medicina compartilhando espaços acadêmicos da FSA.

Porém, hoje a cumplicidade está centrada praticamente na realização do vestibular unificado e em campanhas isoladas de pós-graduação. “Vejo potencial muito grande a ser explorado pelas instituições. Acredito que temos que trabalhar política permanente para captação de alunos nos 365 dias do ano e não somente em um evento pontual, que é o vestibular”, adiantou José Amilton de Souza em 8 de janeiro, durante visita à Fundação do ABC. O encontro visou estreitar laços entre as instituições e apresentar ao então presidente da FUABC, Mauricio Mindrisz, lista de sugestões para possíveis ações conjuntas.

Na relação de propostas, melhorias no acesso aos dois campi e na segurança estão entre as prioridades. “O estacionamento externo é de uso comum da FSA, FMABC e FUABC. Precisamos reivindicar melhoria do transporte público junto às prefeituras de Santo André e São Bernardo, assim como retirar a circulação de ônibus e vans de dentro do campus, a fim de ter melhor controle de quem acessa as instalações e, com isso, melhorar a segurança. Uma sugestão é criar miniestação embaixo das alças do viaduto, que fica em frente às fundações, juntamente com a instalação de um posto da Guarda Municipal. Tais medidas ajudariam a restringir o acesso sem prejudicar a entrada dos alunos, além de melhorar a segurança no entorno”, considera José Amilton, que também propôs a abertura de uma saída de veículos exclusiva no estacionamento da FUABC-FMABC, a fim de dividir o fluxo de carros e melhorar o trânsito.

Ainda no campo do transporte, o futuro reitor acredita que a aproximação entre as fundações e a Faculdade de Medicina do ABC será fundamental para fortalecer as instituições na solicitação de melhorias junto ao poder público. “Vamos reivindicar a inserção no Projeto Banho de Luz da Prefeitura de Santo André, a fim de melhorar a iluminação em todo o espaço coletivos dos dois campi. Além disso, precisamos estar atentos à construção do metrô na região, para que a estação prevista para a região do Bairro Sacadura Cabral / Príncipe de Gales seja nas proximidades das faculdades, a fim de beneficiar não apenas a população local, mas também nossos alunos e funcionários”, exemplifica o futuro reitor.

Para o atual vice-presidente da FUABC, Mauricio Mindrisz, o maior relacionamento com a FSA será amplamente benéfico e “todos sairão ganhando”. Além de concordar com as ideias de José Amilton de Souza, Mindrisz lembrou de outra ação conjunta que certamente será desenvolvida: “Vamos negociar a transferência do Instituto Médico Legal (IML) da Avenida Lauro Gomes. Trata-se de espaço que funciona vizinho às faculdades, mas sem vínculo algum e que poderia ser melhor utilizado”.

Desafios acadêmicos
José Amilton de Souza foi eleito no final de 2013 com cerca de 70% dos votos. Sua campanha focou três grandes questões, que considera os principais problemas hoje da FSA. “Estamos afastados do poder público, da iniciativa privada, terceiro setor e da comunidade em geral. A antiga gestão da Fundação Santo André faz política bastante tímida e sem diálogo. Isolou-se internamente e precisamos mudar isso, buscar apoio externo e estabelecer parcerias”, esclarece o futuro reitor, que acrescenta: “Outros dois pontos centrais que serão trabalhados são a melhoria da infraestrutura e o processo de endividamento da instituição”.

Hoje a Fundação Santo André conta com 8.000 alunos, divididos entre o colégio, pós-graduação e três faculdades: Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FAECO), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL) e Faculdade de Engenharia Eng. Celso Daniel (FAENG). A eleição expressiva da comunidade acadêmica foi ratificada neste início de 2014 pelo prefeito Carlos Grana. A posse de José Amilton de Souza está agendada para 1º de abril.

Novo Laboratório de Análises Clínicas também funciona aos sábados

Postado por Fernando Valini em 24/jan/2014 -

Com investimento em torno de R$ 300 mil, o governo de Santo André entregou em 17 de dezembro as instalações do Laboratório Municipal Primeiro de Maio, destinado à realização de exames de análises clínicas. O moderno equipamento abriu as portas ao público em 6 de janeiro, inclusive com funcionamento aos sábados, e oferece exames diversos, incluindo especializados como de curva de glicemia, em que o paciente passa até cinco horas coletando material para avaliação.

O novo espaço integra a política do governo de atendimento humanizado e acolhedor à população – a começar pela localização na região central da cidade, o que facilita o acesso dos usuários. Outro diferencial é o horário estendido aos sábados, das 7h às 11h. “Isso denota a preocupação do governo com aqueles profissionais que não podem faltar ao trabalho para realizar seus exames”, ressaltou o médico Ricardo Carajeleascow, assessor técnico da Secretaria de Saúde. De segunda a sexta-feira, o atendimento ocorre das 7h às 17h. Vale lembrar que os exames são realizados somente para pacientes agendados, ou seja, não há pronto atendimento.

Para o secretário de Saúde, Dr. Homero Nepomuceno Duarte, o laboratório municipal em nada fica devendo a um equipamento privado, “a começar pelo acolhimento até a estrutura física oferecida ao paciente”. O novo serviço funciona como referência e retaguarda para a rede de atenção básica.

Durante a inauguração, o prefeito de Santo André reforçou a questão do acolhimento: “O atendimento na área da Saúde tem se pautado na humanização e a população já percebeu a diferença”, garantiu Carlos Grana, que visitou as instalações do novo laboratório ao lado de autoridades municipais e do presidente da Fundação do ABC, Mauricio Mindrisz.

A expectativa de atendimento é de até 500 pessoas por dia. Além de toda a infraestrutura para manter a qualidade nas coletas, outro desafio é imprimir rapidez à entrega dos resultados – atualmente a média varia de três a cinco dias úteis, dependendo do tipo da coleta. A Secretaria de Saúde praticamente dobrará a capacidade atual do laboratório da Rua Santo André – que será desativado –, que realiza cerca de 190 mil exames por mês.

O laboratório funciona no térreo do prédio comercial onde estão abrigados alguns departamentos e serviços da Saúde de Santo André, localizado na Rua Primeiro de Maio, 127. Além de todos os exames coletados na rede de atenção básica segundo a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), o novo equipamento tem instalações adequadas para o bem-estar dos pacientes. A unidade possui dez boxes para coleta de exames comuns, um boxe especial para curva glicêmica com seis cadeiras e outro boxe para coleta de secreções e espermograma, entre outros. Também há espaço reservado para coleta infantil e sala especial para o desjejum – espaço destinado ao usuário há muitas horas em jejum e que contará com pequeno lanche após a coleta.

Centro de Hemodiálise terá início em 2014 em Praia Grande

Postado por Fernando Valini em 24/jan/2014 -

O Hospital Municipal Irmã Dulce contará com um Centro de Hemodiálise para atender pacientes de Praia Grande e outras cidades do Litoral Sul que sofrem de insuficiência renal. Segundo o prefeito Alberto Mourão, a previsão é de que as obras de adaptação para o novo serviço sejam iniciadas até março, com expectativa de funcionamento já para o segundo semestre.

“Esperamos que esse cronograma seja seguido”, acrescentou o prefeito, observando que a iniciativa, por envolver o SUS, necessita de negociações e aprovações em outras instâncias. Após concretizar esse avanço, Mourão pretende buscar, em 2015, o aumento de 40 novos leitos no Hospital Irmã Dulce. “Primeiro vamos atender a hemodiálise e depois passar pela ampliação com novos leitos. Um passo em cada momento”, disse o prefeito, ressaltando que o hospital de Praia Grande “virou referência regional”.

O superintendente do hospital, Inacio Lopes Júnior, pontuou que o serviço de hemodiálise no hospital é um anseio antigo do município: “Acredito que em 2014 possamos finalizar o projeto e trazer esses leitos, que vão ajudar muito doentes renais que hoje têm que ir até Santos fazer hemodiálise nos centros de referência, às vezes até em São Paulo e no ABC”.

O secretário de Saúde, Francisco Jaimez Gago, observou que entre o projeto original e a proposta atual houve redimensionamento de cadeiras, que permitirá o atendimento não só ao munícipe praiagrandense, mas a todo o Litoral Sul. “Para isso são necessárias 36 cadeiras, porque o projeto original era para 22”, esclarece.

Jaimez Gago expôs que o centro precisa funcionar no âmbito hospitalar, pois em caso de alguma intercorrência haverá suporte médico e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “A área inicial era ocupada pelo antigo centro cirúrgico da então Santa Casa, mas estamos em fase de estudo de planta arquitetônica”.

Após as obras, o projeto entrará em outros processos até a definição da empresa que prestará o serviço. “O que imaginamos é iniciar em julho”, prevê o secretário de Saúde, que completa: “As intervenções serão grandes, mas o espaço já está dividido. Resta adaptá-lo, porque existe toda uma normativa para se ter um centro de hemodiálise”.

Terapia renal
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a hemodiálise é um tipo de tratamento para pacientes que sofrem de doença renal avançada – quando a função dos rins está bastante reduzida. Na hemodiálise, o sangue é filtrado por uma máquina e as substâncias acumuladas são removidas. A indicação desse tipo de tratamento é feita por médico, sendo o nefrologista o especialista em doenças renais.

Autoridades prestigiam posse na FUABC-FMABC

Postado por Fernando Valini em 24/jan/2014 -

Solenidade contou com prestígio de prefeitos e do secretário de Saúde do Estado, além dos secretários das três cidades mantenedoras da FUABC

Fundação do ABC e Faculdade de Medicina do ABC organizaram em 23 de janeiro sessão solene para posse, respectivamente, de Marco Antonio Santos Silva e Adilson Casemiro Pires. O evento no Anfiteatro David Uip contou com presenças dos prefeitos Paulo Pinheiro, de São Caetano, Gabriel Maranhão, de Rio Grande da Serra, Kiko Celeguim, de Franco da Rocha, e José Mauro Orlandini, de Bertioga. Deputados, vereadores e representantes de classe, entre outras autoridades, também prestigiaram a solenidade, assim como o secretário de Estado da Saúde, Dr. David Uip, e os três secretários de Saúde do ABC – Homero Nepomuceno Duarte, Arthur Chioro e Sallum Kalil Neto, respectivamente.

A abertura do evento esteve à cargo do presidente da FUABC na gestão 2012-2013, Mauricio Mindrisz, que agora assume a vice-Presidência da instituição: “Agradeço, de coração, a todos os funcionários. Foram muitas as conquistas no período, mas ainda temos grandes desafios”, revelou Mindrisz ao enumerar: “Precisamos criar política salarial, sobretudo para médicos, a fim de evitar competição entre as unidades da FUABC em diferentes municípios. Neste início de ano também estamos encaminhando a documentação em busca de tornar a Medicina ABC um Centro Universitário. Além disso, acredito que devemos retomar as discussões sobre participarmos da criação de uma faculdade de medicina em São Bernardo”.

Ao tomar posse, o novo presidente da Fundação do ABC ressaltou a necessidade de firmar compromisso efetivo entre mantenedora e mantidas, a fim de aumentar a receita da FUABC para viabilizar novos projetos, melhorar serviços e processos, além de investir em qualificação profissional. “A Fundação do ABC é uma Organização Social de Saúde, e como tal proporciona todo um pacote de benefícios às mantidas e aos municípios onde estão instaladas. Fala-se de orçamento anual projetado de 1,5 bilhão de reais para a FUABC, mas à mantenedora cabe apenas cerca R$ 15 milhões. Para 2014, projetamos auferir no máximo R$ 16,6 milhões, valor ainda muito aquém das necessidades da mantenedora e das possibilidades das mantidas, que usufruem dos benefícios legais proporcionados por uma OSS, sem fins lucrativos, de caráter filantrópico”, reforçou Marco Antonio, ao exemplificar: “A média de 1% de dividendo não condiz com a economia mínima de 26,8% nos gastos com pessoal que beneficia as mantidas. Somados os últimos 6 anos, só essa isenção previdenciária passou de R$ 800 milhões em todas as mantidas, sem que a Fundação, responsável direta por essa economia de recursos, tivesse um mínimo de contrapartida”.

Apesar disso, no campo jurídico a Fundação do ABC responde solidariamente perante todas as contratações das mantidas. “O financiamento de tudo isso precisa ser rediscutido, com o compromisso pelo futuro. A FUABC delega poderes aos gestores locais, mas é responsável pelos atos praticados, dívidas e até mesmo por problemas de ordem clínica. E não dispõe de um fundo para enfrentar eventuais ações nesses casos. O quadro torna-se ainda mais preocupante quando vemos que o total de colaboradores chegou neste janeiro de 2014 a 16.926 pessoas, contando-se terceirizados e autônomos. O total de funcionários diretos é 15.649”, destacou.

Além do aumento da receita, Marco Antonio Santos Silva iniciou o mandato com boas notícias aos colaboradores: “Assumo o compromisso, nesta gestão que se inicia, de promover política de qualificação profissional, com objetivo de colocar à disposição dos gestores das mantidas pessoal altamente treinado para colaborar com a solução de problemas e oferecer propostas modernas e eficientes para o sucesso de seus equipamentos”.

Em relação à FMABC, o novo presidente anunciou que terá como meta criar condições adequadas para o “investimento firme em pesquisa, com o quê nossa Faculdade não apenas terá condições de oferecer melhores, mais avançados e eficazes tratamentos aos pacientes, como também auferir receitas com o oferecimento de serviços nos mais variados níveis possíveis a partir dessas mesmas pesquisas”. Segundo o presidente, o objetivo maior é chegar à Universidade da Saúde do ABC.

Eleito em votação unânime do Conselho de Curadores da Fundação do ABC, Marco Antonio Santo Silva comandará a FUABC no mandato 2014-2015. Dentro da gestão tripartite da instituição, as prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano se revezam na administração a cada dois anos. O novo presidente foi indicado pelo prefeito sancaetanense Paulo Pinheiro e terá como vice Mauricio Mindrisz, seu antecessor na gestão 2012-2013. Na Secretaria-Geral permanece Dr. Jurandyr José Teixeira das Neves, ex-aluno da Faculdade de Medicina do ABC e atual secretário-adjunto de Saúde de Santo André.

Economista e administrador pós-graduado em educação, Marco Antonio está na Fundação do ABC desde o início de 2013, quando assumiu a vice-Presidência. Ex-secretário de Governo do prefeito Paulo Pinheiro, o gestor traz na bagagem quase 40 anos de experiência empresarial e 19 anos à frente da USCS – 15 anos como diretor e outros 4 como vice. Comandou todo o processo que permitiu transformar o instituto isolado IMES em Universidade de São Caetano do Sul.

Qualificação docente será foco da Medicina ABC
Reeleito em votação expressiva da Congregação da FMABC, o cirurgião torácico Adilson Casemiro Pires estará à frente da Faculdade de Medicina do ABC na gestão 2014-2017 e buscará, principalmente, desenvolver políticas com foco na qualificação docente. “Buscaremos aperfeiçoar a qualidade dos saberes ensinados na FMABC, com incentivo importante à qualificação docente, pois queremos cursos ainda melhores”, destacou o diretor, que agradeceu o apoio inicial de todos que acreditaram no trabalho e que, neste momento, dão oportunidade para continuidade.

“Assumi a faculdade em período de grande dificuldade e sob intervenção da mantenedora. Os cursos, apesar da alta qualidade, não se sustentavam pelo baixo número de alunos. Por essa razão resolvemos transformar a gestão”, lembrou Dr. Adilson, que detalhou: “Saímos de uma administração pessoa- dependente para o modelo processo-dependente. Se um gestor ou até mesmo o diretor deixar hoje a faculdade, os trabalhos seguem. A instituição não para. Até então, a gestão estava vinculada às chefias dos setores. Tudo ficava centralizado nas mãos de poucas pessoas. Hoje temos administração moderna, baseada em processos, o que imprime agilidade à instituição, melhor divisão de tarefas e organização, assim como eficiência, que permitiu duplicarmos a receita em menos de 4 anos”.

Entre os destaques do primeiro mandato estão a diversificação e aumento das receitas, assim como o equilíbrio das finanças da instituição. “Hoje atingimos equilíbrio econômico-financeiro e administrativo, mas não foi fácil colocar a ‘casa’ em ordem. Há 4 anos, a receita acadêmica representava cerca de 70% da receita total da Faculdade de Medicina do ABC. Éramos completamente dependentes das mensalidades dos alunos, com muito pouco recurso para investimentos e novos projetos. Hoje a receita acadêmica representa apenas 30% do total. Realizamos incentivo importante na área de pesquisa clínica e crescemos na prestação de serviços e na assessoria em saúde. Além disso, aumentamos a Pós-graduação e as parcerias com instituições nacionais e internacionais para capacitação profissional. Também iniciamos atendimentos no campus por meio de operadoras de saúde. Graças à essa diversificação de serviços, a instituição cresceu. Saímos de orçamento anual da ordem de R$ 30 milhões para administramos hoje cerca de 70 milhões”, calcula o diretor reeleito.

Segundo o diretor, o projeto para adequação da instituição como centro universitário terá continuidade e entre as ações previstas para 2014 está o aumento de 50 vagas no curso de Medicina e a abertura de duas novas graduações: Tecnologia em Gestão Hospitalar e Tecnólogo em Radiologia.

“Sou ex-aluno e sinto enorme gratidão por essa faculdade, que foi um divisor de águas em minha vida. Desde o ano 2000, quando fui aprovado em concurso para professor titular de Cirurgia Torácica, almejo ser diretor. Esses 4 anos foram a realização de um sonho e amadureci muito”, revelou Dr. Adilson, que também agradeceu a amizade, parceria, comprometimento e competência do Dr. Marco Akerman, vice-diretor no primeiro mandato. Nesta segunda etapa, Pires terá a seu lado o coordenador de Graduação e do curso de Gestão em Saúde Humana, Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, a quem classificou como “um dos maiores cientistas do país”.

Professor do ABC assumirá Saúde Pública da USP

Postado por Fernando Valini em 20/jan/2014 -

Professor Titular de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina do ABC desde 1996, Dr. Marco Akerman inicia 2014 frente a novos desafios. Vice-diretor da FMABC no mandato 2010-2013, o docente deixa o cargo para assumir a titularidade do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo.

Médico e especialista em Saúde Pública e Medicina Social pela Universidade Federal de Minas Gerais, Akerman traz no currículo ampla produção científica, dezenas de cursos e especializações, com destaques para a livre docência na Faculdade de Saúde Pública da USP, mestrado e doutorado na University of London, na Inglaterra. Coordena nacionalmente desde 2011 o Grupo de Trabalho de Promoção da Saúde / Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (GT-PS/DLIS) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e já foi vice-presidente da Associação Mineira de Saúde Mental, consultor do Programa de Apoio a Projetos de Municípios Saudáveis na América Latina financiados pela Fundação Kellog e consultor regional da Organização Pan-Americana da Saúde em “Saúde e Desenvolvimento Local” e Ponto Focal Regional em Determinantes Sociais da Saúde. Já atuou como secretário-Adjunto de Saúde da cidade de São Paulo e foi presidente da Associação Paulista de Saúde Pública, entre outras atribuições.

Apesar das novas responsabilidades na Universidade de São Paulo, Dr. Marco Akerman afirma que não pretende se afastar da FMABC. Segue entrevista completa com o vice-diretor.

 

Dr. Marco Akerman

Dr. Marco Akerman

Como o senhor avalia sua gestão como vice-diretor da FMABC?

Marco Akerman (MA): Entendo que esta resposta não possa ser dada de maneira isolada, avaliando exclusivamente minha gestão, pois ela esteve sempre vinculada ao trabalho e decisões coletivas do Núcleo Gestor da FMABC. Mas, talvez poderia atribuir algum mérito ao meu papel neste coletivo, quando em algumas situações procurei estabelecer pontes e potencializar colaborações entre os membros do Núcleo. Poucas foram as discordâncias entre mim e o diretor, Dr. Adilson Casemiro Pires. Seguirmos juntos, sem rupturas, nos quatro anos de nossa gestão, foi uma marca que nos distinguiu de gestões anteriores em que diretor e vice não se apoiaram mutuamente ao longo da gestão, gerando alguma instabilidade institucional. Foram muitas as conquistas obtidas pelo Núcleo Gestor ao longo destes quatro anos e o próprio modo de gestão, ancorado na gestão compartilhada via Núcleo, foi um destaque.  Não há como deixar de mencionar o equilíbrio das contas e o aumento da receita acadêmica e não acadêmica como grandes conquistas. Não se pode esquecer que o processo para nos transformarmos em um Centro Universitário de Ciências da Saúde foi posto em marcha de maneira consistente pela nossa gestão. Assuntos relacionados com a qualidade de vida dos estudantes foram colocados com prioridade na agenda da gestão. Institucionalizar a recepção aos novos alunos e constituir a Comissão de Extensão da FMABC – a COMEX – foram temas com os quais me envolvi pessoalmente e com muita paixão.

Como vê a FMABC no cenário educacional nacional contemporâneo?

MA: Cada vez mais a FMABC se insere ativamente nos movimentos e políticas desenvolvidas pelas escolas médicas brasileiras, suas entidades e órgãos de governo. Somos parte do PRO-Saúde, do Pet-Saúde, do PIBIQ, do Pro-Ensino na Saúde, do Pro-Residência, do Programa de Bolsas Capes, etc., e acabamos de submeter dois belos projetos de Residências Multiprofissionais em Saúde do Idoso e Cuidados ao Paciente Oncológico.  Não podemos ficar de costas para o importante debate que trava o governo com as escolas médicas, entidades de classe e sociedade para incentivar mudanças na formação médica e nas outras profissões de saúde, assim como no provimento e fixação de médicos. Há reflexos disso tudo na região do ABCDMRR e não podemos nos omitir.

Quais as principais virtudes da FMABC?

MA: O maior patrimônio da MED-ABC são os alunos! Desde que aqui cheguei em 1996 me encanto cada vez mais com a capacidade empreendedora dos nossos alunos: DAs e CAs, atléticas, clowns, congressos acadêmicos, campanhas, ligas, feiras, festas, shows, etc., têm os dedos, as mãos e as cabeças criativas do corpo discente. Uma outra importante virtude que gostaria de mencionar é o fato de sermos uma escola regional. Muitas vezes brincamos que somos filhos de três pais, mas que algumas vezes nos vemos órfãos, indicando que nem sempre muitos donos nos conferem maior segurança financeira ou institucional. Entretanto, o fato de estarmos vinculados com sete municípios nos confere múltiplas oportunidades de cenários de ensino e diversidade de condições de vida que enriquece muito o processo de ensino-aprendizagem dos nosso alunos.

Quais os desafios principais que a FMABC deverá enfrentar nos próximos anos a fim de continuar num caminho próspero?

MA: Um amigo meu diz uma frase que gosto muito e que cabe mencionar aqui. E faz todo sentido em relação à pergunta: “o que mais conspira para o sucesso do futuro é o sucesso do presente e do passado”. Neste sentido, se a FMABC deseja continuar no referido “caminho próspero”, a comunidade acadêmica terá que fazer algumas escolhas e talvez algumas renúncias. Empreender um sólido e pactuado sistema de avaliação docente, com os devidos ônus e bônus, poderia ser uma destas escolhas e deixar de conviver com o atual modelo de seleção para a residência médica se apresentaria como uma possível renúncia a ser analisada.

Qual o sentimento ao assumir cargo tão importante na USP e, ao mesmo tempo, se afastar de uma instituição que já declarou ter grande afinidade e carinho?

MA: Não pretendo, em absoluto, me afastar da FMABC! Logicamente, deixo de ter vínculos funcionais com a faculdade, mas pretendo continuar desenvolvendo atividades que sejam compatíveis com as regras estabelecidas pela FSP, como pesquisas, colaboração com a Pós-Graduação e Extensão, ministrar aulas eventuais sempre que convidado e ficar com o “ouvido atento” para detectar oportunidades, nos espaços que vou frequentar, nas quais possa convidar meus colegas da FMABC para participar de projetos, pesquisas, ciclos de debates, etc., principalmente os da disciplina de Saúde Coletiva.

Aproveitando o tema, qual será o futuro da disciplina de Saúde Coletiva com sua saída?

MA: Nosso grupo da Saúde Coletiva é bastante maduro e qualificado. Quase todos os colegas já fizeram seu doutorado e possuem grande experiência docente e sensibilidade para lidar com alunos de graduação e pós-graduação. A colega Vânia Barbosa do Nascimento assumirá a regência da disciplina até que um concurso para novo professor titular possa ser realizado. E já disse para a Vânia que pode continuar contando comigo como parceiro e amigo.

Presidente da FUABC e diretor da FMABC serão empossados dia 23

Postado por Fernando Valini em 17/jan/2014 -

Indicado por São Caetano, Marco Antonio Santos Silva assume a Fundação do ABC, enquanto Adilson Casemiro Pires iniciará segundo mandato à frente da Faculdade de Medicina do ABC

Fundação do ABC e Faculdade de Medicina do ABC organizam em 23 de janeiro (quinta-feira) sessão solene para posse, respectivamente, de Marco Antonio Santos Silva e Adilson Casemiro Pires. O evento às 19h terá lugar no Anfiteatro David Uip (Av. Príncipe de Gales, 821 – Santo André), no próprio campus universitário.

Eleito em votação unânime do Conselho de Curadores da Fundação do ABC, o economista e administrador Marco Antonio Santos Silva será o novo comandante da FUABC para o mandato 2014-2015. Dentro da gestão tripartite da instituição, as prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano se revezam na administração a cada dois anos. Indicado pelo prefeito sancaetanense Paulo Pinheiro, o futuro presidente reconhece o grande desafio neste próximo biênio. “Trata-se de responsabilidade muito grande. Vou colocar minha experiência e tudo que conheço na área de gestão, a fim de colaborar com o crescimento da instituição”, adianta Marco Antonio Santos Silva, que buscará apoio e integração da FUABC junto aos hospitais parceiros e demais unidades mantidas: “Vamos ter que trabalhar em conjunto. As mantidas são a razão da existência da Fundação do ABC e sem coesão não chegaremos a nenhum lugar”.

Presidente da FUABC entre 2012 e 2013, Mauricio Mindrisz será o novo vice-presidente. Na Secretaria-Geral permanece Dr. Jurandyr José Teixeira das Neves, ex-aluno da Faculdade de Medicina do ABC e atual secretário-adjunto de Saúde de Santo André.

Economista e administrador pós-graduado em educação, Marco Antonio Santos Silva assumiu no início de 2013 a vice-Presidência da Fundação do ABC. Secretário de Governo do prefeito Paulo Pinheiro, o gestor da FUABC traz na bagagem quase 40 anos de experiência empresarial e 19 anos à frente da USCS – 15 anos como diretor e outros 4 como vice. Esteve à frente de todo o processo que permitiu transformar o instituto isolado IMES em Universidade de São Caetano do Sul.

Após passagem como vice-presidente da FUABC, Marco Antonio Santos Silva reconhece o papel estratégico da instituição junto às cidades parceiras: “A participação da Fundação do ABC é extremamente relevante e colabora muito na qualificação dos serviços municipais. Graças a essa qualidade, a instituição hoje se tornou imprescindível na gestão da saúde em todos os municípios em que atua”.

Com perfil filantrópico e dedicada integralmente ao ensino, pesquisa e à assistência à saúde, a Fundação do ABC disponibiliza praticamente 100% da capacidade instalada a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje a FUABC é mantenedora de 15 hospitais, 3 AMEs e 2 pronto-socorros, além da Faculdade de Medicina do ABC e de uma Central de Convênios que administra mais 40 planos de trabalho específicos – incluindo todas as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Santo André, São Bernardo, Mauá e Franco da Rocha.

Em 2012, quando completou 45 anos de atividades, a instituição registrou quase 9 milhões de consultas e atendimentos, além de 16 milhões de exames e procedimentos. Hoje são mais de 15 mil funcionários nos quadros da FUABC e o orçamento previsto para 2014 é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

Investimento e qualificação docente
A votação expressiva que manteve o cirurgião torácico Adilson Casemiro Pires à frente da Faculdade de Medicina do ABC não deixou dúvidas. Alunos, corpo docente e comunidade acadêmica em geral mostraram-se satisfeitos com os rumos que a instituição tomou a partir de 2010, quando o médico assumiu a Diretoria e deu início à modernização da gestão, que passou – como o próprio diretor descreve – de administração “pessoa-dependente” para o modelo “processo-dependente”.

“Se um gestor ou até mesmo o diretor deixar hoje a faculdade, os trabalhos seguem. A instituição não para. Até então, a gestão estava vinculada às chefias dos setores. Tudo ficava centralizado nas mãos de poucas pessoas. Hoje temos administração moderna, baseada em processos, o que imprime agilidade à instituição, melhor divisão de tarefas e organização, assim como eficiência, que permitiu duplicarmos a receita em menos de 4 anos”, ressalta o diretor reeleito, que terá a seu lado para o mandato 2014-2017 o vice-diretor Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, atual coordenador de Graduação e do curso de Gestão em Saúde Humana.

Pires foi reconduzido ao cargo em reunião extraordinária da congregação acadêmica da Faculdade de Medicina do ABC. O diretor teve 37 dos 38 votos – sendo que um foi em branco.

Entre os destaques do primeiro mandato estão a diversificação e aumento das receitas, assim como o equilíbrio das finanças da instituição. “Hoje atingimos equilíbrio econômico-financeiro e administrativo, mas não foi fácil colocar a ‘casa’ em ordem. Há 4 anos, a receita acadêmica representava cerca de 70% da receita total da Faculdade de Medicina do ABC. Éramos completamente dependentes das mensalidades dos alunos, com muito pouco recurso para investimentos e novos projetos. Hoje a receita acadêmica representa apenas 30% do total. Realizamos incentivo importante na área de pesquisa clínica e crescemos na prestação de serviços e na assessoria em saúde. Além disso, aumentamos a Pós-graduação e as parcerias com instituições nacionais e internacionais para capacitação profissional. Também iniciamos atendimentos no campus por meio de operadoras de saúde. Graças à essa diversificação de serviços, a instituição cresceu. Saímos de orçamento anual da ordem de R$ 30 milhões para administramos hoje cerca de 70 milhões.

Para os próximos 4 anos os esforços estarão focados na área acadêmica – principalmente na qualificação docente. “Buscaremos aperfeiçoar a qualidade dos saberes ensinados na FMABC. Continuaremos a investir em melhorias na ambiência e no parque tecnológico, assim como em novos
laboratórios e salas de aula. Mas nosso foco será mesmo na qualificação docente, pois queremos cursos ainda melhores. Também vamos aumentar as vagas do Programa de Residência Médica, que hoje conta com quase 400 médicos, e ampliar o Lato Sensu, com novos cursos e conhecimentos, em sintonia com os avanços nas áreas de saúde e com as necessidades observadas no mercado de trabalho”, adianta Adilson Casemiro Pires.

O projeto para adequação da instituição como centro universitário terá continuidade e entre as ações previstas para 2014 está o aumento de 50 vagas no curso de Medicina e a abertura de duas novas graduações: Tecnologia em Gestão Hospitalar e Tecnólogo em Radiologia.