Disciplina de Reumatologia participa do ‘Dia Mundial da Espondilite’

Postado por Eduardo Nascimento em 22/jun/2018 -

Grupo da FMABC em evento de espondilite no Parque do Povo, na Capital

A disciplina de Reumatologia da Faculdade de Medicina do ABC participou em 6 de maio de um grande evento ao ar livre no Parque do Povo, na Capital, em comemoração ao Dia Mundial da Espondilite Anquilosante – celebrado globalmente em 7 de maio. Atividades como caminhada, aulas de yoga e zumba integraram a ampla programação, que contou com presenças da Dra. Sônia Maria Loduca Lima, professora da FMABC, e das alunas do quarto ano de Medicina, Giovanna Tiemi Tanaka, Rafaela Tiemi Vicentin e Roberta Salles Kesselring.

A espondilite anquilosante é uma doença reumática crônica que afeta a coluna vertebral e articulações sacroilíacas, causando a chamada dor inflamatória. Em geral, manifesta-se no início da vida adulta e afeta predominantemente o sexo masculino. As principais características da doença são: dor que tem seus primeiros sintomas antes dos 40 anos de idade; não melhora com o repouso e tem alivio com movimentação; leva ao despertar durante a noite; provoca rigidez após períodos de inatividade, como pela manhã, por exemplo; e melhora com o uso de anti-inflamatórios não hormonais.

ENCONTRO DA SPR

Entre os dias 17 e 19 maio, a disciplina de Reumatologia marcou presença no “24° Encontro Avançado de Reumatologia (ERA)”, da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR). Considerado o evento mais importante da SPR, o encontro contou com participação de 848 reumatologistas de todo o País. Professor titular da FMABC, Dr. Abel Pereira de Souza Junior integrou banca de avaliação de trabalhos científicos, enquanto o docente Dr. José Carlos Mansur Szajubok presidiu a conferência “Inteligência Artificial”. Já a Dra. Sônia Maria Loduca Lima participou da mesa redonda “Entesopatia – inflamatória ou mecânica?”, quando ministrou a aula “Tratamento das entesites”.

Atualmente, os três docentes da Medicina ABC exercem funções importantes nas sociedades representativas da Reumatologia brasileira. Os doutores Abel e José Carlos fazem parte da Comissão de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), enquanto a Dra. Sônia é coordenadora do subcomitê de Artrite Psoriásica da SBR. Na Sociedade Paulista de Reumatologia, Dr. Abel é membro da Comissão Científica, e o Dr. José Carlos é secretário da Diretoria Executiva.

Prefeitura de Santo André e FMABC organizam simpósio regional de doenças raras

Postado por Eduardo Nascimento em 15/jun/2018 -

Atividade destinada a profissionais de saúde ocorreu dias 13 e 14 de junho

 

Dra. Anete Grumach e Dr. Caio Parente Barbosa, responsáveis pelo Centro de Referência de Doenças Raras da FMABC

O Centro de Referência de Doenças Raras da Faculdade de Medicina do ABC realizou nesta semana, dias 13 e 14 de junho, um simpósio regional para capacitação em doenças raras. Em parceria com a Prefeitura de Santo André, por meio do Programa Qualisaúde, as atividades ocorreram no Anfiteatro David Uip, no campus universitário da FMABC, voltadas a profissionais de saúde das sete cidades da região – especialmente médicos e enfermeiros.

“Trata-se de uma capacitação em âmbito regional sobre as doenças raras. Nosso objetivo foi ampliar o entendimento dos profissionais de saúde sobre o tema e passar informações importantes, a fim de aumentar a identificação dessas doenças nos serviços de saúde do Grande ABC e, consequentemente, os encaminhamentos para tratamento especializado na FMABC”, informa o professor titular da disciplina de Saúde Sexual, Reprodutiva e Genética Populacional da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Caio Parente Barbosa.

Segundo definição da Organização Mundial da Saúde, a doença rara caracteriza-se como aquela que afeta até 65 pessoas a cada 100.000 indivíduos – ou seja, 1,3 pessoa num grupo de 2.000. O problema atinge aproximadamente 5% da população, comprometendo milhões de pessoas ao redor do mundo. Estima-se que 80% dos casos têm origem genética e 50% afetam crianças – sendo que 30% morrem antes dos 5 anos de idade. Até o momento, cerca de 7.000 doenças raras já foram identificadas, cujas características principais são a natureza complexa, a evolução crônica e debilitante. Essas particularidades, associadas ao acesso limitado aos tratamentos e serviços especializados, têm grande repercussão no cotidiano de milhões de famílias.

Entre os temas abordados no simpósio da FMABC estiveram “Sinais de alerta em genética”, “Quando pensar em erros inatos do metabolismo” e “Quem sofre de baixa imunidade”.

REFERÊNCIA EM DOENÇAS RARAS

O primeiro Centro de Referência de Doenças Raras do Estado de São Paulo abriu as portas no início de 2017, na Faculdade de Medicina do ABC. O projeto da instituição foi aprovado em meados de 2016 pelo Governo do Estado e credenciado no final do mesmo ano pelo Ministério da Saúde, conforme Portaria 3.372, de 29/11/2016, que “Habilita o Ambulatório de Especialidade da FUABC/Faculdade de Medicina do ABC/Santo André, como Serviço de Referência em Doenças Raras”. Trata-se de trabalho pioneiro, com atendimento 100% gratuito e que busca oferecer em um único espaço diversos especialistas, exames específicos e trabalho multidisciplinar para o atendimento integral a pacientes com as mais diversas patologias raras.

Nesse sentido, o Centro de Referência de Doenças Raras da FMABC tem como objetivo, justamente, organizar o atendimento de pacientes suspeitos ou portadores das enfermidades, a fim de melhorar o acesso ao diagnóstico e às terapias necessárias. “Há muitos anos as disciplinas da FMABC já realizavam atividades isoladas no campo das doenças raras, que envolviam ensino, pesquisa e assistência. Em meados de 2014, criamos o Grupo de Atenção Integral a Doenças Raras, com objetivo de reunir todos os profissionais da faculdade que, de alguma forma, estavam atuando nessa área. Foi o embrião do centro de referência, quando começamos a estruturar o projeto”, recorda Dr. Caio Parente Barbosa.

Lançada em 2014 pelo Ministério da Saúde, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras organiza o cuidado dos pacientes em dois eixos. O primeiro reúne as patologias de origem genética e inclui as anomalias congênitas ou de manifestação tardia, deficiência intelectual e os erros inatos do metabolismo. O segundo eixo é composto por doenças raras de origem não genética: infecciosas, inflamatórias e autoimunes.

Na FMABC, as principais especialidades que realizam atendimentos via Centro de Referência de Doenças Raras são: reumatologia pediátrica, fibrose cística, diagnóstico genético, erros intatos do metabolismo, oftalmopediatria, cardiologia, infecções de repetição ou imunologia clínica, ortopedia pediátrica, pneumopatia rara e ventilação mecânica, doenças neuromusculares, doenças pulmonares intersticiais, nefrologia pediátrica, pediatria, nefrologia e neurologia.

São Bernardo promove 1º Congresso de Urgência e Emergência

Postado por Maíra Oliveira em 15/jun/2018 -

Palestras, treinamentos e um simulado de resgate acontecem até 17 de junho; mais de 1.500 profissionais e estudantes irão participar

 

Secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple, no Fórum de Saúde do município em 2017

A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Saúde, irá promover o 1º Congresso de Urgência e Emergência. O evento acontece entre hoje (15/06) e 17 de junho, no Teatro Inezita Barroso, localizado na Rua Tiradentes, 1845, na Vila Santa Terezinha. Mais de 1.500 profissionais e estudantes da área da Saúde se inscreveram e irão participar das ações.

O Congresso tem como objetivo capacitar os profissionais do setor, por meio de palestras e treinamentos com temas específicos na área de urgência e emergência. Diversos palestrantes renomados foram convidados a participar, como Marisa Malvestio, especialista em Atendimento Pré-Hospitalar, o cardiologista e diretor da Divisão Clínica do Laboratório de Pesquisa e Treinamento e Simulação em Emergências Cardiovasculares do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas, Sergio Timerman, e o secretário de Saúde de São Bernardo, Dr. Geraldo Reple.

Além das palestras e treinamentos, será promovida uma demonstração de resgate que contará com o apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar (PM). Uma simulação de incidente com múltiplas vítimas será demonstrada no estacionamento do ginásio Poliesportivo, onde as vítimas serão socorridas e encaminhadas para o Hospital de Clínicas de helicóptero.

“Estamos investindo em treinamento e capacitação dos profissionais. Temos ciência de que os atendimentos pré-hospitalares podem ser o diferencial entre a vida e a morte, onde minutos fazem total diferença. Por isso, é primordial que todos os médicos, enfermeiros, técnicos, saibam como realizar esse primeiro socorro”, disse Dr. Geraldo Reple.

COMEMORAÇÃO

Durante o evento, também serão celebrados os dez anos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de São Bernardo. Homenagens e depoimentos de funcionários e pacientes socorridos pelos profissionais da cidade serão exibidos como forma de agradecimento.

O evento é gratuito e conta com o apoio de empresas privadas, escolas técnicas e universidade. Na inscrição, os profissionais tiveram apenas que doar um pacote de fralda ou um kit de higiene, composto por shampoo, sabonete líquido e um hidratante corporal. Todas as doações serão encaminhadas ao Fundo Social de Solidariedade (FSS) do município.

Centro de Endoscopia de São Caetano integra estudo internacional sobre diabetes

Postado por Eduardo Nascimento em 13/jun/2018 -

Paulo Sartori, diretor do complexo hospitalar de São Caetano; Regina Maura Zetone, secretária de Saúde, e os pesquisadores Manoel Galvão Neto e Eduardo Grecco

São Caetano do Sul novamente é destaque em virtude dos investimentos e inovações realizados na área da Saúde. Desta vez, o Centro de Endoscopia Dr. Odair Manzini, inaugurado pela Prefeitura em maio de 2017, foi selecionado para sediar uma série de estudos sobre o tratamento do diabetes por meio de endoscopia. As primeiras intervenções foram realizadas em 12 de junho.

A novidade foi recebida com orgulho, uma vez que a escolha foi motivada pelo reconhecimento da excelência dos serviços prestados pelo município à população. “Em nossa cidade, saúde é prioridade”, destaca a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.

“São Caetano se tornou elegível para participar desta pesquisa internacional de alto nível por somar diferenciais e ter a estrutura técnica de qualidade necessária para o desenvolvimento das análises”, explica o gastrocirurgião, endoscopista e professor da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Eduardo Grecco, que coordena os exames na cidade e é o investigador principal do estudo, ao lado do Dr. Manoel Galvão Neto, preceptor internacional dos procedimentos.

Além de São Caetano, somente o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e centros médicos na Inglaterra, Bélgica, Holanda e Itália foram incluídos neste protocolo clínico mundial.

O estudo multicêntrico foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FMABC e tem como objetivo tratar diabéticos por endoscopia, reduzindo o uso de medicamentos e cirurgias. Com suporte e acompanhamento da faculdade, os pacientes serão selecionados com base nos parâmetros laboratoriais. Aqueles que atenderem aos critérios serão submetidos aos procedimentos do projeto prospectivo – do total de 40 pessoas que passarão pelas intervenções, cinco já foram escolhidas por cumprirem os requisitos e aceitarem participar do programa. O tempo estimado para a realização da pesquisa é de um ano.

‘Ação Saúde’ em Oftalmologia realiza 623 consultas no final de semana

Postado por Eduardo Nascimento em 13/jun/2018 -

Equipe da Faculdade de Medicina do ABC apoiou campanha realizada em São Caetano

 

Na segunda quinzena de julho haverá novo mutirão de fim de semana

O Programa Ação Saúde, da Secretaria de Saúde de São Caetano, disponibiliza uma agenda extra para agilizar as consultas de Oftalmologia na cidade. Com apoio da disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), no primeiro fim de semana (9 e 10/06) foram realizadas 623 consultas no Hospital de Olhos Dr. Jaime Tavares, no Bairro Oswaldo Cruz.

Todos os atendimentos são agendados previamente. Para essa edição, de um total de 823 consultas, houve 200 faltas, o que representou 24% de absenteísmo. Os agendamentos do Ação Saúde continuam para atendimentos em período estendido, das 7h às 21h, com cerca de 90 consultas por dia. Na segunda quinzena de julho haverá novo mutirão de fim de semana.

“Esses pacientes estão, em média, quatro meses na espera e são, na grande maioria, consultas referentes a óculos. Em várias especialidades da Oftalmologia não há filas”, afirma a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.

Segundo Dr. José Ricardo Rehder, professor titular de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC e coordenador do Serviço de Oftalmologia de São Caetano, o programa Ação Saúde mobilizou 20 oftalmologistas e 35 profissionais entre enfermeiras, assistentes e outros.

Titular da Ginecologia está entre “Melhores Médicos de São Paulo”

Postado por Maíra Oliveira em 08/jun/2018 -

Pesquisa do Datafolha entrevistou 822 médicos da cidade de São Paulo para descobrir quem são os melhores em 11 especialidades

 

Dr. César Eduardo Fernandes é professor titular de Ginecologia da FMABC

A Revista da Folha, do jornal Folha de S. Paulo, trouxe recentemente a reportagem de capa “Melhores Médicos”, baseada em pesquisa do Datafolha que entrevistou 822 médicos da cidade de São Paulo “para descobrir quem são suas maiores referências”. Ao todo foram 27 nomes apontados em 11 especialidades. Entre eles, Dr. César Eduardo Fernandes, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e atual presidente da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Sobre o docente do ABC, a revista publicou: “Só havia quatro médicos em Martinópolis (SP), onde César cresceu. O ginecologista lembra de quando o pai infartou, aos 44: ‘Minha mãe tinha uma bandejinha, um bule e uma xícara com renda para servir café que ela só usava quando o médico ia em casa. Os olhos do meu pai brilhavam só de vê-lo. Aquilo me encantava’. Fez carreira na Santa Casa e migrou para a Faculdade de Medicina do ABC em 2000, onde é professor titular. Interessado em alterações hormonais, ele investiga meios de tratar problemas pós-menopausais, como atrofia vaginal e osteoporose”.

Dr. César Eduardo Fernandes foi lembrado na categoria “Ginecologistas/Obstetras” por 8% dos médicos entrevistados. Outro destaque da pesquisa do Datafolha, na categoria “Cardiologistas”, é o Dr. Fabio Biscegli Jatene. Formado na turma de 1978 da FMABC, ele foi escolhido por 7% dos entrevistados. Atualmente é professor titular da disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

TITULAR DE GINECOLOGIA

Nascido em 1º de outubro de 1950, em Araçatuba (SP), Dr. César Eduardo Fernandes graduou-se em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1975), onde também realizou a residência médica em ginecologia e obstetrícia (1979), mestrado (1994) e doutorado (1996). Defendeu a livre docência na Universidade Federal da Bahia (2004). Iniciou sua trajetória na Faculdade de Medicina do ABC em meados de 2000, como chefe do setor de Climatério, Ginecologia Endócrina e Planejamento Familiar do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Desde 2011 é professor titular de Ginecologia na FMABC, com aulas nos cursos de graduação e pós-graduação. Na Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, foi presidente por dois mandatos (2010-2011 e 2012-2013), secretário-geral (2008-2009), e diretor científico e coordenador da Comissão de Valorização Profissional / Honorários Médicos (2014-2015). Em 2015, foi eleito presidente para o mandato 2016-2019 da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.

Música potencializa efeito de medicação em tratamento de hipertensos

Postado por Maíra Oliveira em 08/jun/2018 -

Faculdade de Medicina do ABC participa de estudo que identifica melhora da pressão arterial e frequência cardíaca em pacientes expostos a estímulos auditivos

 

Pesquisadores da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Oxford Brookes University, da Inglaterra, Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Marília e Faculdade de Juazeiro do Norte, do Ceará, identificaram interferência benéfica da exposição à música em pacientes com hipertensão controlada durante tratamento medicamentoso. A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

O estudo, que analisou 37 pacientes — entre homens e mulheres — foi dividido em duas partes. Em um dia, voluntários foram medicados e, em seguida, tiveram seus parâmetros cardiovasculares monitorados durante uma hora enquanto ouviam músicas com fones de ouvido, todos na mesma intensidade. No outro dia, o processo foi repetido igualmente, porém sem estímulo musical. Os pacientes ouviram canções na versão piano instrumental, como Someone like you e Hello, da cantora Adele.

“Um método mais sensível para detectar alterações no coração, conhecido como variabilidade da frequência cardíaca, identificou que os medicamentos apresentaram respostas significativamente mais intensas sobre a atividade do coração quando os voluntários ouviam música”, explica Victor Valenti, professor da Unesp de Marília.

A resposta fisiológica ao estímulo musical evidenciou melhoras nos índices de frequência cardíaca e pressão arterial, com nítida redução de rigidez da aorta, maior e mais importante artéria do sistema circulatório do corpo humano. A conclusão dos especialistas é de que a música pode melhorar a eficiência do tratamento médico quando associada corretamente à ação de drogas, reduzindo os fatores de risco que provocam deterioração da função cardíaca.

Docentes da FMABC assinam Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar

Postado por Maíra Oliveira em 08/jun/2018 -

Documento revisado em abril por mais de 20 especialistas traz atualizações sobre diagnósticos e tratamentos da doença

 

Dra. Neusa Wandalsen é coordenadora do Setor de Alergia e Imunologia Clínica do Departamento de Pediatria da FMABC

Professoras do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Neusa Wandalsen e Dra. Roseli Sarni participaram da revisão e atualização do novo Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar 2018, publicado em abril pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). O material contou com a colaboração de mais de 20 especialistas de todo o País envolvidos no manejo da doença, que acomete especialmente crianças e adolescentes. O último documento foi publicado em 2007.

O consenso foi produzido por alergologistas, gastroenterologistas, nutrólogos e pediatras especializados no tratamento de pacientes com alergia alimentar. O objetivo é disponibilizar aos especialistas um documento prático, capaz de auxiliar na compreensão dos mecanismos envolvidos na alergia alimentar e possibilitar manejo adequado das suas diversas formas de apresentação, uma vez que há grandes variedades de sintomas. Revisão de métodos de diagnósticos, esquemas de tratamentos disponíveis, novos conceitos sobre abordagem terapêutica, apresentação clínica e fatores de risco também foram estudados.

ALERGIA ALIMENTAR

As alergias alimentares ocorrem quando o sistema imunológico reage a algumas proteínas presentes nos alimentos por considerá-las elementos estranhos. O organismo, em alerta, inicia a produção de anticorpos específicos (IgE) para combater a “invasão”, o que desencadeia um processo alérgico.

Um dos pontos principais revisados no documento diz respeito à alergia à proteína do leite de vaca (APLV), muito comum entre o primeiro e o terceiro ano de vida. Isso porque a entrada da proteína em um organismo com sistema imunológico em formação pode ser considerada pelo corpo como algo nocivo, por isso a chance de desenvolver esse tipo de alergia é maior em crianças se comparada a adultos.

A introdução precoce do leite de vaca – bem como do ovo, amendoim, castanhas e frutos do mar – era considerada fator de risco à saúde e capaz de induzir o desenvolvimento de alergia alimentar. “Na atualidade isso é visto como uma ação oposta. Ou seja, a exclusão por tempo prolongado de alimentos com potencial alergênico pode ser fator de risco porque não haveria a indução da tolerância oral. A maior diversidade de alimentos na infância pode ter efeito protetor sobre a sensibilização alimentar. O assunto, no entanto, não está completamente estabelecido e ainda necessita de estudos adicionais”, explica Dra. Neusa, também coordenadora do Setor de Alergia e Imunologia Clínica do Departamento de Pediatria da FMABC.

Em função dos inúmeros benefícios à saúde materna e infantil, o novo consenso recomenda, portanto, a manutenção da norma da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estipula o leite materno como fonte de amamentação exclusiva até os seis meses e de forma complementar até dois anos ou mais.

A alergia à proteína do leite da vaca é a mais prevalente entre crianças, que manifestam sintomas clínicos em diferentes níveis de gravidade. Os indícios mais comuns são cólicas, diarreia, vômitos e manchas avermelhadas na pele. Para diagnosticar as alergias alimentares, os métodos mais eficazes são os que demonstram a presença da IgE específica para o alimento na pele, como os testes cutâneos, ou no sangue, o Immunocap/Rast, e principalmente o teste de provocação oral, que consiste na oferta do alimento suspeito em intervalos regulares.

Dra. Roseli Sarni é professora titular da disciplina de Clínica Pediátrica do Departamento de Pediatria da FMABC

Segundo o Consenso, embora mais de 170 alimentos tenham sido reconhecidos como potencialmente alergênicos, uma pequena parcela tem sido responsabilizada pela maioria das reações. Entre os adultos, os alimentos mais identificados são amendoim, castanhas, peixe e frutos do mar. Na infância, causam mais alergias alimentares o leite de vaca, ovo, trigo e soja. Em geral, essas reações são transitórias, uma vez que menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta. “Em caso de suspeita, os pais devem consultar o médico e nunca excluir alimentos por conta própria. O paciente que apresenta reação a determinado alimento pode voltar um dia a ingeri-lo, pois ocorre aquisição de tolerância ao longo do tempo. Uma vez identificada a alergia, o alimento deverá ser retirado e sua introdução feita sob supervisão médica por meio de testes de provocação oral”, explica Dra. Roseli, professora titular da disciplina de Clínica Pediátrica do Departamento de Pediatria da FMABC. A reintrodução alimentar, sempre com acompanhamento médico, pode ser feita a cada 6 a 12 meses como forma de verificar se houve alterações a essa condição.

Os sintomas da alergia alimentar variam bastante. Nas reações cutâneas, são comuns surgimento de urticária, angioedema e dermatite atópica, enquanto que nas respiratórias há quadros de rinite ou asma. Nas alergias digestivas prevalecem refluxos, vômitos e diarreias. O tratamento é feito à base de anti-histamínicos e corticoides. Em casos mais graves é preciso atendimento médico de urgência para reversão do quadro de choque anafilático, causado pela falta de sangue no coração após brusca queda da pressão arterial. O paciente sente imediato “fechamento” da garganta e obstrução das vias aéreas, o que pode levar à morte em minutos.

PREVALÊNCIA

Os especialistas consideram a alergia alimentar um problema de saúde pública, pois sua prevalência tem aumentado no mundo todo. Um estudo realizado em Boston, nos Estados Unidos, avaliou dados sobre reações adversas a alimentos em 27 milhões de pacientes entre 2000 e 2013. Ao menos 3% apresentaram alergia a algum alimento. No Brasil, de acordo com o Consenso, os dados sobre prevalência são escassos e limitados a grupos populacionais, o que dificulta avaliação mais próxima da realidade.

FMABC e Governo do Amapá estudam parceria sobre tratamento de câncer infantil

Postado por Eduardo Nascimento em 06/jun/2018 -

Procurada pelo Estado, Oncologia Pediátrica da Medicina ABC inicia tratativas para auxiliar na criação de um centro de diagnóstico da doença

 

Aula do Dr. Jairo Cartum no 1º Seminário Estadual de Oncologia e Oncohematologia do Amapá (Foto: SESA/Maksuel Martins)

A Faculdade de Medicina do ABC, por meio do Ambulatório de Oncologia Pediátrica, iniciou em maio tratativas junto ao Governo do Amapá para auxiliar o Estado na criação de um centro de diagnóstico avançado da doença. O coordenador do Ambulatório, Dr. Jairo Cartum, foi um dos convidados do 1º Seminário Estadual de Oncologia e Oncohematologia do Amapá, realizado entre os dias 17 e 19 de maio, em Macapá. A iniciativa, de caráter científico, é do Governo do Estado e visa debater os primeiros passos para atualizar protocolos e estabelecer novos tratamentos e ações para o controle do câncer.

A participação da FMABC na criação do serviço se dá especialmente quanto à capacitação técnica dos profissionais de saúde da rede municipal e estadual voltados ao cuidado do paciente com câncer. “Já temos reunião agendada para discutirmos essa parceria, que pode trazer grandes benefícios quanto ao acesso a tratamentos da população com câncer no Amapá. Sabemos que o diagnóstico precoce faria a diferença. Recebemos no Estado de São Paulo crianças da Amazônia com tumores muito avançados. E quando chegam a São Paulo, já não há muito o que fazer. Isso mudaria se houvesse um trabalho de diagnóstico precoce nessa área. Tudo começa através da capacitação e o Amapá está de parabéns por promover um evento tão importante como esse. Esperamos abrir muitas portas para poder ampliar o processo de tratamento”, disse Cartum, após a apresentação no seminário.

Segundo o diretor da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá, são atendidas 800 pessoas por mês com suspeitas ou em tratamento contra o câncer em todo o Estado. A maioria faz acompanhamento a longo prazo. “Encaminhamos para fora do Estado 90% dos casos, pois são pacientes que precisam de radioterapia e serviço de oncopediatria”, disse Roberto Marcel.

Para a coordenadora de Gestão do Trabalho e Educação da Secretaria de Estado da Saúde, Monica Oliveira, a oncologia é um tema que precisava ser abordado no Amapá, devido à carência de capacitação de profissionais da área. “Com as experiências repassadas pelos palestrantes, podemos ver que o Amapá não está aquém com relação ao tratamento em outros estados. É importante, porém, que tenhamos a avaliação desses profissionais que trouxeram propostas de projetos que serão desenvolvidos a partir desse seminário”.

Participaram do evento oncologistas, hematologistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, cirurgiões, urologistas, entre outros profissionais da saúde. A programação trouxe palestras, mesas redondas e debates nas áreas clínicas e cirúrgicas de oncologia clínica e pediátrica, mastologia, ginecologia, urologia, cirurgia de cabeça e pescoço, urgências cirúrgicas em oncologia, cirurgia geral oncológica, radioterapia e quimioterapia.

REFERÊNCIA

O Ambulatório de Oncologia Pediátrica da FMABC é referência regional para tratamento oncológico e atende pacientes de zero a 17 anos. Oferece atendimento integral e multidisciplinar com equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, dentista, assistente social, nutricionista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico. Com serviços 100% gratuitos, o local tem como retaguarda para hospedagem a Casa Ronald ABC, instalada no campus da faculdade e que oferece alojamento, higiene e alimentação para a criança em tratamento e respectivo acompanhante. São cerca de 200 consultas médicas mensalmente.

Fundação do ABC lança Portal do RH

Postado por Maíra Oliveira em 30/maio/2018 -

Novo sistema fornece aos colaboradores fácil acesso a informações sobre férias, holerites e pagamentos

 

O departamento de Tecnologia de Informação (TI) da Fundação do ABC está implantando o Portal do RH (Recursos Humanos), válido para as 15 unidades mantidas pela instituição, além da mantenedora. A nova ferramenta traz facilidades para gestores de RH e funcionários em geral, que passam a ter login específico para consultas on-line a recibos de pagamentos, holerites e informações sobre férias e informes de rendimentos.

O projeto piloto foi desenvolvido no RH da Faculdade de Medicina do ABC, e outras mantidas como Central de Convênios e Hospital Nardini de Mauá já iniciaram o processo de migração dos dados para disponibilizar o acesso integral aos colaboradores. Além de praticidade e agilidade, a iniciativa traz redução de custo às unidades, uma vez que muitas arcam com despesas para impressão, emissão e distribuição dos documentos junto a bancos ou empresas terceirizadas, além de deslocarem funcionários para executar as tarefas. “O colaborador passa a ter autonomia, já que anteriormente precisava se deslocar ao RH. Hoje o maior fluxo de atendimento do setor está relacionado a essas solicitações. Por isso acreditamos que o impacto será positivo, uma vez que as principais dúvidas serão resolvidas on-line”, avalia a analista de RH da FMABC, Valeska Barbosa.

O objetivo é que ao longo de 2018 funcionários de todas as mantidas tenham acesso ao novo portal para consulta de seus dados. “Recebemos a demanda do RH da FMABC, planejamos e implantamos a ferramenta com recursos internos, sem custos adicionais. Depois, percebemos que poderíamos estendê-la a todas as unidades e facilitar a gestão a partir de um menu simples, intuitivo e de fácil acesso a todos”, explica o gerente de TI da Fundação do ABC, Maurício Coelho. A adesão ao novo portal será feita de forma gradativa nas unidades, que serão acionadas pelo departamento de TI da FUABC.

SEGUNDA FASE – A primeira parte do projeto consiste na disponibilização de consulta on-line aos documentos. Já a segunda fase, possibilitará registros de solicitações. Será possível requisitar férias e fazer justificativas relacionadas ao ponto eletrônico. O objetivo é concluir o trabalho até o fim do ano.