Postado por Eduardo Nascimento em 16/dez/2016 -
A Sociedade Brasileira de Dermatologia organizou em 26 de novembro, pelo 18º ano consecutivo, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, que no Grande ABC foi coordenada pela disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC. Ao todo foram atendidos 205 pacientes no mutirão, que teve como sede o Instituto de Pele da FMABC, no próprio campus universitário em Santo André. A população teve à disposição orientações e exames clínicos gratuitos, das 9h às 15h.

Membros da disciplina de Dermatologia e do curso de Farmácia durante atividades na FMABC
Os interessados participaram inicialmente de palestra de 15 minutos sobre os riscos para o câncer de pele e as formas de prevenção. Em seguida, todos passaram por atendimento específico, com realização de exames dermatológicos e de dermatoscopia (avaliação de assimetria, bordas, coloração e diâmetro das pintas). Casos suspeitos foram encaminhados para tratamento na rede pública municipal ou no próprio Instituto de Pele da Faculdade de Medicina do ABC.
O câncer de pele é causado pelo efeito cumulativo da radiação solar e normalmente se manifesta em pessoas com idade mais elevada. Por esse motivo, é uma das doenças mais constantes no público acima de 50 anos. “É importante que as pessoas se conscientizem da necessidade de prevenção da doença e também que passem periodicamente por avaliação médica. A maioria dos casos de câncer de pele é fácil de tratar e curável. O importante é buscar o diagnóstico precoce para proporcionar melhor prognóstico”, explica a professora de Dermatologia da FMABC, Dra. Cristina Laczynski, que coordenou a campanha na região.
Cerca de 30 profissionais da FMABC estiveram envolvidos nos atendimentos, entre dermatologistas, médicos residentes e alunos de Medicina membros da Lapac – Liga de Atendimento e Prevenção às Afecções Cutâneas.
‘Campanha Nacional de Fotoeducação’
Pelo segundo ano consecutivo, o curso de Farmácia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) participou da “Campanha Nacional de Fotoeducação”. Trata-se de evento organizado pelo Fórum Nacional de Farmácias Universitárias, com o objetivo promover a fotoeducação e prevenir o aumento da incidência do câncer de pele a partir da conscientização de pacientes, comunidade universitária e público em geral. A ação na FMABC teve apoio de alunos membros da Liga de Assistência Farmacêutica e ocorreu dias 24, 26 e 29 de novembro, no prédio Anexo 3 do campus universitário, em Santo André.
Professores e alunos estiveram à disposição de pacientes e acompanhantes que frequentam os ambulatórios de especialidades da faculdade, bem como de funcionários e da comunidade acadêmica, para passar orientações práticas sobre os tipos de protetores solares, uso correto desses produtos e cuidados gerais com a pele.
Nos dias 24 e 29, os trabalhos ocorreram com palestras, orientações e distribuição de amostras de protetores solares. Já no dia 26, as atividades foram em parceria com a disciplina de Dermatologia do curso de Medicina da FMABC, que esteve à frente da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele.
Postado por Eduardo Nascimento em 16/dez/2016 -
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) recebeu em 22 de novembro a Audiência Pública “Uso de animais vivos no ensino: ainda é necessário?”. O evento discutiu a necessidade de manter animais como cobaias no ensino em cursos das áreas de Medicina, Biologia, Psicologia, Odontologia e Ciências Farmacêuticas e foi promovido pelo deputado estadual Feliciano Filho (PSC-SP), defensor da causa animal e autor de diversos projetos e leis estaduais de proteção e defesa dos animais, como a 15.316/2014, que proibiu o uso de animais em testes de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes e seus componentes.

Professora da disciplina de Propedêutica Médica da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Odete Miranda
O evento na ALESP contou com presenças do juiz federal Anderson Furlan, da professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, Júlia Matera (premiada em concurso internacional sobre métodos substitutivos ao uso de animais no ensino), e da Dra. Odete Miranda, professora da Faculdade de Medicina do ABC – instituição de ensino que desde 2007 não utiliza animais nas aulas. Também fizeram parte da mesa da audiência representantes do Conselho Federal de Medicina Veterinária e da Faculdade de Jaguariúna (FAJ).
Antes da fala dos palestrantes foi exibido o documentário “Cobaia”, do ativista Marcos Spallini (do Holocausto Animal), que conta com a participação do biólogo Sérgio Greif, defensor dos métodos substitutivos. “Perninha”, um cão que foi cobaia da Universidade Federal de Viçosa (MG) e libertado por ação judicial, mediante manifestação popular, também esteve presente, logo no início da audiência, ilustrando o tema tão polêmico e essencial.
PROTEÇÃO ANIMAL
De acordo com o deputado Feliciano Filho, a utilização de animais no ensino é cada vez mais questionada, tanto no meio acadêmico, como na sociedade civil, seja por questões éticas ou científicas. “Há crescente tendência em situar os animais em uma esfera moral, reconhecendo-os como sujeitos de direito. As mais importantes universidades do mundo têm abandonado o seu uso”, afirma. Por meio do Projeto de Lei 706/2012, de sua autoria, o deputado defende que a utilização de animais no ensino restrinja-se a estudos observacionais em campo, exames clínicos que auxiliem o diagnóstico do paciente e animais que estejam de fato necessitando da intervenção de um profissional para restabelecimento de sua saúde. O projeto regulamenta, ainda, a utilização de material biológico e cadáveres adquiridos eticamente.
A Lei Federal 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), em seu artigo 32, parágrafo 1º, estabelece que é crime a realização de procedimentos dolorosos ou cruéis em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
Para coibir a prática, atualmente existem no mercado diversos métodos substitutivos, como bonecos realísticos humanos para fins didáticos. Simuladores bovinos avançados têm um complexo sistema de órgãos internos, que permite a prática de apalpação e parto. Além disso, são diversos os simuladores caninos que viabilizam o treinamento de procedimentos como suturas, injeção venosa, cirurgias, raio X, entubação e estabilização espinhal. Outros simuladores, como o de felinos e de ratos, são igualmente realistas. Manequins também simulam a resistência e movimentos naturais de um animal vivo e permitem a prática segura antes de se iniciar o trabalho com animais verdadeiros. Além disso, existem softwares de alta qualidade que utilizam inteligência artificial e métodos in vitro.
Postado por Eduardo Nascimento em 13/dez/2016 -

Postado por Eduardo Nascimento em 09/dez/2016 -
O Programa de Acompanhamento de Idosos (PAI) é um tipo de atendimento domiciliar biopsicossocial, direcionado a pessoas idosas em situação de fragilidade e vulnerabilidade social. A experiência já é reconhecida dentro e fora do país. O trabalho “Programa PAI, reabilitando idosos em São Mateus”, implementado este ano, foi selecionado entre as 12 melhores experiências nacionais na primeira edição do “Mapeamento de Experiências de Excelência no Cuidado à Pessoa Idosa no Contexto Domiciliar”, promovido pelo Ministério da Saúde, e representou o Brasil em congresso internacional realizado no Peru, em 2 de dezembro.

Sergipana Alice Maria de Gois, que esbanja vitalidade aos 103 anos de idade, é assistida pela equipe do PAI de Itaquera
O programa disponibiliza a prestação dos serviços de profissionais e acompanhantes, para apoio e suporte nas atividades da vida diárias (AVDs) e para suprir outras necessidades de saúde e sociais. A equipe responsável pelo projeto enviado ao Ministério da Saúde elaborou um vídeo com imagens de celular, que mostram a assistência promovida pelo PAI aos idosos em São Mateus. O curta será apresentado na cerimônia de 13 e 14 de dezembro, em Brasília, quando ocorrerá a premiação.
PAI EM SÃO MATEUS
O distrito de São Mateus reúne 16 mil idosos – 120 deles estão sendo acompanhados e reabilitados pelas equipes do PAI. São pessoas em diferentes situações de vulnerabilidade: algumas estavam sem nenhuma mobilidade, outras viviam em isolamento – sem familiares ou amigos para prestar ajuda ou simplesmente conversar.
Existiam, por exemplo, 28 idosos usando cadeiras de rodas ou acamados. Em pouco mais de cinco meses de inserção no programa, nove já conseguiam andar sem apoio. “A gente reabilita e até alfabetiza os idosos. Levamos para o banco, cartório, mas também para visitar museu, rever um familiar que não visitava há anos. Realizamos sonhos também”, explica a coordenadora do PAI São Mateus, Rosana Aparecida de Oliveira.
SOBRE O PAI
O PAI prevê equipes compostas por coordenador, com formação em serviço social, um médico clínico-geral, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem, um agente administrativo, 10 acompanhantes de idosos e um motorista.
Em São Paulo, o PAI teve início em 2004, mas foi efetivamente ampliado na gestão 2013-2016. Em 2012, eram 22 equipes de assistência. Hoje são 34 equipes que realizam em torno de 4 mil atendimentos por mês – dentre esses, 600 são realizados nas áreas de abrangência da Coordenadoria Regional de Saúde Leste.
Na CRS Leste, a primeira equipe foi implementada em 2008, em São Miguel, e a segunda em Itaquera, no ano de 2010. Em 2016, o PAI chegou a Ermelino Matarazzo, São Mateus e Guaianases, totalizando cinco equipes.
AUTONOMIA
A iniciativa, que promove autocuidado, autonomia, independência e melhoria do estado de saúde, tem por objetivo evitar ou adiar a institucionalização e oferecer aos idosos em situação de fragilidade clínica uma vida mais autônoma e de melhor qualidade. Visa ainda a promover a quebra do isolamento e exclusão social, além de formar, acompanhar e dar suporte técnico aos cuidadores de idosos.
Postado por Eduardo Nascimento em 09/dez/2016 -
Buscando descentralizar o serviço de testes rápidos e ampliar a detecção de HIV e sífilis em Praia Grande, foi realizado no Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID) treinamento com profissionais da atenção básica. Para isso, kits fornecidos pelo Ministério da Saúde estão sendo disponibilizados às equipes e priorizam examinar gestantes e seus parceiros. Com a ação, espera-se reduzir principalmente os casos de sífilis, que são acentuados no município e na Região Metropolitana.

Exames agora podem ser realizados em UBSs de Praia Grande
Além das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), os testes passaram a ser realizados em locais como o Centro de Atenção à Saúde da Mulher (CEAS Mulher), Serviço de Assistência Especializada (SAE) e Centro de Referência no Atendimento à Tuberculose e Hanseníase (CRATH), da Secretaria de Saúde Pública (Sesap). Até então, os exames eram concentrados no Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP), que também diagnostica as hepatites B e C.
Profissionais que atuam na maternidade do HMID também estão qualificados para a realização dos testes rápidos. De acordo com a diretora do Programa Municipal DST/Aids e Hepatites Virais da Sesap, Simone Correa de Lara, o foco na gestante é crucial para o trabalho de prevenção e tratamento. “Ao passar por atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, as futuras mães poderão realizar os testes. Quanto mais cedo a sífilis é detectada em uma gestante, por exemplo, mais eficaz será o tratamento e maiores as chances de evitar que o bebê adquira a sífilis congênita”, salientou.
Pacientes tuberculosos ou com sintomas sugestivos a uma das doenças relacionadas também poderão realizar os testes rápidos.
Postado por Eduardo Nascimento em 09/dez/2016 -
Novembro foi um mês especial para o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da Fundação do ABC, o SEESMT. Foram diversas ações prevencionistas visando conscientizar os colaboradores da FUABC e da Central de Convênios.

Treinamento da brigada de incêndio da UPA Central de Santos
Para atingir os objetivos foram utilizadas duas ferramentas. A primeira foi o treinamento da brigada de incêndio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos e da UPA Rodeio de Mogi das Cruzes, com foco na prevenção, abandono de área, combate a princípio de incêndio e a incêndio, assim como nos primeiros socorros, visando preparar as equipes para eventuais emergências.
A outra ferramenta foi a SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, prevista na Norma Regulamentadora Nº 5 (NR-5), do Ministério do Trabalho e Emprego. O SEESMT participou da organização da SIPAT da UPA de Santos e da própria Central de Convênios, que pela primeira vez foi realizada de forma descentralizada. Com periodicidade anual, a SIPAT é uma das atividades obrigatórias da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Central de Convênios
Maior unidade mantida da Fundação do ABC, a Central de Convênios (CC) organizou entre 28 de novembro e 2 de dezembro a edição 2016 de sua Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Com intuito de aumentar a participação dos colaboradores e facilitar o acesso aos funcionários de centenas de unidades vinculadas à CC, pela primeira vez o evento foi descentralizado, com atividades divididas em diferentes equipamentos de saúde.

A psicóloga Adriana Dantas Jordão, do Grupo de Medicina Preventiva da NotreDame Intermédica
O Centro Hospitalar Municipal (CHM) de Santo André foi palco das palestras “Depressão: a doença do século” e “Hepatite: saber e cuidar”, enquanto a Escola da Saúde de Santo André sediou “Saúde mental: manejo a crise” e o anfiteatro da UBS Vila Dayse recebeu os temas “LER e DORT: prevenção e cuidados” e “Descarte de resíduos da saúde”.
Em São Caetano, o Hospital Maria Braido reuniu colaboradores em duas ocasiões: “Aplicação da ergonomia postural no local de trabalho” e “Estresse x alimentação”. Na UBS Rudge Ramos, em São Bernardo, o assunto em destaque foi o “Transtorno afetivo bipolar: saiba quando o humor vira doença”.
O encerramento da SIPAT 2016 da Central de Convênios foi marcado por duas atividades. No CHM houve apresentação do grupo de teatro do CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Santo André. Já no anfiteatro da sede da CC houve palestra sobre “Síndrome de Burnout: o impacto na vida pessoal e profissional”, comandada pela psicóloga Adriana Dantas Jordão, do Grupo de Medicina Preventiva da NotreDame Intermédica.
Primeiros ‘cipeiros’ de São Mateus
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da Fundação do ABC realizou de 21 a 25 de novembro deste ano curso de formação para os primeiros ‘cipeiros’ do contrato de gestão para as unidades da Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde (STS) São Mateus. Após a capacitação, foram empossados 30 membros para a gestão 2016/2017, sendo 16 titulares e 14 suplentes – metade eleita pelos colaboradores e metade indicada pelo empregador.
A CIPA é regida pela Norma Regulamentadora Nº 5 (NR-5) da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego. Tem como objetivo principal a redução de acidentes de trabalho e de doenças contraídas nesse ambiente. Seus membros reúnem-se mensalmente para discutir pontos importantes da segurança dentro das unidades e para propor ações relacionadas a não conformidades verificadas.
O treinamento para São Mateus ocorreu no anfiteatro da sede da Central de Convênios, em Santo André. Entre os temas abordados estiveram “Definição de Acidentes de Trabalho. O que é CIPA?”, “Legislação trabalhista – C.F / CLT / Leis trabalhistas”, “Ferramentas da qualidade na investigação de acidentes do trabalho”, “Agentes Ocupacionais, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Análise Preliminar de Risco (APR)”, “Mapa de risco, estudo do ambiente e das condições de trabalho”, “Prevenção e combate a incêndio”, “Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e medidas de prevenção”, “Metodologia de investigação de acidentes e doenças do trabalho”, e “Plano de trabalho e cronograma anual”.
SIPAT na Medicina ABC
Sob responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a Faculdade de Medicina do ABC realizou entre os dias 21 e 25 de novembro a Semana Interna de Prevenção de Acidentes, que neste 2016 teve como tema central “Priorizando a vida com saúde e segurança”. Foram cinco dias de trabalho intenso para levar aos colaboradores informações sobre saúde e segurança, dentro e fora do ambiente organizacional. Entre os temas abordados constaram “A importância do uso e conservação dos EPI’s”, “Transtorno de perfil sexual: pedofilia e zoofilia”, “Comportamento no ambiente profissional”, “Fluxo do Gerenciamento de Resíduos da Instituição” e “DST/AIDS”. Além das palestras, a professora Fernanda Castilho, juntamente com alunos do curso de Terapia Ocupacional, realizou intervenção nos diversos setores da faculdade.
Postado por Eduardo Nascimento em 09/dez/2016 -
O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) realizou em São Paulo, dias 5 e 6 de outubro, o “Simpósio de Métodos Alternativos ao Uso de Animais no Ensino” – iniciativa que buscou compartilhar experiências para construir modelos de educação que atendam a demandas éticas, legais e sociais. A Faculdade de Medicina do ABC esteve representada no evento pela coordenadora do Biotério e responsável pela supervisão de todas as pesquisas que envolvam animais de laboratório na instituição, Dra. Giuliana Petri, que apresentou o trabalho “Alternativa ao uso de animais vivos na aula prática de vias de administração na disciplina de Farmacologia”.

A coordenadora do Biotério e responsável pela supervisão das pesquisas que envolvam animais de laboratório na FMABC, Dra. Giuliana Petri
Segundo Petri, desde 2010 a FMABC tem oferecido curso gratuito de uma semana a alunos de graduação e pós-graduação, com utilização de método alternativo, a fim de ensinar a manipulação correta de animais, garantir o bem-estar dos mesmos e o cumprimento de todas as leis vigentes que regem a matéria. “Preparamos os estudantes para que saibam lidar adequadamente em possíveis situações em que precisem atuar com animais, como em estudos científicos pertinentes, por exemplo. Para esse treinamento, desenvolvemos um método alternativo em que utilizamos cadáveres de ratos utilizados em pesquisas e que seriam descartados. Através de preparo específico, conseguimos reaproveitar esses cadáveres nas aulas práticas como alternativa ao uso de animais vivos”, detalha a veterinária Giuliana Petri, que também é professora titular da disciplina de Farmacologia e Toxicologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES).
O “Simpósio de Métodos Alternativos ao Uso de Animais no Ensino” foi organizado pelo Concea em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade de São Paulo (USP), com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Também contou com colaboração das universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Paraná (UFPR).
PROCESSO DE TRANSIÇÃO
O Concea aprovou 17 métodos alternativos ao uso de animais. Formalizada em setembro de 2014, a lista inaugurou o processo de reconhecimento de técnicas sugeridas por entidades como o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (BracVAM) ou por estudos colaborativos internacionais publicados em compêndios oficiais. A norma estipula cinco anos para substituição do uso de animais. Para calcular o período, a instância projetou o tempo necessário para adequação da infraestrutura laboratorial e capacitação de recursos humanos demandados pelos ensaios substitutivos.
Em fevereiro de 2016, o Concea publicou no Diário Oficial da União a Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou de Pesquisa Científica (DBCA), documento sobre responsabilidade institucional que dá respaldo legal à objeção de consciência.
Postado por Eduardo Nascimento em 02/dez/2016 -
O município de Santos sediou em 30 de novembro e 1º de dezembro a primeira edição do Comsaúde – Comitê Metropolitano da Saúde, uma iniciativa do Grupo Tribuna e de vários empresários do setor na região. O fórum buscou discutir aspectos que interferem diretamente na qualidade, na gestão e na qualificação da saúde, ressaltando atuais desafios e iniciativas de parcerias que vêm sendo adotadas com o setor público, além do crescimento das organizações sociais (OSs) na administração de hospitais municipais e estaduais, suas vantagens e desvantagens.

Dra. Maria Aparecida Batistel Damaia, Paulo Vasconcellos Bastian, Fábio Alexandre Fernandes Ferraz e o prefeito Alberto Mourão
Ao longo dos dois dias foram debatidos com especialistas nas áreas temas como “Gestão em Saúde”, “O Empreendedorismo na Saúde”, “Capacitação e Qualificação” e “Fusões e Aquisições no Mercado da Saúde”, além de “Organização Social: Experiências e Resultados” – painel que contou com participação da presidente da Fundação do ABC, Dra. Maria Aparecida Batistel Damaia.
A presidente da FUABC discutiu a temática com o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, com o secretário municipal de Gestão de Santos, Fábio Alexandre Fernandes Ferraz, e com o superintendente executivo do Hospital Oswaldo Cruz, Paulo Vasconcellos Bastian. Também participaram como debatedores o diretor da VIP Clínica Médica, Manoel Nunes Cardoso Neto, e o diretor superintendente da Santa Casa de Santos, Augusto Capodicasa.
“A organização social deve trabalhar de forma integrada junto a toda a rede de saúde do município. Essa parceria ‘OS-Prefeitura’ precisa ter sintonia, para que a gestão, de fato, seja compartilhada. Além disso, o sistema de saúde deve ser pensado de maneira ampla e regional, para que a Atenção Básica, os serviços especializados e hospitalares funcionem adequadamente”, considera Cida Damaia.
Os painéis e palestras encerram o ciclo do Comsaúde, que começou no início de novembro com visitas técnicas às instalações do Johns Hopkins, hospital e universidade de ponta em Baltimore (EUA), e aos escritórios da UnitedHealth Group, em Washington (com informações do jornal A Tribuna).

A gerente administrativa da UPA Central de Santos, Zilvani Guimarães, com a presidente da FUABC, Dra. Cida Damaia, a coordenadora médica da UPA de Santos, Dra. Gisele Abud Nicolau, e o diretor técnico do Hospital Irmã Dulce de Praia Grande, Dr. Airton Gomes
Postado por Eduardo Nascimento em 02/dez/2016 -
Pelo segundo ano consecutivo, o curso de Farmácia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) participou da “Campanha Nacional de Fotoeducação”. Trata-se de evento organizado pelo Fórum Nacional de Farmácias Universitárias, com o objetivo promover a fotoeducação e prevenir o aumento da incidência do câncer de pele a partir da conscientização de pacientes, comunidade universitária e público em geral. A ação na FMABC teve apoio de alunos membros da Liga de Assistência Farmacêutica e ocorreu dias 24, 26 e 29 de novembro, no prédio Anexo 3 do campus universitário, em Santo André.

Dias 24, 26 e 29 de novembro, professores e alunos orientaram a população sobre os tipos de protetor solar, uso correto e cuidados gerais com a pele
Professores e alunos estiveram à disposição de pacientes e acompanhantes que frequentam os ambulatórios de especialidades da faculdade, bem como de funcionários e da comunidade acadêmica, para passar orientações práticas sobre os tipos de protetores solares, uso correto desses produtos e cuidados gerais com a pele.
Nos dias 24 e 29, os trabalhos ocorreram com palestras, orientações e distribuição de amostras de protetores solares. Já no dia 26, as atividades foram em parceria com a disciplina de Dermatologia do curso de Medicina da FMABC, que esteve à frente da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
CÂNCER DE PELE
Entre os principais problemas ocasionados pela falta de proteção contra os raios solares está o câncer de pele, que é causado pelo efeito cumulativo da radiação solar e normalmente se manifesta em pessoas com idade mais elevada. Trata-se do tipo de câncer mais comum e representa mais da metade dos diagnósticos da doença.
As principais características de risco para o câncer de pele são a presença de sardas, antecedentes na família, ferimentos que não cicatrizam com facilidade, pintas, sinais e verrugas que mudam de tamanho e cor, além de lesões avermelhadas.
O horário que apresenta risco mais acentuado de exposição ao sol é entre 10h e 16h, quando há maior incidência de raios ultravioletas. O filtro solar ainda é um dos principais meios de proteção contra raios solares e deve ser passado a cada duas horas ou logo após a entrada na água. O uso de bonés, chapéus e camisetas escuras diminui a exposição direta da pele ao sol e também é recomendado.
Postado por Eduardo Nascimento em 02/dez/2016 -
O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, dobrou o número de cirurgias e triplicou o número de internações desde sua inauguração, há 15 anos. Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e administrado pela Fundação do ABC, o equipamento de saúde realizou em 2015 total de 170,9 mil consultas e 11,6 mil internações, além de mais de 1 milhão de exames laboratoriais e de imagem e 19 mil tratamentos de oncologia e nefrologia.

Os homenageados, Dr. Geraldo Reple Sobrinho e Dr. Desiré Carlos Callegari
Ainda no ano passado, foram investidos R$ 3 milhões para aprimoramento dos serviços. O setor de emergência passou por obras de reestruturação e climatização, que incluíram a troca de pisos, forros, instalação de novas redes elétrica e hidráulica. Tais melhorias também ocorreram na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com criação 14 novos leitos de UTI adulto, sendo dois de isolamento. Com esse aumento, o hospital passou a contar com total de 59 leitos de Terapia Intensiva.
Entre 2013 e 2014, o HEMC já havia passado por intervenções visando o aperfeiçoamento do atendimento, entre as quais a reforma e readequação do heliponto, a substituição do parque tecnológico, com aquisição e instalação de novos equipamentos, a modernização da central de material esterilizado e a ampliação da área de espera da Farmácia de Alto Custo em 270 m² – passou de 196 m² para 466 m², com aumento de 250 para 450 assentos. O investimento total foi de R$ 11 milhões.
O ‘Mário Covas’ conta com 2.500 profissionais em atuação, entre colaboradores diretos e terceirizados. Possui 300 leitos entre internação, terapia intensiva e complementares, incluindo leitos pediátricos destinados, prioritariamente, ao atendimento de crianças com câncer. Seu centro cirúrgico é composto por 13 salas. O hospital também conta com Banco de Sangue, Banco de Leite Humano, Centro de Fisioterapia, Central de Vacinas e outros serviços que visam otimizar o atendimento aos pacientes. Neste 2016, o orçamento é de R$ 178 milhões.
O hospital é referência e oferece cobertura à população de 2,5 milhões de moradores do ABC e outras regiões. O índice de aprovação do atendimento foi de 94,4% em pesquisas de satisfação realizadas pela Secretaria em 2013 e 2014, que envolveu 158 mil usuários de 950 estabelecimentos de saúde com convênio SUS, instalados em 349 municípios paulistas. Além disso, o HEMC obteve, no decorrer dos anos, diversas certificações e prêmios pela qualidade do atendimento. Atualmente, possui certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) em nível 2, pela qualidade dos processos e atendimento; Inovação Santo André, relacionado à educação continuada e incentivo profissional; Gestão com Qualidade, pelo Coren; Amigo do Meio Ambiente, da SES-SP; Amigo da Criança, idealizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), entre outros.
HOMENAGENS
Em 18 de novembro, o “Mário Covas” organizou solenidade para comemorar o aniversário de 15 anos. O evento no Anfiteatro Grande ABC, no próprio hospital, contou com presenças de autoridades regionais, funcionários e amigos da Faculdade de Medicina do ABC, da Fundação do ABC e unidades mantidas, entre outros convidados. O ponto alto da noite foram as homenagens ao Dr. Geraldo Reple Sobrinho, primeiro superintendente do HEMC e quem comandou a unidade nos 10 primeiros anos, e ao Dr. Desiré Carlos Callegari, que completou 5 anos à frente da Superintendência e acaba de ser reeleito para novo mandato de mesma duração.
Além dos dois homenageados, integraram a mesa solene a presidente da Fundação do ABC, Dra. Maria Aparecida Batistel Damaia, o diretor geral da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Adilson Casemiro Pires, e o ex-diretor do HEMC e da FMABC, Dr. Milton Borrelli – médico muito querido, que coleciona amizades e admiradores nas instituições em que trabalhou e compartilhou seu vasto conhecimento profissional.
FARMÁCIA DE ALTO CUSTO
A Secretaria de Estado da Saúde definiu, nesse semestre, projeto para otimizar distribuição de medicamentos pela Farmácia de Alto Custo do Hospital Estadual Mário Covas. A iniciativa prevê o fornecimento trimestral de medicamentos utilizados por pacientes diagnosticados com asma e dislipidemia. Esses dois grupos totalizam aproximadamente 9 mil pacientes, o que equivale a 1/4 dos pacientes atendidos mensalmente pela unidade – cerca de 36 mil no total.
A proposta é que, na ocasião da retirada, o paciente com asma ou dislipidemia receba quantidades suficientes para tratamento completo por período de até três meses, com agendamento para a próxima retirada efetuado nessa mesma ocasião. Os pacientes que utilizam medicamentos para outros diagnósticos continuarão sendo atendidos mensalmente.
A transição para a nova lógica de funcionamento está em andamento de forma gradativa. A Secretaria aguarda a entrega integral pelos fornecedores dos medicamentos previstos para colocá-la em prática. Estima-se que a readequação possibilitará a redução de 25% do público atendido diariamente, o que contribuirá para a redução do período de permanência na unidade.
Desde o ano passado, a Pasta trabalha para otimizar o serviço, que já ganhou mais resolutividade com a ampliação do espaço físico e dos assentos, além da informatização das senhas, com agendamento prévio de datas e horários, cujo impacto foi redução superior a uma hora no tempo de atendimento. A farmácia atende cerca de 1,2 mil pessoas diariamente e recebe aproximadamente 70 pacientes novos por dia.

Doutores Vanderley da Silva Paula, Cida Damaia, Desiré Callegari, Geraldo Reple Sobrinho, Milton Borrelli e Adilson Casemiro Pires