Hospital Irmã Dulce totalizou 4,7 mil cirurgias ano passado

Postado por Eduardo Nascimento em 17/abr/2015 -

Levantamento do Serviço de Arquivo Médico e Estatísticas (SAME) aponta que o Hospital Municipal Irmã Dulce realizou total de 4.766 cirurgias de janeiro a dezembro de 2014. Neste número estão as cirurgias emergenciais e as eletivas (previamente agendadas), em pacientes do município e da região, cujos leitos são regulados pelo Estado. Foram 3.371 cirurgias de emergência e 1.395 cirurgias eletivas.

No período, o hospital registrou 9.732 internações em diversas especialidades, como clínica médica, cirurgia geral, cirurgia pediátrica, ginecologia, obstetrícia, ortopedia e traumatologia, neurocirurgia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, urologia e proctologia, entre outras. O maior número de atendimentos foi em obstetrícia (com 2.608 internações), seguido de ortopedia e traumatologia (1.540 internações) e cirurgia geral (1.069 internações).

Além do hospital, a FUABC gerencia o Pronto-Socorro Central e a UPA do bairro Samambaia, unidades municipais. O hospital também conta com o Ambulatório de Especialidades Cirúrgicas.

De janeiro a dezembro, o PS Central, localizado anexo ao hospital, realizou 273.333 atendimentos em clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia e ortopedia e traumatologia, entre outros. Dessas especialidades, clínica médica lidera o ranking, com 139.722 atendimentos.

Na UPA foram 171.581 atendimentos durante o ano de 2014 em clínica médica, pediatria e bucomaxilo, com maior demanda, a exemplo do PS Central, em clínica médica – que totalizou 119.290.

O Ambulatório de Especialidades Cirúrgicas que integra o hospital fechou o ano com 15.230 atendimentos.

AVALIAÇÃO POSITIVA

Para o diretor técnico do complexo, Airton Gomes, a avaliação é positiva. “Ao fazermos um balanço do ano passado, vemos que o atendimento prestado pelo Hospital Municipal Irmã Dulce foi altamente positivo, oferecendo serviço de qualidade para o munícipe de Praia Grande e de toda região”, considera o gestor, que acrescenta: “O hospital é referência em traumatologia e realiza neurocirurgias comparáveis aos melhores serviços”.

Para Gomes, o objetivo é continuar aprimorando o atendimento. “Buscamos incessantemente aprimorar a qualidade dos atendimentos prestados, entregando um serviço moderno e atendendo aos anseios da população de nosso município e região”.

Programa “Educando com Visão” deve alcançar 3 mil alunos em 2015

Postado por Eduardo Nascimento em 17/abr/2015 -

Todos os alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental da rede municipal de Santo André – aproximadamente 3 mil – vão passar por teste de acuidade visual nas escolas, na primeira etapa do programa Educando com Visão, fruto de parceria entre a Prefeitura, o Rotary Club – Norte e a Fundação do ABC/Faculdade de Medicina do ABC. O lançamento da versão 2015 do programa, em março, ocorreu na Sabina Escola Parque do Conhecimento, quando diretores, vice-diretores e assistentes pedagógicos receberam instruções sobre como aplicar o Teste de Snellen (reconhecimento de letra a distância) nas crianças e detectar possíveis problemas de visão.

“Com este teste, que foi desenvolvido justamente para ser aplicado por leigos, é feita uma triagem. Os alunos que demonstrarem alguma dificuldade durante o teste serão encaminhados para consulta com oftalmologista, no mutirão que acontecerá em abril “, explicou o secretário de Saúde, Dr. Homero Nepomuceno Duarte. Se confirmado o problema, logo após o exame, a criança escolhe a armação que mais gosta para que sejam confeccionados seus óculos.

“Esse programa já beneficiou e vai continuar beneficiando muitas crianças de nossa cidade graças também ao empenho dos nossos parceiros”, acrescentou Duarte. O programa “Educando com Visão” entrou em atividade em 2004. Desde então, mais de 2 mil crianças passaram por exames com oftalmologistas e mais de 1,2 mil óculos foram entregues.

“A dificuldade de enxergar pode prejudicar muito o aprendizado dos pequenos e ainda comprometer sua autoestima. A correção dos problemas de visão é um ganho muito grande em termos de saúde e qualidade de vida”, acrescentou a diretora do departamento de Educação de Infantil e Ensino Fundamental, Maria Helena Marin.

A última etapa do programa é a entrega e adaptação dos óculos, que acontece em cerca de um mês após o mutirão. Os alunos com problemas mais graves serão encaminhados para tratamento especializado na Faculdade de Medicina do ABC.

FMABC está entre as 10 melhores faculdades do Estado segundo exame do Cremesp

Postado por Eduardo Nascimento em 10/abr/2015 -

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo acaba de divulgar os resultados da edição 2014 do Exame do Cremesp, realizado com formandos de Medicina de todo o Estado. Das 30 faculdades que participaram da avaliação, somente 10 obtiveram nota superior a 60 – entre as quais a Faculdade de Medicina do ABC. Representada por 104 alunos, a FMABC obteve média 64,78. Já o conceito médio geral da prova, que engloba o resultado de todas as instituições participantes, foi de 57,52%.

“Nossos alunos obtiveram resultado superior à média geral da prova em todas as nove áreas do conhecimento avaliadas. Essa conquista ratifica a seriedade e a excelência com que os trabalhos são realizados na escola e converge com a nota máxima 5 que o curso de Medicina obteve recentemente no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), do Ministério da Educação”, comemora o coordenador do curso de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. David Feder, que garante: “Nossas avaliações nos aproximam das escolas públicas em termos de qualidade de ensino”.

Das 30 escolas médicas paulistas com recém-formados que realizaram o Exame do Cremesp, 20 não conseguiram atingir 60% aproveitamento (ponto de corte). Entre as escolas com menor desempenho, 15 não atingiram rendimento de 45% e 9 não conseguiram alcançar 25% de aproveitamento.

SITUAÇÃO ALARMANTE

A 10ª edição do Exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo ocorreu em outubro de 2014, com objetivo de avaliar o desempenho dos recém-formados em Medicina. O registro no CRM depende somente da participação na prova e não está condicionado ao desempenho ou à aprovação. Dessa forma, o exame serve como termômetro do ensino médico no Estado.

Dos 2.891 recém-formados em escolas médicas do Estado de São Paulo que participaram ano passado, 1.589 – ou 55% deles – foram reprovados ao não atingirem o critério mínimo da prova, acertando menos de 60% do conteúdo. Os outros 45% – ou 1.302 egressos – tiveram êxito em mais de 60% da avaliação. Entre as escolas públicas paulistas, a reprovação foi de 33%. Já entre os cursos privados do Estado de São Paulo, 65,1% foram reprovados. “Com a abertura desenfreada de escolas de medicina, inclusive na nossa região, pode-se esperar uma queda ainda maior na qualidade dos formandos”, prevê o coordenador do curso de Medicina da FMABC, Dr. David Feder.

A última edição do Exame do Cremesp registrou recorde de participantes, com abstenção de apenas 0,9% dos 2.916 inscritos. A avaliação foi instituída em 2005, mas até 2011 a participação dos recém-formados na prova não estava condicionada à concessão do registro profissional. Legalmente o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo não pode impedir o médico sem formação adequada de exercer a Medicina. “Estamos tentando mudar essa situação. Temos trabalhado com todas as escolas, por meio de uma Câmara Temática, para discutir a formação e a maneira como o Conselho pode interferir para mudar esse cenário”, revela o presidente do Cremesp, Bráulio Luna Filho, que acrescenta: “Como não conseguimos colocar uma ferramenta obrigatória que impeça o aluno com mau desempenho de exercer a profissão, temos tentado acompanhar a formação dos estudantes por meio de comissões.

A prova contou com 120 questões objetivas de múltipla escolha, abrangendo problemas comuns da prática médica em nove áreas básicas: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Mental, Epidemiologia, Ciências Básicas e Bioética.

Emílio Ribas II organiza encontros sobre dengue com municípios da Baixada Santista

Postado por Eduardo Nascimento em 10/abr/2015 -

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas II do Guarujá organizou em 31 de março encontro sobre dengue destinado a equipes de assistência externa, que contou com representantes dos nove municípios que compõem a Baixada Santista. Com 100% das vagas preenchidas e grande repercussão, outras duas edições foram programadas – dias 7 e 8 de abril –, a fim de contemplar o maior número possível de profissionais. O objetivo da ação foi ampliar a integração entre municípios e Governo do Estado e fortalecer toda a rede de atenção da região, tendo em vista que somente entre janeiro e março deste ano já foram 34 internações por dengue no ERII.

Os eventos no Emílio Ribas II contaram com duas palestras. O infectologista Dr. Marcos Montani Caseiro abordou os principais sinais, sintomas e o tratamento da dengue. O médico da unidade também apresentou as características do mosquito transmissor, histórico da doença na região, e falou sobre a diferença entre dengue e dengue grave.

Já a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Glaucia Barroso Martins, explanou sobre a “Vigilância epidemiológica na dengue”, ressaltando a importância da notificação e de comunicar novos casos, a fim de intensificar o controle de vetores nos locais afetados. “Hoje registramos elevados índices de dengue na Baixada Santista, que refletem diretamente nos atendimentos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas II. Os casos suspeitos da região são comunicados à CROSS – Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde, do Governo do Estado, que organiza os atendimentos e, conforme disponibilidade de vagas, realiza os encaminhamentos ao ERII”, explica Glaucia Martins, que completa: “As palestras junto aos municípios foram muito boas e tiveram grande participação de gestores da região. Procuramos apresentar a dimensão do problema e, ao mesmo tempo, mostrar que estamos envolvidos na busca por soluções, trabalhando em parceria com as cidades e com a população”.

PARCERIA NO GUARUJÁ

Com quase 50 anos dedicados ao ensino, pesquisa e assistência à saúde, a Fundação do ABC expandiu fronteiras e deu início em julho de 2014 à gestão plena do Instituto de Infectologia Emílio Ribas II – hospital estadual especializado em doenças infectocontagiosas. A parceria com a Secretaria de Estado da Saúde marcou a entrada da FUABC no Guarujá e ampliou a presença da entidade no Litoral Paulista, onde já administrava o Ambulatório Médico de Especialidade (AME) de Praia Grande e o Complexo Municipal Irmã Dulce, na mesma cidade.

Vocacionado ao atendimento de doenças infecciosas e parasitárias, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II funciona 24 horas por dia ininterruptamente e conta com total de 50 leitos – 33 leitos de enfermaria e 17 de Terapia Intensiva (UTI). A unidade recebe pacientes encaminhados de hospitais de toda a região da Baixada Santista para o cuidado de diferentes doenças infectocontagiosas, entre as principais HIV/Aids, tuberculose, leptospirose, meningites meningocócicas, complicações por gripe e hepatites. No verão, uma das maiores preocupações é a dengue.

Reabilitação Pulmonar organiza atividade terapêutica no Guarujá

Postado por Eduardo Nascimento em 10/abr/2015 -

O setor de Reabilitação Pulmonar da Faculdade de Medicina do ABC organizou na manhã de sexta-feira (10 de abril) viagem ao Guarujá, no litoral paulista, para cerca de 40 pacientes em tratamento. A atividade teve tanto cunho terapêutico quanto de socialização. “Boa parte dos pacientes evita atividades simples do dia a dia, incluindo ir à praia. A falta de ar e a dificuldade em realizar tarefas corriqueiras faz com que se isolem em casa, com medo de passar mal e dar trabalho”, explica a fisioterapeuta responsável pela Reabilitação Pulmonar da FMABC, Selma Denis Squassoni, que acrescenta: “Esperamos que essa experiência tenha mostrado aos pacientes que podem sair e conviver normalmente em sociedade. Buscamos estimular para que não abandonem o tratamento e tenham cada vez mais autonomia e qualidade de vida”.

Essa foi a quarta viagem do setor ao Guarujá – as duas primeiras foram em 2012, enquanto a terceira ocorreu em março de 2014. A ação integra programa de reinserção social dos pacientes, em esforço que também reúne palestras educativas, aulas de dança, grupo de coral, pilates, oficinas de artesanato com materiais recicláveis e até mesmo aulas de tênis.

A atividade terapêutica no Guarujá não teve custos aos pacientes, que saíram do campus universitário em Santo André às 7h e retornaram às 12h30. Todos foram acompanhados pela equipe da Reabilitação Pulmonar e no Guarujá houve um professor de surf à disposição do grupo para ensinar equilíbrio e dar dicas aos pacientes interessados e em condições de praticar o esporte. Exercícios de caminhada também constaram na programação.

MAIS QUALIDADE DE VIDA

Inaugurada em 2001 pela disciplina de Pneumologia, a Reabilitação Pulmonar da Medicina ABC realiza cerca de 1.000 atendimentos mensais – a grande maioria via Sistema Único de Saúde (SUS). O local é destinado principalmente a adultos e idosos portadores de bronquite crônica, enfisema pulmonar, DPOC, asma e outras patologias pulmonares. “Temos pacientes que chegam em cadeira de rodas e depois de alguns meses de tratamento passam a vir sozinhos e andando”, cita o professor titular de Pneumologia, Dr. Elie Fiss.

De acordo com a fisioterapeuta Selma Denis Squassoni, a maioria dos pacientes atendidos no setor apresenta muito cansaço, fraqueza muscular, sedentarismo e falta de ar. “Com o trabalho contínuo de reabilitação percebemos melhora de até 30% da força muscular, na qualidade de vida e independência. Os pacientes aprendem a respirar melhor, praticam exercícios e passam a desenvolver atividades diárias com mais disposição e facilidade”, garante a coordenadora da Reabilitação Pulmonar.

Os atendimentos na FMABC ocorrem de segunda a sexta-feira no período da manhã, em sessões de exercícios que duram uma hora. Os grupos frequentam o espaço duas ou três vezes por semana – segundo a necessidade – e têm atividades em bicicleta ergométrica, de alongamento e reeducação postural, para fortalecimento de membros superiores e inferiores, assim como palestras educativas.

Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário orienta no “Dia de Combate à Tuberculose”

Postado por Eduardo Nascimento em 10/abr/2015 -

Com a frase-tema “A informação pode ser a cura”, o Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário (CHSP) comemorou em 24 de março o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Com apoio do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, a equipe da unidade preparou breve texto sobre a doença, encaminhado via e-mail a todos os colaboradores. Além disso, durante as ações de conscientização também houve distribuição de cartilhas, fornecidas pela SUVIS Santana – Supervisão de Vigilância em Saúde.

Diversos pôsteres baseados na campanha do Ministério da Saúde “Tuberculose não se combate com sorte, mas com atitude” foram fixados em pontos estratégicos do hospital, como nas alas de internação, beneficiando tanto colaboradores quanto pacientes.

PREOCUPAÇÃO NACIONAL

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 9 milhões de pessoas adoeceram em decorrência de tuberculose em 2013 e cerca de 1,5 milhão ainda morre todos os anos. No Brasil, a doença é considerada grave problema de saúde pública. De acordo com o Ministério da Saúde são aproximadamente 70 mil casos novos por ano e 4,6 mil mortes. O país ocupa o 17º lugar entre as 22 nações responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis – ou bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outros órgãos como ossos, rins e meninges. A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma. Em geral, a maioria dos infectados apresenta tosse seca contínua no início da doença, posteriormente com presença de secreção ou sangue. Os pacientes também apresentam cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e desânimo.

A transmissão ocorre de forma direta, de pessoa para pessoa. O doente pode expelir o agente infeccioso em pequenas gotas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo e outros fatores que diminuam a resistência do organismo favorecem o estabelecimento da doença.

A doença tem cura e o tratamento é gratuito via Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia é à base de combinação de medicamentos e geralmente tem 100% de eficácia quando realizada até o final. Em geral são seis meses de tratamento até a cura.

Além disso, existe a vacina BCG contra a doença, que protege contra as formas graves da tuberculose e deve ser tomada logo após o nascimento, na própria maternidade, em apenas uma dose.

Oncologia Pediátrica da FMABC organiza festa de Páscoa para crianças em tratamento

Postado por Eduardo Nascimento em 02/abr/2015 -

A equipe multiprofissional do Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC e voluntários das ONGs Big Riso, Instituto MAPAA e AVCC – Associação de Voluntárias para o Combate ao Câncer do ABC organizaram em 31 de março festa de Páscoa para crianças em tratamento no local. Dezenas de pacientes e familiares participaram da confraternização, que contou com apresentação musical dos alunos de 4º ano de Terapia Ocupacional da FMABC, Karina Duarte e Weinnye Gaspareti – ambos estagiários na Oncopediatria.

Neste ano, a festa teve a participação de 10 alunos do Colégio Piaget, de São Bernardo. Os estudantes doaram à FMABC 180 ovos de Páscoa arrecadados em uma das campanhas do programa anual “Ética e cidadania além dos muros da escola”, que favorece diversas entidades beneficentes. Ao todo os jovens angariaram quase 350 ovos de chocolate na ação deste ano, além de 200 litros de leite. Acompanharam a entrega a coordenadora do Ensino Fundamental I, Varluce Manfrinato, a coordenadora do Fundamental II e do Ensino Médio, Valéria Ferreira, e a assistente de direção, Lilian Cavalaro, além da diretora do Colégio Piaget e voluntária da AVCC, Valdinéia Cavalaro.

O ponto alto da festa para as crianças da Oncologia Pediátrica foi a chegada do coelho da Páscoa, que interagiu com cada um dos pacientes e entregou os ovos de chocolate. Outro destaque foi a presença de cães-terapeutas no ambulatório, que integram projeto de Pet Terapia desenvolvido no local.

Referência nacional e voluntariado

Considerado referência nacional para tratamento de câncer infanto-juvenil, o Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC tem atualmente cerca de 20 crianças em quimioterapia e realiza média de 200 consultas mensais. Os serviços são 100% gratuitos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Além da equipe multiprofissional, o local conta com apoio de diversos grupos voluntários, entre os quais a ONG Sorrir É Viver, Big Riso, ONG Instituto MAPAA – Meio Ambiente e Proteção Animal (responsável pelo projeto de Pet Terapia ‘Cão Amigo’), Fundo de Assistência à Criança (FAC), Liga Acadêmica de Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente (LAESCA), Projeto Felicidade, Make a Wish, Instituto Força Gui e Associação de Voluntárias para o Combate ao Câncer do ABC, cujas voluntárias auxiliam na humanização do ambiente terapêutico, apoio às famílias e suporte social com entrega de cestas básicas, medicações, próteses e perucas, entre outros itens.

Elevado índice de cura

Pesquisas apontam que o câncer infantil atinge uma em cada 600 crianças. As leucemias são as mais frequentes, representando aproximadamente 1/3 dos casos. Tumores cerebrais correspondem a cerca de 20% dos casos, enquanto linfomas detêm 15%. A boa notícia é que, diferente do público adulto, a taxa de cura em crianças chega a 70%. Os tratamentos têm duração média de 1 ano e o acompanhamento é por toda a vida.

As terapias são individualizadas e variam de criança para criança. De forma geral, tumores sólidos são tratados com cirurgia, seguida de quimioterapia ou radioterapia. Já a abordagem em linfomas e leucemias é com quimioterapia e, em último caso, com transplante. “Independentemente do caso, o diagnóstico precoce é fundamental. Quanto mais cedo identificado o problema, mais leve será a terapia e maior a taxa de cura. As medidas adotadas em casos avançados geralmente são mais agressivas, com medicações mais fortes e em doses maiores, aumentando os efeitos colaterais”, alerta o médico responsável pela Oncologia Pediátrica da FMABC, Dr. Jairo Cartum, que aconselha: “O mais importante é que os pais levem seus filhos periodicamente ao pediatra para consultas de rotina. Esse profissional está apto a identificar possíveis sinais de câncer e a encaminhar para um serviço especializado em oncologia infantil”.

Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário implantará Comissão de Bioética

Postado por Eduardo Nascimento em 02/abr/2015 -

O Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário (CHSP) está prestes a implantar sua Comissão de Bioética – grupo multiprofissional que se reúne periodicamente para discussão de temas delicados e que requerem conhecimento específico para melhor abordagem. Atualmente os trabalhos estão focados no treinamento e capacitação dos futuros membros. Esta será a quinta comissão do gênero dentro das unidades administradas pela Fundação do ABC – organização responsável pela gestão do CHSP desde novembro de 2014.

A Bioética é a área do conhecimento voltada à reflexão e discussão de valores relacionados à vida e à saúde humana. A fim de debater o tema em diversas frentes, muitos hospitais e centros de saúde mantêm comissões de bioética, que se reúnem para discussões sobre questões éticas relacionadas à vida e à morte, como em casos de recém-nascidos com malformações incompatíveis com a vida, bebês sem prognóstico, pacientes que, por princípios religiosos, não autorizam transfusões de sangue e derivados, pacientes com doenças terminais, aplicação de cuidados paliativos e doação de órgãos, assim como a respeito do comportamento das equipes de atendimento frente aos familiares. No ambiente da bioética também são tratadas questões como fertilização in vitro, aborto, clonagem, eutanásia e transgênicos.

O primeiro encontro no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário ocorreu em 19 de fevereiro com participação de cerca de 25 funcionários e visita técnica à unidade. No dia 26 do mesmo mês houve reunião com membros da Diretoria. O próximo compromisso está agendado para 7 de abril, quando será discutido o regulamento interno da comissão e ministrada palestra com noções sobre “Ortotanásia, eutanásia, distanásia e mistanásia”.

“Temos discutido com médicos, equipes de enfermagem, psicologia e demais profissionais da unidade a importância do cuidado e da sensibilidade ao comunicar casos graves, por exemplo, ou mesmo óbitos de pacientes. Os funcionários devem estar preparados para situações como essas, sabendo abordar o assunto de maneira correta com os familiares, com sensibilidade, apoiando e minimizando o impacto da notícia”, explica o consultor em Humanização e Bioética da Fundação do ABC, Dr. Drauzio Viegas.

Além da Comissão de Bioética no CHSP, a Fundação do ABC também desenvolve o trabalho no Complexo Hospitalar Municipal de São Bernardo, Hospital da Mulher de Santo André, Hospital Estadual Mário Covas e o Complexo Hospitalar de São Caetano. A partir deste 2015, a consultoria em Humanização e Bioética passa a operar em parceria com a recém-criada Diretoria Executiva de Qualidade, com planos de implantação das ações em todas as unidades gerenciadas pela FUABC.

Novo setor para eletivas de curta permanência agiliza atendimento no “Irmã Dulce”

Postado por Eduardo Nascimento em 02/abr/2015 -

Pacientes agendados pelo Ambulatório de Especialidades Cirúrgicas do Hospital Municipal Irmã Dulce para procedimentos cirúrgicos e cirurgias eletivas (não emergenciais) por períodos curtos de internação contam com setor especialmente adaptado para recebê-los, ao lado do Centro Cirúrgico do hospital, no terceiro andar. O objetivo da nova ala, que passou a funcionar no final de outubro do ano passado, foi aprimorar o atendimento. Em cerca de cinco meses de funcionamento, os resultados positivos são sentidos.

A enfermeira coordenadora do Centro Cirúrgico e supervisora do serviço, Elizabeth Beatriz Passio Machado, explica que a nova estrutura oferece mais comodidade e conforto aos pacientes. Também favorece a agilidade e melhor logística na organização do fluxo de eletivas, previamente agendadas pelo Ambulatório de Especialidades Cirúrgicas, que integra a estrutura do Irmã Dulce, após encaminhamento pela rede. Tendo sido atendidos pelas equipes médicas neste ambulatório e após fazer os exames pré-operatórios, os pacientes têm marcada a data do procedimento ou cirurgia no Centro Cirúrgico. Elizabeth observa que adiamentos são raros e que, quando ocorrem, geralmente são motivados por fatores relacionados à saúde, não por falta de vagas. “Ocorre, por exemplo, quando o paciente não apresenta condições clínicas favoráveis de passar pela cirurgia”, explica.

A estrutura envolve seis poltronas nos moldes de hospital-dia e 10 leitos de curta permanência. Em ambiente climatizado e com televisão, a área que funciona como hospital-dia é voltada para pacientes que internam para procedimento cirúrgico e recebem alta no mesmo dia, algumas horas depois. São casos geralmente atendidos nas áreas de plástica e bucomaxilo ou procedimentos de traumatologia, como retirada de fixadores. Já os leitos de curta permanência, também climatizados, são para pacientes que necessitam de internação por 24 horas ou um pouco mais, utilizados por diferentes especialidades, como Ginecologia, Cirurgia Geral, Vascular e Urologia. A estrutura é composta por posto de enfermagem e sanitários, contando com equipe de enfermagem e visitas diárias dos médicos, que acompanham e dão alta aos pacientes. “Ficou muito melhor”, relata a enfermeira.

O paciente comparece com um acompanhante, que recebe seus pertences e retorna para busca-lo após a alta médica. “Teve paciente que me perguntou se o atendimento era particular”, destaca.

AMBULATÓRIO

Inaugurado em janeiro de 2012, o Ambulatório de Especialidades Cirúrgicas do “Irmã Dulce” possui recepção e consultórios médicos para atender pacientes da rede municipal com encaminhamento para cirurgia por meio das unidades de especialidades. Também por encaminhamento, atende pacientes de outros municípios de acordo com a regulação do Estado, que contratualizou leitos no hospital para a demanda regional.

No ambulatório, as guias são preenchidas, os pacientes são avaliados e os exames pré-operatórios são solicitados. Depois disso, afastadas quaisquer contraindicações, eles são informados das datas agendadas para a realização de procedimento ou cirurgia. Após as cirurgias eles têm retorno de pós-operatório para avaliação médica antes de voltar às unidades de origem.

UTI com janelas e acompanhante 24 horas são práticas inovadoras do HC-SBC

Postado por Eduardo Nascimento em 02/abr/2015 -

Um espaço destinado a cuidados intensivos de pacientes críticos, geralmente associado ao isolamento, vem ganhando novas perspectivas há pouco mais de um ano, com a inauguração do Hospital de Clínicas Municipal José de Alencar (HC) em São Bernardo do Campo. No hospital, a estrutura física que privilegia o acolhimento e o cuidado humanizado permite que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) atenda de maneira diferenciada.

Com espaços generosos, as unidades possuem janelas, o que diminui a sensação de confinamento, e também contam com divisórias, garantindo privacidade. Além disso, todos os internados podem ser acompanhados por uma pessoa de sua preferência durante 24 horas. Há, inclusive, sala de estar exclusiva para os acompanhantes, com sofás, vestiários e televisão.

Outro destaque é o fato de o paciente ser atendido, já na UTI, por equipe multiprofissional formada por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e assistente social, que irá analisar todos os aspectos que podem influenciar em sua recuperação.

O diretor técnico do HC Roberto Álvaro Ramos avalia que o conjunto de práticas inovadoras é responsável por abreviar o tempo de permanência do usuário na unidade. Ele considera fundamental a presença constante da família. “É importante para aceitação da doença e para que o familiar comece a se apropriar dos cuidados com o paciente. Muitas vezes ele vai para casa e lá precisará de atenção especial. Na UTI, a equipe começa a ensinar como lidar com as situações que irão enfrentar depois da alta. Outro aspecto importante é que a família também participa das decisões clínicas”.

A dona de casa Marina Ramos Seminara, 68 anos, conta ter ficado surpresa ao saber que poderia ser acompanhada durante os seis dias em que ficou internada na UTI do HC. “Achei que teria de ficar sozinha. Estar doente deixa a gente triste demais, e ter companhia ajudou muito na minha recuperação. Meus filhos e marido se revezavam. Quando vi, já estava bem melhor”, comenta a moradora do Baeta Neves.

Dona Marina ainda elogiou a atenção que recebeu dos médicos, enfermeiros e da equipe multiprofissional. “Fui tratada como se me conhecessem há anos. São muito humanos. Saí de lá com orgulho de ter um hospital assim na minha cidade”.

Gerente de enfermagem do HC, Adriano Rodrigues de Sousa afirma que a humanização do atendimento está no DNA do hospital. “Já começamos a trabalhar com essa perspectiva. Nossa meta diária é que todos saiam daqui plenamente satisfeitos com a atenção recebida. Nossos trabalhadores têm empatia e compromisso, são capazes de se colocar no lugar do outro. Cuidamos como gostaríamos de ser cuidados, e os usuários e os familiares percebem esse diferencial”, comenta.