Postado por Eduardo Nascimento em 29/abr/2016 -
O projeto Brinquedos do Bem, que recupera brinquedos para doação a crianças enfermas, contemplou em 6 de abril pacientes internados na Pediatria do Hospital Municipal Irmã Dulce de Praia Grande. Iniciativa de voluntárias santistas, o trabalho consiste em reciclar itens descartados no lixo ou mesmo produtos doados, que passam por rigorosa higienização e ganham aspecto de novo. Pelo menos 40 unidades restauradas foram entregues na Brinquedoteca do ‘Irmã Dulce’.
Idealizado pela dona de casa Mara Regina Moraes da Silva, que atua como voluntária no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos, o projeto começou em julho de 2014 com a coleta de três bonecas de uma lixeira, que foram recuperadas, embaladas em papel de presente e entregues para crianças do HGA.

Grupo entregou 40 unidades restauradas na Brinquedoteca do Hospital Municipal
A partir daí a reciclagem de brinquedos ganhou reforços, como o da advogada Vera Lucia Soutosa Fiuza, que assim como outras sete pessoas, participa com limpeza, confecção de roupas e restauração de peças danificadas de centenas de brinquedos. “Na minha casa, uso o quarto que era da empregada para guardar e separar os brinquedos para doação. Na casa da Mara, vários cômodos são ocupados pelos brinquedos e a família toda se envolve nisso”, disse.
Além de beneficiar crianças internadas no HGA e no ‘Irmã Dulce’, a atividade voluntária atua na Santa Casa de Santos e pretende também incluir o Hospital Santo Amaro, no Guarujá, na lista de visitas, que atualmente são quinzenais.
Na próxima visita ao Hospital Municipal, além de doar brinquedos reciclados, a equipe deve recolher peças doadas pela empresa Ri Happy, que contribui com a instituição local com produtos novos ou com pequenos defeitos.
Para colaborar com o projeto Brinquedos do Bem, basta visitar a página no Facebook para mais informações.
Postado por Fernando Valini em 20/abr/2016 -

Gestores da FUABC e do Governo do Estado na entrega das obras do Hospital e Maternidade Interlagos
As obras de adequação e modernização das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Obstétrica e Neonatal e demais alas do Hospital e Maternidade Interlagos, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram entregues pelo governador Geraldo Alckmin em 31 de março. Na mesma data, a Fundação do ABC passou a responder por equipe multidisciplinar da unidade, cuja missão é promover assistência de qualidade, com humanização do atendimento.
“Foi feito um grande trabalho, primeiro de modernização, reforma, equipamentos e serviços mais humanizados. Foram contratados 50 médicos, 30 obstetras e 20 intensivistas através da Fundação do ABC. É um trabalho muito bonito, parto humanizado, UTI Neonatal para crianças, referência para gravidez de alto risco e 400 partos por mês, ou seja, mais de 13 partos por dia”, disse Geraldo Alckmin.
Com isso, a oferta de partos dobrará na unidade, passando de 200 para cerca de 400 procedimentos por mês. As intervenções realizadas também tiveram como objetivo melhorar as condições de permanência dos familiares, que terão mais conforto para acompanhar mamães e recém-nascidos, e readequar espaços para aprimorar o desempenho dos funcionários.
O investimento total é de R$ 10,5 milhões para a readequação e modernização de setores, como do pronto-socorro, enfermarias, Central de Material Esterilizado (CME), pré-parto, conforto médico e UTIs Obstétrica e Neonatal. Além disso, foi efetivada a contratação de mais profissionais de saúde para operacionalizar e gerenciar parte dos novos leitos.
A equipe multidisciplinar, contratada por meio de convênio com a Fundação do ABC inclui médicos ginecologistas/obstetras e neonatologistas. Com vigência de 10 meses, o convênio poderá ser prorrogado, se necessário, e já prevê a ampliação gradativa no funcionamento dos leitos das UTIs Obstétrica e Neonatal.
“Esse investimento do governo paulista foi essencial para modernizar e aprimorar as condições técnicas de diversos setores da maternidade, visando à melhoria da qualidade na assistência e a oferta de mais partos para as gestantes da região encaminhadas à unidade”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Dr. David Uip.
Com área total de 3 mil metros quadrados, o Hospital e Maternidade Interlagos integra serviços assistenciais instaladas em duas edificações, que incluem a unidade hospitalar e o prédio anexo, onde estão a farmácia e o ambulatório.
Postado por Fernando Valini em 20/abr/2016 -

Pelo quarto ano consecutivo, FUABC manteve estande no COSEMS/SP,
evento que neste 2016 ocorreu no Palácio do Anhembi, na Capital
Pelo quarto ano consecutivo, a Fundação do ABC marcou presença no congresso do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, o COSEMS/SP. Com o tema central “SUS e o direito à Saúde: política pública com qualidade e sustentabilidade”, o evento chegou à 30ª edição neste 2016, realizado de 13 a 15 de abril no Palácio do Anhembi, na Capital paulista.
Ao todo foram 11 cursos, uma oficina de comunicação, duas grandes conversas, café com ideias, rodas de conversas e a XIII Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios, que contou com 538 trabalhos inscritos e celebrou o VI Prêmio David Capistrano. Durante os três dias de atividades, o 30º Congresso do COSEMS/SP reuniu mais de 1.600 participantes, de 469 municípios do Estado de São Paulo. Ao todo, 229 secretários municipais de Saúde desfrutaram de intensos debates e reflexões acerca dos rumos da saúde pública nacional. “Em um momento político delicado, conseguimos excelente público. Convidados gabaritados analisaram importantes aspectos da gestão, o que qualifica o debate. A grande participação de secretários e técnicos de Saúde, de vários municípios, mostra a força de mobilização do COSEMS/SP”, avaliou Stênio Miranda, presidente do COSEMS/SP.
A exemplo das três últimas edições do congresso, em São Bernardo do Campo, Ubatuba e em Campos do Jordão, a FUABC contou com estande durante todo o evento para receber os secretários de saúde e demais dirigentes que atuam no segmento. Profissionais capacitados estiveram à disposição para atender aos congressistas e distribuir materiais informativos sobre a Fundação do ABC, com intuito de divulgar o trabalho desenvolvido ao longo de quase 50 anos, com foco na qualificação da assistência, modernização dos processos de gestão, transparência administrativa, humanização do atendimento e satisfação dos usuários.
ASSEMBLEIA GERAL
Na manhã do dia 15, Assembleia Geral reuniu mais de 70 secretários municipais de Saúde, que acompanharam e aprovaram a prestação de contas do Conselho, autorizada pelo Conselho Fiscal do COSEMS/SP. Também foram realizadas pequenas mudanças no Estatuto e produzida a Carta de São Paulo, documento que norteará as ações dos secretários para 2016 e 2017.
Postado por Fernando Valini em 20/abr/2016 -

Programa Fila Zero segue como exemplo para a saúde pública do Brasil
Lançado em maio de 2015 com o objetivo de zerar a espera por consultas com médicos especialistas, o Programa Fila Zero de São Caetano do Sul segue como exemplo para a saúde pública do Brasil. Na edição mais recente, em 16 de abril, o 11º Mutirão da Saúde teve lugar no Hospital São Caetano e bateu recorde de atendimentos em um único evento. Foram 4.000 pacientes. Somados todos os mutirões mensais da Prefeitura, o Fila Zero totaliza cerca de 30.000 atendimentos.
Mais uma vez presente, o prefeito Paulo Pinheiro ressaltou que os serviços estão cada vez mais ágeis e eficientes. “Seguimos como referência nacional com consultas e exames sem a necessidade de agendamento. Com a crise econômica, muitas pessoas têm cancelado os seus convênios particulares. Posso afirmar que a qualidade e velocidade da nossa Rede Municipal de Saúde é melhor. Estamos preparados para absorver toda a demanda da cidade, que cresceu nos últimos anos com a verticalização desenfreada”.
O novo secretário municipal de Saúde, Dr. Silvio Luiz Martinez, observou que o mutirão novamente foi sucesso de público e de avaliação. “É uma medida eficaz no atendimento às demandas da população. É um ótimo modelo de como se faz boa gestão na Saúde de São Caetano”, garantiu.
Antônio Figueiredo, morador do Bairro Santa Paula, aproveitou a oportunidade para fazer raio-x. “O atendimento foi rápido e muito bom. Vim fazer alguns exames que estava precisando e já saí daqui com a marcação para o médico e tudo mais. A Prefeitura está de parabéns”, elogiou. Já Marisa Torres, do Bairro Santo Antônio, passou pela Geriatria. “Achei tudo excelente. O atendimento, orientações e encaminhamentos necessários e de forma rápida. Gostei muito da atenção que o médico deu, explicando bem e tirando minhas dúvidas”.
BALANÇO
Atuaram 50 médicos em 24 especialidades. Os atendimentos espontâneos abrangeram Cardiologia, Clínica Médica, Dermatologia, Fisioterapia, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia, Infectologia (Teste Rápido de HIV), Odontologia (Unidade Móvel), Oftalmologia (Unidade Móvel), Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pequenas Cirurgias/Procedimentos, Psiquiatria, Urologia e Vascular. Já os agendados pela Central de Agendamento e Regulação da Saúde foram nas áreas de Avaliação Pré-Anestésica (Anestesistas), Cardiologia Pré-Operatória, Endocrinologia, Fonoaudiologia, Hematologia, Nefrologia, Neurologia, Raio-X, Reumatologia e Ultrassom.
Especialistas, auxiliares e técnicos de enfermagem reforçaram a ação global da Secretaria de Saúde. Foram oferecidas aferições de pressão arterial e glicemia, além de ambulâncias para o deslocamento de pacientes. A Ouvidoria da Saúde atendeu reclamações, críticas e sugestões dos moradores.
Postado por Fernando Valini em 20/abr/2016 -

Campanha interna promoveu imunização em massa de trabalhadores e terceirizados
O Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá vacinou, entre os dias 7 e 12 de abril, 773 funcionários contra o vírus da gripe – o influenza – durante campanha promovida a todos os trabalhadores, inclusive terceirizados. A ação foi coordenada pelo setor de Medicina do Trabalho em parceria com o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVE). O montante corresponde a 84% do quadro total de funcionários da unidade. No ano passado, foram imunizados 383 trabalhadores.
A alta adesão expressa a preocupação do hospital e de seu quadro de colaboradores com os cuidados com a própria saúde e, consequentemente, dos pacientes assistidos pelas equipes. Os trabalhadores foram imunizados com a vacina trivalente 2016, que protege contra os vírus A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B.
Para estimular a participação interna, as áreas flexibilizaram e ampliaram os horários de vacinação para os plantões diurno, noturno e também disponibilizaram novos horários para trabalhadores de folga ou de férias. Considerando que a imunização não é obrigatória, a campanha foi considerada um sucesso. “A ação teve importância significativa este ano e a adesão foi muito maior do que a dos anos anteriores. As medidas de prevenção são tão importantes quanto a vacina, por isso também divulgamos diversas orientações sobre ações preventivas como forma de proteger nossos trabalhadores”, comenta a enfermeira do Trabalho, Simone Bastos.
Este ano, devido ao aumento dos casos no Estado de São Paulo, o Ministério da Saúde liberou de forma antecipada as doses para aplicação nos grupos considerados de risco, como profissionais de saúde, gestantes, idosos, portadores de doenças crônicas e crianças de seis meses até 5 anos. Ao todo, 39 municípios da Região Metropolitana tiveram as vacinações antecipadas. A estratégia tem como objetivo minimizar a ocorrência da doença, internações e óbitos relacionados ao vírus influenza, especialmente entre os grupos que apresentam maior risco de evoluir com complicações.
VACINAÇÃO NA REDE
Na rede de Saúde de Mauá, a vacinação da população começou em 4 de abril para os trabalhadores da saúde da rede pública e privada. Dia 11 teve início a imunização para crianças de seis meses até cinco anos, pessoas com mais de 60 anos e gestantes. De 18 a 22, a campanha foca puérperas (mulheres no período de até 45 dias após o parto), pessoas com comorbidades (com duas ou mais patologias associadas, como diabetes e hipertensão, por exemplo), além de indígenas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens de 12 a 21 anos submetidos à aplicação de medidas socioeducativas. Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é capaz de reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações do vírus influenza.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/abr/2016 -
* por Dr. Munir Akar Ayub
Neste 2016, o Brasil enfrenta um novo surto de gripe A/H1N1 – também conhecida como gripe suína. Apesar de estarmos no mês de abril, ainda no outono, a quantidade de casos de A/H1N1 no Estado de São Paulo e as mortes relacionadas ao vírus já se equivalem aos registros de todo o ano de 2015. Por essa razão, os cuidados preventivos precisam ser redobrados e a população deve se vacinar!

Dr. Munir Akar Ayub, professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC
Existe apenas um tipo de vírus da gripe, o influenza, que é muito instável. Dessa forma, mutações e recombinações ocorrem com frequência, dando origem a vários subtipos circulando em um mesmo momento. O que acontece é que, de tempos em tempos, ocorre uma mutação importante no vírus da gripe. Como a população não tem anticorpos contra esse novo subtipo em circulação, doenças mais graves podem ocorrer, como foram os casos da gripe espanhola, asiática e nos últimos anos, da gripe A/H1N1.
Os sintomas da gripe suína são muito semelhantes aos da gripe comum: febre alta, dores de cabeça, muscular, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e falta de apetite. A preocupação maior se dá quando esses sintomas persistem e se intensificam, caracterizando a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A transmissão do vírus A/H1N1 ocorre, principalmente, de forma direta, ou seja, de pessoa para pessoa. O doente pode transmitir o vírus ao falar, espirrar ou tossir, por exemplo. Também pode haver contágio de forma indireta, ao tocar em superfícies contaminadas por secreções e depois levar a mão à boca, nariz ou olhos.
É importante que todas as pessoas tomem a vacina da gripe, em especial aqueles que estão nos grupos mais suscetíveis, como as gestantes, idosos e crianças. Principalmente nesses casos, quando houver suspeita, recomenda-se procurar um médico para a avaliação correta e o tratamento adequado.
Trata-se de mito acreditar que logo após a vacinação o paciente terá gripe, pois a vacina não é feita de vírus – portanto, não tem capacidade de produzir doença. Na verdade, a proteção da vacina começa somente 2 semanas após a aplicação, enquanto o período de incubação da gripe é de 3 a 5 dias. Dessa forma, o que pode ocorrer é que quando o paciente vai se vacinar ele já está gripado, porém, ainda sem apresentar os sintomas.
Além da vacinação, é importante destacar algumas medidas preventivas. Entre as mais importantes, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo recomendam lavar as mãos com frequência, principalmente antes de consumir algum alimento, cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar pessoas que apresentam sinais de gripe, assim como locais com grandes aglomerações, além de utilizar álcool gel nas mãos.
* Dr. Munir Akar Ayub, professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/abr/2016 -
Caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, entidade filantrópica de assistência social, saúde e educação, a Fundação do ABC completou 6 meses de trabalho à frente das unidades da Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde (STS) São Mateus, na Zona Leste da Capital paulista, com resultados expressivos no período. Graças à parceria inédita, foi possível contabilizar aumento de 36% no número de consultas médicas entre novembro e fevereiro, assim como o acréscimo de 180% nos exames de imagem.
“Quando iniciamos os trabalhos, realizávamos média de 7 mil consultas mensais em duas AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) sob gestão da fundação. Em fevereiro deste ano,

Reuniões periódicas entre os apoiadores do território otimizam ações na região
contabilizamos mais de 23 mil em cinco AMAs administradas”, calcula a gerente da Fundação do ABC para o contrato São Mateus, Darlice da Mota Soares, que acrescenta: “Em relação aos exames de diagnóstico, realizamos 2.500 procedimentos em dezembro e 7.000 em fevereiro deste ano – um aumento de 180%. Além disso, desde março iniciamos os exames de ultrassom obstétrico e morfológico, que são inéditos na região”.
Com foco na Atenção Básica, o contrato da FUABC com a Prefeitura de São Paulo tem vigência de 5 anos e contempla 35 serviços em 19 endereços – algumas funcionam de forma conjugada. São 5 unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs), 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 5 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), 3 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMADs), 1 AMA-Especialidades e 2 Serviços de Apoio de Diagnóstico e Terapia (SADTs), além do Núcleo Integrado de Reabilitação (NIR) Jardim Tietê I, do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) São Mateus (instalado no AMA-E) e do Pronto Atendimento São Mateus.
Desde o início da parceria, em setembro de 2015, Fundação do ABC e Prefeitura de São Paulo têm procurado avançar nos modelos de atenção e de gestão no território, em busca da maior integração entre as unidades de saúde de São Mateus, com objetivo de otimizar recursos e melhorar a assistência em benefício de toda a população da região.

Diretoria da FUABC e gestores responsáveis pelo contrato São Mateus
“Construímos um novo modelo de trabalho, com readequação das áreas administrativas e reestruturação de toda a assistência. Uma das grandes conquistas nesse período é a integração entre AMAs e UBSs, conforme projeto da Secretaria de Saúde de São Paulo. Quando assumimos, essas unidades, apesar de conjugadas, trabalhavam de maneira independente. Hoje a integração é realidade, o que permite aproveitar melhor os recursos disponíveis e ampliar algumas áreas de atendimento”, comemora a gerente Darlice da Mota Soares, que explica: “Com a integração, pacientes das UBSs ganharam mais um dia na semana para alguns tipos de atendimento, pois as AMAs funcionam aos sábados. Papanicolau, vacinação e atendimento odontológico são alguns dos serviços já disponíveis”.
MUITO ALÉM DE NÚMEROS
Apesar dos resultados favoráveis e das metas alcançadas, a parceria FUABC-Prefeitura de São Paulo tem conquistado muito mais do que números positivos. Os funcionários das unidades estão sensibilizados para a necessidade de trabalhar em sintonia com a população e têm desenvolvido ações de orientação e campanhas preventivas extremamente importantes.
“Quando assinamos contrato com a Prefeitura, uma das metas era a atualização das carteiras de vacinação de 90% das crianças menores de um ano. Mobilizamos todas as unidades e conseguimos alcançar o objetivo, contando com o apoio importante dos agentes comunitários de saúde (ACSs)”, revela Darlice Soares. Entretanto, algumas das unidades não contam com ACSs, como é o caso da UBS Jardim Santo André. “Foi um esforço enorme da equipe do Jardim Santo André frente ao desafio. Das 688 crianças registradas na unidade, 131 estavam com a vacinação em atraso. Em uma semana, a equipe de enfermagem e todos os funcionários se mobilizaram e conseguiram vacinar todos os faltosos. Ficamos realmente impressionados com a capacidade dos profissionais em superar os desafios e buscar alternativas frente às adversidades do dia a dia”, considera a gerente da FUABC.
Outra ação de destaque foram campanhas de orientação contra a dengue nas UBSs e também em visitas domiciliares, com eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Mesmo com muitas mudanças ocorridas no território, as unidades conseguiram manter em funcionamento projetos de humanização existentes, com apoio da FUABC. Na UBS Jardim da Conquista II, por exemplo, o destaque é o projeto de humanização que oferece banho de ofurô para recém-nascidos. A técnica acalma o bebê, promove relaxamento e estimula o vínculo da criança com a mãe. Nessa mesma linha, a UBS Parque Boa Esperança organiza grupos de aleitamento materno com as mães, com encontros na área verde da unidade.
Todo esse trabalho conta com suporte de um grupo de colaboradores diferenciados, conhecidos como apoiadores. “São profissionais experientes em gestão e saúde, que em parceria com a Supervisão de Saúde de São Mateus, acompanham o trabalho dos gestores dos serviços, aproximando a gestão da realidade vivenciada no território. Reuniões semanais com a Supervisão de Saúde e com a Gestão na FUABC permitem que eles troquem experiências e discutam alternativas criativas para os problemas”, revela Darlice Soares, que finaliza: “Espírito de equipe e muita coragem completam o perfil dos profissionais que fazem a gestão dos serviços, garantindo que a população do território tenha acesso, cada vez mais, a um atendimento humanizado e de qualidade”.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/abr/2016 -
A Diretoria Executiva de Recursos Humanos da Fundação do ABC, por meio do Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI), deu início em março à “Pesquisa de Clima Organizacional” nas unidades de saúde gerenciadas. Trata-se de ferramenta de gestão, que possibilita visualizar pontos positivos e setores que precisam ser desenvolvidos ou aprimorados, permitindo traçar planos de ação específicos de acordo com as demandas observadas. O projeto piloto foi aplicado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mogi das Cruzes e contou com participação de 76 funcionários de diversos cargos e turnos. Em abril, o trabalho está sendo realizado no Hospital Estadual de Francisco Morato e, conforme cronograma, as próximas unidades da FUABC beneficiadas serão a UPA Central de Santos e Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário.
“A pesquisa de clima organizacional permite que vejamos a unidade sob o olhar dos colaboradores e de maneira mais ampla. A partir desse cenário, podemos propor melhorias, treinamentos e capacitações em áreas específicas”, considera a diretora executiva de Recursos Humanos da Fundação do ABC, Caroline Saint Aubin, que explica os detalhes da aplicação: “Desenvolvemos todos os processos de pesquisa em plataforma digital, que facilita o preenchimento do questionário e torna o processo mais rápido. A equipe de RH vai até a unidade mantida e leva notebooks com o sistema da pesquisa de clima instalado. Os funcionários são chamados em uma sala reservada e preenchem o questionário de forma anônima, o que confere credibilidade aos resultados”.

Em abril, trabalho está sendo realizado no Hospital Estadual de Francisco Morato
A pesquisa segue um modelo básico com 80 questões – 78 de múltipla escolha e duas perguntas abertas –, mas pode ser adaptada conforme particularidades de cada unidade de saúde. As perguntas são divididas em nove áreas de interesse: “Liderança e gestão de pessoas”, “Treinamento e desenvolvimento”, “Comunicação”, “Relações interpessoais”, “Ética e cidadania”, “Sistemas de remuneração”, “Condições de trabalho”, “Qualidade e produtividade” e “Imagem e adesão”.
Especificamente em Mogi das Cruzes, por exemplo, os questionários foram divididos segundo o cargo dos colaboradores: recepcionista e outros cargos administrativos, médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e assistente social. Entre os itens verificados estiveram o papel da chefia no estímulo ao trabalho em equipe, bem-estar dos funcionários, clareza na comunicação, relação interpessoal, realização de treinamentos e capacitações, clima e relacionamento no setor, remuneração, volume de trabalho, condições do ambiente e satisfação.
“Após o trabalho de campo, a equipe de RH retorna à Fundação do ABC e inicia a análise dos questionários. Os resultados obtidos são transformados em um relatório, que é entregue à Diretoria da unidade para discussão conjunta de planos de ação. Todo esse processo é apresentado posteriormente ao parceiro estratégico da unidade, que pode ser a secretaria de saúde do município ou o Governo do Estado, por exemplo”, acrescenta a diretora executiva de Recursos Humanos da Fundação do ABC, Caroline Saint Aubin.
MOGI DAS CRUZES
Segundo dados da pesquisa de clima organizacional da UPA de Mogi das Cruzes, 79% dos colaboradores confiam nas decisões tomadas pelos superiores imediatos e 78% reconhecem a capacidade profissional de suas chefias. Além disso, 89% dos funcionários afirmaram que existe relacionamento de cooperação entre os diversos departamentos da unidade, enquanto 89% consideram visível no trabalho o compromisso da instituição com a qualidade dos serviços e processos.
Entre os pontos que podem ser aprimorados, 71% dos entrevistados não se sentem informados sobre os planos futuros da instituição e 26% sentem falta de mais ações éticas voltadas à comunidade.
Além de análises quantitativa e qualitativa, o relatório final da pesquisa de clima organizacional da Fundação do ABC conta com um “termômetro de satisfação”, que na UPA de Mogi das Cruzes atingiu conceito “Bom”, com conceito de 7,2 em escala que vai de zero a 10.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/abr/2016 -
Coordenadora de Saúde Mental de São Caetano do Sul e professora colaboradora da disciplina de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dra. Flavia Ismael defendeu

Doutores Lucio Garcia Oliveira, Danilo Antonio Baltieri, Flavia Ismael, Cintia de Azevedo Marques Périco e Arthur Guerra de Andrade
neste ano a tese de doutorado “Aspectos dimensionais de personalidade, fissura e adesão ao tratamento ambulatorial entre dependentes de cocaína e crack”. O trabalho foi defendido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), sob orientação do Dr. Danilo Antonio Baltieri – professor de Psiquiatria e coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da FMABC. Integraram a banca examinadora os professores-doutores Arthur Guerra de Andrade, Cintia de Azevedo Marques Périco e Lucio Garcia Oliveira – todos docentes da Medicina ABC.
Entre os principais achados da tese estiveram: efeito significativo de traços de temperamento na intensidade da fissura; a característica de temperamento persistência tem impacto significativo na duração da fissura; o uso de cocaína (em suas diversas formas) piora a intensidade da fissura ao longo do tratamento; e os usuários duais (cocaína e crack) tiveram fissura mais intensa do que os usuários apenas de crack. “Também foram elaborados dois grupos, que se relacionam na adesão ao tratamento. Fatores como tempo maior de uso, história prévia de tratamento, antecedente familiar de transtorno por uso de substâncias, impulsividade e maior escolaridade, juntos, foram preditores para maior adesão ao tratamento”, explica Dra. Flavia Ismael.
Formada pela FAMEMA – Faculdade de Medicina de Marília (2004), Dra. Flavia Ismael cursou residência médica em Psiquiatria na Faculdade de Medicina do ABC (2005 – 2007) e, desde então, trabalha em parceria com a disciplina de Psiquiatria da instituição. Atuou por sete anos na Enfermaria do Hospital Estadual Mário Covas, montou e coordenou por quatro anos a equipe de Psiquiatria do Hospital de Emergências Albert Sabin, de São Caetano, e há dois anos coordena a Saúde Mental do município, além de ser professora colaboradora na graduação de Medicina da FMABC, ministrando aulas teóricas e práticas.
Postado por Eduardo Nascimento em 11/abr/2016 -
O Núcleo Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC (NEA-FMABC) organizou na noite de 19 de fevereiro a segunda edição do “CINENEA” – atividade cujo objetivo central é proporcionar encontros educativos e lúdicos, assim como a troca de informações e experiências dentro de temas diversos nas áreas de educação e saúde. O filme escolhido para a oportunidade foi “Como estrelas na terra”, cuja história aborda os temas dislexia, ansiedade, depressão, desatenção e agitação.

Na noite do CINENEA II, Vanessa Horta, Alessandra Caturani Wajnsztejn, Hee Kyung Oh, Carina Zanelli e Elizabeth Sanchez
Organizado pela coordenadora do núcleo, a psicóloga e neuropsicóloga Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, o CINENEA reuniu profissionais da área multidisciplinar, entre os quais neuropediatras, pediatras, professores, diretores e coordenadores de escolas, familiares de alunos com dificuldade de aprendizagem ou não, assim como crianças e adolescentes interessadas no tema. “Todos saborearam o filme de 161 minutos sem piscar os olhos. Sem dúvidas foi um encontro marcado por muita emoção e aprendizado”, considera Alessandra Wajnsztejn, que acrescenta: “Nossa intenção com o CINENEA é justamente conscientizar e trocar informações de qualidade com colegas de área e demais interessados nos temas deste segmento, evitando a propagação de conceitos inadequados. Queremos contribuir na divulgação, mostrar que as dificuldades escolares podem estar relacionadas aos transtornos de neurodesenvolvimento e que hoje temos avaliações e tratamentos extremamente eficazes para auxiliar essas crianças”.
RESPOSTA POSITIVA
Ao longo da semana que sucedeu a segunda edição do CINENEA, a equipe interdisciplinar da FMABC recebeu diversas mensagens elogiando a iniciativa, parabenizando o trabalho e até mesmo de pessoas que se identificaram – e se emocionaram – com a temática do filme. Confira alguns dos relatos dessa segunda edição.
“Até agora me emociono ao lembrar do filme e ao pensar que, infelizmente, ainda é a nossa dura realidade. Precisamos, enquanto profissionais de saúde, nos comprometer com nossos pacientes, incentivar as famílias para que não desistam dessa caminhada e estar lado a lado aos educadores. Obrigada, mais uma vez, à equipe do NEA pelo incentivo a preocupação com o outro” – Damaris Gaester Fakler, psicóloga e neuropsicóloga.
“Foi muito bom poder compartilhar de um momento tão especial. Foi uma experiência única, uma noite de grandes emoções e de muito aprendizado. A emoção tomou conta de todos. Ações como essa deveriam ser mais divulgadas, pois precisamos cada vez mais trocar experiências e compartilhar sentimentos. Parabéns a Alessandra Wajnsztejn, Dr. Rubens Wajnsztein e a toda a equipe, que nos proporcionaram momentos tão ricos. Com certeza estarei presente no próximo encontro!” – Rosana Vieira, diretora Administrativa do Colégio Singular Júnior.
“Tive o privilégio de assistir ao filme ‘Como estrelas na terra’, no CINENEA da Faculdade de Medicina do ABC, e não posso negar que chorei muito, assim como muitos que estiveram presentes. Foi um momento de grande aprendizado profissional, mas, sobretudo, de aprendizado humano. O filme mostra que só nos tornamos exímios profissionais quando experimentamos em nossa própria essência o momento do outro. Os temas filosóficos idealizados, “Liberté, Egalité e Fraternité”, infelizmente não fazem parte da prática social. Afinal, fomos criados para sermos vencedores, conforme mostra o filme. Mas, vencedores padronizados, ou seja, vencedores nas habilidades que a sociedade determinou como supremas. Porém, graças à iniciativa de alguns poucos anjos na terra, representados pelos professores, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, entre outros, a tão sonhada igualdade e liberdade, de fato, pode ocorrer. A professora Alessandra Wajnsztejn e o Dr. Rubens Wajnsztejn, com certeza, são anjos que fizeram e fazem a diferença na vida de muitas crianças e de muitos profissionais também. A noite do CINENEA foi prova disso” – Roseli Ameni, psicóloga e neuropsicóloga.
“Um dos filmes mais lindos que já vi. Uma releitura da realidade, que em pleno século XXI, com tantas informações, infelizmente ainda vivemos. Revivi minha infância e os papeis da minha vida como aluna, mãe e profissional. A dificuldade de aprendizagem não diagnosticada não pode levar uma criança a ter que experimentar o isolamento ou a dor de ajoelhar-se em grãos, como punição por algo que vai além de suas possibilidades. Vivi na pele essa experiência, por não ter sido uma criança que respondia adequadamente aos padrões esperados pela sociedade. Minha mãe, com toda sua humildade, sempre me incentivou, acreditou e me fez acreditar que eu era capaz. Não capaz de dar aos outros o que esperavam, mas de dar a mim mesma o que eu desejasse. Hoje, muitos anos depois, lamentavelmente ainda vejo esses absurdos refletidos em algumas de nossas crianças. Só tenho a agradecer à minha mãe, que por apostar em mim, me ensinou a olhar para as minhas filhas, a valorizar suas potencialidades e a acreditar, acima de tudo, que tudo é possível quando feito com amor e dedicação”, considera a terapeuta ocupacional Vanessa Gibelli, que acrescenta: “Como profissional, precisamos desenvolver cada vez mais a sensibilidade ao olhar nossas pequenas joias, que só precisam ser cuidadosamente lapidadas. Ninguém nos disse que seria fácil, mas certamente tudo é possível quando feito com dedicação, profissionalismo e respeito à singularidade de cada um. Lágrimas, sorrisos e esperança. Foi um lindo filme, que me fez reviver e ter a certeza de que sempre vale a pena. Parabéns à equipe do NEA por proporcionar momentos tão especiais. Com certeza estarei nos próximos encontros”.
“Assisti a primeira e a segunda edição e fiquei muito impressionado com o sofrimento que essas dificuldades causam na vida do aluno. O pai não acreditava na inteligência do filho, achava o menino preguiçoso e se afastou dele. Como é bom quando esses alunos têm professores que querem ajudar, dando provas mais compactas, avaliações orais e, principalmente, quando têm mãe e pai que acreditam no filho e o ajudam a treinar a leitura, a interpretação e a melhorar as dificuldades” – Victor Caturani Wajnsztejn, 12 anos de idade, estudante do Ensino Fundamental II.