Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2015 -
Sob gestão da Fundação do ABC desde o final de abril, o Hospital Municipal Central de Osasco Antonio Giglio acaba de implantar novo modelo de atendimento para casos de urgência e emergência. Trata-se do Protocolo de Manchester, sistema internacional usado para classificar os usuários de acordo com a gravidade do quadro clínico. Agora, quanto mais crítico o estado de saúde do paciente, mais rapidamente ele receberá assistência, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
O novo sistema de classificação de risco já está em funcionamento tanto no pronto-socorro adulto quanto no infantil. Considerada ação prioritária pela nova Diretoria do hospital, a medida visa garantir que pacientes em sofrimento intenso, com risco de morrer ou com quadro clínico agravado sejam atendidos primeiro. Além da otimização do serviço, a novidade aumenta a confiança do paciente em relação à assistência, pois garante o atendimento imediato aos casos graves, com parâmetros de atenção bem estabelecidos e maior segurança para as equipes de urgência e emergência.
“Os pacientes que chegam ao pronto-socorro passam por avaliação prévia com enfermeiros capacitados à aplicação do Protocolo de Manchester. Nesse momento é feita a classificação do risco, que é separada por cores e tem cinco níveis de intensidade”, explica o superintendente do Hospital Municipal Antonio Giglio-FUABC, Dr. Alessandro Neves.
Casos classificados com a cor vermelha são gravíssimos e o atendimento é imediato. Em seguida, a prioridade é dos muito urgentes, de cor laranja, que sinaliza pacientes graves, com risco significativo e que devem ser assistidos o mais rápido possível. O terceiro nível é o das situações urgentes, de gravidade moderada e sem risco imediato, seguido pelos pouco urgentes (verde), que têm condições de aguardar atendimento, assim como os não urgentes (azul), que também podem esperar ou procurar uma Unidade Básica de Saúde.
“É importante salientar que todos os casos que chegarem ao pronto-socorro continuarão a ser atendidos, independentemente da gravidade. Porém, com o Protocolo de Manchester, avançamos no sentido de organização das equipes assistenciais e na própria qualidade da assistência, ao identificarmos os casos mais complexos e que, de fato, precisam ter prioridade no atendimento”, acrescenta Dr. Alessandro Neves.
Hoje o Hospital Municipal Central de Osasco atende, em média, 700 pessoas diariamente. A partir de agora, a Fundação do ABC promoverá capacitações profissionais em diversas áreas da unidade, inclusive no PS, com treinamentos de novas equipes para o Protocolo de Manchester.
Sistema está presente em 19 países
O Protocolo de Manchester foi criado pelo médico Kevin Mackway-Jones, que trabalhava num hospital de urgências e emergências na cidade inglesa de mesmo nome. Após se debruçar sobre o perfil dos atendimentos e os índices de mortalidade de pacientes que davam entrada no serviço, ele entendeu que era preciso criar mecanismos de triagem.
Na Inglaterra e em todo o mundo, o fenômeno se repetia: as unidades 24 horas estavam superlotadas e se tornaram ineficientes. Já não cumpriam sua vocação, que era assistir situações imprevistas com risco de morte ou agravo à saúde. Com a ordem de chegada, era comum um usuário resfriado passar pelo médico antes de outro com dor torácica e chance de infarto. Daí a necessidade de reorganizar a fila e disciplinar a demanda.
O método foi implementado em 1997 no Manchester Royal Infirmary e desde então é adotado por unidades de saúde de 19 países, com destaque para Portugal, que tem o sistema em quase 100% de sua rede.
O protocolo se baseia em categorias de sinais e sintomas e possui 52 fluxogramas, selecionados a partir das queixas apresentadas pelos pacientes. Cada um deles contém uma série de discriminadores, que vão orientar as perguntas objetivas feitas pela equipe de enfermagem e que permitem a determinação de prioridades.
Os critérios são os mesmos em todo o mundo, de modo que um paciente grave seja identificado tanto no interior da Suécia quanto em Osasco, por exemplo. O livro que orienta a prática está na terceira edição. Um encontro anual é feito com representantes de diversas localidades para melhorar os fluxogramas e aumentar a exatidão da classificação de risco.
Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2015 -
O Hospital Municipal Universitário (HMU) dá mais um passo importante para promover o cuidado humanizado e incentivar o parto normal. Agora, a equipe de médicos e de enfermeiros segue protocolo pactuado com o Ministério da Saúde, com série de procedimentos e regras que devem ser cumpridos todas as vezes que uma parturiente dá entrada na unidade. O objetivo é valorizar o parto natural, diminuir o número de cesáreas, padronizar a assistência e garantir às mulheres o direito de participar ativamente do nascimento de seus filhos.
As medidas colocadas em prática incluem capacitação profissional, adequação de materiais e equipamentos, revisão das rotinas e melhorias na ambiência. Hoje, a maioria dos partos realizados no HMU, cerca de 60%, são normais; o índice está dentro da média nacional para partos na rede pública. A proporção só não é ainda maior porque o hospital atende 100% da demanda de partos de alto risco – que muitas vezes exigem intervenção cirúrgica para evitar o sofrimento fetal e garantir a saúde da mãe -, e encaminha 20% dos partos de baixo risco para hospital estadual. “As práticas da assistência humanizada já eram executadas. Nós unificamos essas ações e criamos uma espécie de manual. Agora todos os itens são empregados de maneira individualizada, atendendo a necessidade de cada usuária”, explica a gerente de Enfermagem do HMU, que participou da elaboração do documento.
O protocolo, baseado nas diretrizes da Rede Cegonha, começa a ser aplicado quando a mulher dá entrada no Pronto-Socorro Ginecológico Obstétrico do HMU. Ali, ela é encaminhada para a sala de classificação. Se constatado que a paciente é de baixo risco – ou seja, não apresenta intercorrências como hipertensão, diabetes ou rompimento da bolsa gestacional antes da 37ª semana – o parto será conduzido pela enfermeira obstetra e acompanhado pela equipe médica.
“Nossa proposta não exclui o médico, pelo contrário, compartilhamos o cuidado. Queremos a integração. Somos um hospital-escola, então para nós é fundamental que os alunos de Medicina e os residentes se familiarizem com as técnicas não cirúrgicas e não medicamentosas, sendo menos intervencionistas, conforme as orientações do Ministério da Saúde”, afirma a gerente.
ALÍVIO DA DOR
Mulheres que precisam ter o parto induzido agora aguardam em sala específica, com três leitos, batizada de quarto Miss, no segundo andar do HMU. No centro cirúrgico, na unidade de pré-parto, a parturiente tem acesso a massagens e banhos terapêuticos no chuveiro e também são ensinados exercícios respiratórios, além de ofertados elementos como a bola de Pilates, o espaldar (conjunto de barras de madeira fixadas na parede) e o “cavalinho”, espécie de cadeira com assento invertido.
“Esses instrumentos podem ser usados para aliviar a dor e o desconforto, além de promoverem o alongamento da região lombar, o relaxamento muscular e facilitar a dilatação. Nosso papel é oferecer esses recursos à mulher e informar os benefícios. Ela é livre para escolher o que se sente à vontade para fazer”, comenta a enfermeira obstetra Maria Aparecida Riva de Andrade, coordenadora do Cuidado Obstétrico.
A paciente deve classificar sua dor numa escala de zero a dez e pode requerer o uso de analgesia para controlar o sintoma. Regras tradicionais, que mantinham a mulher estática em trabalho de parto, deitada como se estivesse num exame ginecológico, e em jejum, foram abolidas, assim como a episiotomia de rotina. A mulher é estimulada a caminhar pelo espaço e a ficar na posição que lhe for mais confortável – sentada no leito ou numa banqueta, ajoelhada, agachada, de lado, em quatro apoios, dentre outras.
“Nossa missão é que a mulher, ao ser questionada sobre seu parto, tenha a lembrança de que foi uma experiência maravilhosa. E não algo marcado pela dor e pela dúvida. Queremos que ela não se sinta invadida”, sustenta Maria Aparecida.
ALOJAMENTO CONJUNTO
Outra prática já adotada pelo HMU e que integra o protocolo é o método pele a pele, em que o bebê é colocado junto ao peito da mãe logo após o nascimento, onde permanece por, pelo menos uma hora, ainda no centro cirúrgico. O hospital fornece uma faixa elástica para acomodar melhor o recém-nascido e dar mais segurança à mãe.
“Isso ajuda a manter a temperatura do bebê e permite que ele comece a sentir a textura da pele e das mamas. É um importante aliado no sucesso da amamentação, e também na construção do vínculo”, explica a gerente de enfermagem. Do centro cirúrgico, mãe e bebê seguem juntos para o alojamento, e não se separam.
Antes de receber alta, a mulher é convidada a responder questionário sobre a assistência e orientações recebidas durante o trabalho de parto. As informações vão orientar a equipe quanto às possíveis melhorias que devem ser implementadas para qualificar o cuidado.
A paciente também preencherá formulário no momento em que ingressar no HMU, o chamado plano de parto. O objetivo é saber como foi feito o pré-natal, quais são as expectativas da parturiente em relação ao nascimento do seu bebê e se ela conhece os benefícios do parto normal, além de tirar dúvidas sobre o procedimento. “São ferramentas para nortear nosso trabalho e saber, caso a caso, como lidar com cada usuária”, afirma a coordenadora Maria Aparecida.
QUALIFICAÇÃO
A gerente de enfermagem ressalta que a qualificação permanente dos profissionais que trabalham na assistência direta ao parto é fundamental para o sucesso do protocolo. Por isso, a equipe do HMU está em constante formação.
Desde novembro, cerca de 80 médicos e enfermeiros passaram pela formação da Also (sigla em inglês para Suporte Avançado de Vida em Obstetrícia), que capacita trabalhadores da saúde para lidar com emergências obstétricas como hemorragias, reanimação materna, lacerações de terceiro e quarto graus e trabalho de parto prematuro. O curso, com aulas teóricas e práticas, é o único reconhecido pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e concede certificado mediante aprovação do aluno na avaliação final.
“Estou maravilhada com o cuidado que recebi”
Mesmo com poucas horas de vida, Avivia já tinha arrancado centenas de suspiros dos pais. A menina nasceu no HMU na manhã de uma segunda-feira chuvosa de março; a mãe, Joana Paula Pereira da Silva, realizou o sonho da maternidade e também o do parto humanizado. “Queria que fosse o mais natural possível, sem intervenções. Já tinha lido muito a respeito. Mas não pensei que teria um atendimento com tanta qualidade na rede pública”, conta.
Joana deu entrada no hospital às 2h30, já com contrações. Avivia nasceu às 11h30, com a mãe em posição vertical, sentada num banquinho. “Não quis anestesia. Recorri ao chuveiro, massagem, fiz os agachamentos, usei a bola de Pilates, cavalinho. Chegou o momento em que achei que não aguentaria, mas a equipe passa muita confiança. Estou maravilhada com o cuidado que recebi. Foi muito melhor do que imaginei. Nem na rede particular de saúde fui tão bem atendida.” Ela diz também ter se impressionado quando a enfermeira colocou Avivia em seus braços imediatamente após o nascimento. “É inexplicável essa sensação”.
O pai, Elvis Domingues da Silva, não apenas acompanhou de perto o nascimento de Avivia. Ele participou. Amparou Joana enquanto ela fazia força no período expulsivo, fez massagens para aliviar a dor, cortou o cordão umbilical que ligava a filha à mãe. “Senti que trabalhamos juntos. Foi lindo. Se tivesse sido uma cesárea, jamais teríamos essa experiência. A equipe enfatizou que tudo seria como a Joana quisesse. E foi assim mesmo. Só temos a agradecer por esse momento”.
Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2015 -
Três professores da FMABC foram aprovados neste ano na seleção nacional para bolsa de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cujas principais atribuições são fomentar a pesquisa científica e tecnológica e incentivar a formação de pesquisadores brasileiros. Com duração de 3 anos, o subsídio mensal é destinado a pesquisadores que se “destaquem entre seus pares, valorizando sua produção científica”, segundo critérios normativos e específicos estabelecidos pelo próprio CNPq.
Os contemplados pela FMABC foram a médica pediatra e professora de Imunologia Clínica, Dra. Anete Sevciovic Grumach, o professor de Urologia Sidney Glina, e o professor do Departamento de Saúde da Coletividade e coordenador do Laboratório de Delineamento de Estudos e Escrita Científica, Dr. Luiz Carlos de Abreu.
Para conquistar a bolsa de produtividade, os doutores apresentaram projeto de pesquisa em andamento e submeteram à análise o currículo lattes – plataforma online na qual o pesquisador cadastra dados sobre a formação acadêmica, instituições onde atua, artigos científicos publicados, participações em congressos, entre outras informações. A fim de manter o subsídio pelo período completo previsto no edital, os bolsistas devem conservar a produção científica e a formação de recursos humanos – no caso da FMABC, os alunos – no mesmo patamar da época da aprovação.
Com os novos bolsistas, a Faculdade de Medicina do ABC passa a ter pelo menos oito professores já aprovados no programa de bolsas de produtividade do CNPq. A Dra. Maria Aparecida da Silva Pinhal foi a primeira contemplada pelo programa, enquanto os doutores Caio Parente Barbosa e Fernando Luiz Affonso Fonseca foram aprovados em 2013. Ano passado foi a vez das docentes e pesquisadoras Dra. Bianca Bianco e Dra. Denise Maria Christofolini.
Postado por Eduardo Nascimento em 29/maio/2015 -
Com a assinatura da ordem de serviço pelo prefeito Donisete Braga e pelos secretários de Saúde, Célia Cristina Bortoletto, e de Obras, Luiz Carlos Theóphilo, e o sócio da empresa Engecon ABC, José Flávio de Freitas Sampaio, está autorizado o início das obras de reforma do primeiro andar do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá, que integra o projeto Novo Nardini. A assinatura do documento ocorreu na tarde de 25 de maio, no auditório da unidade, com a presença do presidente da Fundação do ABC, Marco Antonio Santos Silva, e de Cristina Maria Poli e Monica Engelmann, que representaram a Secretaria Estadual de Saúde.
No primeiro andar também estão localizadas a Retaguarda, Área de Emergência, Sala Amarela, 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e unidades de apoio como Nutrição e Farmácia. A obra consumirá R$ 6,5 milhões e é custeada pelo Governo do Estado. A reforma ocorrerá em etapas e não haverá interrupção dos serviços no pronto-socorro, que realiza média de 6.000 atendimentos de urgência e emergência por mês. A próxima obra a ter início será a reforma da maternidade. “Cada centavo do dinheiro público será muito bem investido porque estamos trabalhando muito para que o Hospital Nardini seja referência em qualidade, possibilite boas condições de trabalho e ofereça dignidade no atendimento aos usuários”, disse o prefeito. O chefe do Executivo pediu ao sócio da empresa que tente antecipar o fim das obras, com prazo de duração de 18 meses. “Estaremos ‘trocando o pneu com o carro andando’ e como não vamos parar o atendimento, o quanto antes ficar pronta, melhor”, completou.
Na ocasião, a secretária de Saúde reforçou o pedido de mais ajuda do Estado no custeio da unidade, que envia R$ 1 milhão por mês ao hospital. O Nardini é parceiro do Estado já que quase um quarto do atendimento é realizado para pessoas de outras cidades, como Santo André e São Paulo, por exemplo, além das cidades da microrregião de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Para o superintendente do Hospital Nardini, Dr. Morris Pimenta e Souza, “esta é uma reforma como nunca foi feita antes na história da unidade e representa o resgate da capacidade de atendimento e da humanização do serviço”. Já o presidente da Fundação do ABC observou que “trata-se de uma obra que não pode paralisar o atendimento e é necessário que a população entenda que é para melhorar a qualidade do serviço. A FUABC estará ao lado da Prefeitura”.
Confira as mudanças que o projeto Novo Nardini prevê para o primeiro andar:
• Nova ambiência, divisão customizada em cores que adaptam ambiência à gravidade dos casos atendidos com infraestrutura modernizada.
• Área de recepção e avaliação de pacientes acamados (principalmente para transferências das UPAs e outros equipamentos de saúde) com três leitos.
• Nova estrutura para Unidade de Tratamento Intensivo II – 10 leitos de emergência.
• Sala vermelha em substituição à sala de choque – sete leitos de urgência.
• Área amarela – oito macas de observação.
• Enfermaria de Retaguarda – 20 leitos.
• Área verde – 23 poltronas de observação.
• Salas de atendimento clínico e cirúrgico, com área para procedimentos.
• Salas de atendimento ortopédico, incluindo sala de Raios X, procedimentos e de gesso.
• Salas de atendimento ginecológico e obstétrico.
• Salas de observação com dois leitos e duas poltronas.
• Sala de emergência com dois leitos de emergência obstétrica.
• Salas de atendimento pediátrico.
• Dois leitos de emergência.
• Dois leitos de observação.
• Consultório odontológico.
• Salas de apoio (serviço social, classificação de risco, eletrocardiograma, suturas e enlutamento).
Postado por Eduardo Nascimento em 29/maio/2015 -
O Hospital Municipal Central de Osasco Antonio Giglio inicia na próxima segunda-feira (1º de junho) as internações em nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto. Com 8 leitos, a ala servirá de retaguarda para pacientes atendidos no pronto-socorro. Parceria entre Prefeitura e Fundação do ABC, o equipamento de saúde passará dos atuais 12 leitos de UTI adulto para 20 – acréscimo de 66%. Somados mais 8 leitos de UTI Pediátrica, a unidade contará com total de 28 leitos destinados à Terapia Intensiva.
“Além de aumentarmos a capacidade geral de internação em Terapia Intensiva, vamos promover melhora significativa nos atendimentos do pronto-socorro, pois a nova UTI estará integrada e servirá de retaguarda para os pacientes do PS”, explica o superintendente do Hospital Antonio Giglio-FUABC, Dr. Alessandro Neves, que detalha: “Hoje os casos graves recebidos no pronto-socorro são direcionados à mesma UTI adulto geral do hospital e aguardam a liberação de leitos na sala de emergência. A partir de agora, com 8 novos leitos de retaguarda para o PS, esses munícipes serão melhor assistidos, direcionados mais rapidamente a uma ala que conta com assistência diferenciada e médico 24 horas”.
Ao reduzir o tempo entre a espera no pronto-socorro e a internação na UTI, a sala de emergência também será beneficiada, com acréscimo na capacidade de atendimento e melhora do fluxo assistencial. “Hoje atendemos cerca de 700 pacientes por dia no Hospital Antonio Giglio. É um volume muito grande e precisávamos modernizar a gestão, reorganizar procedimentos e protocolos, a fim de melhorar a atenção aos munícipes e ampliar nossa capacidade. A abertura da nova UTI vai justamente ao encontro dessa nova filosofia de trabalho que a Fundação do ABC e a Prefeitura estão implantando em Osasco. Temos certeza de que, em curto prazo, a população que utiliza o hospital perceberá as melhorias”, garante o superintendente Alessandro Neves.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Além dos novos leitos de UTI destinados à retaguarda do pronto-socorro, outra medida que tem sido fundamental na melhoria do atendimento à população é o Protocolo de Manchester – sistema internacional usado em 19 países para classificar os usuários de acordo com a gravidade do quadro clínico.
O novo sistema de classificação de risco foi implantado na metade de maio, tanto no pronto-socorro adulto quanto no infantil. Considerada ação prioritária pela nova Diretoria do hospital, a medida visa garantir que pacientes em sofrimento intenso, com risco de morrer ou com quadro clínico agravado sejam atendidos primeiro.
Dessa forma, os pacientes são pré-avaliados e classificados por cores, de acordo com a gravidade. Casos com a cor vermelha são gravíssimos e o atendimento é imediato. Em seguida, a prioridade é dos muito urgentes, de cor laranja, que sinaliza pacientes graves, com risco significativo e que devem ser assistidos o mais rápido possível. O terceiro nível é o das situações urgentes, de gravidade moderada e sem risco imediato, seguido pelos pouco urgentes (verde), que têm condições de aguardar atendimento, assim como os não urgentes (azul), que também podem esperar ou procurar uma Unidade Básica de Saúde.
Postado por Eduardo Nascimento em 29/maio/2015 -
O refeitório do Hospital Municipal Irmã Dulce está inovando em seu cardápio, oferecendo comidas típicas de diferentes países e culturas para acompanhantes e funcionários. A cada dois meses, a Unidade de Nutrição e Dietética do hospital disponibiliza um novo menu, que além de todos os ingredientes característicos, também traz música e decoração com temas pertinentes. Receitas portuguesas, por exemplo, foram as primeiras a serem utilizadas pela empresa JLA Alimentação, responsável pelo serviço.
Em abril, o prato foi um picado composto de linguiça calabresa, copa-lombo, carne, cebola, pimentão, azeitonas, acompanhadas de batata com alecrim. Toalhas nas cores vermelha e verde, com adornos e bandeiras temáticas davam o tom lusitano ao refeitório.
O fado criava o clima musical enquanto a recepcionista Juliane Regina da Silva, do Pronto-Socorro Central, saboreava o prato, o qual revelou ainda não conhecer. “Provei e gostei. É interessante apreciar um cardápio diferenciado, principalmente quando se trata de paladares de outras culturas e nações”, disse.
A decoração ficou por conta da nutricionista Silvia Lima, contratada da JLA, que viu na oferta de culinárias exóticas um bom motivo para difusão das diversidades culinárias em todo o mundo.
Conforme a nutricionista responsável pela Unidade de Nutrição e Dietética do hospital, Thaiane Gonçalves Ferreira Simões, as refeições serão disponibilizadas para almoço e janta, a cada dois meses. Por dia, o refeitório do hospital fornece 410 refeições no almoço e 310 no jantar. “Os próximos temas incluirão receitas da África e da Itália”.
Por lei, pacientes com menos de 12 anos e mais de 65 anos têm direito a acompanhantes e podem se alimentar no mesmo refeitório onde são atendidos funcionários, em horários diferentes. Para ambos, o cardápio é padronizado (a exemplo das dietas), só que com maior variedade, já que não há restrições médicas.
Postado por Eduardo Nascimento em 29/maio/2015 -
As equipes do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e Epidemiologia do Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário (CHSP) organizaram de 4 a 8 de maio a “Campanha de Controle de Infecção Hospitalar”, cujo objetivo foi reforçar a importância de medidas preventivas – muitas delas bastante simples, como a higiene das mãos – junto aos colaboradores da unidade.
Ao todo foram 15 palestras realizadas nos turnos na manhã, tarde e noite, a fim de abranger todos os funcionários do CHSP. Entre os temas apresentados estiveram “Técnica da higiene das mãos com álcool luminol e caixa preta”, “Prevenção de infecção de corrente sanguínea (IPCS)”, “Prevenção de pneumonia (PNM e PAV)” e “Prevenção de infecção do trato urinário (ITU)”.
Participaram como palestrantes enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, entre outros profissionais da unidade. O encerramento da Campanha de Controle de Infecção Hospitalar contou com entrega de brindes, distribuição de panfletos com orientações sobre prevenção às infecções, e uma mensagem final do SCIH aos colaboradores: “Com medidas simples e trabalho em equipe vamos conseguir combater as infecções”.
Postado por Eduardo Nascimento em 22/maio/2015 -
O Hospital da Mulher “Maria José dos Santos Stein”, de Santo André, é o único equipamento em todo Estado de São Paulo que receberá o Prêmio Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher, cuja entrega da edição 2015 ocorrerá na

O diretor técnico do Hospital da Mulher, Dr. Gilberto Palma
próxima quarta-feira (27 de maio). Trata-se de reconhecimento da Câmara dos Deputados, concedido às instituições com atuação destacada na promoção, acesso e qualificação dos serviços de saúde da mulher. A solenidade será às 11h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
O Prêmio Dr. Pinotti foi instituído pela Resolução n.º 15/2009 da Câmara dos Deputados e atualizado pela Resolução nº 52/2014. É concedido anualmente a no máximo cinco entidades governamentais ou não governamentais, cujos trabalhos ou ações merecerem destaque no campo da atenção integral à saúde da mulher.
As cinco entidades que serão agraciadas este ano foram escolhidas em eleição que contou com 16 conselheiros indicados pelos líderes e representantes partidários. São elas: Hospital do Câncer de Pernambuco (PE), Hospital Estadual Carlos Chagas (RJ), Hospital Sofia Feldman (MG), Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (RJ), além do Hospital da Mulher Maria José de Santos Stein (SP). “O prêmio reconhece as ações do Hospital da Mulher e o serviço de qualidade ofertado à população. Somos hospital referência para o município e buscamos sempre atender às necessidades dos cidadãos”, garante diretor técnico do Hospital da Mulher, Dr. Gilberto Palma, que representará o hospital e receberá o prêmio em Brasília.
Entre os atributos que levaram o Hospital da Mulher de Santo André a conquistar a honraria está a participação na chamada Rede Cegonha – iniciativa do Ministério da Saúde para garantir assistência de qualidade desde o pré-natal até os 2 primeiros anos de vida da criança. Além disso, desde 2010 a unidade é certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com o título de Hospital Amigo da Criança.
Outra ação de destaque e que garante atenção especial às mães é o Projeto Mãe Canguru, sistema pelo qual o recém-nascido com baixo peso ou prematuro permanece em posição vertical, “colado” junto ao corpo da mãe. “O Método Canguru é um programa de humanização e assistência neonatal, que implica no contato precoce pele a pele entre mãe e bebê prematuro, aumentando o vínculo e contribuindo para o desenvolvimento do recém-nascido”, detalha Dr. Gilberto Palma.
RECONHECIMENTO NACIONAL
O Prêmio Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher leva o nome do médico ginecologista paulista José Aristodemo Pinotti (1934-2009), que se notabilizou por promover políticas voltadas para as mulheres nos diversos cargos públicos em que ocupou, entre os quais de deputado federal e de secretário de Saúde do Estado de São Paulo.
Postado por Eduardo Nascimento em 22/maio/2015 -
O Mutirão da Saúde do Programa Fila Zero da Secretaria de Saúde de São Caetano atingiu o objetivo de zerar as demandas em espera na rede municipal em 12 das 25 especialidades médicas que estiveram envolvidas na iniciativa, de acordo com o balanço divulgado pelo setor em 12 de maio. Realizada em 9 de maio, no Hospital São Caetano-FUABC, a primeira edição atendeu aproximadamente 1.000 munícipes que aguardavam retorno há mais de 15 dias, em consultas que foram pré-agendadas por telefone pela Central de Agendamento e Regulação.
Nesta ação global da Saúde, atuaram cerca de 25 médicos de diversas especialidades. Estiveram no apoio profissionais de retaguarda e 16 auxiliares da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). No local, ainda foram oferecidos serviços gratuitos de aferições de pressão arterial e glicemia, além de orientações de combate à dengue e da Ouvidoria da Saúde.
O prefeito Paulo Pinheiro esteve presente conversando com os usuários, ouvindo críticas e sugestões. “O Fila Zero será permanente. Sempre quando houver alguma especialidade que tiver demandas reprimidas, nós vamos iniciar um novo mutirão. É um instrumento eficaz que serve para atualizar a espera a fim de que os pacientes fiquem satisfeitos com o atendimento”, observou.
“Foi um grande avanço na área. Quero agradecer aos profissionais da Saúde, em nome do titular da Pasta, Dr. Jesus Adalberto Gutierrez, pelo maravilhoso trabalho promovido. Todos estão de parabéns por atender de maneira tão eficaz a nossa população”, concluiu o chefe do Executivo.
Segundo o secretário de Saúde, o saldo foi positivo. “Com o balanço da iniciativa, eu e minha equipe técnica já estamos estudando os próximos mutirões, nos mesmos moldes, de exames ou de alguma especialidade específica. O que todos nós queremos é que a Saúde seja mais ágil e eficiente e assim melhore a satisfação dos serviços aos munícipes. Com certeza, já é a melhor da região, mas podemos ser a melhor do Brasil”, garantiu Jesus.
Para o médico responsável, Roberto Rodrigues Júnior, o mutirão não se resume aos atendimentos. “Dependendo do caso, os pacientes que precisarão de retorno já saíam com os exames agendados. Será mensal. O intuito é até agosto zerar tudo”, ressaltou.
UNIDADES MÓVEIS
As Unidades Móveis equipadas de Odontologia e de Oftalmologia do Saúde em Movimento, vertente do Programa Fila Zero, que transitam pela cidade oferecendo serviços completos à população de São Caetano, promoveram 74 procedimentos durante o mutirão. Na primeira, 42 pessoas passaram pela triagem, com encaminhamento às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou ao Centro Odontológico Maria Robilota Torres. Na segunda, 32, entre exames de acuidade visual, biomicroscopia, tonometria de aplanação, fundoscopia, mapeamento de retina, estesiometria e aferição de óculos.
Miriam Borges Cangani, moradora do Bairro Santa Paula, achou a iniciativa fundamental. “Superinteressante. Agiliza tudo o que é parte de consulta. Se a cidade começar a ter mais disso, com certeza, não terá mais fila. É o que nós precisamos. Ter um atendimento rápido, que agilize a vida do povo. A Saúde está em primeiro lugar. Deveria dar continuidade. Tudo bem organizado. Saio daqui bastante satisfeita”.
Ilson Manoel da Silva, residente no Bairro Nova Gerty, chegou na triagem do Hospital São Caetano, aferiu a pressão, passou pelo cardiologista e saiu satisfeito com o atendimento. “Foi excelente. Eu tinha uma consulta marcada. Era para daqui 30 dias. Mas me avisaram por telefone e antecederam para agora. O médico me recomendou um exame de ecocardiograma para fazer a cirurgia de hérnia. Um programa como esse do Fila Zero é muito importante”.
Maria Aparecida Espinoza Pelka, do Bairro Cerâmica, que teve consulta agendada com o endocrinologista, também aprovou o mutirão. “Eu estava aguardando. Me ligaram nessa semana em casa informando o novo agendamento. Em uma hora, aconteceu tudo o que precisava. Foi rápido. Fui muito bem atendida. O médico era ótimo. A Prefeitura está de parabéns por todo esse atendimento”.
Postado por Eduardo Nascimento em 22/maio/2015 -
O curso de Farmácia organizou entre os dias 5 e 7 de maio a “I Semana do Uso Racional de Medicamentos da FMABC”, com intuito de celebrar o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos – comemorado oficialmente em 5 de maio.
No período da manhã dos três dias de evento, os acadêmicos Danilo Miranda Tognetti, Filipe Luchon da Silva, Janayna de Paula Lopes, Katia Crizol Mareco de Souza, Larissa de Cássia Gomes, Larissa Nogueira Coelho, Marcella Eiras da Rossi, Tamires de Godoi Mendes e Thalisa Paixão dos Santos, sob orientação da professora Ana Elisa Prado Coradi, realizaram palestras para pacientes e acompanhantes que aguardavam atendimento nos ambulatórios de especialidades da faculdade. As atividades eram reeditadas à tarde, destinadas à comunidade acadêmica.
Entre os temas das palestras realizadas estiveram “Como utilizar corretamente seus medicamentos”, “Combate à dengue” e “Como armazenar e descartar medicamentos”. Além das explanações, os alunos entrevistaram cerca de 250 pessoas entre pacientes, acompanhantes, estudantes, professores e funcionários sobre o uso, armazenamento e descarte de medicamentos. Também foram entregues informativos disponibilizados pelo Conselho Regional de Farmácia com orientações a respeito do uso racional de medicamentos, dengue e descarte apropriado de medicamentos.
Durante a “I Semana do Uso Racional de Medicamentos da FMABC, os alunos também ficaram à disposição para responder às dúvidas da população.
RISCOS À SAÚDE
Segundo informações do Ministério da Saúde, a automedicação traz grandes riscos à saúde, pois a ingestão de substâncias de forma inadequada pode causar reações como dependência, intoxicação e até mesmo a morte. A receita médica é a garantia de que houve uma avaliação profissional para que determinado paciente utilize o medicamento.
O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos tem justamente esses objetivos: alertar a população sobre os riscos, assim como ressaltar o papel do uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação como principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios.
Além do agravamento de doenças, a automedicação pode promover a combinação errada de substâncias, com riscos de anular ou potencializar os efeitos dos medicamentos em uso.