Postado por Fernando Valini em 19/set/2014 -
O setor de Reabilitação Pulmonar da Faculdade de Medicina do ABC, com o apoio da Associação Atlética Acadêmica Nylceo Marques de Castro, organizou em 11 de agosto aula de tênis para 24 pacientes em tratamento. A atividade teve tanto cunho terapêutico quanto de socialização e esteve sob responsabilidade da atleta Laura Saracchi, de 62 anos, que é professora de tênis há 35 anos. Detentora de mais de 15 títulos nacionais e internacionais, ela ensinou os pacientes a praticar o esporte de forma descontraída e simples. “O fato da pessoa estar em movimento já contribui com a qualidade de vida e para inclusão social. Elas ficam felizes e, para mim, é gratificante deixar alguém feliz através dessa doação de conhecimento”, afirmou a atleta.
Laura Saracchi também dividiu sua história com os pacientes, revelando que precisou interromper a carreira durante um tempo por conta de problemas pulmonares. “Eu comecei a fumar quando era mais nova e passei a ter problemas, até que peguei uma pneumonia muito forte e me encontrei na seguinte situação: ou parava de fumar ou morria. Eu decidi parar de fumar sozinha, sem a ajuda de nenhum medicamento”, explicou.
A maioria dos pacientes da Reabilitação Pulmonar da FMABC tem mais de 50 anos e apresenta muito cansaço, fraqueza muscular, sedentarismo e falta de ar. Com trabalho contínuo de reabilitação a melhora da força muscular chega a 30%, assim como a qualidade de vida e a independência. Os pacientes aprendem a respirar melhor, praticam exercícios e passam a desenvolver atividades diárias com mais disposição e facilidade.
“Boa parte dos pacientes não pratica esporte e evita atividades físicas. A falta de ar e a dificuldade em realizar tarefas simples fazem com que se isolem em casa, com medo de passar mal e dar trabalho”, explica a fisioterapeuta responsável pela Reabilitação Pulmonar da FMABC, Selma Denis Squassoni, que acrescenta: “Esperamos que essa experiência mostre aos pacientes que podem se divertir e conviver normalmente em sociedade. Buscamos estimular para que não abandonem o tratamento e tenham cada vez mais autonomia e qualidade de vida”.
Há oito anos em tratamento, Gidalva Santos Soares, de 66 anos, aprovou a aula de tênis: “É muito legal estar aqui. Em casa a gente passa nervoso e também não dá para fazer nada assim. Quando tem alguma atividade e eu não venho, parece que estou doente. Fico incompleta. Isso já faz parte da minha vida”, contou.
A aula de tênis integra programa de reinserção social dos pacientes, em esforço que também reúne atividades como palestras educativas, grupo de coral e aulas de artesanato com materiais recicláveis. Além disso, o setor já organizou três viagens ao Guarujá – duas em 2012 e uma em março deste ano –, quando os pacientes puderam, inclusive, participar de aulas de surf.
Em 28 de julho, por exemplo, os pacientes da Reabilitação Pulmonar participaram de outra atividade diferente: dinâmicas de grupo com a psicóloga da equipe, Cecilia Melo Rosa Tavares Calil. Por meio de atividades individuais e em grupo, os pacientes puderam pensar e discutir suas dificuldades relacionadas às doenças pulmonares. “Os resultados foram positivos. Ao final pedimos que definissem a dinâmica em uma palavra e muitos pacientes usaram as palavras ‘amor’ e ‘alegria’. Outro ponto positivo foi a maior integração entre os pacientes e as diferentes turmas da reabilitação”, revela a psicóloga Cecilia Melo Rosa Tavares Calil.
Postado por Fernando Valini em 19/set/2014 -
O Hospital Anchieta (HA) de São Bernardo melhorou a gestão de leitos desde que o Núcleo Interno de Regulação (NIR) passou a funcionar 24 horas, em junho último. O setor é responsável por buscar e identificar vagas e atender a demanda por internações, de acordo com o perfil assistencial da unidade.
Atualmente, cerca de 20 pacientes são internados todos os dias no HA, entre casos de urgência e emergência e cirurgias agendadas. O hospital possui 140 leitos – incluindo os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e hospital-dia. “O NIR 24 horas tem impacto positivo em toda a rede, já que absorvemos boa parte dos pedidos por internação em São Bernardo. É possível atender aos pacientes com mais agilidade e qualidade”, avalia a enfermeira Vanessa Damazzio de Brito, coordenadora da Central de Internação do HA, da qual o núcleo faz parte.
O HA promoveu o treinamento de outros enfermeiros para atuar frente ao NIR, o que possibilitou seu funcionamento em horário estendido. Agora, é maior a frequência de pacientes que são transferidos à unidade após às 17h e aos finais de semana, o que facilita o trabalho das ambulâncias, com distribuição mais homogênea do fluxo de viagens.
A Secretaria da Saúde tem investido em ações para melhorar a comunicação entre os hospitais e tornar mais eficiente o acesso aos leitos. Em março, a Central de Regulação do município criou um sistema online para registrar todos os pedidos de internação da cidade. A planilha, única, é visualizada em tempo real pelos NIRs de cada hospital. O núcleo do Hospital e Pronto-Socorro Central (HPSC), que funciona 24 horas desde agosto de 2013, classifica os casos e indica qual unidade deve acolher o paciente, conforme as especialidades disponíveis em cada uma. Cabe ao NIR do hospital apontado checar a disponibilidade do leito, contatar a equipe médica e providenciar o atendimento.
Para se ter uma ideia da demanda, em maio o sistema registrou cerca de 1.800 solicitações de internação, média de cerca de 60 por dia. “A planilha em tempo real revolucionou nosso trabalho. Antes, tudo era feito por fax, o que burocratizava um processo que precisa ser ágil por natureza”, ressalta Vanessa.
Postado por Fernando Valini em 19/set/2014 -
A Faculdade de Medicina do ABC conquistou segundo lugar na 10ª edição do Desafio Fleury – gincana cultural do laboratório Fleury Medicina e Saúde para alunos do sexto ano de Medicina do Estado de São Paulo. A competição em 23 de agosto reuniu oito instituições. O primeiro lugar ficou com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o terceiro com a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Instituições foram premiadas com R$ 18 mil no total, além de tablets e cursos de especialização
Os vencedores foram premiados com R$ 18 mil no total, além de tablets e cursos de especialização. A equipe da FMABC recebeu R$ 5 mil, três cursos de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) e três livros de medicina diagnóstica do Fleury Medicina e Saúde. Os valores em dinheiro destinam-se à formatura das turmas representadas pelas equipes. Além das instituições vencedoras, participaram da prova a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Nove de Julho (Uninove), Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSC-SP) e Faculdade de Medicina de Marília (Famema).
Na gincana, cada instituição foi representada por equipe de três alunos selecionados previamente e que responderam perguntas sobre medicina diagnóstica elaboradas por assessores médicos do Fleury Medicina e Saúde. Além dos três representantes principais, outros alunos das instituições participaram da plateia e ajudaram a responder as questões e a conquistar pontos.
Postado por Fernando Valini em 12/set/2014 -
O Complexo Hospitalar Municipal de São Caetano realizou entre 11 e 15 de agosto a primeira edição da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho. Ao todo foram 20 palestras – quatro por dia – com objetivo central de conscientizar os colaboradores sobre a importância da prevenção e da manutenção de boas condutas no ambiente de trabalho.
Além de palestras obrigatórias com temas sobre “Aids” e “Alcoolismo”, por exemplo, também foram apresentados assuntos variados, entre os quais ginástica laboral, técnicas de relaxamento, saúde mental, higiene bucal, terapia do riso e automassagem, além de várias dinâmicas de grupo.
A SIPAT do Complexo Hospitalar Municipal de São Caetano registrou ao todo participação de 387 funcionários, com média diária de 80 pessoas. O evento esteve sob responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, instalada em março na unidade. A CIPA é regida pela Norma Regulamentadora Nº 5 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego. Tem como objetivo principal a redução de acidentes de trabalho e de doenças contraídas nesse ambiente.
Postado por Fernando Valini em 12/set/2014 -
Delegação formada por quatro representantes da rede de saúde pública do governo de Honduras, país localizado na América Central, esteve em São Bernardo do Campo em 6 de agosto para conhecer os trabalhos de ressocialização desenvolvidos pela rede de saúde mental do município – área cuja gestão é feita em parceria com a Central de Convênios da Fundação do ABC. A visita faz parte de agenda programada pela coordenadora de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Cinthia Lociks.
O interesse dos visitantes hondurenhos foi observar como funcionam os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), pegar como exemplo o modelo de espaço comunitário desenvolvido com os usuários e reestruturar os serviços prestados pelo governo de Honduras. O modelo de tratamento adotado pela rede de saúde mental naquele país ainda trabalha com internações em hospitais psiquiátricos, ou seja, fora das diretrizes da Reforma Psiquiátrica brasileira, que determina o fim das internações.
Durante a visita, o grupo conheceu os trabalhos realizados no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Alvarenga e pelo Consultório de Rua (Programa de Redução de Danos). Além de visitar uma residência e uma república terapêutica, a delegação foi à Represa Billings, onde acontece o projeto “Remando para a Vida”, que atende adolescentes do recém-inaugurado CAPS Álcool e Drogas Infanto-juvenil (ADI) Assunção.
“Tínhamos uma ideia muito vaga sobre os trabalhos feitos em São Bernardo, e ficamos realmente impressionados com o que vimos. Se nossas políticas sociais permitirem, colocaremos em prática um plano piloto até o começo do próximo ano”, comentou Mario Aguiar, chefe do hospital público Mario Mendonça, em Honduras.
Especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério da Saúde há mais de 10 anos, Cinthia Lociks comentou que hoje o Brasil tem reconhecimento internacional por trabalhar constantemente para melhorar seu modelo de tratamento público na rede de saúde mental. Para a gestora, São Bernardo representa essa experiência pioneira e inovadora, que serve como inspiração não só para os outros municípios brasileiros – como já vem acontecendo –, mas também para outros países. “Essa cooperação, seja entre cidades ou países, é importante para que possamos compartilhar experiências exitosas, como a de São Bernardo, referente aos trabalhos feitos na rede de saúde mental”, avaliou a especialista.
Postado por Fernando Valini em 12/set/2014 -
À frente da Maternidade Estadual de Caieiras desde 14 de julho, a Fundação do ABC registrou no primeiro mês de trabalho aumento de produtividade na faixa de 35%. O equipamento da Secretaria de Estado da Saúde integra o Complexo Hospitalar do Juquery e passou a realizar mensalmente 142 partos – número 36% maior do que a média alcançada nos últimos 6 meses. Os atendimentos no pronto-socorro cresceram 46%, com total de quase 1.000 pacientes por mês, e as internações tiveram acréscimo de 25%, totalizando volume mensal de 196 pacientes.
Segundo o professor responsável pelo serviço de Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC e novo coordenador da Maternidade “Vitalina Francisca Ventura”, de Caieiras, Dr. Mauro Sancovski, a Fundação do ABC assumiu serviços nas áreas de Ginecologia/Obstetrícia e Neonatologia, com intuito de dinamizar os atendimentos e permitir que a unidade permaneça em funcionamento 24 horas ininterruptamente. “Fomos convidados pois a unidade enfrentava dificuldades em manter o efetivo médico completo em todos os plantões. Com a saída de profissionais, o processo público de contratação é mais lento, prejudicando o andamento do serviço, que chegava a fechar em alguns dias da semana”, detalha Sancovski, que garante: “Desde que a FUABC iniciou a gestão da maternidade, o serviço em Caieiras não sofreu interrupções. Temos facilidade na contratação de médicos e no manejo de profissionais entre as diversas unidades de saúde administradas pela Fundação do ABC. Além disso, houve acréscimo na qualidade do serviço com a expertise acadêmica da Faculdade de Medicina do ABC”.
A Maternidade Vitalina Francisca Ventura ocupa três andares e atende à população de Caieiras e região, que compreende os municípios de Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã e Cajamar. Graças ao trabalho da FUABC e ao início do atendimento 24 horas, o aumento da demanda está bem acima do previsto inicialmente. “Já no primeiro mês aumentamos o número de partos de 80 para 142. A população está tomando conhecimento da nova gestão e a notícia está se espalhando. Nossa intenção seria reavaliar o trabalho após os três primeiros meses. Porém, com a demanda muito acima do previsto, já existe a possibilidade de anteciparmos a conversa com o governo estadual a fim de buscar a ampliação das equipes assistenciais”, adianta Dr. Mauro Sancovski.
O contrato atual entre Fundação do ABC e Secretaria de Estado da Saúde tem duração de um ano e prevê a manutenção permanente, em todos os turnos, de dois plantonistas em Obstetrícia e outros dois em Neonatologia, além de coordenadores de equipes.
Postado por Fernando Valini em 12/set/2014 -
Novo contrato integra plano de expansão do Ambulatório Médico de Especialidades, que planeja dobrar atendimentos a convênios médicos
A Faculdade de Medicina do ABC acaba de acertar novo contrato para atendimento aos servidores públicos do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE). Iniciada em 2003, a parceria contempla assistência no Ambulatório Médico de Especialidades da FMABC e estava paralisada desde meados de maio de 2013. O novo acordo integra plano de expansão do ambulatório, que planeja dobrar os atendimentos no campo de convênios médicos até o final deste ano.
Além do IAMSPE, hoje a área de convênios atende a outros 15 planos de saúde. Estão disponíveis no Ambulatório consultas nas áreas de Clínica Médica, Pneumologia, Dermatologia, Oftalmologia, Endocrinologia, Ginecologia e Obstetrícia, Cardiologia, Neurologia, Cirurgia Vascular, Otorrinolaringologia, Pediatria, Ortopedia e Traumatologia. No campo dos exames, os usuários contam com laboratórios de Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Radiologia, Prova de Função Pulmonar e Ergoespirometria, além de ultrassonografia com doppler e ampla gama de exames cardiológicos – entre os quais MAPA, Holter, Eletrocardiograma, Teste Ergométrico e Ecocardiograma. Já no Instituto de Olhos estão disponíveis mapeamento de retina, tonometria, gonioscopia e fundoscopia, entre outros.
“Pretendemos dobrar os atendimentos a convênios até o final deste ano. Reestruturamos todo o atendimento no setor, com horários diferenciados, recepção e consultórios próprios, a fim de facilitar o acesso aos pacientes e não comprometer o atendimento tradicional realizado via SUS”, descreve o gerente do Ambulatório, Márcio Nunes Emidio, que considera a parceria com o IAMSPE o pontapé inicial para esse crescimento: “Até o ano passado, cerca de 80% dos atendimentos a convênios médicos ocorriam pelo IAMSPE. Os servidores do Instituto conhecem bem a faculdade e são usuários fieis. Estamos muito satisfeitos em retomar essa parceria, que certamente contribuirá para alavancarmos a área de convênios da instituição”.
O Ambulatório Médico de Especialidade da FMABC realizou em 2013 mais de 133 mil consultas, 188 mil exames e 7,2 mil cirurgias via Sistema Único de Saúde. Já para planos de saúde, os atendimentos giram em torno de 500 pacientes mensais – ou seja, 6 mil ao ano.
Incremento de peso
Hoje a receita do Ambulatório é praticamente toda proveniente dos atendimentos destinados ao Sistema Único de Saúde. “A produção ambulatorial média é de 95% SUS e somente 5% para planos de saúde privados”, calcula o coordenador administrativo de convênios do Ambulatório da FMABC, Luiz Antonio da Silva, que completa: “Boa parte da população ainda desconhece que a Medicina ABC atende convênios. Temos muito know-how nos serviços prestados ao setor público e, por essa razão, somos bastante reconhecidos nessa área do trabalho”.
Além do IAMSPE, o setor de convênios médicos da FMABC atende às operadoras Amil, Blue Life, Dix Amico, Economus, Gama Saúde, Lincx, Medial Saúde, Medical Health, Notre Dame, Prevent Sênior, Proasa Adventista, Tempo Saúde, Clinesp, Sinasa Club Card e Unihosp. A marcação de consultas pode ser feita pelos telefones (11) 4993-5430 e 4993-7215 ou diretamente na recepção de convênios da FMABC (Av. Príncipe de Gales, 821 – Santo André).
Postado por Eduardo Nascimento em 05/set/2014 -
Sete oficinas de capacitação oferecidas pelo Núcleo de Trabalho e Arte da Rede de Atenção Psicossocial de São Bernardo do Campo (Nutrarte) estão beneficiando 170 pacientes atendidos pelo sistema de saúde mental do município. Temáticas, as oficinas têm como objetivo despertar o empreendedorismo nos participantes.
No momento estão em funcionamento oficinas de camisetas personalizadas, de bolsas, sacolas e utensílios, a Cia. Nó Cego de palhaços, de design gráfico, de artesanato, de pastelaria e de produção de móveis com paletes – todas realizadas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do município, que são administrados em parceria com a Fundação do ABC.
Mesmo com apenas três meses de atividades, a oficina de móveis já recebe pedidos de em larga escala. “Os primeiros resultados dessa oficina foram expostos em alguns locais e colocamos em uma página na rede social. Bastou para que os primeiros pedidos chegassem”, conta o coordenador do Nutrarte, Marcos Silveira de Almeida.
Um dos participantes dessa oficina é R.C.A., que já trabalhou com móveis e hoje troca experiências com os oficineiros. Além disso, o usuário do CAPS destacou que não descarta a possibilidade de ter a oficina como forma de geração de renda. “Também aprendo muito aqui na oficina, pois tem toda uma parte de decoração dos móveis que não conheço”, disse.
Reinserção social
A ideia de realizar as oficinas surgiu em 2012, como forma de ajudar a reinserção social de pacientes da rede de saúde mental, assim como de auxiliar na formação de fonte de renda. “Uma coisa casou com a outra, pois alguns não tinham renda ou o que recebiam era muito pouco. Além disso, ajuda na ressocialização dessas pessoas”, explica o coordenador.
Os temas para as oficinas surgem em primeiras conversas entre o coordenador do Nutrarte e os usuários do CAPS. “Buscamos o interesse comum entre essas pessoas e, a partir daí, criamos as oficinas. Pensamos como será a produção do material e despertamos o espírito empreendedor, para que depois as atividades gerem renda”, detalha Marcos Silveira.
A estimativa de tempo para que a ideia passe de oficina para geração de renda é de três anos, sendo que também há o apoio da incubadora de empresas da Universidade Metodista. As oficinas que começaram em 2012 já ajudam na renda de seus participantes. É o caso da pastelaria e da loja de artesanato, que funcionam em espaço no Centro de Trabalho e Renda (CTR), um dos parceiros do projeto.
Postado por Eduardo Nascimento em 05/set/2014 -
O Centro Hospitalar Municipal de Santo André – originário da antiga Santa Casa de Misericórdia – entregou em 2 de setembro Núcleo de Telemedicina para o aprimoramento da assistência à população dependente do SUS (Sistema Único de Saúde). Pioneiro e inédito no Grande ABC, o novo serviço instalado ao lado do Centro de Estudos e Biblioteca está integrado à Rede Universitária de Telemedicina (Rute), responsável pela conexão de hospitais públicos universitários e de ensino – hoje no país são 102 unidades espalhadas pelas cinco regiões.
A cerimônia de inauguração ocorreu em sala especialmente equipada, com isolamento e atenuação acústica para realização dos encontros entre profissionais da área de saúde de várias instituições de ensino. A ocasião foi marcada por videoconferência da 3ª edição do Fórum RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), transmitida de Brasília, pela qual foram entregues, em tempo real, cinco centros de telemedicina localizados em diferentes capitais brasileiras – entre os quais o do CHM, que tem a Faculdade de Medicina do ABC como parceira.
Para o secretário de Saúde de Santo André, Dr. Homero Nepomuceno Duarte, que foi o porta-voz na videoconferência com profissionais de hospitais públicos de Recife (PE), Belém (PA) e Salvador (BA), trata-se oportunidade de integrar o CHM à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. “Avalio como uma estrada de duas vias que se abre. Levar e buscar conhecimento. Nosso esforço sempre será para a melhoria da assistência à população”, apontou o médico.
Coordenador e idealizador da Rute no CHM, o médico Wagner Rydl Buchmann explicou que foram cerca de dois anos entre o planejamento e a instalação do Centro de Telemedicina – instalado em área de cerca de 30 m², com tela de 42 polegadas e monitor para realização das videoconferências e webconferências, entre outras ferramentas de trabalho. A capacidade é para 29 participantes e o investimento foi de R$ 130 mil pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
SEGUNDA OPINIÃO
A integração dos hospitais universitários pela Rute – e agora também do CHM – viabilizará a troca de informações médicas, estudo de casos, consultas por videoconferência, análise de sinais e imagens, radiologia por imagem, sala de laudo virtual, diagnósticos e cursos de capacitação médica à distância, entre outros. “Trata-se de educação continuada, além de troca de experiências com outros centros universitários”, afirmou Wagner Buchmann.
O diretor do CHM, José Antonio Souto Tiveron, reforçou que o novo serviço junta-se a outros avanços implementados desde o ano passado no hospital-escola, fundado em 1912 e que possui média mensal de 12 mil atendimentos. Entre as melhorias estão a ampliação dos leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto e a entrega de enfermaria exclusiva para casos de trauma com 29 novos leitos.
O Complexo Hospitalar Municipal é porta de entrada dos casos de urgência e emergência do município, principalmente das vítimas de acidentes de trânsito. Referência regional nos atendimentos de ortopedia, cirurgia geral e bucomaxilofacial, o CHM oferece ainda as especialidades de neurocirurgia, oftalmologia, odontologia e psiquiatria, que serão beneficiadas com a introdução da área de telemedicina e telessaúde.
Postado por Eduardo Nascimento em 05/set/2014 -
Em parceria com a Prefeitura de São Caetano, alunos da Faculdade de Medicina do ABC organizaram em 23 de agosto a 11ª edição da Feira de Saúde – evento que orienta e faz atendimento gratuito à população com exames, consultas e palestras educativas. A ação das 9h às 16h teve lugar no Hospital São Caetano, no bairro Santo Antonio, com atendimento a mais de 600 pessoas.
Entre os atendimentos disponíveis estiveram exames de glicemia capilar (diabetes) e medição de pressão arterial, Papanicolau e testes para detecção de sífilis, hepatites B e C. Também houve atendimento em diversas especialidades médicas, entre as quais Cardiologia, Dermatologia, Doenças Renais, Gastroenterologia, Pediatria e Hebiatria, Hematologia, Infectologia, Oncologia, Vascular, Plástica e Psiquiatria.
“Em São Caetano já estou acostumada a ser bem atendida”, afirmou a aposentada Anita Migliacci, de 79 anos. A satisfação da usuária com a oferta de serviços públicos ficou ainda mais evidente durante a Feira de Saúde. Dona Anita chegou à unidade às 9h30 e, em menos de 15 minutos, passou por consulta dermatológica e deixou o local com receita de medicamento contra uma doença de pele. “A quantidade de pessoas para nos ajudar me surpreendeu. Foi muito rápido”, atestou a paciente. E ela tinha razão. Foram 150 estudantes de Medicina e dezenas de especialistas reunidos para dar celeridade aos procedimentos.
“O que organizamos foi mais do que um mutirão”, definiu o secretário municipal de Saúde, Mario Chekin. “Com todo este aparato humano, de materiais e equipamentos, conseguimos, em um dia, suprir demanda de até duas semanas”, ressaltou o gestor, lembrando que a Feira superou a expectativa de público.
A orientação à população também contou com curso de primeiros socorros voltado para o público leigo, que entre outras coisas ensinou a maneira correta para realização de massagem cardíaca. “A Feira de Saúde já se tornou evento tradicional na FMABC, que permite aos alunos ter contato com pacientes desde os primeiros anos do curso de Medicina, além de exercitar os ensinamentos teóricos na prática. É uma oportunidade de aprender e, ao mesmo tempo, beneficiar a comunidade onde o evento é realizado”, explicam as alunas do 2º ano de Medicina e coordenadoras da 11ª Feira de Saúde, Fernanda Cafeo e Mariana Gouveia.
A professora Tereza Cardoso, de 58 anos, aproveitou a variedade de atendimentos para realizar exame de diabetes e testes de Índice de Massa Corpórea (IMC) e de pressão arterial. “É sempre bom fazer um check-up para saber se está tudo bem”, afirmou.
De acordo com diretor do Hospital São Caetano, Silvio Martinez, no caso de anormalidades nos resultados dos exames, os pacientes foram encaminhados para consultas com especialistas na rede de Saúde de São Caetano.
Mobilização discente
A Feira de Saúde é organizada pelo Diretório Acadêmico Nylceo Marques de Castro, do curso de Medicina. Ao todo estiveram envolvidas cerca de 20 ligas acadêmicas e dezenas de estudantes voluntários, supervisionados por professores responsáveis pelas orientações nos atendimentos.
As ligas são compostas por estudantes da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC e por professores orientadores, que coordenam e auxiliam em atividades como cursos, atendimentos ambulatoriais, trabalhos científicos e palestras. Cada liga atuou em sua área – algumas de forma integrada – para atendimento voluntário e exames diagnósticos e de prevenção das doenças mais prevalentes, com abrangência de todas as faixas etárias.