Postado por Maíra Oliveira em 24/out/2018 -

Dr. Alexandre Cruz Henriques, diretor técnico do hospital, a enfermeira Amanda Guedes e o diretor-geral, Dr. Desiré Callegari
A Comissão Intra-Hospitalar de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Estadual Mário Covas de Santo André recebeu da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Instituto Dante Pazzanese, no dia 24 de setembro, homenagem pela conquista do 1º lugar nas taxas de doadores por óbitos referentes a 2017, na categoria de hospitais. O dado refere-se ao número de notificações do mesmo ano.
A instituição também foi contemplada com o Selo Hospital Amigo do Transplante. No evento, organizado pela Central Estadual de Transplantes de São Paulo, o hospital foi representado pelo diretor técnico Dr. Alexandre Cruz Henriques e pela enfermeira Renata Leite, que capacitou as equipes envolvidas no processo e ajudou na conquista da premiação.
“É um resultado importante para a CIHDOTT, direção e colaboradores da instituição, pois nos incentiva e estabelece o compromisso permanente de superarmos esses números. Tão ou mais importante do que essa conquista é a nossa contribuição para o sistema de captação e distribuição de órgãos e tecidos, pois temos em todo o Estado de São Paulo cerca de 35 mil pessoas aguardando por alguma doação”, disse o diretor técnico, também coordenador médico da CIHDOTT.
Postado por Eduardo Nascimento em 24/out/2018 -
O presidente da Fundação do ABC, Dr. Luiz Mario Pereira de Souza Gomes, e o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo (Sindacs-SP), Rodrigo Rodrigues Costa, estiveram reunidos com suas respectivas equipes em 11 de outubro, na sede da FUABC, com objetivo de discutir os termos de um novo acordo coletivo específico para a categoria.
Este foi o segundo encontro do sindicato com a atual Presidência da FUABC. Hoje o Sindacs representa 38 cidades. Via Fundação do ABC, são 910 agentes comunitários de saúde (ACSs) atuando nas cidades de Santo André e São Bernardo. “O acordo coletivo é bom para a categoria, pois observa as especificidades da profissão. Assinamos o primeiro acordo com a FUABC em 2015, visando mais o social do que a própria convenção coletiva, que tende a ser muito rígida, pois abrange diversas categorias e acaba não atendendo a realidade do exercício da profissão do ACS. Por isso a importância da continuidade deste acordo, que está sendo construído

Reunião na FUABC buscou discutir termos para um novo acordo coletivo específico para a categoria
ao longo dos últimos quatro anos, assim como dos avanços e ajustes necessários”, informa o presidente do Sindacs, Rodrigo Rodrigues Costa.
Para o presidente da FUABC, esse diálogo aberto com o sindicato é extremamente importante, pois permite compreender melhor as demandas e aprimorar a relação com os trabalhadores na ponta, na execução dos serviços. “É motivo de satisfação podermos trocar experiências e conhecer de perto as particularidades do trabalho dos ACSs. Estaremos sempre de portas abertas, pois nosso intuito é oferecer o melhor aos nossos colaboradores, para que eles ofereçam o melhor à população”, considera o presidente da FUABC, Dr. Luiz Mario Pereira de Souza Gomes.
REIVINDICAÇÕES
A partir da reunião, ficou definido que a FUABC irá formalizar as propostas do Sindacs às secretarias de Saúde de Santo André e São Bernardo, com as solicitações de adequações salariais sobre as perdas inflacionárias, juntamente com a discussão de valores retroativos.
“Além da reposição das perdas salariais, buscamos dar continuidade às cláusulas sociais do último acordo coletivo, especialmente em função da nova Lei Trabalhista. Um dos pontos mais importantes nesse momento é questão do ponto corrido”, revela Rodrigo Rodrigues Costa, que detalha: “O ponto corrido é fundamental, pois o agente comunitário mora e atua na mesma região. Fazer ele voltar até a base de trabalho somente para assinar o ponto é desnecessário e faz com que perca um tempo muito grande. Isso é uma especificidade da profissão, que entra como cláusula social”.
Outras cláusulas sociais pleiteadas para renovação neste novo acordo coletivo dizem respeito ao auxílio creche para homens – a Fundação do ABC é uma das poucas entidades que reconhece e paga este auxílio aos ACSs – e às compensações relacionadas ao absenteísmo. “Numa categoria composta 90% por mulheres, é importante ter essa flexibilidade para que as trabalhadoras possam acompanhar seus filhos em reuniões da escola ou em casos de doenças, sem perdas financeiras. Tudo isso está presente no atual acordo e a continuidade dessas cláusulas é muito importante, pois são conquistas construídas no decorrer dos anos, mostrando as demandas específicas da profissão”, ressalta o presidente do Sindacs.
DIA NACIONAL DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Dia 4 de outubro foi comemorado o Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde. Trata-se de profissão de cunho federal, regulamentada em 2006 como profissão específica e diferenciada, que só existe no âmbito do serviço público de saúde. Hoje a categoria reúne cerca de 400 mil trabalhadores em todo o País.
Conforme definição do Ministério da Saúde, a Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS). O agente comunitário de saúde é capacitado para reunir informações de saúde sobre a comunidade onde mora. É orientado pelo médico e enfermeira da unidade de saúde instalada no território e vai de casa em casa anotando as informações que podem ajudar a saúde da comunidade, além de realizar orientações sobre campanhas em andamento, programas de saúde e medidas de promoção à saúde e de prevenção de doenças.
“Somos a profissão mais nova no âmbito da saúde, com apenas 12 anos de regulamentação. Hoje, uma das nossas principais reivindicações é pela obrigatoriedade do curso técnico em Agente Comunitário de Saúde para todos aqueles aprovados em concurso ou processo seletivo público. Temos pleiteado junto às prefeituras que os trabalhadores aprovados, antes de serem encaminhados para a unidade de saúde, passem por esse treinamento de 1.200 horas, para que tenham maior conhecimento da atividade. Hoje, infelizmente, os aprovados fazem um curso introdutório de 20 horas e já são liberados para a unidade de saúde. Isso é muito ruim, pois é uma qualificação pequena para alguém que muitas vezes nunca teve contato com o serviço de saúde”, finaliza Rodrigo Rodrigues Costa.
Postado por Eduardo Nascimento em 24/out/2018 -
A Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde da Faculdade de Medicina do ABC (COREMU-FMABC) promoveu, dia 24 de outubro, duas atividades voltadas ao debate acadêmico e à atualização científica e profissional. O anfiteatro do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, foi palco da “V Jornada de Atenção ao Câncer” e da “VIII Jornada de Gerontologia”. Sob a temática “Segurança no cuidado do idoso: perspectivas para a atenção em rede”, as atividades tiveram inscrições gratuitas e limitadas.
A abertura do evento esteve sob responsabilidade das diretorias da FMABC e do Hospital Mário Covas. Os temas destacados para as palestras foram “Segurança no cuidado do idoso: perspectivas para a atenção em rede” e “Idoso frágil”, além das mesas redondas “A perspectiva bioética do cuidado seguro do idoso” e “Qualificação da assistência ao idoso com afecções oncológicas”.
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
A Faculdade de Medicina do ABC inaugurou em 2013 o Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde – modalidade de ensino no campo da pós-graduação Lato Sensu. Os cursos ocorrem em duas áreas de concentração – Saúde do Idoso e Atenção ao Câncer – e proporcionam treinamento prático em serviço durante dois anos. Participam profissionais graduados nas áreas de enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição e terapia ocupacional.
Ao todo são quase 6.000 horas, distribuídas 20% entre atividades teóricas e teórico-práticas e 80% em atividades práticas de formação em serviço. Em regime de dedicação exclusiva, os residentes atuam em unidades assistenciais de atenção primária, secundária e terciária nos três municípios do ABC e recebem bolsa mensal do Ministério da Saúde.
Postado por Eduardo Nascimento em 24/out/2018 -

Presidente da Regional ABC da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo, professora e chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Elizabeth Jehá Nasser
A Regional ABC da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP-ABC), com apoio da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, organiza no próximo sábado (27 de outubro) o “Curso Teórico-Prático de Emergências Obstétricas”. Destinada a médicos, enfermeiros e médicos residentes, a atividade ocorrerá das 8h30 às 16h30, no campus da FMABC em Santo André (Av. Lauro Gomes, 2.000, Vila Sacadura Cabral).
Entre os temas programados para o evento estão “Contextualização da morte materna”, “Classificação de risco e critérios de near miss obstétrico”, “Sequenciamento do atendimento da hemorragia pós-parto”, “Diagnóstico e manejo inicial do edema agudo de pulmão”, “Diagnóstico e assistência às urgências hipertensivas” e “Manejo da infecção puerperal grave”. Ao longo do dia, também haverá cinco estações com demonstrações práticas sobre “Código vermelho”, “Balão de tamponamento”, “Suturas hemostáticas”, “Eclâmpsia” e “Choque séptico”.
“Nosso objetivo é oferecer capacitação profissional com o que há de mais atual na área de emergências obstétricas, a fim de contribuirmos para a redução dos índices de mortalidade materna”, informa a presidente da Regional ABC da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo, professora e chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Elizabeth Jehá Nasser.
Interessados podem obter mais informações e efetuar as inscrições na SOGESP-ABC, pelos telefones (11) 4330-2394 e (11) 94482-6029, ou via e-mail abc@sogesp.org.br.
Postado por Maíra Oliveira em 24/out/2018 -

Diretor-geral do AME-PG, Dr. Cássio Lopes
O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Praia Grande tornou digital todo o seu acervo de prontuários, documentos, exames, solicitações e demais formulários pertinentes à rotina assistencial e administrativa da unidade. A iniciativa foi motivada pela falta de espaço físico para armazenamento de arquivos internos e prontuários de pacientes. Estes, por lei, devem ser preservados por até 20 anos.
Antes da implantação do sistema, eram feitas cerca de 100 mil impressões por mês, número que caiu para 40 mil. A redução foi de 60% e o investimento de cerca de R$ 150 mil. O material é acumulado desde 2009, ano de inauguração do AME.
A modernização foi possível por meio de contratação de duas empresas em paralelo. A primeira ficou responsável pela migração imediata dos documentos e formulários utilizados diariamente para o sistema eletrônico, inclusive prontuários. Foram contempladas as áreas de faturamento, tecnologia de informação, recepção, enfermagem e Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME). Além disso, foram inseridos certificados digitais e assinaturas para que o acesso aos arquivos eletrônicos obedecesse às regras de padrões de segurança. Já os termos de consentimento assinados pelos pacientes antes de cirurgias passaram a ser registrados em sistema via biometria, que traz autenticidade ao documento pela impressão digital.
A segunda parte do projeto foi dividida entre profissionais da unidade e outra empresa, encarregada de digitalizar, certificar, indexar e assinar os arquivos físicos mais antigos. Uma equipe de funcionários foi designada a verificar manualmente milhares de documentos e fazer a triagem daqueles que seriam registrados no acervo digital. “Estávamos criando novos arquivos físicos, porém sem poder dispensar os antigos. O volume não acabava. Por isso, buscamos soluções modernas de gestão desses documentos e, primeiramente, estancamos a geração de novos prontuários. Depois, estipulamos uma condição para que a empresa responsável pela digitalização seguisse os padrões do sistema que já havíamos implantado, com geração de assinatura e certificação digital com validade jurídica. Hoje temos acesso a todo o legado documental desde a inauguração da unidade, o que facilita a consulta de todos os dados clínicos dos pacientes”, explica Dr. Cássio Lopes, diretor-geral do AME. As empresas contratadas para o trabalho foram Green Concept e EcoStorage. O processo teve início em 2015 e foi concluído este ano.
Atualmente, o papel que a unidade utiliza é aquele que o paciente, eventualmente, precisa levar consigo, como o encaminhamento à Unidade Básica de Saúde (UBS) para continuidade do tratamento.
PROJETO PILOTO
O projeto desenvolvido no AME Praia Grande inspirou os outros dois AMEs geridos pela Fundação do ABC, em Santo André e Mauá, a adotarem a mesma prática. As unidades já se reuniram com a diretoria do AME-PG para troca de informações e irão implantar o mesmo sistema eletrônico de gestão documental. Atualmente estão em fase de lançamento de edital para contratação das empresas e o objetivo é concluir o projeto em 2019.
HISTÓRICO
O AME Praia Grande oferece mais de 15 especialidades médicas e não médicas para a população e cerca de 20 tipos de exames, além de pequenas cirurgias. Também dispõe de serviço ambulatorial composto por primeira consulta, interconsulta, retornos, procedimentos terapêuticos e cirurgias ambulatoriais. É referência para atendimento de baixa e média complexidade à população de Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe, São Vicente, Itanhaém, Pedro de Toledo e Itariri.
Postado por Maíra Oliveira em 24/out/2018 -

Atividade na UTI Neonatal é realizada de duas a três vezes por semana
Música para o coração e para a alma. Os sons das cordas do violão e dos instrumentos da musicoterapeuta do Hospital da Mulher, Camila Turco, 37 anos, estão enchendo os bebês da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital de força, e suas mães de esperança.
Trabalhando com as mães diariamente por uma hora nos setores da Ucinca (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru) e na Ucinco (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional), a musicoterapeuta explica que as canções são realizadas por meio de uma caixa de som portátil, de canções feitas no violão e na kalimba.
“A atuação com as mães acaba sendo diária, pois mesmo quando não há atendimento específico para elas, o fato de elas estarem com o bebê enquanto ele está recebendo musicoterapia receptiva acaba atingindo não só ela, mas também a equipe de enfermagem”.
E os resultados já garantiram melhoras nos sinais vitais dos bebês e na resposta aos tratamentos. De acordo com Camila, a musicoterapia contribui para a diminuição da irritabilidade, dá sensação de relaxamento, acolhimento, segurança, além de auxiliar na estabilidade da frequência cardíaca, respiratória e na saturação do oxigênio do bebê. “A musicoterapia atua no sistema neuropsicomotor e contribui para o desenvolvimento do bebê e sua menor permanência na UTI”, explica.
A musicoterapia é praticada no Hospital da Mulher diariamente, sendo o trabalho especial com os recém-nascidos promovido de uma a três vezes por semana.
Postado por Eduardo Nascimento em 22/out/2018 -

Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André
A Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde da Faculdade de Medicina do ABC (COREMU-FMABC) programou para 24 de outubro (quarta-feira) duas atividades voltadas ao debate acadêmico e à atualização científica e profissional. Das 8h às 12h, o anfiteatro do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, será palco da “V Jornada de Atenção ao Câncer” e da “VIII Jornada de Gerontologia”. Sob a temática “Segurança no cuidado do idoso: perspectivas para a atenção em rede”, as atividades têm inscrições gratuitas e limitadas. Interessados devem entrar em contato com o COREMU pelo e-mail coremu@fmabc.br.
A abertura do evento estará sob responsabilidade das diretorias da FMABC e do Hospital Mário Covas. Entre os temas destacados para as palestras estão “Segurança no cuidado do idoso: perspectivas para a atenção em rede” e “Idoso frágil”, além das mesas redondas “A perspectiva bioética do cuidado seguro do idoso” e “Qualificação da assistência ao idoso com afecções oncológicas”.
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
A Faculdade de Medicina do ABC inaugurou em 2013 o Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde – modalidade de ensino no campo da pós-graduação Lato Sensu. Os cursos ocorrem em duas áreas de concentração – Saúde do Idoso e Atenção ao Câncer – e proporcionam treinamento prático em serviço durante dois anos. Participam profissionais graduados nas áreas de enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição e terapia ocupacional.
Ao todo são quase 6.000 horas, distribuídas 20% entre atividades teóricas e teórico-práticas e 80% em atividades práticas de formação em serviço. Em regime de dedicação exclusiva, os residentes atuam em unidades assistenciais de atenção primária, secundária e terciária nos três municípios do ABC e recebem bolsa mensal do Ministério da Saúde.
Postado por Eduardo Nascimento em 19/out/2018 -

Novo setor de ótica da disciplina de Oftalmologia funciona em sala própria dentro do Instituto de Olhos da FMABC
A disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC inaugurou na manhã de hoje (19 de outubro) uma ótica dentro do Instituo de Olhos da FMABC. Responsável pela montagem de óculos e lentes com grau, de acordo com especificações médicas, o setor tem apoio da fábrica de lentes HOYA e integra o programa “Doação de Felicidade”, que proporcionará a entrega mensal e gratuita de 40 óculos para crianças carentes com problemas visuais graves atendidas na FMABC. Trata-se de projeto pioneiro de reabilitação visual infantil, que busca favorecer crianças portadoras de paralisia cerebral, prematuros extremos e com doenças oftalmológicas importantes, entre as quais glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade, catarata congênita e síndromes diversas.
“É um trabalho que busca contribuir na reabilitação visual infantil e não consiste apenas na entrega de óculos para uma criança que precisa. Na verdade, são crianças doentes, com deficiência visual grave e outros problemas associados”, explica médico do Setor de Oftalmopediatria da FMABC, Dr. Gustavo Salomão.
Para dar início ao programa, foi necessário atentar para dois pontos importantes: a segurança das crianças e a durabilidade dos óculos. “Não são óculos simples de consultório. Muitas das armações, por exemplo, são feitas com material especial, emborrachadas, flexíveis e sem componentes metálicos. Essas particularidades são necessárias em função das limitações dos pacientes, para que eles não se machuquem e, ao mesmo tempo, os óculos tenham maior durabilidade. Se não forem assim, caem e quebram com facilidade”, informa Dr. Vagner Loduca Lima, professor da disciplina de Oftalmologia e chefe do Serviço de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC.
O novo setor de ótica da disciplina de Oftalmologia funciona em sala própria dentro do Instituto de Olhos da FMABC. O atendimento às crianças para medição e escolha da armação terá início em 26 de outubro. Os primeiros óculos serão entregues em novembro.
DOAÇÃO DE ARMAÇÕES
O programa “Doação de Felicidade” surgiu a partir da parceria da disciplina de Oftalmologia com a fábrica de lentes HOYA, que se comprometeu a doar mensalmente 40 pares de lentes para crianças com doenças graves atendidas no Instituto de Olhos da FMABC. Empresas e pessoas físicas interessadas em contribuir com o programa podem participar doando armações flexíveis. Mais informações no telefone (11) 4993-7242.

Postado por Eduardo Nascimento em 19/out/2018 -
Cirurgiões vasculares do Hospital Estadual Mário Covas (HEMC) – unidade gerenciada pela Fundação do ABC –, Dr. Robson Barbosa de Miranda e Dra. Viviane Augusto Pereira Couto acabam de lançar o livro “Doppler das Artérias Carótidas e Vertebrais”. Publicado pela Di Livros Editora e Livraria, a obra de 269 páginas é especializada em Ultrassom-Doppler e conta com diversos capítulos escritos por médicos do serviço de Ecografia Vascular com Doppler do HEMC, além de colaboradores de outras respeitadas instituições nacionais.
A linguagem utilizada remete às aulas de residência médica, com objetivo de divulgar ciência com naturalidade e transportar o leitor para dentro de uma sala de exames ou centro cirúrgico. “Acreditamos que a melhor forma de entender o ultrassom-Doppler é por meio de imagens. Por isso, o livro é ricamente ilustrado. Ao fim de alguns capítulos, acrescentamos também códigos QR que levam a vídeos e playlists de exames bem representativos sobre o assunto em questão. Os softwares para leitura desses códigos são gratuitos e amplamente disponíveis para smartphones e outros dispositivos eletrônicos. Essa integração entre tecnologias permite maior interação entre os autores e os leitores”, considera o autor Dr. Robson Barbosa de Miranda, que é médico responsável pelo setor de Ecografia Vascular com Doppler do Hospital Estadual Mário Covas.
Entre os destaques, além dos capítulos tradicionais, há uma seção objetiva e ilustrada sobre o relacionamento entre o Doppler de carótidas e procedimentos cirúrgicos e endovasculares. “Consideramos que o ecografista precisa entender, de forma bem sucinta, como são realizados os procedimentos, bem como suas indicações, técnicas e protocolos de seguimento”, informa Miranda. Além disso, dois capítulos sobre Doppler transcraniano por imagem oferecem conhecimento sobre essa modalidade, cada vez mais importante dentro de hospitais terciários e na política sobre doação de órgãos.
“Essa é uma publicação destinada a todos aqueles que se dedicam ao diagnóstico e tratamento da doença cerebrovascular e foi muito bem recebida pelas comunidades de cirurgia vascular, radiológica e cardiológica. O livro foi idealizado e desenhado com base na experiência pessoal como ecografista vascular e, principalmente, como professor nessa área. Achamos importante discutir aspectos clínicos e cirúrgicos das condições abordadas, com base nas dúvidas de colegas não vasculares, especialmente radiologistas e cardiologistas que frequentam a residência médica e nossos cursos, sobre as doenças que estavam diagnosticando”, finaliza Dr. Robson Barbosa de Miranda.
Postado por Maíra Oliveira em 19/out/2018 -

Pesquisadores responsáveis, doutores Auro del Giglio, Fernando Luiz Affonso Fonseca, Beatriz Alves e Flavia de Souza
Pesquisadores da Faculdade de Medicina do ABC deram início neste ano à segunda fase de um estudo pioneiro sobre nova técnica de perfilhamento genético do câncer de mama. Trata-se de exame que subsidia a equipe médica com o diagnóstico molecular da doença, fornecendo elementos que permitem a indicação de tratamentos mais precisos, melhorando o prognóstico. Hoje o exame mais conhecido do gênero é o Oncotype DX, disponível no país em poucos serviços particulares ao custo de aproximadamente R$ 13,5 mil. A patente para a técnica brasileira já está vigente há dois anos e a expectativa é de que o exame seja lançado no mercado por até R$ 1.800,00 – ou seja, 85% mais barato que o Oncotype DX.
Em junho deste ano, o teste Oncotype ganhou as manchetes do mundo em função de um estudo apresentado no encontro anual da ASCO – American Society of Clinical Oncology (Sociedade Americana de Oncologia Clínica) – o maior evento mundial na área de oncologia. Segundo a pesquisa, batizada TAILORx, grande parte das mulheres com câncer de mama em fase inicial e que seriam submetidas à quimioterapia podem não precisar mais desse tratamento tóxico e agressivo. Publicado no New England Journal of Medicine, o trabalho garante que é possível poupar da quimioterapia até 70% das pacientes diagnosticadas com um tipo de câncer de mama extremamente comum.
MENOS QUIMIOTERAPIA
O estudo norte-americano TAILORx recrutou total de 10.253 mulheres com tumores de mama primários, com dimensão entre 1 e 5 centímetros, receptores hormonais positivos, HER2 negativos (um tipo de proteína) e axila negativa (quando a doença não atingiu os nódulos linfáticos), que realizaram o teste molecular Oncotype DX em diferentes países. Acompanhadas por até nove anos, as pacientes foram divididas em três grupos, conforme o resultado do Oncotype: baixo risco, risco intermediário e alto risco.
Nos extremos, as condutas médicas já eram bem definidas. No grupo de baixo risco, com índice de 0 a 10 no exame, o tratamento após a retirada do tumor apenas com terapia hormonal, sem quimioterapia, é considerado seguro segundo estudos anteriores – ou seja, essas pacientes não se beneficiam da quimioterapia. Já nos casos de alto risco, com índice de 26 ou mais, a quimioterapia é necessária em função da maior agressividade do câncer e do risco aumentado de retorno da doença (recidiva). No entanto, aproximadamente 40% dos resultados do Oncotype DX caem na faixa intermediária, entre 11 e 25, onde não haviam dados consistentes que garantissem segurança ao tratamento sem quimioterapia. Esses dados foram disponibilizados a partir do TAILORx: até 70% das mulheres com câncer de mama conforme o perfil estudado podem deixar de fazer quimioterapia, poupadas de efeitos colaterais importantes, do maior risco de infecções e de prejuízos físicos, psicológicos, sociais e emocionais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), os resultados do TAILORx “são de extrema importância, sendo evidências robustas de que a maioria das pacientes com câncer de mama, axila negativa, e risco intermediário no Oncotype DX podem evitar a quimioterapia”. Presidente da SBM, Antonio Luiz Frasson completa: “Precisávamos entender o que ocorria com as pacientes de risco intermediário. Ao confirmar que 83% das mulheres que participaram do estudo estão no risco baixo ou intermediário, onde a quimioterapia não foi benéfica, nos anima, porque, desta forma, muitas mulheres poderão ter uma melhor qualidade de vida. Agora os médicos terão mais assertividade para acrescentar ou não a quimioterapia ao tratamento”.
CÂNCER DE MAMA
O carcinoma de mama é a causa mais frequente de mortalidade por câncer em mulheres no país, com risco esperado de 49 casos a cada 100 mil brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A elevada incidência da doença reforça a necessidade de biomarcadores prognósticos mais efetivos – como é o caso do Oncotype –, capazes de estratificar os riscos de recidivas e preveni-las a partir da personalização dos tratamentos. “Os tumores de mama são heterogêneos do ponto de vista molecular. Dessa forma, a avaliação das características anatomopatológicas, associada ao perfilhamento gênico do tumor e a biomarcadores relacionados ao processo metastático – como a pesquisa de células tumorais circulantes – podem proporcionar visão mais ampla do processo tumoral, fornecendo informações importantes de natureza prognóstica e preditiva”, explica o professor titular de Oncologia e Hematologia da FMABC, Dr. Auro del Giglio.
Atualmente existem três principais plataformas de perfilhamento gênico com utilidade prognóstica potencial – ou seja, que podem influenciar diretamente na definição do tratamento de mulheres com câncer de mama: plataforma de Rotterdam, Oncotype e Mammaprint. Entre as opções, a Oncotype reúne vantagens operacionais que a tornam preferida entre as demais. No entanto, a alternativa brasileira pode entrar em breve nessa lista e tornar o teste mais acessível.
O Oncotype DX analisa 21 genes envolvidos em importantes processos ligados ao câncer de mama, como invasão tumoral, proliferação celular e vias relacionadas a receptores hormonais. “O exame permite visualizar todo o perfilhamento genético do câncer de mama. A partir dos resultados é gerado um índice, que indica as possíveis respostas da paciente antes mesmo do início do tratamento. Graças a esse escore é possível saber quais pacientes se beneficiariam de quimioterapia para prevenção de recidivas ou aqueles casos em que apenas a hormonioterapia traria melhor prognóstico”, explica o coordenador do Laboratório de Análises Clínicas e vice-diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Fernando Luiz Affonso Fonseca.
Segundo o especialista, apesar da grande utilização nos Estados Unidos e Europa, o custo de R$ 13,5 mil no Brasil ainda torna o teste Oncotype distante da realidade da maioria da população. “É uma ferramenta prognóstica fundamental para melhorar os resultados dos tratamentos. No entanto, devido ao alto custo, está restrita à reduzida parcela da população”, lamenta Fonseca.
TESTE BRASILEIRO
A exemplo da plataforma Oncotype, a técnica desenvolvida na FMABC também analisa 21 genes ligados ao câncer de mama. Em outubro de 2015, a revista científica internacional Tumor Biology publicou artigo sobre o novo exame. Em fevereiro deste ano teve início a segunda fase do estudo, que foi aprovada para financiamento da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. “Estamos hoje na chamada fase de validação, aplicando na prática a metodologia desenvolvida na primeira etapa do estudo. Ao todo serão selecionadas 800 amostras no serviço de Patologia da FMABC, provenientes de mulheres já tratadas do câncer de mama. A expectativa é de reavaliar todo esse material até fevereiro de 2020”, planeja o titular de Oncologia e Hematologia, Dr. Auro del Giglio.
Segundo o Dr. Fernando Fonseca, o objetivo agora é verificar o comportamento do escore brasileiro neste novo e amplo seguimento de pacientes, para comparar os resultados do teste com as condutas médicas efetivamente adotadas ao longo do curso clínico. “Vamos analisar quais pacientes se beneficiaram do tratamento quimioterápico, assim como aquelas que poderiam ter sido poupadas e até mesmo as que não passaram pela quimioterapia, mas que teriam algum benefício. A partir desses resultados práticos, teremos o produto final validado. Com essa nova técnica, segura e mais acessível, esperamos que o teste seja disponibilizado em larga escala, inclusive com incorporação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por operadoras de planos de saúde privados”, planeja Fonseca, que assina o estudo ao lado dos pesquisadores Auro del Giglio, Beatriz Alves, Flavia de Souza e Renata Kuniyoshi.