Postado por Eduardo Nascimento em 15/jun/2016 -
Instituto Neurológico de São Paulo, Faculdade de Medicina do ABC, Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e Fundação do ABC coordenarão trabalho voluntário de neuropediatras, médicos clínicos, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais
Após dois meses de preparativos, com criação de protocolos e fluxos assistenciais, Instituto Neurológico de São Paulo (INESP), Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) e Fundação do ABC (FUABC) estão prontas para iniciar os atendimentos no “Projeto Zika”. Trata-se de iniciativa multiprofissional inédita para atendimento gratuito de crianças com microcefalia e suporte psicológico às mães e gestantes infectadas pelo Zika vírus, com participação de voluntários nas áreas de Neuropediatria, Neurologia, Clínica Médica, Psicologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
O agendamento de consultas já está disponível pelo telefone (11) 4116-9553 (secretária Érica), das 10h às 17h. A triagem ocorrerá no Instituto Neurológico de São Paulo (Rua Maestro Cardim, 808, Bairro Paraiso, São Paulo – próximo ao Metrô Vergueiro). De acordo com o diagnóstico, o seguimento ambulatorial será dividido em consultas no próprio instituto e nos ambulatórios de especialidades da FMABC, em Santo André (Av. Príncipe de Gales, 821).
ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL
Batizada “Projeto de Atendimento e Assistência – Vírus Zika: a Ética do Cuidar”, a iniciativa surgiu a partir da inquietação da professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC e neuroendocrinologista do Instituto Neurológico de São Paulo, Dra. Maria Angela Zaccarelli Marino, frente ao número crescente de bebês com microcefalia e ao desespero de mães e de gestantes, que não sabem como lidar com essa situação.
“A mídia mostrava dia após dia o aumento dos casos de Zika vírus e, consequentemente, de crianças com microcefalia. Por outro lado, o Brasil não está preparado para essa situação e não possui estrutura adequada, multiprofissional, que atenda integralmente as gestantes e as crianças. Por essa razão comecei a conversar com colegas da Faculdade de Medicina do ABC e do Instituto Neurológico de São Paulo, em busca de voluntários dispostos a abrir espaço em suas agendas para participar dessa iniciativa assistencial e de acolhimento às famílias”, recorda Maria Angela Zaccarelli Marino.
A adesão dos profissionais foi imediata e o grupo passou a organizar a logística para os atendimentos, assim como protocolos e fluxos assistenciais. Ao todo são 14 voluntários envolvidos no projeto, que receberá mulheres grávidas com confirmação ou suspeita de infecção pelo Zika vírus, assim como crianças com suspeita ou confirmação de microcefalia. “O objetivo principal é prestar atendimento de alta complexidade, auxiliando e apoiando outras instituições, parceiras ou não, com o diagnóstico, notificações e manejo corretos de cada caso”, define Dra. Maria Angela Zaccarelli Marino.
MICROCEFALIA
A microcefalia é uma malformação congênita, que afeta o desenvolvimento e o crescimento normais do cérebro. Como consequência, o tamanho do crânio do feto ou da criança é menor do que o padrão mínimo para a idade.
As principais causas que levam à microcefalia, ou seja, que afetam o desenvolvimento cerebral, ocorrem ainda dentro do útero materno. A rubéola, a toxoplasmose e o citomegalovírus na gestante são os agentes mais conhecidos que podem ocasionar essa malformação no feto e os obstetras sempre pedem exames para detectar tais agentes infecciosos. A doença também pode ocorrer como consequência do abuso de álcool e drogas ou por questões hereditárias, genéticas.
“Infelizmente, hoje o Brasil vive surto de microcefalia. São milhares de casos registrados em todo o país, cuja causa não é nenhuma das mencionadas anteriormente. O principal problema é o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e também o Zika vírus – este último, o grande responsável pelo aumento dos casos de microcefalia”, detalha o professor de Neuropediatria da Faculdade de Medicina do ABC e presidente da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, Dr. Rubens Wajnsztejn, um dos grandes parceiros do “Projeto Zika”.
O Zika fica somente de 4 a 5 dias em circulação no organismo, o que dificulta muito a identificação do vírus. Além disso, muitas dessas infecções apresentam sintomas pequenos e passageiros ou até mesmo nenhum sintoma, fazendo com que a gestante nem sequer suspeite de que foi infectada. Quando ocorrem sintomas perceptíveis, os principais são febre baixa, náusea, dores de cabeça, de garganta, nas articulações e pelo corpo, manchas e lesões na pele. Em alguns casos pode ocorrer conjuntivite.
“As microcefalias não são iguais e são vários os níveis de comprometimento cerebral. Se a infecção da gestante pelo Zika ocorrer no primeiro trimestre da gravidez, a microcefalia será mais grave. Se ocorrer no segundo trimestre, também pode haver um atraso no desenvolvimento do cérebro da criança, porém, um atraso não tão importante quanto no início da gestação”, explica Dr. Rubens Wajnsztejn, que acrescenta: “Entre as sequelas mais comuns, a microcefalia pode levar ao comprometimento visual, da audição ou da fala, por exemplo. Contudo, de maneira geral, o grande problema é a deficiência intelectual e cognitiva. A maioria das crianças com microcefalia vai andar, vai correr, mas vai ter grande dificuldade para aprender e para ter uma vida independente”.
O tratamento das crianças varia caso a caso e baseia-se na estimulação para o desenvolvimento, com supervisão médica constante e através do apoio de áreas como a fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, entre outras.
PESQUISA REGIONAL
O início da assistência à população integra cooperação técnica firmada em meados de março entre Fundação do ABC, Faculdade de Medicina do ABC e Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Além do acompanhamento especializado de gestantes com suspeita de Zika vírus nos ambulatórios de alto risco da instituição de ensino e dos recém-nascidos com microcefalia, o trabalho inclui pesquisa sobre arboviroses – doenças transmitidas aos humanos por meio de insetos –, com destaque para a dengue, Zika e febre chikungunya. As sete cidades da região do ABC passarão a contar com uma plataforma diagnóstica e um sistema de vigilância contra esses vírus.
Trata-se de projeto da Faculdade de Medicina do ABC, coordenado pelos pesquisadores Fernando Luiz Affonso Fonseca, Beatriz Alves, Flavia de Sousa, Gabriel Laporta e Renato Pereira de Souza. O estudo será desenvolvido em parceria com o Instituto Adolfo Lutz, ligado ao Governo do Estado. A partir da cooperação técnica, os municípios do ABC participarão com a coleta de material e amostras de sangue.
“Pacientes da região do ABC entre 18 e 70 anos, com suspeita de dengue, Zika ou chikungunya, terão coletadas duas amostras de sangue. A primeira seguirá para o Instituto Adolfo Lutz, dentro do fluxo convencional de notificações já vigente. A segunda virá para a plataforma da FMABC, onde será feito o diagnóstico molecular. Casos positivos serão confirmados em testes validados pelo Instituto Adolfo Lutz”, detalha o vice-diretor da Medicina ABC, Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, que acrescenta: “As amostras negativas serão direcionadas para uma segunda plataforma de estudo, em que verificaremos a presença de outras arboviroses, geralmente negligenciadas, mas que já circulam no Estado de São Paulo: Rocio, Mayaro, Oeste do Nilo e Encefalite de São Luís”.
A partir dos casos positivos para dengue, Zika ou chikungunya, equipes da Faculdade de Medicina do ABC darão início a trabalho de campo em busca de mosquitos nas regiões de origem dos pacientes. “Os mosquitos coletados serão inseridos em nossa plataforma diagnóstica e analisados para confirmação ou não da presença dos vírus. A partir dos resultados, será possível mapear as regiões com maior incidência das doenças e subsidiar o Poder Público com informações que permitam o combate mais efetivo e direcionado ao Aedes aegypti”, explica Dr. Fernando Fonseca.
PROFISSIONAIS VOLUNTÁRIOS
Além da Dra. Maria Angela Zaccarelli Marino e do Dr. Rubens Wajnsztejn, integram a equipe multiprofissional do ‘Projeto Zika’:
– Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca: farmacêutico bioquímico, vice-diretor da FMABC e coordenador do Laboratório de Análises Clínicas.
– Dr. Raul Marino Júnior: neurocientista e professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
– Dr. Thalles Zaccarelli Balderi: médico clínico do Centro de Estudos em Neurociências do Instituto Neurológico de São Paulo.
– Dr. Acilino Santos Portela: neuropediatra da FMABC e do INESP.
– Simone Carvalho: psicóloga do INESP.
– Rosa Helena Moraes: psicóloga do INESP.
– Dr. Martin Myczkowski: psicólogo e coordenador do Centro de Estudos em Neurociências do INESP.
– Dra. Márcia Cristina Bauer Cunha: coordenadora do curso de Fisioterapia da FMABC.
– Dr. Caio Borella: fisioterapeuta do Instituto Neurológico de São Paulo.
– Andréia Zarzour Abou Hala Corrêa: coordenadora do curso de Terapia Ocupacional da FMABC.
– Natasha Carolina Carreño: terapeuta ocupacional da FMABC.
– Dra. Aline Lopes: coordenadora do curso de Neurodesenvolvimento Infantil do Instituto Neurológico de São Paulo.
Postado por Eduardo Nascimento em 13/jun/2016 -
O Núcleo Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC (NEA-FMABC) organizou na noite de 10 de junho a terceira edição do “CINENEA” – atividade cujo objetivo central é proporcionar encontros educativos e lúdicos, assim como a troca de informações e experiências dentro de temas diversos nas áreas de educação e saúde. O filme escolhido para a oportunidade foi “Um sorriso tão grande quanto a lua”.

Equipe do NEA-FMABC na exibição de “Um sorriso tão grande quanto a lua”
Com 90 minutos, o longa-metragem baseia-se na história real de um professor que busca levar uma turma de jovens estudantes a um programa que transmite noções básicas de astronomia. Entretanto, seus alunos têm diagnósticos de ansiedade, síndrome de Tourette, dislexia, síndrome de Down, superdotação e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), entre outras dificuldades de aprendizagem que tornam a missão do docente ainda mais desafiadora.
“Um sorriso tão grande quanto a lua” retrata o passo a passo do trabalho de convencimento da diretoria da escola, a busca por fundos para viabilizar o projeto e a persistência de quem não abre mão dos sonhos. “O filme mostra que as possibilidades são direitos de todos. Afinal, somos todos iguais em nossas diferenças e todos diferentes em nossas igualdades, porque simplesmente somos únicos”, afirma a coordenadora do NEA-FMABC, Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn.
SUCESSO DE PÚBLICO
A primeira edição do CINENEA ocorreu em 25 de novembro de 2015. O projeto estava programado inicialmente para 2016, mas o piloto foi antecipado com intuito de arrecadar doações de leite em pó em favor das famílias atingidas pela tragédia ambiental na região de Mariana, em Minas Gerais (MG). O “CINENEA – SOS Mariana” conseguiu angariar 100 quilos de leite em pó, que foi o “ingresso” para assistir ao filme “O Segredo”, cujo tema central é a dislexia.

Exibição do terceiro filme ocorreu em 10 de junho, na Faculdade de Medicina do ABC
Em 19 de fevereiro, a segunda edição destacou o filme “Como estrelas na terra”, cuja história aborda os temas dislexia, ansiedade, depressão, desatenção e agitação.
O CINENEA é organizado pela coordenadora do núcleo, a psicóloga e neuropsicóloga Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, e reúne profissionais da área multidisciplinar, entre os quais neuropediatras, pediatras, professores, diretores e coordenadores de escolas, familiares de alunos com dificuldade de aprendizagem ou não, assim como crianças e adolescentes interessadas no tema. “Nossa intenção é conscientizar e trocar informações de qualidade com colegas de área e demais interessados nos temas deste segmento, evitando a propagação de conceitos inadequados. Queremos contribuir na divulgação, mostrar que as dificuldades escolares podem estar relacionadas aos transtornos de neurodesenvolvimento e que hoje temos avaliações e tratamentos extremamente eficazes para auxiliar essas crianças”, garante Alessandra Wajnsztejn.
Postado por Eduardo Nascimento em 10/jun/2016 -
A Prefeitura de Osasco inaugura na próxima terça-feira (14 de junho), às 17h, a Unidade de Pronto Atendimento Centro – batizada UPA Vicente Missiano. A exemplo do Hospital Municipal Central de Osasco (HMCO), a gestão do novo equipamento de saúde será compartilhada com a Fundação do ABC, o que permitirá otimizar recursos disponíveis, ampliar áreas de atendimento e melhorar a assistência em benefício de toda a população do município.

A exemplo do Hospital Municipal Central de Osasco, nova Unidade de Pronto Atendimento estará sob gestão da Fundação do ABC
Abrigada em prédio próprio com mais de 1.300 m², a UPA Vicente Missiano assumirá os serviços de urgência e emergência adulto do Hospital Municipal Central – os atendimentos pediátricos continuam no pronto-socorro infantil do HMCO. A nova unidade funcionará 24 horas por dia, inclusive aos sábados, domingos e feriados, atendendo casos de urgência e emergência como paradas cardíacas, derrames, fraturas, quedas graves e febre alta, entre outros problemas. Com infraestrutura moderna, a UPA garantirá maior conforto e agilidade no atendimento desses usuários. “A expectativa é de que o local receba até 550 pacientes por dia provenientes de demanda espontânea ou referenciada. Serão cerca de 16,5 mil atendimentos por mês”, calcula o diretor geral do HMCO, Dr. Alessandro Neves.
Classificada como UPA Porte III, a nova Unidade de Pronto Atendimento Centro de Osasco conta com 19 leitos de observação e atenderá casos de pequenas e médias urgências e emergências nas áreas de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Ortopedia, além da inauguração do serviço de Urgência em Odontologia. São dois andares com consultórios, salas de espera e recepção, administração e almoxarifado, além de posto de enfermagem, quartos de observação masculina, feminina e isolamento. Também há espaços destinados à inalação, sutura, curativos, coleta de exames e hidratação.
Entre os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico constam exames laboratoriais de hematologia, bioquímica e análises de amostras biológicas como urina, fezes e secreções, por exemplo. No campo de imagem, o parque tecnológico oferece eletrocardiografia, radiologia geral e odontológica.
Iniciativa do Governo Federal, as Unidades de Pronto Atendimento – também conhecidas como UPAs 24h – integram a rede de urgência e emergência e caracterizam-se como componente pré-hospitalar fixo. De complexidade intermediária, ocupam espaço entre a Atenção Básica e a Atenção Hospitalar. São implantadas em locais estratégicos, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências. Com atendimento à demanda espontânea e referenciada, têm como objetivos oferecer à população serviço de pronto atendimento e exames correlatos, reduzir o tempo de espera nessa área e melhorar a assistência, além de diminuir a sobrecarga das unidades hospitalares municipais.
A UPA Vicente Missiano fica na Rua Aymoré de Mello Dias, 51, Centro – Osasco (SP).
PROTOCOLO DE MANCHESTER
Implantado com sucesso no Hospital Municipal Central de Osasco, o Protocolo de Manchester terá continuidade na UPA Vicente Missiano. Trata-se de sistema internacional de classificação de risco aplicado ao atendimento de casos de urgência e emergência, cujo objetivo é classificar os usuários de acordo com a gravidade do quadro clínico. Dessa forma, quanto mais crítico o estado de saúde do paciente, mais rapidamente ele recebe assistência, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
Ao chegar à unidade, o paciente passa por avaliação prévia com enfermeiros capacitados à aplicação do Protocolo de Manchester. Nesse momento é feita a classificação de risco, que é separada por cores e tem cinco níveis de intensidade. Casos classificados com a cor vermelha são gravíssimos e o atendimento é imediato. Em seguida, a prioridade é dos muito urgentes, de cor laranja, que sinaliza pacientes graves, com risco significativo e que devem ser assistidos o mais rápido possível. O terceiro nível é o das situações urgentes, de gravidade moderada e sem risco imediato, seguido pelos pouco urgentes (verde), que têm condições de aguardar atendimento, assim como os não urgentes (azul), que também podem esperar ou procurar uma Unidade Básica de Saúde.
FUNDAÇÃO DO ABC / HMCO
Caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, entidade filantrópica de assistência social, saúde e educação, a Fundação do ABC assumiu em abril de 2015 a gestão do Hospital Municipal Central de Osasco “Antonio Giglio”. A unidade atende, em média, 700 pessoas diariamente e realiza 340 cirurgias por mês. Conta com mais de 200 leitos e 770 funcionários diretos vinculados à FUABC. Trata-se de hospital geral, sem maternidade, com pronto-socorro infantil e leitos de internação em áreas como Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Ortopedia e Pediatria, além de contar com Unidade de Terapia Intensiva adulto e infantil e Hospital Dia.
No campo diagnóstico e terapêutico estão disponíveis exames laboratoriais de hematologia, bioquímica, análises de amostras biológicas, imunoquímicos, hormonais, microbiologia, anatomia patológica e parasitologia, além de radiologia, tomografia, ultrassom, endoscopia e doppler.
Postado por Eduardo Nascimento em 10/jun/2016 -
Uma em cada 10 mulheres que passam em consulta com os ginecologistas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São Bernardo apresenta a mesma queixa: incontinência urinária. O problema, que constrange as pacientes e transforma suas rotinas, tem solução. O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) oferece tratamento de ponta, seguindo protocolos de primeira linha adotados por serviços de referência no país e no exterior.

Em 2015, Ambulatório de Uroginecologia do CAISM-SBC realizou 2.254 consultas em mulheres encaminhadas pelas 34 UBSs da cidade
O atendimento é feito pelo Ambulatório de Uroginecologia, subespecialidade da ginecologia que cuida dos distúrbios da função pélvica feminina (vagina, útero, reto e região perineal). Responsável pelo serviço, o médico Emerson de Oliveira afirma que a perda involuntária de urina é mais frequente entre as pacientes da terceira idade, no período pós-menopausa. A maioria delas teve grande número de partos vaginais e apresenta sobrepeso ou obesidade, sendo estes os principais fatores de risco.
“É uma doença crônica, que começa com sintomas leves. A maioria, no entanto, despreza esses sinais por acreditar que é um problema que faz parte do envelhecimento. É um erro. Trata-se de uma disfunção importante, que prejudica muito a qualidade de vida dessas mulheres, o convívio social, as atividades diárias e o relacionamento com seus parceiros. Quanto antes iniciarmos o tratamento, maiores são as chances de sucesso”, esclarece Oliveira, que também é professor da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
O especialista explica que há dois tipos de incontinência urinária, de esforço e de urgência. A primeira ocorre quando há liberação involuntária de líquido ao tossir, espirrar, rir e carregar peso. É o tipo mais comum e afeta entre 60% e 70% das mulheres com esse tipo de disfunção. Já a incontinência de urgência ocorre por conta da hiperatividade de bexiga. Nesses casos há uma frequente, imperiosa e incontrolável necessidade súbita de urinar.
“Ir ao banheiro até sete vezes durante o dia está dentro dos padrões considerados normais. Pacientes com a incontinência urinária de urgência ultrapassam esse número e também se levantam diversas vezes à noite. Se isso ocorrer, é hora de procurar o médico e relatar o ocorrido”, alerta Oliveira.
Para diagnosticar a incontinência urinária, os médicos do ambulatório do CAISM consideram os sintomas relatados e também realizam o estudo urodinâmico, exame que observa o funcionamento da bexiga. A partir daí, inicia-se o tratamento, que em 80% dos casos é cirúrgico. Mas a fisioterapia urinária é indicada para todas as mulheres com o problema.
“Nas situações em que a incontinência urinária é detectada no início, é possível revertê-la apenas com a fisioterapia, que também é fundamental para as mulheres que já realizaram a cirurgia. São exercícios que a paciente aprende com a nossa equipe, executam durante um período sob supervisão, e depois podem repetir em suas casas. Em alguns casos, combinamos a fisioterapia com o uso de medicação por via oral, adquirida pela Prefeitura e fornecida gratuitamente pelo CAISM”, sustenta Oliveira. Este medicamento específico está presente em poucos serviços de uroginecologia no país, comenta o coordenador do CAISM, Rodolfo Strufaldi.
A aposentada Maria Ventura de Siqueira, 77 anos, é uma das pacientes atendidas pelo Ambulatório de Uroginecologia, que em 2015 realizou 2.254 consultas em mulheres encaminhadas pelas 34 UBSs da cidade. “Há 20 anos fiz uma cirurgia para corrigir, mas agora voltou a me incomodar. Não vejo a hora de me livrar disso”, conta.
A dona de casa Amarilis Vieira, 72 anos, diz que não se lembra mais da última vez em que teve uma noite tranquila de sono. “Quem tem esse problema vive em estado de alerta. Gosto muito de sair para passear, ando para cima e para baixo, caminho bastante. Mas tenho sempre que ficar de olho”, relata ela, que em breve passará por cirurgia.
Postado por Eduardo Nascimento em 08/jun/2016 -
O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, recebeu equipe da FAMESP – Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar – Organização Social de Saúde (OSS) ligada à Universidade Estadual Paulista de Botucatu – em visita para acompanhamento do trabalho realizado a partir do método Kanban, que é utilizado como ferramenta de gestão e avaliação dos processos de internação e cirurgia. O sistema Kanban foi inicialmente aplicado em empresas japonesas na fabricação em série. A eficácia resultou no aproveitamento do método em vários segmentos, inclusive na área da saúde, com as adequações necessárias.
O Hospital Estadual Mário Covas está entre as instituições públicas preocupadas em aperfeiçoar a assistência e a segurança para o paciente, utilizando ferramentas de gestão para eficiência e melhoria do custeio dos processos hospitalares. A equipe da FAMESP, formada pelo infectologista Gustavo Hideki Kawanami, pelo clínico Gilberto Góes, pela gerente e pela coordenadora de Enfermagem, respectivamente, Cassia Guerra e Patricia Lantman, esteve no ‘Mário Covas’ em 20 de abril. A reunião sobre o sistema Kanban foi coordenada por Fernando Proença, infectologista e gestor médico do HEMC.
“A experiência foi positiva, pois a equipe visitante pode acompanhar os trabalhos da comissão de Kanban, que discutiu vários casos, procedimentos e processos”, comentou o infectologista Fernando Proença, ao afirmar que a visita de profissionais de outras instituições também é importante para ampliar e aperfeiçoar o conhecimento das equipes do HEMC.

Equipe da FAMESP conhece Kanban no Mário Covas
Postado por Eduardo Nascimento em 08/jun/2016 -
A Faculdade de Medicina do ABC foi palco em 7 de junho da primeira edição do “Fórum Perinatal do Grande ABC”. O evento das 8h30 às 14h30 teve lugar no Anfiteatro David Uip, no campus universitário em Santo André. A iniciativa buscou estabelecer espaço permanente e coletivo junto a instituições públicas e privadas, conselhos profissionais e de saúde, movimentos sociais e sociedade civil, com intuito de discutir, deliberar e organizar políticas de atenção à saúde que assegurem às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, gravidez e ao parto humanizado, e às crianças o direito ao nascimento seguro e desenvolvimento saudável.

Mesa de abertura contou com Maria de Fátima Sanchez, Rosangela Filipini, Homero Nepomuceno Duarte e Maria Teresa Rossetti Massari
Sob o tema central “Saúde Perinatal no ABC – Desafios e possibilidades”, o fórum foi realizado por meio de parceria entre Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo / Departamento Regional de Saúde I – Grande São Paulo (DRS-I), secretarias municipais de Saúde de Santo André, São Bernardo e São Caetano, além do Núcleo de Educação Permanente e Humanização (NEPH Regional), Faculdade de Medicina do ABC e Fundação do ABC.
A mesa de abertura contou com participação do secretário de Saúde de Santo André, Dr. Homero Nepomuceno Duarte, da apoiadora do Ministério da Saúde, Dra. Maria Teresa Rossetti Massari, da coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC, Rosangela Filipini, além de Maria de Fátima Sanchez, que representou a diretora técnica do DRS-I, Dra. Vânia Azevedo Tardelli.
“Nossa responsabilidade é muito grande, pois ainda temos o desafio da assistência materno-infantil a vencer. Quem atua na área de saúde pública sabe que precisamos investir em prevenção, mas sem deixar de investir na assistência. Precisamos rever o tamanho de nosso sistema de saúde para conseguirmos mais assistência, mais acesso, mais qualidade. Todos queremos isso e precisamos rever o tamanho do SUS (Sistema Único de Saúde). O fórum é um espaço importante para todas essas discussões”, avaliou o secretário de Saúde de Santo André, Dr. Homero Nepomuceno Duarte.
Entre os tópicos debatidos no encontro constaram “Boas práticas”, “Doulas”, “Centro de Parto Normal”, “Casa da Gestante”, “Rede de Apoio Social e Afetiva”, “Regionalização da Atenção ao Pré-natal e Obstétrica – Olhar do Gestor e do Usuário”, “Sífilis” e “Prematuridade”. Participaram docentes e alunos da Faculdade de Medicina do ABC, além de representantes das secretarias de Saúde do Grande ABC, DRS-I Grande São Paulo, Ministério da Saúde, Hospital Municipal Universitário de São Bernardo (HMU-SBC), Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein de Santo André, Grupo de Trabalho Saúde do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de São Caetano do Sul, entre outros convidados.
Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2016 -
O Hospital Municipal Central de Osasco Antonio Giglio (HMCO) acaba de ganhar importante reforço no campo da humanização. Com objetivo de animar o ambiente terapêutico e promover a integração entre pacientes, familiares e equipes assistenciais, grupo de palhaços voluntários da Operação Conta Gotas (OCG) passou a visitar o HMCO quinzenalmente, sempre às quintas feiras.

A coordenadora do Serviço de Atendimento ao Usuário, Andrea Marcandalli, com o Dr. Alessandro Neves e os voluntários da Operação Conta Gotas
Das 9h às 14h, os voluntários percorrem todo o hospital, incluindo o pronto-socorro adulto, as alas de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Ortopedia, assim como o Pronto Atendimento Infantil, e visitam as crianças internadas na Clínica Pediátrica e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica.
Para o diretor geral do Hospital Municipal Central de Osasco, Dr. Alessandro Neves, o trabalho dos voluntários na unidade é fundamental para a humanização do atendimento. “Os palhaços voluntários criam vínculo com a equipe de trabalho, contribuem com a rotina do hospital e melhoram o clima organizacional. Além disso, estão sempre próximos aos pacientes e familiares, interagindo e aumentando o acolhimento”.
HISTÓRIA DE SUCESSO
A Operação Conta Gotas teve início em 2004, com o palhaço ‘Ziriguidum Telecoteco de Esquindô-lelê’ à frente de diversos eventos, oficinas e intervenções com foco na doação de sangue, plaquetas e cadastramento de doadores de medula óssea. O projeto cresceu e, após mais de uma década de trabalho, está presente em diversos hospitais, com objetivo transformar e melhorar o ambiente terapêutico para pacientes, cuidadores e profissionais da medicina.
Sabendo que o paciente possui diversas necessidades, desejos e angústias, a OCG leva carinho, otimismo e confiança, amenizando o desgaste das internações, além de promover a interação entre a equipe médica, cuidadores e pacientes. Todos os voluntários da Operação Conta Gotas passam por treinamento específico antes de visitar as unidades de saúde. Somente após esse período de formação e capacitação são considerados aptos a atuar como agentes transformadores.
Além do Hospital Municipal Central de Osasco, hoje a OCG também está presente no Hospital Municipal Benedicto Montenegro, Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital da Luz e Hospital San Paolo, assim como no Fundo de Assistência à Criança (FAC).
Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2016 -
O curso de Farmácia da Faculdade de Medicina do ABC organizou dias 31 de maio e 1º de junho a tradicional Semana da Farmácia, que neste 2016 chegou à 13ª edição. Ao todo foram 8 palestras divididas em dois períodos: das 8h às 11h e das 19h às 22h. Entre os destaques esteve o vice-presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, Dr. Jadir Nunes, que falou sobre “Etapas chaves na pesquisa e desenvolvimento de cosméticos”.

Ex-aluna da FMABC, a farmacêutica Marion Coting Braga fez palestra sobre “Laboratório clínico e os erros inatos do metabolismo”
Segundo a aluna do curso de Farmácia e coordenadora do evento, Tamires Mendes, o objetivo principal da ‘Semana’ foi mostrar aos estudantes a abrangência da profissão e as diferentes possibilidades de atuação, que vão muito além do trabalho em farmácias e drogarias. Pesquisa clínica, saúde pública, farmácia hospitalar e análises clínicas, além das indústrias química, medicamentosa e alimentícia, são algumas das opções para os egressos.
Entre os assuntos pautados para a 13ª Semana da Farmácia estiveram “Manipulação de injetáveis”, “Laboratório clínico e os erros inatos do metabolismo”, “Farmácia clínica na Oncologia”, “Infecção viral respiratória – vírus Influenza”, “Atuação do farmacêutico de pesquisa clínica”, “Medical Science Liaison (MSL): um novo panorama para o farmacêutico” e “Farmacêutico em análises clínicas”.
Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2016 -
A preocupação com a chegada do inverno, período mais frio do ano, está mobilizando equipes da Unidade de Pronto Atendimento Dr. Charles Antunes Bechara – a UPA Samambaia – para a IV Campanha do Agasalho: “Inverno Aquecido”. O objetivo é reunir itens para favorecer pacientes em vulnerabilidade social, que muitas vezes são atendidos no local desprovidos de trajes adequados para baixas temperaturas. Uma urna personalizada já está instalada na UPA para receber as doações.

Doações beneficiarão principalmente moradores de rua atendidos na unidade e demais pacientes em vulnerabilidade social
Segundo o coordenador da UPA Samambaia, Carlos Eduardo Lobo, a campanha é feita entre pacientes, funcionários e nas imediações da unidade. “Temos folderes, que estão sendo distribuídos nos comércios para que possamos divulgar bem a campanha em toda a comunidade”, disse.
De acordo com a assistente social da UPA, Paula Gallotti Baezza, moradores de rua costumam ser os mais beneficiados, principalmente quando socorridos e levados para atendimento. “Os próprios funcionários contribuem com a iniciativa e todos acabam se envolvendo com a causa. Muitas vezes temos em casa uma roupa boa, que já não usamos, mas que será muito útil para alguém”, ressalta.
A caixa coletora com logotipo da campanha está instalada próximo à recepção da unidade. O montante deverá ser compartilhado com outras entidades, como o Voluntariado Irmã Dulce, do Hospital Municipal, e a Secretaria de Promoção Social (Sepros). Além de roupas de frio, são aceitos também cobertores.
Postado por Eduardo Nascimento em 03/jun/2016 -
Órgão máximo de deliberação da Fundação do ABC, o Conselho de Curadores passará a se reunir três vezes ao ano com dirigentes das unidades gerenciadas pela FUABC – também conhecidas como mantidas. A primeira experiência para os encontros compartilhados ocorreu em 28 de abril no Anfiteatro Dr. David Uip, no campus universitário, quando o modelo foi aprovado por todos os presentes.

Na primeira reunião compartilhada de 2016, a presidente e o vice da FUABC, Cida Damaia e Mauricio Mindrisz
“Nosso objetivo ao reunir os curadores e os diretores das mantidas é promover a integração entre a FUABC e suas unidades, assim como divulgar exemplos de boas práticas que temos verificado em nossos hospitais, AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e demais equipamentos de saúde. A cada reunião, abriremos espaço para que três unidades apresentem programas de sucesso, que têm gerado impacto positivo na área assistencial, administrativa, financeira ou de humanização, por exemplo”, detalha a presidente da Fundação do ABC, Dra. Maria Aparecida Batistel Damaia.
A primeira reunião compartilhada de 2016 teve início com a apresentação dos dirigentes das mantidas para os curadores. Cada diretor geral pode expor brevemente o perfil de sua unidade e o trabalho que vem sendo desenvolvido. Em seguida, representantes de três equipamentos de saúde da FUABC foram convidados a compartilhar experiências exitosas com os demais gestores.
EXPERIÊNCIAS EXITOSAS
O Hospital Estadual de Francisco Morato foi o primeiro a apresentar exemplo de boas práticas. Coordenadora de Farmácia, Aline Silvério de Almeida detalhou o programa “Fracionamento de Antimicrobianos na UTI Neonatal e UTI Pediátrica”, responsável pela redução de mais de R$ 123 mil em despesas com medicamentos. A segunda unidade foi o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Mauá, que registrou 99,1% de satisfação geral dos usuários no ano de 2015. O diretor geral, Dr. Pedro Gregori, falou justamente sobre o tema, na explanação “Serviço de Atendimento ao Usuário – Humanização”. Por fim, o gerente de Recursos Humanos do Hospital Estadual Mário Covas, Paulo Rogério Prado Silva, apresentou a experiência de gestão de pessoas batizada “SerMais”. Trata-se de programa voltado aos colaboradores, que objetiva a retenção de talentos, o desenvolvimento de lideranças e a valorização dos funcionários, entre outras metas.
Ao final do encontro, a conselheira Margareth Lodos Tangerino aprovou a criação das reuniões. “Sou curadora por Santo André e gostaria de parabenizar nossa presidente, Cida Damaia, por essa iniciativa. É uma reunião de esforços para que troquemos experiências em busca de aperfeiçoar o trabalho que está sendo desenvolvido”.