Aos 15 anos, Pavas se consolida como referência no acolhimento a vítimas de violência sexual

Postado por Eduardo Nascimento em 06/nov/2015 -

O Programa de Atenção à Violência e Abuso Sexual (Pavas) de São Bernardo do Campo completou 15 anos de existência neste 2015 e se consolida como referência no acolhimento às vítimas desse tipo de crime. Pioneiro na região do ABC, o serviço vem sendo usado como modelo para a implementação de programas similares em outras cidades brasileiras. Também qualifica profissionais da saúde e de outras iniciativas assistenciais para oferecer atenção humanizada em situações de vulnerabilidade.

“O Pavas tem contribuído efetivamente para que mulheres e crianças superem o trauma da agressão sofrida e construam desfechos positivos”, afirma a coordenadora do programa, a médica ginecologista Maria Auxiliadora Figueiredo Vertamatti. Os atendimentos são feitos no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) e beneficiam vítimas de todas as idades encaminhadas pelos órgãos de proteção e também as que procuram auxílio de forma espontânea, sem a necessidade de denúncia formalizada ou processo criminal em andamento.

O serviço conta com médicos, enfermeiras, assistente social e psicólogas para promover cuidado multiprofissional e integrado, capaz de fazer frente à complexidade dos casos. Criado inicialmente para atender mulheres adultas vítimas de estupro, o programa foi reformulado ao longo dos anos para acompanhar a mudança no perfil da demanda. Hoje, crianças de ambos os sexos correspondem à maioria dos atendimentos. O número anual de novos casos envolvendo menores, cerca de 160, é o dobro do de mulheres, cerca de 80.

A coordenadora do Pavas diz que isso não significa que haja crescimento da violência sexual contra crianças, e sim mais facilidade e mobilização para denunciá-la. “Existe uma rede de proteção fortalecida e que ganha cada vez mais visibilidade. Temos o Disque-Denúncia, Conselho Tutelar, Ministério Público, Guarda Civil Municipal, ONGs, escolas e unidades de saúde cada vez mais engajadas nesse processo. A manifestação ocorre diante da menor suspeita, e pode ser feita anonimamente. Hoje, os vizinhos dessas vítimas respondem pelo maior número de denúncias”, comenta.

DENÚNCIAS SÃO FUNDAMENTAIS

Apesar dos avanços, Maria Auxiliadora diz que o número de crianças vítimas de violência sexual que recebem os cuidados em serviços especializados como o Pavas é muito pequeno. “A literatura médica mostra que apenas 20% dos casos de abuso contra menores chegam a ser comunicados às autoridades competentes e encaminhados à rede de saúde. Há pesquisas que falam em 40%”, revela.

Os efeitos da denúncia são imediatos. Em 100% dos casos, os atos de violência são interrompidos assim que o atendimento no Pavas é iniciado. Mesmo que não haja comprovação pericial do abuso ou boletim de ocorrência registrado, a criança e seus responsáveis são encaminhados ao serviço todas as vezes em que os órgãos competentes tomam ciência do fato. Se houver recusa por parte da família em comparecer às consultas e sessões de terapia, o poder judiciário é acionado e a vítima pode ser retirada temporariamente do convívio com os parentes.

“Produzimos relatórios periódicos tanto ao Conselho Tutelar como ao Ministério Público. Com base nas nossas informações, muitos agressores respondem hoje criminalmente pela violência que cometeram. É uma questão delicadíssima, inclusive do ponto de vista terapêutico, porque a família muitas vezes é conivente com o abuso, seja por questões culturais ou sociais”, afirma Maria Auxiliadora Vertamatti.

Segundo levantamento feito pela coordenadora, 35% das crianças atendidas pelo programa são vítimas de violência sexual praticada pelo pai biológico, 30% têm no padrasto seu agressor e 35% são abusadas por outros familiares, como tio, avô ou primos e pessoas de sua convivência.

SITUAÇÃO DA MULHER

A médica explica que, na maioria dos casos, quando se trata de crianças, o acolhimento da vítima é feito semanas ou até meses após o abuso ter sido cometido, uma vez que ela depende que um adulto identifique e comunique a ocorrência. Já no caso das mulheres vítimas de estupro, o atendimento em 90% das vezes se dá em até 72 horas após a violência. “É quando devem ser tomadas as medicações que previnem as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. A vítima deve fazer o tratamento durante um mês. Terminado esse período, ela retorna para fazer todos os exames”, explica.

Se é grande a adesão aos cuidados médicos, o mesmo não se pode dizer da abordagem terapêutica. A psicóloga Luciana Rodrigues Biscain explica que muitas mulheres aceitam as conversas iniciais sobre o assunto, mas depois não comparecem às sessões semanais propostas. “Muitas ainda têm medo, vergonha e se sentem culpadas pelo que aconteceu. Infelizmente, falta apoio da família e amigos para que possam seguir trabalhando essas questões”, opina.

Não foi o que aconteceu com a professora Jaqueline (nome fictício). Ela procurou ajuda poucos dias após ser vítima de violência sexual e já iniciou o processo terapêutico. “O acolhimento que recebi foi fundamental para que começasse a lidar com o ocorrido e com os momentos de desespero. Fui tratada com muito respeito e isso me ajudou a criar um vínculo com as profissionais e a confiar nelas”, conta. Ela afirma que o atendimento psicológico a ajudou a elaborar questões práticas, como decidir se voltaria ou não ao trabalho, e trouxe conforto quando precisou ir à delegacia reconhecer o agressor. “Sei que tenho um longo caminho a percorrer. Mas entendi que preciso aceitar e respeitar essa dor. E que não estou sozinha”.

Postado por Fernando Valini em 06/nov/2015 -

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Acompanhe neste espaço o andamento do processo seletivo da Fundação do ABC para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos.

 

ENVIO DE CURRÍCULOS (ENCERRADO)

– Período: de 25/09/2015 a 11/10/2015.

 

EFETIVAÇÃO DA INSCRIÇÃO (ENCERRADO)

– Período: de 06/11/2015 a 10/11/2015.

A efetivação da inscrição é feita por meio de link específico, que foi encaminhado para os candidatos que enviaram currículo previamente.

 

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (ENCERRADO)

– Data: 15/11/2015.

Somente os candidatos classificados na avaliação curricular foram convocados por e-mail para a realização da prova de conhecimentos específicos.

 

RESULTADO DA PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS E LISTA DE CLASSIFICADOS: CLIQUE AQUI

– Data: 02/12/2015 (Atualizado em 19/01/2016).

 

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA OS CARGOS DE TÉCNICO DE RAIO-X, TÉCNICO DE IMOBILIZAÇÃO ORTOPÉDICA E AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL.

– Data: 12/01/2016.

Os candidatos classificados foram convocados por e-mail para a realização da prova de conhecimentos específicos.

 

RESULTADO – PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA OS CARGOS DE TÉCNICO DE RAIO-X, TÉCNICO DE IMOBILIZAÇÃO ORTOPÉDICA E AUXILIAR DE SAÚDE BUCALCLIQUE AQUI

– Data: 14/01/2016.

 

Novas informações sobre o andamento do processo seletivo para a UPA Central de Santos estarão disponíveis em breve neste espaço.

Hospital Mário Covas recebe menções honrosas no Prêmio Amigo do Meio Ambiente

Postado por Fernando Valini em 30/out/2015 -

Nas equipes do HEMC, Dr. Antonio De Giovanni Neto, Marilene Acaqui, Renan Santos, Sandra Santos e Alex Sandro de Souza comemoram as conquistas no prêmio “Amigo do Meio Ambiente 2015”.

Nas equipes do HEMC, Dr. Antonio De Giovanni Neto, Marilene Acaqui, Renan Santos, Sandra Santos e Alex Sandro de Souza comemoram as conquistas no prêmio “Amigo do Meio Ambiente 2015”.

O Hospital Estadual Mário Covas recebeu três menções honrosas do Prêmio Amigo do Meio Ambiente (AMA) 2015 – iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, que neste ano chegou à oitava edição. A entrega da premiação ocorreu dias 1º e 2 de setembro, no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, durante o Seminário Hospitais Saudáveis, organizado anualmente pela Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis, com apoio do Governo do Estado.

Neste ano a temática foi “O desafio do setor saúde frente às mudanças climáticas”. Foram apresentados 93 relatórios de projetos e programas desenvolvidos por instituições de saúde do Brasil particulares, públicas e fundações.

O Hospital Estadual Mário Covas de Santo André, sob a administração da Fundação do ABC, apresentou com três relatórios descritivos sobre os projetos “Educando para o meio ambiente mais saudável: descarte consciente”, “Consumo consciente: cultive essa ideia”, e “Reciclagem – Manta SMS”. Todos foram indicados para receber menção honrosa, classificação para as iniciativas que atendem aos critérios do Prêmio AMA, destinada a estimular novos projetos ambientais e a reconhecer o esforço das equipes.

Nas edições de 2010 e 2012, o Hospital Estadual Mário Covas recebeu o “Prêmio Amigo do Meio Ambiente”.

 

DESCARTE CONSCIENTE

O projeto “Educando para o meio ambiente mais saudável: descarte consciente” utiliza ações simples, com apoio da comunicação da TV, intranet, jornais e murais internos. A partir desses meios de divulgação, a Comissão de Gerenciamento difunde informações e campanhas de esclarecimento envolvendo o descarte consciente. A política de gestão de resíduos conscientiza os colaboradores da instituição sobre a importância do descarte e destinação correta dos resíduos. Com a implementação do projeto foi verificado aumento da segregação correta dos resíduos. Em parceria com o setor de Manutenção e Pintura, foram construídos painéis com divisórias que seriam descartadas no resíduo reciclável. Os painéis foram utilizados para difusão de informações e campanhas, visando a conscientização sobre a importância do descarte correto e o cuidado no manejo dos resíduos e materiais perfurocortantes infectantes até a destinação final.

 

CONSUMO CONSCIENTE

O Hospital Estadual Mário Covas desenvolve ações com o objetivo de reduzir o consumo de luz e o aproveitamento de água de reuso. Para isso, o projeto Consumo Consciente possibilitou estabelecer campanhas e disseminar informações e ações corretivas para evitar o desperdício. Foram envolvidos colaborados, visitantes e pacientes, sempre com foco no uso racional da água e da energia elétrica.

 

RECICLAGEM – MANTA SMS

A proposta envolveu a Comissão de Enfermagem da Central de Material Esterilizado (CME) para a reutilização de mantas de SMS (tecido composto por 100% de polipropileno), que serve como barreira estéril para embalar caixas cirúrgicas e outros produtos para higiene. O material, anteriormente descartado, é agora reutilizado, com o apoio de voluntários, para produzir aventais, sacolas e panos de limpeza.

Residência multiprofissional chega aos hospitais de São Bernardo

Postado por Fernando Valini em 30/out/2015 -

389_residenciamulti_foto_Biga_AppesO Hospital Anchieta (HA) e o Hospi­tal de Clínicas Municipal (HC) de São Bernardo começaram a receber alunos da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, pós-graduação latu sensu promovida pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Desde o iní­cio do ano, as unidades têm sido cenário de prática para os profissionais de enferma­gem, farmácia, fisioterapia, nutrição e tera­pia ocupacional que integram o programa.

O curso, que tem duração de dois anos, começou em março de 2014 e contempla duas modalidades, Atenção ao Câncer e Saú­de do Idoso. Foram ofertadas, no total, 22 vagas, e os residentes se espalham por unida­des em São Bernardo, São Caetano e Santo André. Durante o primeiro ano, eles concen­traram 100% de suas atividades na atenção básica, acompanhando o trabalho realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e po­liclínicas. Ao longo de 2015, eles atuarão nos hospitais e demais serviços especializados.

A definição dos locais que receberam os estudantes levou em conta o perfil das unidades. No HA atuam cinco residentes da Atenção ao Câncer; já o HC recebe dois pós-graduandos em Saúde do Idoso. Am­bas as turmas, nesta fase, também utilizam o Hospital Estadual Mario Covas. Em cada unidade, há um preceptor de cada especia­lidade para orientar as atividades.

O programa de residência integrada foi implementado considerando o perfil epide­miológico do ABC. O objetivo é integrar en­sino, assistência e comunidade, facilitando o diálogo com a população e aproximando os profissionais da realidade regional. Assim, o currículo foi planejado de forma a valorizar a formação prática (80% da carga horária), sem abrir mão das aulas teóricas (20%, aos sábados), combinação que visa garantir a promoção da saúde de forma crítica, refle­xiva e humanizada. Os residentes atuam em regime de dedicação exclusiva, e recebem bolsa do Ministério da Saúde.

“No HA os residentes multiprofissionais estão totalmente integrados à rotina do hospi­tal e também aos demais médicos. Eles parti­cipam ativamente da discussão dos casos e da definição do cuidado. Eles aprendem com as nossas práticas, mas também o hospital ganha com a presença deles”, avalia a assessora da superintendência do Hospital Anchieta.

O farmacêutico Luiz Rafael Miguel Savioli, 30, diz que a residência integrada tem sido fundamental para sua formação, uma vez que ele pode atuar ao lado da equipe médica e dos demais colegas do programa. Isso, se­gundo ele, torna a atenção ao paciente mais completa. “Passei o primeiro ano na UBS Fa­rina e pude entender como funciona o cuida­do em rede. No HA temos um perfil bastan­te variado de usuários, dos mais jovens aos idosos, e em diferentes estágios do câncer. Isso enriquece o aprendizado e permite, no meu caso, que eu atue junto às prescrições e também para amenizar os efeitos negati­vos da quimioterapia, além de orientar sobre como realizar o tratamento”, relata.

 

SAÚDE DO IDOSO

Na modalidade Saúde do Ido­so, os residentes dividem a carga horária prática entre o Programa de Internação Domiciliar (PID) e o Centro Especializado de Reabilita­ção (CER), além do HC e Hospital Estadual Mario Covas. “Essa diver­sidade é importante porque permite que o residente possa interagir nos mais diferentes cenários e neces­sidades. Para quem é preceptor também é uma experiência muito rica, porque nos estimula a estudar ainda mais para orientá-los me­lhor”, afirma a fisioterapeuta do HC Vivian Taciana Simioni Santana.

ONG Sorrir é Viver realiza “Mutirão da Alegria” na APAE e no Centro Hospitalar de Santo André

Postado por Fernando Valini em 30/out/2015 -

389_mutirao_da_alegriaIniciativa pioneira de humanização desenvolvida por alunos de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC, a ONG Sorrir é Viver organizou em 23 de outubro a 5ª edição do “Mutirão da Alegria” – evento em comemoração ao Dia do Médico, que visa aumentar o alcance de ação da entidade e impactar positivamente ambientes assistências. Vestidos de palhaços, contando histórias ou tocando instrumentos musicais, cerca de 200 estudantes percorreram as ruas de Santo André em carro de som, com três paradas realizadas: a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o Centro Hospitalar Municipal (CHM) e o ambulatório de especialidades da FMABC, todos em Santo André.

Os membros da ONG se reuniram na faculdade às 8h e saíram rumo a APAE por volta de 8h30. Por volta das 12h retornaram ao campus universitário para animar pacientes do ambulatório, funcionários e estudantes. Já o início dos trabalhos no CHM ocorreu às 13h. Tanto na APAE quanto no Centro Hospitalar, os alunos da Medicina ABC fizeram decoração especial um dia antes com bexigas, pinturas e recortes coloridos. O final das atividades ocorreu às 17h, quando todos retornam ao campus universitário.

“Nosso objetivo geral é levar alegria a pacientes internados e demais usuários de serviços de saúde fragilizados por alguma enfermidade. Especificamente no ‘Mutirão da Alegria’, preparamos um dia inteiro repleto de atividades lúdicas, brincadeiras, músicas e sorrisos, em busca de melhorar a rotina daqueles que enfrentam diariamente o processo saúde-doença”, explica a coordenadora do 5º Mutirão da Alegria, a aluna Natasha Moran.

 

Mais de uma década de sorrisos

Fundado em 2005 por 14 estudantes de Medicina, o Sorrir é Viver nasceu em busca de levar o mundo colorido da arte ao ambiente sem cor dos hospitais e centros de saúde. O objetivo central do grupo é transformar positivamente o ambiente terapêutico e humanizar a formação médica, utilizando para isso a arte lúdica do palhaço.

As bases teóricas, metodológicas e de pesquisa sobre os efeitos benéficos da humanização hospitalar foram projetadas em 2002, inspiradas no sucesso do programa Doutores da Alegria e no filme Patch Adams. A formação efetiva do primeiro grupo ocorreu em março de 2005, inicialmente com 14 estudantes do 2º ao 4º ano de Medicina.

Hoje o Sorrir é Viver conta com cerca de 150 clowns, que desenvolvem atividades semanais de humanização no Ambulatório de Especialidades da Faculdade de Medicina do ABC e com pacientes internados no Hospital Estadual Mário Covas, Centro Hospitalar Municipal de Santo André e Hospital de Ensino Anchieta.

Desde 2011, o grupo foi reforçado pelos contadores de histórias – hoje são aproximadamente 50. Mais recentemente, em 2013, uma nova classe surgiu dentro do Sorrir: os musicantes. São cerca de 15 integrantes, que não precisam necessariamente tocar instrumentos musicais. Trata-se de trabalho que foca o uso de instrumentos – principalmente de percussão – para facilitar a interação com os pacientes.

Antes de “entrar em cena”, clowns, contadores de histórias e musicantes passam por curso de formação com duração de seis meses. O treinamento é ministrado por professores especialistas nas áreas, que utilizam técnicas teatrais, circenses e de improviso para capacitação dos integrantes do Sorrir é Viver. A orientação teatral não tem por objetivo formar profissionais nas artes cênicas, mas sim orientar os acadêmicos a como interagir com pacientes.

O Sorrir é Viver lida com o psicológico do doente. Trabalha conceitos muitas vezes esquecidos por boa parte dos médicos, como melhora da aceitação do tratamento pelo paciente e pela família e a relação médico-paciente. Além do benefício aos usuários do sistema de saúde, a ONG também tem importante contribuição para os próprios acadêmicos de Medicina, tendo em vista que alicerça a formação de profissionais humanitários. O grupo age em prol da medicina mais humana e de ações que possam efetivamente contribuir para a melhoria do bem-estar social.

Ao longo de mais de uma década, um dos momentos marcantes na história do Sorrir é Viver ocorreu em 2011, quando o grupo foi reconhecido como Organização Não Governamental. A partir de então, passou a constituir Pessoa Jurídica e ganhou CNPJ próprio, o que garantiu maior estabilidade à ONG, assim como potencial de desenvolvimento e de captação de apoiadores.

Mais informações pelo site: http://www.sorrireviver.org.

Medicina ABC inaugura ‘Quimioteca’ para crianças com câncer

Postado por Eduardo Nascimento em 28/out/2015 -

As crianças atendidas no Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, acabam de ganhar espaço moderno e ousado, que tornará a assistência mais humanizada tanto para os pacientes quanto para os acompanhantes. A antiga sala de quimioterapia deu lugar à Quimioteca, inaugurada em 28 de outubro. Trata-se de local com novas poltronas para quimioterapia com tablets individuais, sistema de ar-condicionado e piso especial que previne contaminações, entre outras novidades. A cerimônia de inauguração teve lugar no Anfiteatro do Prédio da Dermatologia/Estética, com presenças de diversas autoridades, entre as quais os secretários de Saúde de Santo André e São Caetano, respectivamente, Dr. Homero Nepomuceno Duarte e Dr. Jesus Gutierrez.

Segundo o médico responsável pelo Ambulatório de Oncologia Pediátrica da FMABC, Dr. Jairo Cartum, a ala de quimioterapia é o “coração” do serviço. “As crianças passam boa parte do dia tomando quimioterapia nesse espaço. São 4 ou 5 horas que ficam ali, várias vezes por semana. Precisávamos readequar esse espaço. A transformação de uma ala exclusivamente assistencial em Quimioteca vai justamente ao encontro da filosofia de humanização, em busca de oferecer o melhor e mais adequado ambiente aos pacientes e familiares”, descreve o oncopediatra.

O projeto orçado em aproximadamente R$ 100 mil foi desenvolvido voluntariamente pela designer de interiores Maximira Durigan. Grande parte do investimento necessário para viabilizar a Quimioteca – R$ 92 mil – foi arrecadada por um grupo de empresários da região do ABC, que realiza anualmente o Arraiá dos Amigos Solidários. “Nosso objetivo é mudar a vida das pessoas. Realizamos o primeiro Arraiá dos Amigos em 2013, que à época não tinha esse cunho beneficente. Porém, o evento foi um grande sucesso e decidimos repeti-lo em 2014, inserindo a questão da solidariedade”, explica a empresária e uma das organizadoras da ação, Naura De Nadai, ao lembrar que, em 2014, a entidade beneficiada foi a Instituição Camille Flamarion, que recebeu R$ 95.000 para reformas estruturais.

Além do empresariado, a Quimioteca da Medicina ABC contou com investimento e apoio da Associação de Voluntárias para o Combate ao Câncer do ABC, a AVCC – cujas integrantes auxiliam diariamente na humanização do ambiente terapêutico, apoio às famílias e suporte social com entrega de cestas básicas, medicações, próteses e perucas, entre outros itens. “Com a instalação das novas poltronas e dos tablets individuais na Quimioteca, pretendemos aproveitar o tempo de tratamento para desenvolver atividades pedagógicas com os pacientes. O Colégio Piaget oferecerá gratuitamente aplicativos multimídia e disponibilizará ferramentas que compõem o sistema de ensino, a fim de que as crianças possam aprender brincando”, planeja a presidente da AVCC e diretora do Colégio Piaget, Valdinéia Cavalaro.

HUMANIZAÇÃO REFORÇADA

Durante a cerimônia de inauguração, o médico responsável pelo Ambulatório de Oncologia Pediátrica da FMABC, Dr. Jairo Cartum, ressaltou: “Iniciei nesta faculdade há cerca de 15 anos. Pouco a pouco fomos crescendo e conquistando nosso espaço, com ampliação do serviço, criação da Residência Médica em Oncopediatria e da Liga Acadêmica e, agora, a Quimioteca. Hoje é um momento de muita emoção. Entretanto, essa conquista não é minha, mas sim de todos que participam e apoiam direta ou indiretamente nossa Oncologia Pediátrica. Por isso gostaria de agradecer a todos os amigos e, principalmente, aos nossos pacientes, que são a ‘razão de ser’ do serviço”, declarou o oncopediatra.

Representando os “Amigos Solidários”, a empresária Naura De Nadai destacou: “Somos um grupo de amigos com a intenção de contagiar outros amigos. Quando pensamos que estamos fazendo a diferença na vida das pessoas, como agora com a Quimioteca, percebemos que, na verdade, as pessoas é que estão fazendo a diferença em nossas vidas”.

Diretora da Associação de Voluntárias para o Combate ao Câncer do ABC, Inezita Awada representou a presidente da instituição, Valdinéia Cavalaro, e apresentou panorama histórico das duas décadas de atuação da AVCC na Faculdade de Medicina do ABC. “Tudo isso começou há cerca de 20 anos, no ‘barracão’ (prédio Anexo II), quando fomos convidadas a ajudar os pacientes e familiares em tratamento na faculdade. Contribuíamos com passagens de ônibus e outras necessidades básicas, a fim de oferecer melhores condições para aquelas pessoas. Depois de tantos anos, chegamos aqui, num momento tão feliz. Agradeço às amigas da AVCC, que é uma entidade com um único foco: dar amor, fé e abraçar as pessoas que convivem conosco. Estamos sempre presentes para o que for preciso” afirmou Inezita, que também agradeceu aos Amigos Solidários: “A atitude desses empresários é muito bonita. Hoje vemos muitas pessoas que têm de tudo e se esquecem daqueles que não têm. Os Amigos Solidários são uma alavanca e a ação que realizam todos os anos é muito importante. Não é possível mensurar todo o bem que esses amigos têm feito”.

O secretário de Saúde de São Caetano, Dr. Jesus Gutierrez, parabenizou a FMABC pela iniciativa de humanização em benefício “a todas as crianças em tratamento e que precisam desse tipo de atenção diferenciada”. Já o secretário de Saúde de Santo André, Dr. Homero Nepomuceno Duarte, destacou a importância da parceria entre Poder Público, voluntariado e sociedade civil organizada, que gera frutos extremamente positivos e grandes benefícios à população, como é o caso da Quimioteca.

Professor titular de Oncologia da Medicina ABC, Dr. Auro del Giglio ressaltou o trabalho o Dr. Jairo Cartum à frente da Oncologia Pediátrica e reforçou a importância da valorização e apoio ao setor, que é referência para casos de câncer infantil na região do ABC. “A Oncopediatria é uma referência no ABC e precisamos de apoio, para que os pacientes da região sejam tratados e permaneçam na região, sem necessidade de deslocamentos até São Paulo”, garantiu o titular.

Para o vice-diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, entre as grandes virtudes da Oncologia Pediátrica estão a multidisciplinaridade e a pró-atividade de seus membros em inovar e buscar sempre melhorias. “A faculdade se alegra quando vê setores e disciplinas se reinventando, conquistando novos objetivos e integrando sociedade civil, trabalhadores, alunos, voluntários e todos nós. A Oncopediatria talvez seja a área com maior multidisciplinaridade. Essa é uma grande virtude, pois traz muitos benefícios para a equipe e para a população assistida”.

O vice-presidente da Fundação do ABC, Mauricio Mindrisz, considerou de grande importância a mobilização em torno da Quimioteca e reforçou a responsabilidade de todos frente aos desafios da Saúde. “A FUABC tem contribuído na mediação da relação entre a Oncologia Pediátrica da FMABC e os hospitais administrados na região. Tem sido um papel importante, que vamos continuar assumindo, a fim de contribuir sempre. Além disso, acreditamos que temos que ter diferenciais quando realizamos nossos trabalhos. E um dos grandes diferenciais da Fundação do ABC é a humanização do atendimento, que temos levado para todas as nossas unidades e que está presente aqui, na faculdade e na Oncopediatria”, afirmou Mindrisz, ao completar: “A Quimioteca é uma iniciativa muito importante. Precisamos entender que a assistência a essas crianças não deve ser encarada como ajuda. Na verdade, é uma obrigação de toda a sociedade. Essas crianças não são apenas de seus pais, mas sim de todos nós. Por essa razão, devemos cuidar e fazer justiça”.

O professor titular de Cardiologia, Antonio Carlos Chagas, e o pediatra e professor Emérito da FMABC, Drauzio Viegas

Dr. Antonio Carlos Chagas e Dr. Drauzio Viegas

Naura De Nadai

Naura De Nadai

Jesus Gutierrez

Jesus Gutierrez

Homero Nepomuceno Duarte e Inezita Awada

Homero Nepomuceno Duarte e Inezita Awada

Mauricio Mindrisz e a Dra. Elisa Ribeiro

Jairo Cartum, Auro del Giglio e Fernando Fonseca

Jairo Cartum, Auro del Giglio e Fernando Fonseca

Nova Quimioteca

Nova Quimioteca

“Amigos Solidários” prestigiaram evento na FMABC

“Amigos Solidários” prestigiaram evento na FMABC

Auro del Giglio, Naura De Nadai, Jairo Cartum e Fernando Fonseca na inauguração da Quimioteca

Dr. Auro, Naura, Dr. Jairo e Dr. Fernando

Inauguração da Quimioteca

Inauguração da Quimioteca

Equipe multidisciplinar da Oncopediatria

Equipe multidisciplinar da Oncopediatria

Hospital Central de Osasco empossa primeira ‘Comissão Interna de Prevenção de Acidentes’

Postado por Fernando Valini em 23/out/2015 -

388_cipa_hmcoTomou posse em 13 de outubro a primeira Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do Hospital Municipal Central de Osasco Antonio Giglio. Os 22 membros – 11 eleitos pelos funcionários e 11 indicados pela Diretoria da unidade – passaram por treinamento entre os 5 e 9 de outubro, quando foram capacitados em temas como “Mapa de risco”, “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)”, “Tipos de classificação de riscos de trabalho”, “Brigada de incêndio” e “Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis”. Os novos cipeiros também assistiram aula sobre segurança do trabalho, a fim de entenderem o papel que devem desempenhar na instituição.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é regida pela Norma Regulamentadora Nº 5 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego. Tem como objetivo ser a ferramenta mais importante dos trabalhadores para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente e de todos os aspectos que afetam a saúde e segurança do colaborador.

A eleição da primeira CIPA do HMCO ocorreu dias 21 e 22 de setembro e contou com votação expressiva de 458 funcionários. Os membros titulares indicados pelo empregador são André Xavier Simões, Maria Noele de Lima Nono, Severina Maria Bento de Souza, Andrea Cristina Marcandalli, Marcel Lima e Silvio Antonio Bordignon Filho. Os suplentes são Carlos Augusto Castilho Silva, João Eduardo Kobol Machado, Selma Alves Costa de Abreu, Valéria Lima Borges e Elaine Cristina Tomaz Carvalho. Já os membros titulares eleitos pelos funcionários são Luiz Fabiano Araújo, José Bezerra Maciel, Paulo Henrique Canedo, Angélica Nascimento, Gildete Magda Lopes e Luciana Cantelli, enquanto os suplentes são Aline Piassa de Oliveira, Jorge Guilherme Salomão, Jordânia de Souza Aguiar, Juarez Andrade Costa Santos e Daniel Caraça Cubos.

Estudo da FMABC tem mais de 6,5 mil visualizações e 2,5 mil downloads

Postado por Fernando Valini em 23/out/2015 -

388_prof_horacio_com_aluna_monicaA parceria pioneira entre Faculdade de Medicina do ABC e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), do Governo Federal, acaba de contabilizar números impressionantes. As instituições desenvolveram novo método – mais simples e mais barato – para determinar o teor total de polifenois em espécies vegetais, ou seja, o potencial de benefícios dessas plantas à saúde. O estudo, que ganhou destaque na capa da edição de dezembro de 2013 do periódico científico internacional “Advances in Biological Chemistry”, acaba de atingir mais de 6,5 mil visualizações na internet e 2,5 mil downloads. O volume de acessos e a grande repercussão do trabalho levou a editora a procurar o professor titular de Química Analítica, Dr. Horacio Dorigan Moya, para convidá-lo a integrar o corpo editorial da revista.

O novo processo de quantificação de polifenois baseia-se em reação química ainda não utilizada para essa finalidade, testada com sucesso em 20 espécies – algumas nativas da Amazônia. A pesquisa é o resultado do projeto de iniciação científica da aluna Mônica Gabriela do Santo, hoje no 5º ano do curso de Farmácia da FMABC, e fruto de estágio realizado pelo Dr. Horacio Moya em setembro de 2011 no INPA. O estudo também conta com colaboração da Dra. Cecilia Veronica Nunez, professora do Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia da COTI-INPA (Coordenação de Tecnologia e Inovação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).

Batizado “A new method for quantification of total polyphenol content in medicinal plants based on the reduction of Fe(III)/1,10-phenanthroline complexes”, o trabalho está disponível gratuitamente no link http://www.scirp.org/journal/abc, do periódico Advances in Biological Chemistry (vol. 3, número 6, páginas 525-535). Trata-se de revista publicada pela Scientific Research Publishing – editora internacional dedicada a várias disciplinas nas áreas de ciência, tecnologia e medicina.

 

TEOR DE POLIFENOIS

Os extratos vegetais são ricos em antioxidantes como carotenos, fitoestrogênios e polifenois. São compostos capazes de remover radicais livres do organismo, que em excesso podem atacar células normais e gerar danos em biomoléculas como proteínas e DNA, ocasionando determinados tipos de câncer, doenças cardiovasculares e patologias relacionadas ao envelhecimento. Devido à complexidade e à diversidade dos compostos presentes nos vegetais, normalmente determina-se o teor total de polifenois. “Os polifenois são substâncias benéficas ao sistema cardiovascular devido a ações antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias e até mesmo antitumorais. Como regra geral, quanto maior a quantidade de polifenois nos alimentos, maiores os benefícios que podem trazer à saúde”, explica Dr. Horacio Dorigan Moya.

Inicialmente os testes com o novo método da FMABC contemplaram plantas que já constam da Farmacopeia Brasileira (tipo de manual geral de orientação), como hamamelis, barbatimão, espinheira santa e carqueja. A segunda etapa incluiu espécies de uso comum na medicina popular, entre as quais graviola, guaçatonga, aroeira, gervão, tanchagem, andiroba e porangaba. A última fase do trabalho consistiu no estudo de espécies características da região norte do país, como escada de jabuti, canarana, cumaru, pau pereira, salva de Marajó, sucuúba, jatobá, miraruira e lacre – essa última com muito poucas pesquisas disponíveis na literatura internacional.

Fila Zero: São Caetano promove 1º Mutirão de Prótese Dentária

Postado por Fernando Valini em 23/out/2015 -

388_mutirao-protese-dentaria_pmscs_eric_romeroA Prefeitura de São Caetano deu início em 3 de outubro ao 1º Mutirão de Prótese Dentária do Programa Fila Zero. Na ocasião, foram atendidas 150 pessoas no primeiro dia da ação, o que superou a expectativa do setor de Odontologia da Secretaria de Saúde. Estavam previstos 100 pacientes pré-agendados, mas outros 50 apareceram de forma espontânea.

A iniciativa inédita contará com outras edições em outubro, no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) Maria Domingas Robilota Torres (Rua Lourdes, 525, Bairro Nova Gerty). A previsão de entrega das 300 próteses totais (superiores e inferiores) é para o dia 7 de novembro.

“É um trabalho artesanal. Até hoje, ninguém inventou nada diferente neste tipo de conduta. Vi a sequência até a confecção da prótese. É uma ação muito bonita. O que queremos é atingir toda a população que vai precisar de uma prótese. Ao longo do tempo, nós vamos zerar a fila”, afirma o prefeito Paulo Pinheiro.

O secretário municipal de Saúde, Jesus Adalberto Gutierrez, observa que o Programa Fila Zero é o guarda-chuva de várias ações, como os mutirões, sejam os mensais que abrangem diversas especialidades ou os específicos. “É um trabalho muito positivo. As pessoas estão reconhecendo e tendo a oportunidade de solução de seus problemas dentários. Os funcionários estão empenhados. De uma forma geral, estamos muito felizes com os resultados que temos obtido. Se a população estiver feliz, nós também estamos”.

Segundo a responsável técnica da Odontologia de São Caetano, Suzete Consulini, além de zerar as demandas reprimidas de próteses dentárias totais na rede municipal, o objetivo é resgatar a dignidade, proporcionando saúde e bem-estar à população. “A Central de Agendamento entrou em contato com todos os munícipes dentro desse perfil. O procedimento normal dos dentistas para a confecção das próteses leva até 45 dias. São necessárias cumprir cinco etapas: molde, três provas de ajuste e, por último, a finalização”, explica.

Titular da FMABC é homenageado no ‘Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia’

Postado por Fernando Valini em 23/out/2015 -

Professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. César Eduardo Fernandes foi homenageado pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) durante o “XX Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia”. Realizado no Transamerica Expo Center entre 27 e 29 de agosto, o evento destacou o docente da FMABC para o Prêmio Mérito SOGESP 2015 em função de “sua contribuição à Defesa Profissional e Educação Médica Continuada na SOGESP nos anos de 2010 a 2015”.

388_dr_cesar_divulgacao_sogesp“Acreditamos que devemos sempre homenagear as pessoas que tenham se destacado na Ginecologia ou na Obstetrícia, todos aqueles que contribuem para o crescimento, seja no papel de associado, de algum diretor da SOGESP, ou um grande professor”, explicou em seu discurso o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, Jarbas Magalhães, ao anunciar o prêmio de mérito deste ano: “Ele é um excelente professor, que vai deixar discípulos. Já ensinou muito em sua área, que é a Ginecologia Endócrina, e deu show em duas mesas em que participou durante o congresso. Não existe uma pessoa hoje na Ginecologia-Obstetrícia do país que fez mais no campo associativo, que fez mais pela defesa profissional, do que meu grande amigo César Eduardo Fernandes. Na SOGESP, ele instalou uma locomotiva”.

Emocionado, o homenageado subiu ao palco para receber o prêmio e agradeceu à SOGESP pela honraria. “Sinto-me compromissado em lutar por melhores condições de trabalho, por melhores condições de assistência à saúde das mulheres. Eu me sinto tão motivado, talvez pela vida já ter me dado mais do que eu esperava receber. A vida me deu uma família bonita, um casamento bem-sucedido e lindas filhas, hoje cidadãs que contribuem com seu trabalho para um país melhor. Tenho também duas netas e uma boa qualidade de vida. Pessoalmente, não quero mais nada, apenas que a vida me dê saúde e me mantenha motivado”, afirmou Dr. César Eduardo Fernandes, ao acrescentar: “Eu estou preocupado com o trabalho associativo, com os jovens médicos e as dificuldades que estão enfrentando, e com o momento que nosso país está vivendo. Acho que hoje tenho mais a fazer pelos outros e quero muito menos para mim. É por isso que me sinto extremamente agraciado com esse prêmio e com a generosidade que meus queridos colegas de trabalho me honraram”.

 

DESTAQUE ACADÊMICO

Dr. César Eduardo Fernandes graduou-se em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1975), onde também realizou a residência médica em ginecologia e obstetrícia (1979), mestrado (1994) e doutorado (1996). Defendeu a livre docência na Universidade Federal da Bahia (2004) e desde 2011 é professor titular de Ginecologia Faculdade de Medicina do ABC, com aulas nos cursos de graduação e pós-graduação. Na Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo foi presidente por dois mandatos (2010-2011 e 2012-2013), secretário-geral (2008-2009) e atualmente é diretor científico e coordenador da Comissão de Valorização Profissional / Honorários Médicos (2014-2015). Neste ano, foi eleito presidente para o mandato 2016-2019 da Febrasgo – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.