Postado por Eduardo Nascimento em 22/maio/2015 -
O Hospital Anchieta (HA) iniciou o serviço de cuidados paliativos para pacientes com câncer. O objetivo é garantir qualidade de vida aos usuários que estão na fase avançada da doença, e também aos que enfrentam efeitos colaterais severos durante a terapia. A assistência multiprofissional inclui o controle dos sintomas físicos, psicológicos e sociais e também se estende à família.
Coordenadora do serviço, a médica Ana Claudia de Oliveira Lepori explica que o trabalho é fundamental para proporcionar dignidade e conforto a quem já não responde ao tratamento curativo. Isso se faz cada vez mais necessário em hospitais que tratam doenças graves, como é o caso da oncologia em estágios avançados.
“O cuidado paliativo é uma proposta inovadora, mas já adotada por importantes serviços de saúde, com o propósito de mudar a visão e também as nossas ações diante do fim da vida. O que fazer quando não é possível curar? Não podemos abandonar esse paciente. Precisamos atuar para aliviar seu sofrimento”, explica.
A equipe é composta por assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, farmacêutico e nutricionista, todos profissionais que já atuavam no Anchieta antes da chegada da médica especialista. Junto com os médicos oncologistas, eles avaliam os usuários internados que passarão a ser atendidos pelo serviço. O primeiro passo é a conversa com o próprio paciente e seus familiares, para explicar as condições clínicas e definir os rumos do cuidado. “Há decisões que precisam ser tomadas pelo paciente, se ele estiver consciente, ou pelos seus parentes mais próximos. Como por exemplo, até que ponto devemos intervir”, comenta.
BASE DO ATENDIMENTO É SABER OUVIR
Essa nova prática também vai contribuir para o processo formativo dos futuros médicos, uma vez que o HA recebe os residentes da Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Como o método valoriza a escuta e os desejos do paciente, é um aprendizado importante para que se tornem mais sensíveis ao tema. “O profissional precisa saber ouvir. Isso é a base do diagnóstico bem-feito. O exame clínico não diz tudo. Do ponto de vista técnico, é preciso ministrar remédios muito fortes para controle da dor, os opióides. A maioria não sabe como fazer, mas aqui terão esse conhecimento. Quem sai ganhando, com certeza, é o usuário, que terá acesso ao atendimento humanizado”.
O serviço também atende pessoas em sessões de quimioterapia ou radioterapia que, devido à agressividade da medicação, apresentam sintomas complexos. O quadro, se não administrado, pode inviabilizar a continuidade da medicação. “Descontrole da dor ou perda excessiva de peso são situações comuns enfrentadas por quem luta contra o câncer. Nesses casos, o que se faz é intervir para que se possa suportar as terapias”.
O cuidado paliativo lida diariamente com questões que vão além da medicina. Ana Claudia cita o caso de um paciente que, no fim da vida, internado no HA havia dois meses, tinha o sonho de oficializar a união de mais de 20 anos com sua esposa. Apesar dos esforços da equipe do hospital e da família, não foi possível. “É um trabalho que nos ensina muito. Aprendi que nesse tipo de especialidade nada se pode deixar para depois. E que a conversa, muitas vezes, é um remédio importantíssimo”.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/maio/2015 -
A Associação dos Docentes da Faculdade de Medicina do ABC (ADOC) completa em maio 35 anos de fundação e marca a ocasião com ciclo de palestras na área de educação. São três dias de capacitação voltada a professores da instituição, médicos residentes e demais membros da comunidade acadêmica interessados nos temas. As inscrições são gratuitas, feitas 30 minutos antes do início dos eventos, que terão lugar no Anfiteatro David Uip, no prédio do Centro de Pesquisas CEPES.
Em 11 de maio, às 11h30, a professora Patricia Zen Tempski abriu os trabalhos com o tema “Principais teorias da educação”. A convidada retorna à FMABC no dia 25, também às 11h30, para falar sobre os “Principais métodos de ensino”. O encerramento do ciclo de capacitação terá palestra sobre os “Principais métodos de avaliação”, cuja data será divulgada em breve pela ADOC.
Patricia Zen Tempski é doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo e professora de Embriologia Humana na Faculdade Evangélica do Paraná. A médica também coordena o Ambulatório de Atendimento à Pessoa com Síndrome de Down do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da FMUSP. É idealizadora de pesquisas sobre qualidade de vida de estudantes da área da saúde e organizadora do PAEM – Programa de Avaliação de Escolas Médicas.
35 ANOS DE APOIO AOS DOCENTES
Em 28 de maio de 1980, os professores da Faculdade de Medicina do ABC fundavam a Associação dos Docentes. O primeiro presidente, Dr. Orlando César de Oliveira Barreto, comandava a entidade ao lado de Szulim Ber Zynger (vice-presidente), Registila Libania Beltrame (1ª secretária), Roberto Badhur (2º secretário), Maria Cristina Cristoforo (1ª tesoureira) e Rosa Alta Goldfarb Goresco (2ª tesoureira).
Ao longo de três décadas e meia de trabalho foram incontáveis os desafios da ADOC, sempre em busca de aprimorar o ensino na FMABC e contribuir para o crescimento e consolidação da faculdade como uma das mais importantes do país.
Em outubro de 2013, o primeiro presidente da associação, que foi professor de Hematologia da FMABC entre 1975 e 1983, retornou ao campus universitário para momento histórico: a inauguração de uma nova sede para a ADOC – que oferece espaço mais adequado e integrador aos professores, tanto para descanso e socialização nas horas livres quanto para estudo e pesquisa, com computadores e internet rápida à disposição.
Na ocasião da inauguração, Dr. Orlando Barreto recordou os primeiros passados da instituição: “Quando criamos a associação, os professores passaram a ver que eram fortes dentro da faculdade. A escola vivia intenso período de movimentos estudantis e greves, porém os docentes não estavam integrados. Não havia espaço para discussão”, afirmou o primeiro presidente, que completou: “A partir da criação da Associação dos Docentes, passamos a participar dos debates e a buscar soluções para os problemas da FMABC. Cheguei a ir até Brasília conversar com o secretário que cuidava da área de relações governamentais com instituições de ensino, a fim de expor as dificuldades enfrentadas pela Medicina ABC e reforçar negociações que já estavam em andamento para aporte do Governo Federal. Algumas semanas mais tarde passamos a receber recursos do Ministério da Saúde, que contribuíram muito com as contas da instituição.
Hoje a ADOC tem como presidente o professor e coordenador na graduação do 1º ano do curso de Medicina, Dr. Sergio Baldassin. A direção da associação também conta com os docentes José Carlos Molero, da Fisioterapia, Nilson Silva, do Núcleo do Bem-Estar do Aluno, Maria Elisa Ravagnani Ramos, da Enfermagem, Adriano Meneghini e Neif Murad, ambos da Cardiologia.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/maio/2015 -
O Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fundação do ABC acaba de fechar parceria com o SEMASA – Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André para o descarte consciente de lâmpadas fluorescentes. A partir do acordo, as unidades da FUABC com sede em Santo André poderão destinar sem custos as lâmpadas para reciclagem na autarquia municipal. No primeiro mês do convênio, em abril, foram recolhidas 4.120 lâmpadas, gerando economia de R$ 4.326,00 com descontaminação e descarte.
O recordista de lâmpadas foi o Hospital Estadual Mário Covas, com 1.800 unidades. O Hospital da Mulher reuniu 1.200, enquanto Fundação do ABC e Faculdade de Medicina do ABC acumularam 1.052. Já no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André foram recolhidas 68.
A partir de maio, a parceria FUABC-SEMASA prevê a descontaminação e reciclagem de até 500 lâmpadas por trimestre. “Estávamos com grande número de lâmpadas armazenadas nas unidades aguardando reciclagem e conseguimos zerar os estoques em Santo André. Agora vamos acompanhar o primeiro trimestre da parceria, a fim de verificar a quantidade exata de lâmpadas descartadas, para saber se precisamos ou não propor a ampliação do convênio com o SEMASA”, explicam os gestores do Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fundação do ABC, José Alexandre Filho e Cristina Passaretti.
O tratamento das lâmpadas fluorescentes é necessário para que haja a descontaminação prévia ao descarte para reciclagem. Equipamento específico tritura as lâmpadas, separando os componentes para a adequada destinação. Por meio do processo, o vidro e o alumínio ficam depositados na base do tambor de reciclagem, enquanto pó de fósforo, micropartículas de vidro e vapor de mercúrio ficam em suspensão, permitindo que sejam sugados por um coletor externo.
COPOS DESCARTÁVEIS
Outra ação em andamento na Fundação do ABC diz respeito à redução dos copos descartáveis. Vinculado à Diretoria Executiva de Qualidade, o Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade está desenvolvendo projeto para implantação de canecas plásticas e squeezes nos departamentos administrativos. De acordo com estudo inicial, a medida permitiria não utilizar 198.000 copos descartáveis por ano a cada grupo de 180 funcionários.
O projeto ainda em fase de elaboração pode ser ampliado para todas as unidades gerenciadas pela Fundação do ABC mediante parcerias e interesse de patrocinadores.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/maio/2015 -
O curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina do ABC participou em abril da 14ª edição da Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade. A graduação da FMABC contou com estande fixo, que destacou os trabalhos realizados no Projeto AdapTO de Mobiliários Adaptados em PVC. O evento entre os dias 9 a 12 teve lugar no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo, promovido pela Fiera Milano.
Com crescimento de 20% e público de 52 mil visitantes, a 14ª Reatech se consolidou como o maior evento da América Latina dedicado à reabilitação, inclusão e acessibilidade. Trata-se de feira cujo objetivo central é disseminar o conceito da inclusão social, apresentar novas tecnologias e lançamentos do setor, além de oferecer aos visitantes palco com shows e desfiles, equoterapia, test-drive de carros adaptados, quadras poliesportivas, seminários, workshops e oficinas com profissionais renomados. “É um evento de extrema importância para a área de tecnologia assistiva e reabilitação. É sempre uma honra para o curso e para a FMABC participar”, afirma a coordenadora da Terapia Ocupacional da FMABC, professora Andréia Zarzour Abou Hala Corrêa, lembrando que a TO também contou com estande nas edições 2011 e 2014.
“Percebemos neste ano procura muito maior do que nas edições anteriores. Muitas pessoas foram até nosso estande para encontrar o trabalho e não para conhecê-lo”, revela a terapeuta ocupacional da FMABC, Natasha Carreño, que acrescenta: “Ficamos bastante contentes com esse novo momento do AdapTO, em que a população já conhece e indica nosso trabalho. Sem dúvidas as redes sociais têm exercido papel fundamental na divulgação das atividades e na ampliação da visibilidade do projeto”.
Outro ponto importante foi a troca de experiências e a abertura de horizontes para novas parcerias. “Ao apresentarmos o trabalho, ampliamos a rede de contatos, trocamos experiências e informações com outras pessoas e empresas. A Reatech tem esse perfil. Possibilita a aproximação entre as instituições, favorece a cooperação e possíveis futuras parcerias”, garante Natasha Carreño, que cita como exemplo convite recebido durante a 14ª Reatech para que a FMABC participe da Semana Senac de Inclusão e Diversidade, organizada pelo Senac São Paulo.
Além da ampliação do trabalho desenvolvido na AdapTO, a participação na Reatech também promove o curso de Terapia Ocupacional e a própria Faculdade de Medicina do ABC como instituição de ensino pioneira no campo da tecnologia assistiva. “Nossos alunos participam da feira e têm oportunidade de conhecer diversos campos de atuação do terapeuta ocupacional. Além disso, também podem ampliar sua rede de contatos e ter ideias para novos projetos e trabalhos acadêmicos”, detalha a terapeuta ocupacional da FMABC.
MÓVEIS ADAPTADOS EM PVC
Inaugurada em novembro de 2010 no campus da FMABC, em Santo André, a AdapTO Mobiliários Adaptados em PVC é a primeira oficina no Estado de São Paulo destinada a fabricação de móveis em PVC para facilitar a acessibilidade e a reabilitação de pessoas com disfunções neuromotoras. Cadeiras, mesas, andadores e carteiras escolares são montados a partir de tubos, conexões, forros, chapas e outros produtos em PVC, cujo baixo custo permite o acesso às famílias de baixa renda.
Os mobiliários são fabricados de acordo com necessidades específicas de cada paciente e ajustados ao seu crescimento. São de fácil manuseio e também trazem entre as vantagens resistência à água, durabilidade, adaptação e excelentes resultados terapêuticos. Dependendo da configuração, o custo equivale a apenas 10% de um móvel tradicional em outro material.
O estande da AdapTO/FMABC ficou disponível durante toda a feira e contou com participação de seis docentes, além da terapeuta ocupacional Natasha Carreño e da estagiária Luci Takiuchi. Além disso, cerca de 80 alunos do curso visitaram a feira.
Postado por Eduardo Nascimento em 15/maio/2015 -
A cabeleireira Valéria Ortiz Fattori sentia fortes dores de cabeça. Procurou atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Central (HPSC), onde foi constatado aneurisma. O quadro se agravou e ela passou a ter convulsões. Um procedimento cirúrgico era a única solução para o caso.
“Foi uma corrida contra o tempo. Se não tivesse sido atendida rápido, não estaria aqui para contar essa história”, afirma. No dia 3 de dezembro, Valéria foi a primeira paciente a passar por neurocirurgia no Hospital de Clínicas Municipal (HC). O serviço, até então inédito na rede municipal, vem garantindo o pronto atendimento a pessoas que antes precisavam aguardar a liberação de vagas em hospitais de referência fora do município.
Nos quatro primeiros meses da neurocirurgia no HC, 44 usuários foram atendidos. “Isso mostra que tínhamos uma grande demanda reprimida. Pacientes com traumatismo craniano, por exemplo, precisam ser operados o quanto antes, assim são maiores as chances de sucesso e menores as de sequela. Nesse sentido, estamos cumprindo bem o nosso papel. A agilidade salva vidas, sem dúvida”, avalia o médico neurocirurgião José Carlos Rodrigues Junior, coordenador do serviço municipal.
Hoje são atendidos no HC os casos de urgência e emergência que dão entrada no HPSC; boa parte é de usuários em estado grave, vítimas de acidentes de trânsito. Mas há quem corra risco e nem imagine o quão delicado é seu quadro de saúde. Esse foi o caso do comerciante do bairro Assunção Adão Leite Souza, que foi operado às pressas depois que uma tomografia revelou que ele tinha um hematoma subdural – coágulo que se forma no cérebro e aumenta a pressão intracraniana.
Adão sofreu uma queda no Natal, bateu forte com a testa no chão e, dias depois, começou a ter dores. No início, pensou que era uma situação corriqueira e passou a tomar analgésicos. Quando percebeu inchaço, procurou atendimento. Na UBS Alves Dias, depois de se consultar com clínico geral, foi solicitada tomografia, realizada no próprio HC. A equipe, quando viu as imagens do exame, telefonou imediatamente para Adão e pediu que ele retornasse ao hospital. “Não me deixaram mais ir embora, disseram que eu teria que passar pela cirurgia. Nunca imaginei que meu caso era gravíssimo. Dei muita sorte. Fui salvo por pouco”, relata.
O comerciante se submeteu à neurocirurgia no início de março e elogiou o cuidado que recebeu no HC. “Fiquei surpreso por haver tanta qualidade no SUS. Todos foram muito atenciosos. Me ligaram antes mesmo da data prevista para ficar pronto o exame quando viram que eu estava em perigo. Estou feliz e aliviado”.
TRANSFERÊNCIA DE SERVIÇOS
Desde que o Ambulatório de Especialidades Médicas I entrou em obras para reforma e ampliação, em janeiro, parte dos serviços prestados na Avenida Armando Ítalo Setti passou a ser ofertada no HC. Em espaço reservado no andar térreo do hospital, estão sendo realizadas em caráter temporário as consultas e procedimentos dos programas DST/Aids/Hepatites, Tuberculose e Hanseníase, Infectologia e CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento).
Diariamente, em média, cerca de 200 pacientes são atendidos pelos programas, e cerca de 40 pequenas cirurgias são realizadas. Para contemplar a demanda, 90 trabalhadores da saúde que davam expediente no ambulatório foram transferidos para a unidade hospitalar. Vale lembrar que o acesso desses usuários aos serviços do HC não é feito de forma direta; todo o processo é feito pela Central de Regulação.
Além do HC, o atendimento antes prestado pelo Ambulatório de Especialidades I é feito em outros dois endereços. No prédio localizado na Alameda Tereza Cristina, 519, Nova Petrópolis, estão concentradas especialidades pediátricas, alergista adulto, PHmetria infantil e CTA 1 (Centro de Testagem e Aconselhamento). Já no Centro de Especialidades Regional Rudge Ramos, na Rua Brasil, 350, são atendidas as consultas em homeopatia adulto e infantil, oftalmologia adulto e infantil, acupuntura, cardiologia, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, geriatria, neurologia, ortopedia, pneumologia, reumatologia e espirometria (prova de função pulmonar).
As obras no prédio da Armando Ítalo Setti devem durar 18 meses. No local será implantada a Policlínica do Centro, o maior centro de especialidades ambulatoriais da rede municipal, que reunirá o atendimento em todas as áreas médicas, centro de fisioterapia para reabilitação física e cardiovascular e serviços de diagnóstico por imagem.
Postado por Eduardo Nascimento em 08/maio/2015 -
O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, acaba de ser definido pela Secretaria de Estado da Saúde como centro referenciado para realização de cirurgias de troca de sexo. Conhecido tecnicamente como redesignação sexual, o procedimento é destinado à população transgênero atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira intervenção na unidade ocorreu em 6 de maio. Os trabalhos são coordenados pela disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC, em conjunto com o Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP.
“A expectativa nesses primeiros meses é de realizarmos até duas cirurgias de redesignação sexual por mês. Trata-se de mais um serviço que a faculdade passa a oferecer à sociedade e que completa o trabalho que já desenvolvemos no campo da cirurgia genital. Até então, nosso foco eram procedimentos reconstrutivos, em casos de traumas ou de crianças com malformações, por exemplo”, explica o professor de Urologia da FMABC, Dr. Roberto Vaz Juliano, que acrescenta: “No âmbito do ensino, a nova parceria com o Governo do Estado trará ganhos substanciais aos médicos residentes, que terão em seu treinamento profissional mais essa especialização cirúrgica”.
Todos os pacientes são preparados e encaminhados pelo Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, na zona sul da Capital. Conforme preconiza o Conselho Federal de Medicina, quem deseja realizar esse tipo de procedimento necessita de acompanhamento multiprofissional por pelo menos dois anos antes da cirurgia.
Além de responder pelo cuidado integral antes cirurgia, a equipe de psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, urologistas e ginecologistas do CRT DST/AIDS-SP também está responsável pelo acompanhamento e tratamento pós-cirúrgico, em trabalho integrado com profissionais da FMABC e do Hospital Estadual Mário Covas.
A primeira cirurgia no ABC foi em um paciente de 32 anos, para transformação do órgão masculino em feminino. “É um procedimento de alta complexidade, cuja duração média é de 3h30 minutos. Fizemos a chamada genitoplastia, também conhecida como plástica genital, promovendo a resignação de sexo no paciente”, detalha Dr. Roberto Vaz Juliano.
Além de ampliar a oferta de cirurgias de troca de sexo no Estado e atender a um direito dos cidadãos, o Hospital Mário Covas também será campo para capacitação de profissionais do SUS nesse tipo de intervenção.
Postado por Eduardo Nascimento em 08/maio/2015 -
Um grupo de empresários da região do ABC está mobilizado para viabilizar a reforma do espaço de quimioterapia do Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André. Moderno e ousado, o projeto da Quimioteca está orçado em aproximadamente R$ 100.000 e foi desenvolvido voluntariamente pela designer de interiores Maximira Durigan. Prevê novas poltronas de quimioterapia com tablets individuais, instalação de ar-condicionado e de piso especial que previne contaminações, entre outros benefícios que tornarão a assistência mais humanizada tanto para os pacientes quanto para os acompanhantes.
O projeto da Quimioteca foi apresentado oficialmente em 8 de maio, durante café da manhã no restaurante Baby Beef Jardim, em Santo André. Cerca de 50 empresários compareceram ao evento, que marcou o início da edição 2015 do “Arraiá dos Amigos Solidários”. Empresária e uma das organizadoras da ação, Naura De Nadai falou sobre a importância da participação para o sucesso da iniciativa beneficente. “Nosso objetivo é mudar a vida das pessoas. Realizamos o primeiro Arraiá dos Amigos em 2013, que à época não tinha esse cunho beneficente. Porém, o evento foi um grande sucesso e decidimos repeti-lo em 2014, inserindo a questão da solidariedade”, contou Naura De Nadai.
Ano passado, a entidade beneficiada foi a Instituição Camille Flamarion, que recebeu R$ 95.000 para reformas estruturais.
QUIMIOTECA FMABC
Segundo o médico responsável pelo Ambulatório de Oncologia Pediátrica da FMABC, Dr. Jairo Cartum, a ala de quimioterapia é o “coração” do serviço. “As crianças passam boa parte do dia tomando quimioterapia nesse espaço. São 4 ou 5 horas que ficam ali, várias vezes por semana. Precisamos readequar esse espaço. A transformação de uma ala exclusivamente assistencial em ‘Quimioteca’ vai justamente ao encontro da filosofia de humanização, em busca de oferecer o melhor e mais adequado ambiente aos pacientes e familiares”, descreve o oncopediatra.
Durante o café da manhã para empresários, a presidente da Associação de Voluntários para o Combate ao Câncer do ABC (AVCC) e diretora do Colégio Piaget, Valdinéia Cavalaro, adiantou: “Com a instalação dos tablets na futura Quimioteca, pretendemos aproveitar o tempo de tratamento para desenvolver atividades pedagógicas com os pacientes. O Colégio Piaget oferecerá gratuitamente aplicativos multimídia e disponibilizará ferramentas que integram o sistema de ensino, a fim de que as crianças possam aprender brincando”.
Interessados em participar do “Arraiá dos Amigos Solidários” e contribuir com a Quimioteca do Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC podem realizar depósito identificado para “Associação de Voluntários para o Combate ao Câncer do ABC”. O banco é o Santander, agência 3554, conta 13000138-5 e CNPJ: 03149723/0001-45.
Postado por Eduardo Nascimento em 08/maio/2015 -
Vinculado à Diretoria Executiva de Qualidade, o Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fundação do ABC organizou em 7 de maio reunião com hospitais e demais unidades gerenciadas pela FUABC, com intuito de divulgar e incentivar a participação no prêmio “Hospital Amigo do Meio Ambiente”. Trata-se de certificação anual da Secretaria de Saúde do Governo do Estado, entregue com intuito de estimular hospitais, institutos, fundações e autarquias a desenvolver nos locais de trabalho ações de preservação ambiental, com adoção de soluções práticas e ecologicamente viáveis.
Fundação do ABC e unidades gerenciadas já conquistaram cinco vezes a honraria. A mais recente ocorreu em 2013, fruto de trabalho de preservação ambiental do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, de Mauá. Em edições anteriores, o prêmio foi entregue duas vezes ao Hospital Estadual Mário Covas, ao Hospital da Mulher de Santo André e à própria Fundação do ABC, pelo programa de Oficina de Reciclagem para adolescentes em tratamento no Ambulatório de Hebiatria.
Com a criação da Diretoria Executiva de Qualidade, em 2014, a Fundação do ABC fortaleceu o Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade. Desde o início deste ano, várias ações estão em andamento e um dos objetivos é a participação maciça da FUABC na edição 2015 do prêmio Hospital Amigo do Meio Ambiente.
“Hoje temos muitas unidades que já têm projetos definidos para inscrição no prêmio, mas algumas ainda estão em dúvida sobre como participar. Por isso resolvemos reunir todos para trocar experiências e tirar possíveis dúvidas sobre o tema. Além disso, estamos à disposição para visitar os hospitais, conhecer melhor as ações ambientais em funcionamento e contribuir na elaboração de um projeto para o prêmio do Governo do Estado”, explicam os gestores do Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fundação do ABC, Cristina Passaretti e José Alexandre Filho.
O edital 2015 do prêmio “Hospital Amigo do Meio Ambiente” ainda não foi divulgado, mas tradicionalmente as inscrições ocorrem até o final de agosto. “A ideia da Fundação do ABC é que após a realização do prêmio, tenhamos em meados de outubro um fórum interno com participação de todas as nossas unidades. Será um espaço importante para divulgarmos as ações positivas no âmbito da sustentabilidade e da preservação ambiental, favorecendo a troca de experiências, a integração e a colaboração, em busca da inovação e do aprimoramento contínuo”, planejam Cristina Passaretti e José Alexandre Filho.
A partir do fórum, será possível mensurar resultados e trabalhos importantes desenvolvidos nas unidades, fortalecendo o Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade e abrindo caminho para novos projetos e investimentos.
Postado por Eduardo Nascimento em 08/maio/2015 -
O Hospital de Clínicas Municipal (HC) contará em breve com serviço de ressonância magnética. O moderno equipamento já foi entregue e irá integrar o parque de diagnóstico por imagem da unidade. Em média, poderão ser realizados, por mês, cerca de 300 procedimentos. Atualmente, esse tipo de exame é feito por meio de contrato com prestadora de serviços.
O hospital investiu R$ 5 milhões na implementação do serviço, recurso obtido junto ao Ministério da Saúde e utilizado na compra do aparelho e infraestrutura necessária ao seu funcionamento – como blindagem magnética e acústica da sala.
Para receber o equipamento de ressonância magnética, o HC realizou operação que já estava programada desde a inauguração do hospital, a exemplo do que já havia sido realizado em outras duas ocasiões. O aparelho precisou ser içado por guindaste a altura de 5,25 metros e passar por uma abertura feita na parede especialmente para esta finalidade.
O magneto, parte principal do aparelho, pesa seis toneladas e mede 2,3 metros de altura, 2,3 metros de largura e 2,2 metros de profundidade. Com essas dimensões, seria inviável transportá-lo pelas escadas e corredores do hospital. A ação envolveu dez funcionários, durou cerca de seis horas e incluiu a elevação e passagem dos outros componentes do equipamento de ressonância. “Já havíamos usado essa mesma estratégia quando precisamos receber e instalar a hemodinâmica e o equipamento da Central de Materiais Esterilizados (CME). Este é o último de grande porte que recebemos”, explica a coordenadora de Engenharia Clínica do HC.
OUTROS EXAMES
Entre os serviços de diagnóstico por imagem disponíveis no hospital estão o raio X e ultrassom, para pacientes atendidos na unidade. Há ainda a tomografia, que realiza cerca de 600 exames para toda a rede municipal por mês, e a hemodinâmica cardiológica de urgência, com cerca de 30 procedimentos por mês. Nesses casos, o paciente passa pelo exame no HC e o laudo é enviado ao médico solicitante. O usuário é informado sobre os resultados durante a consulta de retorno.
Postado por Eduardo Nascimento em 30/abr/2015 -
Dois ex-alunos da Faculdade de Medicina do ABC acabam de assumir o posto máximo na hierarquia das disciplinas do curso de Medicina: a função de professor titular. Em 15 de abril, Dr. Mauro Sancovski foi aprovado em processo seletivo para titular de Obstetrícia. No dia 22 do mesmo mês foi a vez do Dr. José Kleber Kobol Machado conquistar o mérito para a cadeira de Neonatologia.
Responsável pela coordenação de todas as ações da disciplina, tanto no ensino como na pesquisa e na assistência, o professor titular deve ter perfil de liderança, capacidade de articulação e habilidade para lidar com conflitos, além de ser capaz de captar recursos para a instituição por meio da área em que atua. Para concorrer ao cargo é necessária elaboração de currículo lattes e de memorial – espécie de biografia focada nas experiências acadêmicas. No dia do concurso, o candidato apresenta aula em nível de graduação, pela qual é avaliado em relação à didática, postura, domínio do tema, uso de exemplos práticos, conexão do assunto com a experiência profissional, entre outros critérios.
Terminada a explanação, o candidato passa por arguição durante aproximadamente 3 horas. Cinco membros da banca examinadora fazem considerações sobre o currículo/memorial e perguntas a respeito da aula. Os jurados se reúnem, emitem os pareceres, calculam a média geral e o resultado é divulgado em seguida. A avaliação didática corresponde a 30% da nota, enquanto a análise e a arguição do currículo lattes e do memorial equivalem aos 70% restantes.
A aula apresentada pelo Dr. Mauro Sancovski abordou as “Síndromes hipertensivas na gestação”. A banca examinadora foi presidida pelo diretor da FMABC e professor titular de Cirurgia Torácica, Dr. Adilson Casemiro Pires, tendo como membros os doutores Marcelo Zugaib (professor titular de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP), César Eduardo Fernandes (professor titular de Ginecologia da FMABC), Antonio Fernandes Moron (professor titular do Departamento de Obstetrícia da Unifesp-EPM) e Ronaldo Roberto Bérgamo (professor titular de Nefrologia da FMABC).
A explanação do Dr. José Kleber Kobol Machado versou a respeito da “Icterícia neonatal por hiperbilirrubinemia indireta”. A banca responsável pela avaliação também teve como presidente o Dr. Adilson Casemiro Pires e foi composta pelos doutores Drauzio Viegas (professor emérito do Departamento de Pediatria da FMABC), Vânia Olivetti Steffen Abdallah (professora titular de Neonatologia da Universidade Federal de Uberlândia), Claudio Leone (professor titular do Departamento de Saúde Materno Infantil Pediátrica da Faculdade de Saúde Pública da USP) e Roseli Oselka Saccardo (professora titular de Clínica Pediátrica da FMABC).
EXPOENTES ACADÊMICOS
Vinculado à área de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC e aos hospitais de ensino da Fundação do ABC desde 1996, Dr. Mauro Sancovski é ex-aluno da escola, formado pela 3ª turma (1976). Possui residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1979) e doutorado em Medicina (Obstetrícia e Ginecologia) também pela USP (1989). É coordenador de ensino do Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, em Santo André, coordenador da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Municipal Irmã Dulce de Praia Grande e responsável pela Maternidade “Vitalina Francisca Ventura”, de Caieiras. Responde pela Diretoria de Ensino e Pesquisa do Hospital Maternidade Interlagos, é perito cadastrado do IMESC, delegado regional do CREMESP, e possui MBA em Gestão da Saúde pela Getúlio Vargas in Company. Tem experiência em Medicina, nas especialidades de Obstetrícia e Ginecologia, com ênfase nas áreas da endocrinopatias e gravidez (diabetes e tireoide), cuidados pré-natal, gestação de alto risco e ensino médico.
Já o médico neonatologista Dr. José Kleber Kobol Machado é formado em Medicina pela FMABC, na turma de 1992. Cursou residência médica em Pediatria no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1995) e especializou-se em Neonatologia no Instituto da Criança do HC-FMUSP (1997), com título de especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O novo titular da FMABC tem mestrado (1999) e doutorado (2004) em Pediatria pela FMUSP e presidiu a Sociedade de Pediatria de São Paulo – regional Grande ABC entre 2003 e 2006. É professor associado do Departamento de Pediatria da FMABC e diretor clínico e técnico do Hospital Municipal Universitário de São Bernardo (HMU-SBC) desde 2008. A partir de 1999, passou a desempenhar atividades didáticas junto a alunos de 5º e 6º anos de Medicina e médicos residentes de Pediatria. Possui diplomas de MBA em Gestão da Saúde pela Getúlio Vargas in Company e de Gestão de Qualidade pelo IQG (Instituto Qualisa de Gestão).