Câncer hematológico é tema de evento no ABC

Postado por Fernando Valini em 26/abr/2013 -

Encontro gratuito em 24 de abril reuniu médicos da Federal do Rio de Janeiro, Hemocentro de Santos, Albert Einstein, Unifesp e FMABC

O Centro de Estudos e Pesquisas de Hematologia e Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC (CEPHO-FMABC) reuniu na última quarta-feira (24 de abril) grandes especialistas para debates sobre as tendências e terapias mais atuais na área de câncer hematológico. Batizado “Como eu trato as doenças hematológicas em 2013”, o evento teve inscrições gratuitas e ocorreu das 14h às 17h no Auditório Sala Jardim, em Santo André.

Organizada pelo Dr. Auro del Giglio, professor Titular da disciplina de Hematologia e Oncologia da FMABC, e pela Dra. Davimar Miranda Borducchi, professora responsável pelo Serviço de Hematologia, a ação foi direcionada a médicos, residentes, estudantes universitários da área da saúde e demais interessados no tema.

Atualização científica

Entre os convidados que participaram do evento estiveram os professores de Hematologia Dr. Fabio Pires, Dr. Guilherme Perinni e Dr. Jairo Nascimento Sobrinho, todos do Hospital Albert Einstein, Dr. Otávio Baiocchi, da Universidade Federal de São Paulo, e Dr. Angelo Maiolino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os temas selecionados para discussão foram “Síndrome mielodisplásica: tratamento dos pacientes com alto risco, intermediário 1 e 2”, “Linfoma de Hodgkin: tratamento da recaída após transplante autólogo de medula óssea”, “Leucemia linfoide crônica: o impacto do anti-cd20 no tratamento em primeira linha”, “Mieloma múltiplo: tratamento de pacientes legíveis para TCTH” e “O papel do TCTH nas doenças hematológicas em recaída”.

A partir das 16h houve apresentação de casos via telemeeting, que contou com participações da Dra. Juliana Todaro, do Serviço de Hematologia do Hospital Albert Einstein, do Dr. Rodrigo Santucci, Dra. Renata Russo e Dr. Ronald Pallotta, os três da disciplina de Hematologia e Oncologia da FMABC, e da Dra. Rosane Giuliani, do Hemocentro de Santos.

O encerramento das atividades foi marcado por mesa de debates com a Dra. Patrícia Bollmann Weinschenker, hematologista do Hospital Albert Einstein, e com os professores de Hematologia e Oncologia da FMABC, Dr. Auro del Giglio, Dra. Davimar Miranda Borducchi e Dra. Jandey Glória Bigonha.

Nardini faz evento sobre biossegurança hospitalar

Postado por Fernando Valini em 26/abr/2013 -

Objetivo é capacitar visitantes sobre normas e rotinas para evitar infecções

Quem circula frequentemente por ambientes hospitalares deve ter atenção a diversos cuidados que muitas vezes são esquecidos nos horários de visitas dos pacientes. Para reforçar a conscientização sobre higienização dentro do hospital, a equipe da CCIH (Comissão de Controle de Infecções Hospitalares) do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá realizou em 22 de abril palestra explicativa para voluntários do hospital e também aos integrantes da Capelania Hospitalar. A iniciativa foi Diretoria de Enfermagem do hospital em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

A visita religiosa nos leitos tem função terapêutica junto aos pacientes internados e traz, mensalmente, cerca de 300 visitantes pertencentes a diversas denominações religiosas, sendo as mais comuns das igrejas católicas e evangélicas. No evento estiveram presentes 40 líderes religiosos das comunidades e paróquias do Grande ABC que fazem visitas voluntárias ou solicitadas pelos pacientes do Nardini. O Grupo Voluntário Calor Humano, que atua há 22 anos no hospital, também participou da ação com 16 voluntários que atuam diretamente no acolhimento de usuários e acompanhantes.

A atividade, porém, precisa ser conduzida de forma segura para combater possíveis infecções. As principais orientações passadas aos visitantes consistem no uso de avental próprio para facilitar identificação, manter cabelo preso e unhas curtas, usar perfume de fragrância suave, higienizar as mãos com álcool em gel, manter o celular desligado e usar brincos pequenos. Também é preciso evitar a visita nos quartos de isolamento, onde pacientes com infecção por bactérias hospitalares são mantidos sob assistência especializada em espaços fechados ou com restrição de contato. Além disso, quando há casos de gripe forte, tosse e lesões abertas entre os visitadores é recomendado que a visita seja evitada para garantir a segurança dos pacientes e do próprio visitante. “É importante reforçar a importância do autocuidado porque eles mantêm contato direto com o paciente. Intenção é que a visita religiosa seja terapêutica e não que propicie o cruzamento de agentes etiológicos”, explicou Fabiana Marinho, coordenadora da CCIH do hospital.

A dinâmica utilizada na apresentação foi a mesma que a CCIH adotou para orientar funcionários a respeito do mesmo tema em campanha realizada em março. Foram ministradas duas palestras com exibição de vídeos e aulas explicativas, além de capacitação dada por enfermeiros em diversos setores do hospital, especialmente nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

Estudantes de Medicina inauguram Biblioteca Itinerante para adolescentes

Postado por Fernando Valini em 24/abr/2013 -

Livros doados fazem alegria de jovens na sala de espera e incentivam a leitura na infância e adolescência

O Centro de Hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC ganhou novo espaço em abril: a Biblioteca Itinerante. A iniciativa é de estudantes do 4º ano de medicina, com objetivo de incentivar a leitura na adolescência. “Observamos que as crianças e adolescentes não se interessam mais pela leitura. Elas conhecem todos os jogos de videogame e estão a par das tragédias que acontecem no mundo, mas não conhecem os clássicos da literatura brasileira. Pensando nisso, resolvemos incentivar a leitura, que é fundamental no desenvolvimento dos jovens”, explica a estudante Camila Higa.

O projeto coloca à disposição espaço na sala de espera com estante repleta de livros, adquiridos a partir de doações. Os pacientes podem levar as obras para casa e devolver posteriormente. O espaço conta também com sala particular de leitura, onde os próprios estudantes criadores do projeto contam histórias para os pacientes.

Segundo a assistente social da Hebiatria, Janete Figueiredo Gomes, a prática é importante para criar vínculo com os pacientes e familiares, aproximando os usuários das equipes de atendimento. “Para a instituição é um trabalho de acolhimento e humanização. Para os estudantes, uma experiência profissional importante que os aproximam dos pacientes”, conta.

FUABC tem mais de 95% de aprovação no AME Santo André

Postado por Fernando Valini em 22/abr/2013 -

Gestora do Ambulatório Médico de Especialidades desde a abertura em 2010, FUABC registra índice geral de 95,38% de satisfação dos usuários

Gerido pela Fundação do ABC desde a inauguração em 2010, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André está entre as unidades de saúde mais bem avaliadas do Grande ABC. Pesquisa do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) realizada em março último aponta 95,38% de satisfação de pacientes, em escala geral que engloba avaliações em sete indicadores: espaço físico, ambulatório, nota geral e atendimentos médico, de enfermagem, na recepção e por outros profissionais.

A pesquisa de satisfação é indicador fundamental e obrigatório, exigido mensalmente pelo Governo do Estado para acompanhamento dos serviços executados. Os resultados em Santo André refletem parceria de sucesso entre FUABC e Secretaria de Estado da Saúde, reeditada em outras unidades do ABC e Litoral, entre as quais os AMES de Mauá e de Praia Grande.

Em março passado, 133 pacientes foram entrevistados individualmente no AME-SA, em amplo questionário que avalia qualitativamente desde a limpeza da unidade até a atenção e clareza do atendimento do médico. Em todos os quesitos pesquisados, o AME Santo André obteve médias positivas da faixa dos 90%.

Em escala de zero a 10, a nota final do AME para 86% dos pacientes está entre 9 e 10. “A pesquisa de satisfação é o reflexo do esforço de toda a equipe, que busca trabalhar de forma integrada e atenta às demandas dos usuários. Hoje, mais de 97% de nossos pacientes indicariam o AME Santo André a parentes ou amigos. A satisfação dos usuários, a aprovação maciça dos serviços executados, são nossas maiores conquistas e a garantia de que estamos no caminho certo”, comemora o superintendente do AME-SA, Dr. Wagner Boratto.

 

Pesquisa detalhada

Com intuito de verificar possíveis falhas na ampla estrutura da unidade de saúde, o Serviço de Atendimento ao Usuário do AME Santo André aplica mensalmente detalhada pesquisa de satisfação junto aos usuários, cujo objetivo é incentivar pontos positivos e corrigir rapidamente fatores que estejam dificultando o pleno funcionamento do equipamento.

O questionário engloba até mesmo questões relativas aos agendamentos no município de origem do paciente e o tipo de condução utilizada para chegar até o AME. Outra preocupação diz respeito ao espaço físico, cuja avaliação é segmentada segundo a acessibilidade, limpeza, iluminação, mobília, sinalização, silêncio no ambiente e ventilação. Em todas as variáveis, as instalações foram classificadas entre boas e ótimas por quase 100% dos entrevistados.

Setores de recepção e segurança também são avaliados, tendo em vista que são onde os pacientes recebem as primeiras orientações sobre o atendimento. Cordialidade, atenção às queixas e esclarecimentos fazem parte dos itens analisados, cujas notas gerais variam entre 8 e 10 para 92% dos usuários.

A mesma pesquisa é estendida aos atendimentos médico, de enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição, de assistente social e outros profissionais. Para 91% dos usuários, por exemplo, nota geral dos médicos está entre 9 e 10. “São conceitos muito altos atribuídos aos profissionais, que servem de estímulo para que sigam com o elevado padrão de atendimento”, acrescenta Dr. Wagner Boratto.

A pesquisa de satisfação é aplicada em nível ambulatorial e com pacientes do Hospital-Dia. Engloba áreas de consultas, exames e cirurgias. Além dessa ferramenta de qualidade, o AME Santo André mantém outros mecanismos de comunicação com os pacientes, entre os quais o setor de Ouvidoria, caixas de sugestões em toda a unidade e o programa Conte Comigo, iniciativa do Governo do Estado que intensifica e qualifica a atenção diferenciada aos usuários.

Morte digna pauta debates em Santo André e São Caetano

Postado por Fernando Valini em 19/abr/2013 -

Organizadas pela Fundação do ABC, reuniões de Bioética abordarão dois temas polêmicos e atuais: cuidados paliativos e testamento vital

A Fundação do ABC programou para abril discussão de dois temas polêmicos pelos comitês de bioética do Hospital Estadual Mário Covas de Santo André e do Complexo Hospitalar de São Caetano. Nesta sexta-feira (19), às 11h, o superintendente do “Mário Covas”, Dr. Desiré Carlos Callegari, comandará palestra na unidade sobre “Testamento vital”. Já no dia 26, no mesmo horário, encontro no Hospital Maria Braido abordará a “Comunicação da família sobre o encaminhamento de pacientes para cuidados paliativos”.

Os eventos são gratuitos e abertos aos interessados. A coordenação está a cargo dos consultores em humanização e bioética da Fundação do ABC, Dr. Drauzio Viegas e Paulo Eduardo Viegas. Em 12 de abril último, os especialistas estiveram no Hospital da Mulher de Santo André para reunião sobre “Aspectos legais e bioéticos no atendimento humanizado das pacientes HIV positivo”.

Testamento vital

Muitos Estados nos EUA e alguns países da Europa garantem aos pacientes a opção do testamento vital. Trata-se do direito de definir, logo na entrada para internação, o que o hospital pode ou não fazer – inclusive quais as técnicas e tratamentos permitidos visando ao prolongamento da vida em casos terminais. Uma das condições para que o paciente assine o testamento vital é estar totalmente lúcido e ter plena capacidade de decisão. Além disso, é recomendada avaliação em saúde mental com psicólogo ou psiquiatra.

No Brasil, a prática não tem validade. São comuns casos de famílias testemunhas de Jeová, por exemplo, que assinam documentos vetando a transfusão de sangue durante a internação. As mesmas pessoas, posteriormente, entram na justiça contra os médicos – ou porque seguiram a recomendação ou porque foram contra e realizaram a transfusão. Segundo especialistas, em geral os processos são sempre favoráveis ao profissional de saúde.

Para a Secretária do Comitê de Bioética e coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar do Complexo Hospitalar de São Caetano, Rosely Perrone, com regras e tempo de validade, o testamento vital pode ser um benefício ao paciente. “A validade é importante, pois todos podem mudar de opinião com o passar do tempo e as decisões devem ser reavaliadas”, considera a psicóloga, que não acredita que o Brasil esteja preparado para essa opção: “A saúde mental ainda não é tratada com a devida importância no país, o que é dificultaria muito a implantação. Estamos longe de incorporar algo como o testamento vital”, acredita Rosely Perrone.

Cuidados paliativos

Com o aumento da expectativa de vida da população e constantes avanços nas ciências da saúde, a discussão sobre cuidados paliativos é cada vez mais presente – e necessária – nas unidades de saúde e escolas médicas. Isso porque, hoje, a determinação profissional para salvar vidas, somada à alta tecnologia disponível, muitas vezes sobrepõe o desejo de pacientes e familiares de buscar uma morte digna.

Exemplo claro dessa realidade são pacientes em estado terminal, de quadro irreversível, cujas equipes de saúde responsáveis permanecem investindo em tratamentos complexos, técnicas invasivas e medicações modernas que mantêm o doente vivo – independente da qualidade de vida.

Segundo definição da Organização Mundial de Saúde, os cuidados paliativos são aqueles prestados de forma ativa e integral a pacientes com doença progressiva e irreversível, potencialmente letal, sendo fundamental o controle da dor e de outros sintomas através da prevenção e do alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual. Entre as legislações vigentes está a resolução 1805/06, do Conselho Federal de Medicina, sobre Terminalidade da Vida: “Art. 1º: É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave ou incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal”.

O tema é polêmico e deve ser discutido caso a caso, em relação bastante franca entre equipe multiprofissional de saúde, paciente e familiares.

AME Santo André tem recorde com mais de 6 mil consultas

Postado por Fernando Valini em 19/abr/2013 -

Resultado é fruto de reestruturação da unidade, que pretende bater todas as metas de consultas, cirurgias e exames entre abril e maio

O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André acaba de divulgar relatório de produtividade de março, levantamento que registra recorde de consultas médicas: foram realizadas 6.250, que correspondem a 99% da meta total do mês. Trata-se de resultado extremamente relevante, que reflete o esforço do AME em atender o maior número de pacientes – inclusive com trabalho de Call Center, no qual atendentes entram em contato com pacientes 2 dias antes de exames e consultas, a fim de lembrá-los do compromisso e diminuir os índices de absenteísmo.

Os bons resultados são fruto de esforço conjunto de toda a equipe do AME Santo André, Fundação do ABC, Departamento Regional de Saúde (DRS) do Governo do Estado e centrais de regulação dos municípios do Grande ABC. “Este início de ano marcou a reestruturação do AME Santo André, com otimização de processos e implantação de melhorias que visam não apenas oferecer serviços de saúde de excelência, mas também fortalecer a credibilidade da unidade junto à população e à própria equipe de trabalho”, destaca o superintendente Dr. Wagner Boratto, que assumiu o equipamento em janeiro deste ano.

A partir da reestruturação e dos recentes resultados positivos, o AME já traçou as metas para os próximos meses: manter os níveis de qualidade e de produtividade, além de equalizar pequenos déficits acumulados em janeiro e fevereiro – reflexo das mudanças nas prefeituras da região e do período de chuvas. “Mesmo com todas as novidades e readequações deste início de 2013, conseguimos manter consultas de psicologia, nutrição, fisioterapia e fonoaudiologia em 15% acima da meta. Vamos acertar em abril pequena diferença no atendimento cirúrgico, que sofreu baixa de 5% em fevereiro. Além disso, até final de maio todas as metas em relação a exames estarão em dia”, garante Dr. Wagner Boratto, que acrescenta: “Devido à localização do AME, às margens do córrego Guarará, sofremos muito com o absenteísmo em janeiro e fevereiro devido ao período de chuvas e enchentes na região. Por essa razão, todos os pacientes que não puderam comparecer estão sendo reconvocados”.

Motivação interna

Manter o ambiente de trabalho sempre agradável e motivar os funcionários são desafios permanentes do Setor de Qualidade do AME Santo André. Em março, a área aproveitou a temática da Páscoa para desenvolver duas ações junto aos colaboradores.

Cerca de 150 funcionários tiveram almoço diferente no dia 28, quando participaram do dia da pizza. Na mesma data, os filhos dos colaboradores com idade entre um e 11 anos receberam ovos de Páscoa com tema da Galinha Pintadinha. “Desenvolvemos atividades de integração, buscamos comemorar datas especiais e valorizar os colaboradores. A ideia é que o clima organizacional seja sempre positivo e o funcionário e sua família sintam-se valorizados e prestigiados pela instituição”, acrescenta a coordenadora do Setor de Qualidade do AME Santo André, Patricia Gayo.

CHM dobrará capacidade de leitos de UTI

Postado por Fernando Valini em 19/abr/2013 -

Parceria entre Prefeitura de Santo André e Fundação do ABC – Faculdade de Medicina do ABC, o Centro Hospitalar Municipal (CHM) – antiga Santa Casa – ampliará os leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto. Hoje porta de entrada dos casos de urgência e emergência do município, a unidade dobrará a capacidade passando de 17 para 34 os leitos destinados a pacientes potencialmente graves acima de 18 anos. A reforma está em fase final e a previsão de entrega é 30 de abril.

Além da ampliação dos leitos nível 2 credenciados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a UTI, que funciona no terceiro andar do hospital, passa por readequação física, desde troca de piso e pintura até total substituição das partes elétrica e hidráulica. O investimento é de R$ 2,15 milhões, sendo R$ 2 milhões em equipamentos e R$ 150 mil da reforma, com recursos do Fundo Municipal de Saúde. O sistema de ventilação do prédio por ar condicionado central, que funciona em setores fechados como o centro cirúrgico e UTI, também passa por conserto. Ficou desativado por pelo menos 15 anos e o custo da remodelação é de R$ 265 mil, com manutenção mensal de R$ 20 mil. A cozinha, de uso exclusivo dos funcionários e colaboradores, também está sendo reformada. “São serviços que não aparecem para a população, mas são fundamentais para o funcionamento pleno do hospital”, afirmou o secretário de Saúde, o médico Homero Nepomuceno Duarte.

A carência de leitos de UTI não se trata de problema crônico apenas do Grande ABC, mas dos serviços públicos e privados de saúde do país. No CHM, a ampliação atenderá grande necessidade do complexo hospitalar. “Sem dúvida, não só suprirá a demanda, mas aliviará o atendimento geral aqui”, avaliou o médico José Antônio Souto Tiveron, diretor do hospital. Somente nos dois primeiros meses do ano, o Pronto Socorro prestou 21.108 atendimentos à população dependente do SUS.

Em geral, a UTI abriga casos mais graves, de alta complexidade ou com necessidade de internação pós-operatória – principalmente pacientes idosos ou vítimas de traumas –, o que implica em mais tempo de recuperação no leito. Diante dessa lógica, a direção do hospital enfrenta problema de reagendamento de cirurgias eletivas – que não precisam ser realizadas em caráter de urgência. “Com a ampliação dos leitos, acreditamos que diminuiremos esse problema”, apontou Tiveron, que é médico especialista em cirurgias do aparelho digestivo, além de nutrólogo.

O CHM também realiza cirurgias de grande porte, especialmente em alguns casos de câncer, o que implica na demanda de leitos de UTI. As principais operações realizadas são as de ortopedia, por fraturas de ossos, além de hérnias e colecistectomias (retirada da vesícula biliar) pela cirurgia geral. Em 2012, 3.667 procedimentos foram realizados no centro obstétrico. Em janeiro deste ano, 279.

Além da adequação do espaço físico, novos equipamentos serão adquiridos e integrarão a UTI do Centro Hospital Municipal, como monitores multiparâmetros, modernos respiradores, duas centrais de monitorização de pacientes e vigilância 24 horas. A secretaria de Saúde também solicitou recursos para mais três leitos de UTI pediátrica, ala localizada no segundo andar. Hoje, dos nove existentes, apenas seis são credenciados pelo SUS, de acordo com Tiveron.

A portaria 466 do Ministério da Saúde, de 4 de junho de 1998, regulamenta tecnicamente o funcionamento das UTIs. Em todo hospital público ou privado, com capacidade igual ou superior a 100 leitos, há obrigatoriedade da existência de Terapia Intensiva. O CHM possui 207 leitos oficiais e 24 complementares (17 de UTI adulto, seis de UTI infantil e um isolamento).

Unidade de traumatologia

Referência regional nas áreas médicas de ortopedia e traumatologia, neurocirurgia, cirurgia geral, oftalmologia e bucomaxilofacial, o CHM recebe grande demanda diária de vítimas de acidentes de trânsito, principalmente de motociclistas. O próprio envelhecimento da população é outro fator que implica no recebimento de pacientes traumatizados, com os vários tipos de fraturas ósseas, principalmente do colo de fêmur. “São casos que geralmente implicam em internação em leito de UTI após a cirurgia”, ressaltou o diretor.

Foi com esse olhar que a secretaria de Saúde criou projeto para Unidade de Traumatologia, que funcionará como enfermaria para pacientes vítimas de traumas. Serão 26 leitos e o novo espaço será construído no primeiro andar, no lugar da antiga diretoria. Em fevereiro, o setor foi transferido para imóvel alugado que abrigava o PID (Programa de Internação Domiciliar), serviço oferecido pela Prefeitura. “Em uma área assistencial, como de um hospital, o setor administrativo funcionava no mesmo espaço físico, o que não é o ideal”, justificou Tiveron.

A ampliação dos leitos de enfermaria de trauma consta de uma terceira fase de obra, com entrega prevista para o final de junho.

Estudo em vitiligo é referência mundial

Postado por Fernando Valini em 19/abr/2013 -

American Academy of Dermatology indica uso de mometasona após enxerto de pele com base em pesquisa da Faculdade de Medicina do ABC

A aplicação prática de estudo desenvolvido pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), deve se tornar em breve rotina em consultórios e serviços dermatológicos de todo o mundo. A pesquisa pioneira da disciplina de dermatologia comprova que a aplicação de mometasona – um tipo de cortisona usada em forma de pomada – melhora a repigmentação da pele em pacientes com vitiligo submetidos a transplante de pele.

O trabalho “Ação da mometasona tópica nos halos pigmentares de microenxertia em vitiligo” foi apresentado como mestrado pela Dra. Karine Dantas Diógenes Saldanha e ganhou notoriedade global em março último, quando foi citado no maior e mais conceituado evento dermatológico do mundo, o congresso da American Academy of Dermatology (AAD). O encontro reuniu milhares de profissionais de todo o mundo em Miami, nos Estados Unidos, para atualização em cursos, palestras, workshops e mesas de debates sobre os mais diversos temas da especialidade. E no curso sobre vitiligo, o trabalho brasileiro incorporado.

“A citação do estudo no maior evento de atualização em vitiligo do planeta nos deixa bastante orgulhosos. A utilização da mometasona pós-transplante de pele já se tornou rotina na Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC. A partir de agora, com a chancela da AAD, a tendência é de que a prática seja incorporada pelos mais diversos serviços dermatológicos do mundo”, acredita Dr. Carlos D´Apparecida Santos Machado Filho, professor titular de dermatologia da FMABC e colaborador da pesquisa ao lado do Dr. Francisco Macedo Paschoal.

Tradição contra o vitiligo

Em cerca de 10 anos de funcionamento, o Ambulatório de Vitiligo da disciplina de dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC já recebeu mais de 1.000 pacientes. Atualmente são atendidos em média 50 pacientes por semana. No campo cirúrgico, ambulatório específico teve início em 2012. São pelo menos 10 procedimentos por mês entre transplantes de pele e curetagem (raspagem da pele esbranquiçada que estimula a repigmentação), entre outras técnicas de enxerto.

Estima-se que cerca de 1% da população mundial tenha vitiligo. A doença caracteriza-se pela destruição das células que determinam a cor da pele, culminando com manchas brancas de diferentes formatos em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente em áreas que sofreram algum trauma, escoriações ou ferimentos. A causa é desconhecida, porém sabe-se que fatores emocionais, genéticos, relacionados à imunidade do individuo (fator autoimune) e a agressão pelos radicais livres predispõem o aparecimento da doença.

Entre as opções terapêuticas disponíveis constam o tratamento clínico (medicamentoso) e a fototerapia, em que o paciente é colocado em cabine especial e irradiado com luz ultravioleta A ou B, que estimulam a pigmentação da pele com vitiligo. Também existe a possibilidade cirúrgica do transplante de pele ou curetagem (técnica de raspagem da pele esbranquiçada que estimula a repigmentação), destinados a pacientes com doença estável. Lesões pequenas e localizadas podem ser tratadas com laser.

Transplante de pele em vitiligo

A cirurgia consiste no transplante de células saudáveis de pele para locais afetados pelo vitiligo e utiliza anestesia local. Com o passar dos dias, as células sadias invadem e colorem a região esbranquiçada. A técnica é indicada para indivíduos com a doença estabilizada, que não respondem ao tratamento clínico convencional e que tenham vitiligo em área localizada. A média de repigmentação é de aproximadamente 60% da área atingida. Porém, o transplante é complementar ao tratamento clínico e os pacientes devem continuar com a medicação convencional.

O professor titular de dermatologia da Medicina ABC, Dr. Carlos D´Apparecida Santos Machado Filho, é um dos poucos dermatologistas brasileiros com experiência em transplante de pele para pacientes com vitiligo – doença que estuda há mais de 25 anos. Considerado um dos principais especialistas na área, o docente traz no currículo mais de 500 casos de pacientes transplantados com sucesso.

Outra técnica para tratamento do vitiligo é a partir de sessões de curetagem, ou seja, com a raspagem da pele esbranquiçada. O procedimento inovador leva à repigmentação em vários casos e foi desenvolvido na própria FMABC, resultado de acompanhamento de 16 pacientes do Ambulatório de Vitiligo. O método foi descrito na dissertação de mestrado do dermatologista Dr. Jefferson Alfredo de Barros. Inscrito na revista Anais Brasileiros de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o trabalho conquistou 1º lugar como “Melhor Artigo de Investigação” entre os cerca de 30 publicados em 2007.

Cresce demanda por Serviço Social na UPA

Postado por Fernando Valini em 15/abr/2013 -

Inserida na região mais populosa de Praia Grande, a Curva do “S”, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Charles Antunes Bechara vem registrando aumento de demanda pelo setor de Serviço Social. Segundo a assistente social Paula Bernardino, em outubro de 2012 foram 79 atendimentos, contra 129 registrados em fevereiro deste ano – aumento de 62%.

O setor foi implantado pela Fundação do ABC (FUABC), que em Praia Grande gerencia a UPA, o Hospital Municipal Irmã Dulce e o Pronto-socorro Central. O hospital conta ainda com a assistente social Caroline Cristien Galdino e o PS Central com Edmea Ramos e Rita de Cássia Moura Rocha. Todas atendem usuários em salas privativas junto às recepções.

Coordenando o Serviço Social do Irmã Dulce, a assistente social Renata Carvalho também sente o aumento significativo. Em 2010, a média era de 70 a 80 atendimentos por mês. Atualmente é de 320. No complexo, o setor fechou o ano passado totalizando 5.374 atendimentos.

O Serviço Social se ocupa de demandas relacionadas à cidadania, intervindo em situações sociais que interferem no tratamento ou na alta médica. As assistentes sociais buscam oferecer informações sobre direitos e deveres, facilitar o acesso aos recursos da rede pública e notificar casos de abandono ou outras ocorrências aos órgãos responsáveis.

No hospital, fazem agendamentos para exames e procedimentos externos e remoções pelo serviço terceirizado de ambulância. No pré-alta, marcam consultas de seguimento para casos mais graves, encaminhamentos a outros serviços da rede e asseguram a presença de responsável sempre que necessário. Todas as ações são registradas em relatórios diários à Diretoria Técnica, a qual o setor está subordinado. “Nossa atuação é muito ampla”, frisa Renata Carvalho, que completa: “Trabalhamos na inserção das pessoas no papel de cidadão. Cidadania é uma jornada de mão dupla: direitos e deveres caminham juntos”.

Para resolver questões sociais relacionadas ao paciente ou à família, as profissionais trabalham em parceria e mantém conexão com órgãos, secretarias municipais e conselhos, entre outros. A integração com a equipe multidisciplinar também é saudável, uma vez que o serviço pode ser acionado por outros profissionais ao detectar situação-problema. “A equipe pode nos chamar a qualquer momento para avaliação de caso”, afirma Renata.

O suporte do Serviço Social é imprescindível diante de pacientes sem acompanhantes ou não identificados. “Em busca da identificação, reunimos informações com a polícia, cartórios e até em outras cidades”.

Na Unidade de Psiquiatria do hospital, Renata trabalha no projeto de orientação dos familiares sobre o tratar em liberdade após a alta, ao lado da psicóloga Vanessa Bizzo e da enfermagem. Renata preside a Comissão de Humanização e integra o Apoio Técnico aos voluntários. Tantas atividades exigem perfil. “Não é como o Serviço Social de uma empresa. Atuamos numa unidade de saúde que atende pessoas fragilizadas, no ápice do estresse. Quem lida com a vida tem que ter esse respeito, esse comprometimento”.

‘Irmã Dulce’ inaugura sala de coleta de leite e faz parceria com Peruíbe

Postado por Fernando Valini em 12/abr/2013 -

Dois grandes avanços em prol do aleitamento materno no Hospital Municipal Irmã Dulce de Praia Grande foram comemorados na manhã de 11 de abril: a inauguração da Sala de Coleta e Apoio na Maternidade e a parceria firmada com o Banco de Leite do Hospital de Peruíbe para a pasteurização do leite coletado. Desde o ano passado, o “Irmã Dulce” se prepara para obter a certificação Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) do Unicef.

Com presença da médica Ana Maria Calaça Prigenzi, do Banco de Leite de Peruíbe, diretores do hospital e a assistente técnica da Pediatria, Marisa da Matta Aprile, que coordena as ações relacionadas à IHAC, foi inaugurada a primeira sala de coleta – embrião do futuro banco de leite.

Funcionando na Maternidade, a sala vai atender nutrizes (ou lactantes, como são chamadas mulheres que amamentam) do hospital, especialmente mães de bebês prematuros ou que nasceram com problemas de saúde que exigem cuidados intensivos. A equipe multidisciplinar do hospital já orienta as mães cujos recém-nascidos não apresentam condições de mamar no peito sobre como manter a produção no período de internação. Com a sala, será possível oferecer ao recém-nascido leite da própria mãe e ainda colaborar com o banco de Peruíbe.

Profissionais de enfermagem ou fonoaudiologia orientarão a mãe a fazer a coleta na sala. “É um lugar específico, num ambiente controlado, com privacidade e assistência. A mãe vai tirar o leite, que será acondicionado em frascos de vidro com tampa de plástico, fracionado e dado ao próprio bebê”, explica Marisa Aprile, que é especializada em aleitamento materno. Segundo a médica, se consumido no mesmo dia em que for coletado, o leite poderá permanecer refrigerado por até oito horas. Se congelado, o leite deverá ser usado no período de 15 dias. Após pasteurização, ele tem validade de seis meses.

Como o “Irmã Dulce” ainda não tem infraestrutura para processar leite humano, o Banco de Leite de Peruíbe fará esse trabalho, numa parceria em que poderá utilizar parte da produção. “Esse tipo de parceria entre Praia Grande e Peruíbe já é feita em escala maior entre países da América Latina e Península Ibérica”, expôs Ana Maria. “Fico muito feliz com essa conquista do ‘Irmã Dulce’ em busca do melhor atendimento, que vem coroar todo esforço da equipe, porque venho acompanhando essa caminhada. Espero estar junto. A realização de um sonho leva a outro sonho”.